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Fôrmas Para Concreto: Análise Comparativa entre Formas Mistas e Formas

Convencionaistendo como Referência a Aplicação Em Vigas.

Forms for Concrete:Comparative Analysis Between Mixed Forms andConventional


Forms with a Reference to Application In Beams.

Jaime Juan Villar Castro¹

Jonas Araújo Castro²

Renê de Almeida Uzac³

Antônio Henrique Correa de Freitas4

RESUMO

A constante evolução da construção civil gerou uma maior preocupação com a melhoria de todos os processos,
dentre eles a etapa de lançamento de fôrmas para concreto armado, a qual é parte fundamental do processo de
construção da estrutura, e possui gastos que são bastante expressivos na execução da obra. Esta preocupação,
aliada a fatores como à constante busca em se melhorar os índices de produtividade, redução de custos, aumento
da qualidade e a execução da obra dentro do cronograma, faz com que seja de grande valia um estudo detalhado
dos sistemas de fôrmas – mista e convencional, seu dimensionamento e a melhor escolha dos materiais, o que
acabará refletindo na mão-de-obra e nos demais itens, mesmo aqueles não diretamente ligados à estrutura de
concreto armado.

Palavras Chave: Sistema de Fôrmas, Comparativo, Produtividade, Fôrmas Mistas, Fôrmas Convencionais.

ABSTRACT

The constant evolution of civil construction generated a greater concern with the improvement of all processes,
among them the stage of launching forms for reinforced concrete, which is a fundamental part of the
construction process of the structure, and has expenses that are quite Expressive in the execution of the work.
This concern, coupled with factors such as the constant search to improve productivity rates, reduce costs,
increase quality and the execution of the work on schedule, makes a detailed study of the systems of mixed
forms And conventional, its design and the best choice of materials, which will eventually reflect on the
workforce and other items, even those not directly linked to the reinforced concrete structure.

Keywords:Mold Systems, Comparative, Productivity, Mixed Forms, Conventional Forms.

¹ Graduando em Engenharia Civil. Escola de Engenharia Kennedy- jaimejuanvillar@gmail.com


² Graduando em Engenharia Civil. Escola de Engenharia Kennedy- jonas_acastro@hotmail.com
³ Graduando em Engenharia Civil. Escola de Engenharia Kennedy-reneuzac@yahoo.com.br
4
Engenheiro Civil. Professor de Concreto Armado I na Escola de Engenharia Kennedy –
hcorreafreitas@hotmail.com
1. INTRODUÇÃO

Desenvolvido na Europa em meados do século XIX, o concreto armado é utilizado no Brasil


desde o início do século XX. Trata-se de um composto plástico moldável, capaz de se conferir
os mais variados formatos, composto de agregados graúdos e miúdos, cimento, areia e água
junto a uma armadura de aço (Santos e Oliveira, 2008).

Na fase de execução das estruturas de uma obra de concreto armado, além de concreto e aço,
é indispensável um conjunto de materiais que têm a função de moldar e sustentar o concreto
fresco denomina-se este conjunto como sistema de fôrmas. De acordo com Fajersztain (1992),
o sistema de fôrmas é conceituado como a estrutura que atua no processo de moldagem e
sustentação do concreto fresco até que o mesmo atinja resistência suficiente para suportar os
esforços a que está submetido.

1.1 Contextualização

A norma brasileira regulamentadora das fôrmas e escoramentos para estruturas de concreto é


a NBR 15696, que passou a vigorar a partirde 15/05/2009. Esta norma regulamenta os
projetos, dimensionamentos e procedimentos executivos das fôrmas e escoramentos, ou seja,
ela fixa os procedimentos e condições que devem ser obedecidos na execução das fôrmas e
escoramentos para as estruturas de concreto moldadas in loco.De acordo com a NBR 15696
(2009),fôrmas são estruturas provisórias que servem para moldar o concreto fresco, resistindo
a todas as ações provenientes das cargas variáveis resultantes das pressões do lançamento do
concreto fresco, até que o concreto se torne autoportante.

A madeira foi e continua sendo a matéria prima principal, utilizada na confecção dos moldes
para peças de concreto armado, principalmente no ramo predial da construção civil e constitui
aquele que é normalmente chamado de sistema convencional ou tradicional (Chade, 1986).
Nesse sistema os materiais e os serviços de carpintaria para fabricação e montagem podem ser
fornecidos pela própria construtora ou terceirizados por uma empresa especializada.

Segundo a Techne (2009), a partir da segunda metade da década de 1970 viria a ocorrer uma
grande transformação no mercado de fôrmas para concreto. Iniciou-se, então, a fabricação
industrial dos painéis e escoramentos, previamente projetados. Com a pré-fabricação,

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aumentaram-se as vantagens oferecidas pelos projetos de racionalização, diminuindo as
perdas dentro da obra e reduzindo as equipes de carpintaria.

A utilização de fôrmas mistas, que são painéis modulares cuja estrutura é feita de metal em
conjunto com a chapa de madeira compensada, começou a ser difundida no país também
nessa época. Esse sistema pode ser comprado ou locado por meio de uma empresa
especializada e esta trabalha em parceria com a construtora fornecendo não somente a fôrma e
seus acessórios como também serviços de engenharia como projetos, planejamentos e
supervisão técnica.

Devido ao grande impulso dado pelo BNH (Banco Nacional da Habitação) às habitações em
larga escala, o mercado brasileiro da construçãoassistiu à entrada de fôrmas metálicas para
concreto, inicialmente importadas (Santos e Oliveira, 2008).

1.2 Objetivos

Apresentar e avaliar do ponto de vista de desempenho, a execução da fôrma de viga para


estruturas de concreto armado com ênfase no comparativo entre os tipos de sistemas de
fôrmas utilizados no Brasil - Convencional e Mista, com o intuito de determinar quais devem
ser os fatores relevantes no processo de escolha adequada do sistema de fôrmas.

1.3 Justificativa

Segundo NAZAR (2006), a importância das fôrmas para concreto na concepção, na execução
e nos custos da estrutura de um edifício, justifica plenamente um estudo detalhado do seu
dimensionamento e a melhor escolha dos materiais.

Na construção civil a etapa de lançamento de fôrmas é parte fundamental do processo de


construção da estrutura em concreto armado, com gastos que são bastante expressivos na
execução da obra. Com a constante evolução da construção civil gerou-se uma maior
preocupação com a melhoria de todos os processos, dentre eles a etapa de lançamento de
fôrmas para concreto armado.

De acordo com Searby (1986), as fôrmas para concreto armado utilizadas na construção de
edifícios, representam em torno de 10% do custo total de uma obra, ou ainda, cerca de 50%
do custo de uma estrutura e o prazo de sua execução não raras vezes atinge entre 50% e 60%

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do total, o que aponta o tamanho das repercussões que qualquer problema nessa etapa do
empreendimento pode acarretar no preço total do produto final a ser comercializado.

1.4 Objeto

Determinar as variáveis preponderantes à escolha do tipo de fôrma que se deve utilizar na


execução de vigas de concreto armado. Para isso será feita uma comparação analisando os
objetivos de desempenho, descrevendo o enfoque principal de aplicação das duas situações
informadas e considerando critérios técnicos e econômicos para o dimensionamento das
fôrmas de concreto e considerações sobre os custos dos materiais e a incidência no custo das
estruturas.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Sistemas de Formas

Sistema de formas é definido como uma estrutura provisória cujos elementos, quando
combinados em harmonia, apresentam as seguintes funções (FREIRE; SOUZA, 2001).

 Moldar o concreto;
 Sustentar o concreto fresco até que este se torne autoportante;
 Permitir à estrutura de concreto a textura desejada;
 Oferecer sustentação provisória para os serviços de armação, posicionamento de
passagens hidráulicas, elétricas e concretagem, tendo de resistir não só a cargas de seu
peso próprio, mas também as de serviços;
 Impedir a ocorrência de choques mecânicos no concreto novo;
 Diminuir a perda de água, auxiliando a etapa de cura.

2.2 Classificação dos sistemas de fôrmas

Segundo Fajersztajn (1992), podemos considerar as fôrmas como um sistema que pode ser
produzido em materiais de diversos tipos, são eles: integralmente de madeira, misto,
integralmente metálico e híbrido.

 Sistemas de Formas de Madeira: Produzidos totalmente de madeira, tanto o molde


quanto à estruturação. São constituídas de painéis de madeira compensada, tábuas e
pontaletes de madeira serrada, podendo ser executadas de madeira tradicional, feitas
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“in loco” ou de madeira racionalizada, com produção industrializada. São as mais
utilizadas na maioria dos estados brasileiros e quando projetadas e executadas
apresentam um ótimo resultado técnico e econômico, além de estarem incorporadas ao
dia-a-dia da mão-de-obra vigente (Fajersztain, 1992).
 Sistemas de Formas Mistas: São constituídos de diferentes materiais. Geralmente o
molde é feito de compensado enquanto a estruturação é metálica. Quase sempre a
escolha é feita a partir do prazo de sua utilização (Fajersztajn,1992).
 Sistemas de Formas Metálicas: São integralmente metálicos, podendo ser de aço ou
alumínio. São empregados em lajes, pilares, vigas e cortinas e o componente prazo é
decisivo para se adotar ou não a solução, sendo que o comum é a locação desse tipo de
equipamento e não a aquisição pela empresa. É aplicado geralmente em obras
repetitivas, industrializadas e de grande volume de estruturas, pois desta maneira o
custo com a compra de fôrma será reduzido ao longo da obra (Fajersztain, 1992).
 Sistemas de Formas Híbridos:São constituídos de diferentes materiais, através da
combinação de qualquer dos diversos subsistemas. Esses subsistemas podem ser a
fôrma de madeira, metálicas, mistas ou soluções com outros materiais como papelão,
fibra de vidro, plástico, isopor e blocos de argila, concreto ou cerâmico (Fajersztain,
1992).

2.3 Requisitos dos sistemas de fôrmas

Existem alguns requisitos que devem ser observados no processo de execução das fôrmas para
que estas desempenhem corretamente as funções para qual foram idealizadas.Segundo Barros
e Melhado (1998), Souza (1995) e Searby (1986) tais requisitos são:

 Resistência: Refere-se à função estrutural do sistema de fôrmas em servir de suporte


ao concreto fresco, necessitando de resistência suficiente para suportar os esforços
provenientes do seu peso próprio, do empuxo do concreto, do adensamento e do
tráfego de pessoas e equipamentos (Searby, 1986).
 Estanqueidade:Significa evitar a perda de água e de finos de cimento durante a
concretagem, que causam “bicheiras” que comprometem a qualidade do concreto tanto
no que diz respeito ao acabamento superficial quanto à resistência (Souza, 1995).
Durante a concretagem de uma estrutura, poderá ocorrer o vazamento de nata de

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cimento caso a montagem dos painéis da fôrma não esteja garantindo o perfeito
fechamento das juntas.
 Baixa Aderência:A fôrma não deve aderir ao mesmo, a fim de facilitar os
procedimentos de desforma, sem danificar a superfície do elemento estrutural.
Geralmente a baixa aderência é garantida passando-se desmoldante na superfície da
fôrma que ficará em contato com o concreto. Quando chega o momento de retirada
dos painéis, se estes estiverem com uma alta aderência à superfície da estrutura, será
necessário aplicar um grande esforço para separar a fôrma do concreto, o que
ocasionará a imperfeição da superfície e até mesmo danos à forma, prejudicando assim
o reaproveitamento desta e potencializando uma perda generalizada na economia da
obra e no tempo de trabalho previsto (Searby, 1986).
 Lançamento e Adensamento: Para proporcionar facilidade para o correto lançamento
e adensamento do concreto, a fôrma deve ser concebida de modo a não dificultar ou
oferecer obstáculos à mangueira da bomba, caso o concreto seja bombeado, e também
ao vibrador (Souza, 1995).
 Rigidez:Significa apresentar resistência à deformação suficiente para manter as
dimensões e formas previstas no projeto, ou seja, apresentar deformação adequada e
controlada sem deslocamentos, apresentando assim geometria compatível com as
especificações do projeto. De acordo com Barros e Melhado (1998), observa-se que a
redução de 10% na altura de uma viga interfere muito mais na resistência mecânica do
elemento estrutural que uma variação de 10% na resistência do concreto.
 Posicionamento da armadura: Durante a etapa de execução da estrutura, a armadura,
também conhecida como ferragem, é inserida no espaço entre as fôrmas, portanto, esta
deve estar bem posicionada para que o comportamento dos elementos estruturais não
seja afetado, além disso, o posicionamento incorreto das armaduras em função de
defeitos da fôrma poderá afetar o cobrimento, que é a camada de concreto que fica
entre a armadura e a face externa do componente estrutural, e desta maneira
comprometer a durabilidade da estrutura, já que a armadura ficará mais exposta ao
meio externo (Souza, 1995).
 Textura superficial: Significa apresentar textura superficial compatível com as
exigências do projeto, sobretudo nos casos de concreto aparente. Para que isso ocorra,
a superfície da fôrma deve possuir um revestimento liso e o molde dos painéis deve

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ser devidamente fixado na estrutura que o suporta, de modo que este não sofra
ondulações excessivas durante as utilizações (Searby, 1986).

2.3Objetivos de Desempenho

Na construção civil, assim como nos demais setores industriais, o mercado consumidor
seleciona as melhores práticas e os melhores produtos, e a produção deve ser orientada para as
necessidades dos usuários.

Segundo Barros Neto (2002) os objetivos de desempenho mais utilizados são: qualidade,
rapidez, flexibilidade e custos.

 Qualidade: Slack (2000) argumenta que qualidade é ‘fazer certo as coisas’, porém
essas “coisas” variam com o tipo do negócio. Qualidade é um objetivo que todas as
operações devem zelar, afinal ela pode ser atrativa para que o consumidor retorne. A
qualidade de um produto ou serviço é facilmente percebida numa organização, visto
que “é algo que o consumidor acha relativamente fácil de julgar numa operação”.
 Rapidez: Segundo Slack (2000) rapidez significa “quanto tempo os consumidores
precisam esperar para receber seus produtos e serviços”. Quanto mais rápido a
disposição de um produto ao consumidor, maior será a probabilidade de compra, “este
é o principal objetivo da rapidez” entregar os bens e serviços para o consumidor.
 Flexibilidade: Flexibilidade significa capacidade da organização em se adequar a uma
nova operação, estar preparado para alterar sua programação de produção. A
flexibilidade é a capacidade de reagir ao inesperado mantendo tratamento único e
individualizado ao consumidor. Isso dá à empresa a vantagem de flexibilidade.
 Custo: Para empresas em mercados que tem um forte apelo a preços baixos, o custo
será seu principal objetivo de produção. Mesmo naquelas outras em que o custo não é
seu principal enfoque, elas dão importância, visto que o dinheiro economizado será
acrescido ao seu lucro. Os custos de produção podem ser divididos em: custo de
funcionários, custo de instalações, custo de tecnologia e equipamentos, custo de
materiais.

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3. METODOLOGIA

Este artigo tem como metodologia o estudo comparativo entre dois tipos de formas, sendo
eles o sistema convencional de madeira e o sistema misto. Serão utilizados, ainda, para dar
sustentação a este estudo, a pesquisa bibliográfica através de livros, monografias, artigos,
boletins, teses, catálogos técnicos e revistas especializadas, que explanem sobre os objetivos
de desempenho e/ou que exprimam sobre a etapa de fôrmas para construção civil. Como
auxílios à pesquisa, foram efetuadas visitas técnicas em obras de construção civil localizadas
na região metropolitana de Belo Horizonte.

Para o estudo quantitativo do custo, tomaremos como referência a execução de fôrmas para
execução de lajes e vigas de um edifício residencial localizado na Rua Teixeira de Magalhaes,
bairro Floresta, Belo Horizonte/MG.

Este edifício residencial possui 04 pavimentos mais cobertura e adotaremos como parâmetro a
execução das lajes e vigas dos 2º,3º e 4º pavimentos, que são pavimentos Tipo. Cada
pavimento tipo possui vigas de seção iguais a 14x50cm, 18x50cm e 20x50cm, com
comprimentos variados.

Consideraremos que as fôrmas das vigas serão reutilizadas verticalmente na estrutura,


abrangendo assim a análise de reaproveitamento, que é uma das principais variáveis na
análise de produtividade e na composição dos custos.

Será utilizado fundo de viga estruturado, com compensado de 15 mm para ambas as situações,
entretanto será desconsiderado os materiais e mão de obra para execução deste, uma vez que
os fatores de desempenhos analisados serão os mesmos.

As fôrmas deverão ficar na obra até que as vigas da última elevação sejam concretadas, desta
forma o comparativo será efetuado considerando o tempo de execução de praticamente toda a
estrutura da construção.Consideraremos também que as vigas não irão mudar de seção ao
longo da estrutura e que serão executados a concretagem de viga e laje simultaneamente.

Desta forma obteremos duas soluções de projeto a serem executados e por meio destas será
efetuado o levantamento de materiais necessários para execução dos dois tipos de forma.

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A partir dessas considerações, iremos fazer uma análise comparativa dos gastos com uma
forma de compensado convencional e uma forma mista, locada por meio de uma empresa
especializada.

No caso da fôrma convencional de madeira, será utilizada uma das maneiras mais usuais de
montagem para execução do projeto e com relação à fôrma mista será utilizado o projeto de
acordo com os painéis disponibilizados pelo fornecedor.

A partir das tabelas de materiais dos projetos será executada uma pesquisa de preços para que,
juntamente com o custo relativo à mão de obra possa-se chegar aos valores gastos com a
fôrma convencional de madeira e a mista.

Sendo assim, para a composição dos custos, consideraremos as seguintes variáveis: valores de
compra dos componentes para execução da fôrma convencional, valor de locação da fôrma
mista, reaproveitamento das fôrmas e a produtividade, que será dada considerando a
montagem e desmontagem de ambas as formas.

3.1 Comparativo entre as fôrmas em relação ao tipo de montagem

As fôrmas são classificadas de acordo com o material e pela maneira como são utilizadas,
levando em conta o tipo de obra. Dos diversos tipos de fôrma existente, analisaremos nesse
trabalho dois dos mais usados atualmente no Brasil. São elas as fôrmas convencionais de
madeira e a fôrma mista.

3.1.1 Formas de madeira para Vigas

A forma de madeira para as vigas são compostas basicamente por painéis de face e fundo da
viga, sarrafos, garfos e acessórios para nivelamento. (MAGALHÃES, 2000).

Os painéis, tanto os de face quanto os de fundo, são confeccionados em chapas de madeira


compensada. Os sarrafos servem como reforço para os painéis laterais resistirem aos esforços
horizontais da concretagem e também como apoio do molde da viga nos garfos. Os mesmos
trabalham como escora para os painéis de fundo de viga e como travamento para os laterais,
evitando deformações horizontais excessivas. Além disso, são eles que transmitem os esforços
verticais do molde e da estrutura do molde para os pontos de apoio na superfície.
(MAGALHÃES, 2000).

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Figura 1 - Fôrmas de madeira para vigas

Fonte: Magalhães, 2000.

As fôrmas das vigas geralmente são lançadas após a concretagem dos pilares, somente no
caso em que vigas, lajes e pilares são concretados ao mesmo tempo, tem-se a fôrma das vigas
lançadas no conjunto de fôrmas para estas estruturas. Os painéis para vigas são
confeccionados tanto para as laterais quanto para o fundo da estrutura e podem apresentar
estruturação longitudinal (sarrafos paralelos à direção da viga), transversal (sarrafos
perpendiculares à direção da viga) ou ainda estruturação nas duas direções.

As fôrmas podem apresentar ainda gastalhos, sarrafos de pressão, e tirantes, sendo que estes
têm a função de resistir às pressões laterais do concreto, atuam, portanto, como travamento
das fôrmas.

Figura 2 - Travamento de viga

Fonte: Projeto Mills, 2017.

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3.1.2 Formas Mistas para Vigas

A utilização do sistema de fôrma mista para vigas, de acordo com Nazar (2006), deve ser do
mesmo raciocínio como as das fôrmas mistas para pilares, onde se tem módulos de fôrmas
que devem atender medidas especificas da viga. Para evitar adaptações o projeto estrutural
deve ter o máximo de repetições possíveis em relação às dimensões de peças estruturais,
assim evitando adaptações e custo onerosos não previstos.
De acordo com Santos (2009), no caso da aplicação das fôrmas mistas para vigas, os painéis
modulares, em geral, trabalharão em conjunto com complementos de fôrma convencional,
isso ocorre quando a fôrma das laterais de viga fica confinada, no sentido vertical, entre o
escoramento e a fôrma do fundo de laje, ou no sentido horizontal, entre duas vigas ou pilares.
Em geral, somente a forma das laterais é feita com o sistema de painéis mistos e a fôrma do
fundo de viga é executada de maneira convencional (madeira). Isso acontece pelo motivo de a
fôrma do fundo não poder ser desmontada antes da retirada do escoramento, o que, no caso de
uma locação, gera um aumento no custo a cada dia que a fôrma fica “presa” no fundo da viga.

Figura 3– Detalhe fundo de Viga Estruturado

Fonte: Catálogo Mills, 2014.

A forma convencional deverá estar presente também como cunha de desforma, nos lados
internos, na direção longitudinal das vigas para que os painéis modulares não fiquem presos
devido às suas deformações em função da pressão exercida pelo concreto fluido. Se a cunha
não estiver presente, a retirada correta dos painéis, no momento da desforma, será
prejudicada.

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Figura 4 - Planta de Forma Mista confinada

Fonte: Santos, 2009.

3.2 Comparativo entre as fôrmas em relação aos Objetivos de Desempenho

O processo de execução dos sistemas de fôrmas deve atender aos objetivos de desempenho
para que a estrutura seja moldada corretamente e para se obter os resultados planejados em
relação ao custo e ao tempo de execução das estruturas da obra. Os objetivos a serem
analisados serão a qualidade, a rapidez, a flexibilidade e o custo, pois este serão os objetivos
que apresentarão relevância no processo de escolha entre os sistemas. Para cada objetivo,
serão avaliadas as variáveis que lhe dizem respeito para que, desta forma, a análise
comparativa seja feita de forma mais abrangente.

3.2.1 Qualidade

A qualidade é responsável pelo bom desempenho da fôrma. Para que o sistema de


fôrmas seja considerado de qualidade, ele deve atender as exigências previstas na NBR
15696 (2009). Para comparar os dois tipos de fôrmas analisado em relação à qualidade
cabe detalhar cada uma dessas condições separadamente:

 Resistência: Ambas as formas devem ser fabricadas com a garantia de que resistiráàs
ações conjuntas da pressão do concreto, peso próprio, peso da armação eas

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sobrecargas previstas em norma.No caso da forma mista, há uma predefinição do
fabricante quanto ao limite de pressão admissível, já no caso da forma de madeira, a
pressão admissível será definida de acordo com a sua estruturação durante a
montagem da forma, ou seja, de acordo com os espaçamentos inseridos.
 Estanqueidade: O sistema de fôrma deve ser estanque para garantir que a pasta de
cimento existente no concreto não seja perdida durante a concretagem. Em ambos os
tipos de formas a fuga da nata de cimento no local de emenda dos painéis cria
imperfeições, comumente chamadas de “bicheiras” ou “brocas”, que comprometem a
qualidade do concreto.
 Rigidez: A fôrma deve possuir rigidez suficiente para não se deformar além dos
limites permitidos pela norma, já que se isso ocorrer, a geometria da peça moldada
será comprometida. Quanto ao seu travamento, as formas de madeira se deformam
mais facilmente que as formas mistas, já que esta possui um módulo de elasticidade
maior. Sendo assim o número de travamentos será sempre maior no caso da fôrma de
madeira, contribuindo para uma menor produtividade no caso da montagem das
fôrmas tradicionais, já que o tempo gasto para execução dos travamentos desta
também será maior do que no caso das fôrmas mistas (Santos, 2009).

3.2.2 Rapidez

Segundo Santos (2009), o tempo de execução da estrutura, geralmente é o que mais interfere
no cronograma da obra. A estrutura de um prédio precisa ser executada o quanto antes para
liberar as etapas, de fechamento e acabamento, por exemplo. A fôrma influi diretamente no
prazo de execução da estrutura e na análise em questão, os itens a serem analisados serão o
tempo de disponibilização da fôrma para utilização na obra e a sua produtividade.

A fôrma convencional precisará de um planejamento específico, visto que o processo de


montagem das fôrmas é realizado no canteiro de obra.Para que não aconteçam atrasos, além
de executar um bom planejamento, deverá ser garantida a contratação da mão de obra de
qualidade, edeverá ser garantido o fornecimento dos insumos no tempo desejado,
principalmente a madeira.

No caso das formas mistas, a forma é entregue no canteiro de obra, já disponível para
montagem da estrutura. É importante que o fornecedor tenha estoque de produto disponível
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para ser entregue na obra no tempo planejado, sendo necessário um planejamento de logística
no qual o fornecedor deverá garantir o atendimento às necessidades da produção.

3.2.3 Flexibilidade

Este objetivo de desempenho será analisado em relação à geometria das estruturas da


edificação e também em relação à fôrma propriamente dita, são nestes itens que a
flexibilidade irá influir na comparação entre os dois tipos de fôrma.

A fôrma de madeira se molda a qualquer tipo de estrutura, não havendo nenhum problema
quanto à funcionalidade. Já em relação à fôrma propriamente dita, o painel de madeira se
mostra muito pouco flexível, e seu reaproveitamento entre subsistema é limitado.

A fôrma mista normalmente não é capaz de moldar a qualquer tipo de estrutura apesar de
possuir diversas dimensões, se aplicada em estrutura com geometria extremamente recortada
é necessário complementos de madeiras.Entretanto ao contrário da convencional, apresenta
uma grande flexibilidade em relação ao reaproveitamento na moldagem dos subsistemas.

3.2.4 Custo

3.2.4.1Análise Qualitativa

As variáveis que compõem o custo direto das fôrmas são os gastos com a mão de obra,
transporte e com os materiais da fôrma propriamente dita.Fatores como prazo de execução e
número de utilizações assumem papel decisivo no critério a ser escolhido para execução das
fôrmas. Através dos gráficos abaixo, foi analisado o custo global e unitário para a execução da
estrutura de uma obra com a fôrma convencional e com a locação de uma fôrma mista,
considerando que os painéis desta não ficarão parados/sem uso na obra e desprezando o gasto
com fretes.

Percebe-se que o custo inicial da fôrma mista é nulo por se tratar de uma locação. Este custo
se torna crescente ao longo do tempo, sendo proporcional ao número de utilizações ao longo
do tempo de locação, consequentemente maior será o valor acumulado do custo.O custo
acumulado com a mão de obra necessária para montagem e desmontagem também contribui
para o aumento linear do custo ao longo das utilizações.

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Figura 5 - Custo Global Acumulado das Fôrmas

Fonte: Adaptado de FAJERSZTAJN, 1992.

Já o gráfico da fôrma convencional apresenta um custo inicial mais alto, devido à compra dos
insumos, e ao longo do tempo trechos de crescimento linear, devido ao custo acumulado da
mão de obra para montagem e desmontagem. O gráfico apresenta ainda algumas oscilações
menores que são explicadas pela necessidade de reforma das fôrmas, e oscilações maiores que
acontecem devido à necessidade de substituição do jogo de fôrmas, ou seja, as variações
ocorrem em função do acréscimo de componentes, principalmente a madeira.

Abaixo temos outro gráfico, na qual apresenta o custo unitário das fôrmas. Este custo não
considera a mão de obra e é dado em R$/m², sendo que a área considerada no denominador é
relativa à superfície de estrutura executada com a fôrma.

No caso da locação da fôrma mista, este custo é constante na medida em que o número de
utilizações aumenta, pois o valor unitário que é cobrado não se altera ao longo do tempo.
Portanto, quando se aumenta o número de utilizações da fôrma, há o aumento proporcional da
área que esta moldou, porém, o valor da locação também aumenta a cada dia em que a fôrma
fica na obra, isso faz com que o custo unitário ao longo do número de utilizações seja
constante (Santos, 2009).

Para a fôrma convencional, verifica-se que o custo apresenta um decrescimento inicial na


medida em que o número de utilizações aumenta isso acontece porque os componentes da
fôrma são comprados pelo cliente, sendo assim, o valor gasto não varia ao longo das

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utilizações inicias e por isso, quanto maior for o número de reaproveitamentos, maior será a
quantidade de m² de superfície de estrutura que a fôrma terá executado e consequentemente
menor será o custo unitário, contudo, é possível perceber que este custo decresce somente até
um período, pois a necessidade de substituição do jogo de fôrmas faz com que o custo volte
ao valor inicial, portanto o custo decresce somente até um determinado número de
usos.(Santos, 2009).

Figura 6 - Custo Unitário

Fonte: Adaptado de FAJERSZTAJN, 1992.

3.2.4.2Análise Quantitativa

Para que tenhamos um parâmetro quantitativo quanto ao custo dos dois tipos de fôrma em
questão, faremos um comparativo teórico de acordo com a metodologia especificada
anteriormente neste estudo.

 Projeto

Conforme o item 6.3 da NBR 15696, toda montagem de fôrmas deve ser auxiliada por um
projeto específico, sendo que este deve ser executado por profissional qualificado. O projeto
de fôrma deverá conter todas as informações necessárias para a montagem desta no campo, na
fase de projetos é que são feitos os cálculos para o dimensionamento e também são definidos
todos os materiais necessários à execução do serviço. As figuras abaixo demonstram,
respectivamente, um projeto de fôrma convencional e um de fôrma mista para as vigas em
questão. A partir destes, foram levantados os seguintes quantitativos de materiais:

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i. Forma convencional: Para confecção de fôrma das vigas de um pavimento tipo foram
necessários 127,50m² de chapa de compensado plastificado com espessura de 15 mm,
373,20m de Gastalho (Sarrafo vertical 1’’x3’’) e 576,96m sarrafo de pressão (1’’x3’’),
23,00 Kg de pregos nº 17x27mm, 176 barras de ferro de 50 cm (1/4” CA-25), 352
tensores, 4 esticadores e 25 metros de tubo de PVC ¾”.
ii. Fôrma modular mista: Para confecção de fôrma das vigas de um pavimento Tipo
será necessário 117,45m² de painéis modulares e 1,3 toneladas de acessórios (Tirantes,
Porcas, Pinos, Parafusos). Na locação, o modo de cobrança é a medição da metragem
quadrada de fôrma na obra, ou seja, para o caso em questão, será cobrado o valor de
117,45 m² referente à soma dos valores de área de cada painel que foi enviado para
obra. O restante dos componentes da fôrma modular mista é considerado, por parte da
empresa locadora, acessório da fôrma, portanto, o custo destes já estará embutido no
custo do m² da fôrma locada.

Figura 7 - Projeto de Forma Mista

Fonte: Projeto Mills, 2016.

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Figura 8 - Projeto de Forma Convencional

Fonte: Elaborado pelo autor, 2017.

 Produtividade

E difícil quantificar corretamente a produtividade, já que não são levadas em conta eventuais
diferenças e variabilidades de mão-de-obra, por se tratar de um tema polêmico e muito mais
associado à afinidade da mão-de-obra com determinado processo do que com a eficiência
propriamente dita (Nazar, 2006).
Segundoa fornecedora da fôrma mista, a produtividade de montagem + desmontagem do
sistema de forma SL-2000 é de 3,33 m²/Hh. E segundo Filho (1990), a produtividade média
para fôrma convencional, considerando a montagem e desmontagem é de 1,28 m²/Hh.

As formas mistas apresentam uma maior produtividade,uma vez que se trata de um sistema de
formas leve, projetado para montagem manual de maneira fácil e rápida, apresentando poucos
componentes. (Mills, 2012).

As fôrmas convencionais apresentam uma menor produtividade, pois precisa uma maior
quantidade de componentes e micro operaçõespara sua montagem e deve ser fabricada na
carpintaria antes de ser montada, fator este que influencia também no valor de produtividade.
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Portanto, a partir dos dados de produtividade obtidos acima e através dos levantamentos de
quantitativos, o valor total de Homem/Hora pode ser obtido através do calculo da área total
das faces dasvigas, no total de 381m². Para execução desta área utilizando a forma mista,
serão necessários 99,40 H/h, e para a execução utilizando a fôrma convencional serão
necessários258,59H/h.

 Reaproveitamento

Segundo Maranhão (2000), a fôrma convencional, com compensado plastificado permite um


reaproveitamento em média de 15 reutilizações e a fôrma mista, segundo a Mills (2012),
chega a 70 utilizações para chapa de compensado plastificado e até 300 utilizações para a
estrutura metálica.

No caso analisado, na qual consideramos somente a execução das formas para as vigas,
comtrês reaproveitamentos (entre pavimentos), ambas as formas atenderão sem a necessidade
de substituição do compensado ou da estrutura.

4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

A partir dos dados obtidos por meio da execução do projeto, na qual foi realizada a analise
quantitativa dos materiais, avaliada a produtividade e o reaproveitamento, e com a pesquisa de
preços de cada item que compõem os custos dos dois tipos de formas, chegamos aos valores
apresentados nas tabelas abaixo:

Tabela 1 - Composição de Custos - Forma Mista

Custo Período de Custo Total


Descrição Quantidade Unidade
Unitário locação (R$)

Painel SL-2000 117,45 M² R$ 0,35 180 R$7.399,35

Tubo de PVC 3/4” 64,96 M R$ 2,99 - R$ 194,23

Desmoldante para fôrmas 1,00 L R$ 8,03 - R$ 8,03

Mão de obra 99,40 H/h R$ 8,63 - R$ 857,82

Total R$8.459,43

Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).

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Tabela 2- Composição de Custos - Forma Convencional

Descrição Quantidade Unidade Custo Unitário Custo Total (R$)

Sarrafo de Madeira Pinus 1''X3''' 950,16 M R$ 3,34 R$ 3.171,95

Chapa de compensado 15 mm 127,50 M² R$ 61,94 R$ 7.897,35

Prego 17X27 23,00 KG R$ 7,75 R$ 178,25

Aço CA-25 6,3mm 88,00 M R$ 6,41 R$ 563,93

Tensor 352 PÇ R$ 5,20 R$ 1.830,40

Esticador 4 PÇ R$ 150,00 R$ 600,00

Tubo de PVC 3/4” 25,00 M R$ 2,99 R$ 74,75

Desmoldante para fôrmas 1,00 L R$ 8,03 R$ 8,03

Mão de obra 258,59 H/h R$ 8,63 R$ 2.230,34

Total R$ 16.555,00

Fonte:Elaborado pelo Autor (2017).

Por meio da análise dos dados apresentados nas tabelas acima, é possível afirmar que houve
uma diferença considerável no custo das duas formas, na qual a opção pela aplicação da
forma mista mostrou sercerca de 49% menor que a forma convencional.

Esta diferença entre sistemas ocorre principalmente, pois no caso da utilização da forma
convencional é necessário um custo inicial alto devido à compra de insumos para confecção
dos painéis, principalmente os compensados, porem este custo tende a decrescer ao longo das
utilizações da forma. Já a forma mista, o custo inicial é praticamente zero, e cresce ao longo
do tempo de locação, sendo proporcional ao metro quadrado de forma locada. Se
desconsiderarmos os custos de mão de obra de ambas as formas, a Forma Mista apresentou
um custo de 47% menor que a forma convencional.

Quanto ao quesito mão-de-obra, nota-se também uma diferença considerável entre os tipos de
formas aplicados, onde a forma mista apresentou um custo menorde aproximadamente 61%.
Esta economia na mão de obra ocorre devido a maior produtividade de montagem e
desmontagem do sistema e também devido à fôrma mista não precisar ser fabricada no
canteiro de obra, mostrandoser mais produtivo para o caso analisado.

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5. CONCLUSÃO

Concluímos através deste estudo que, nas circunstâncias apresentadas para a obra estudada, o
sistema de forma mistase mostrou ser mais vantajoso que o sistema de forma convencional,
uma vez que apresentou menor custo para execução do serviço, sendo esteofator
preponderante para a escolha deste sistema. Desta forma podemos afirmar que, para a
execução das vigas da obra analisada, a locação do sistema de forma mista é o mais indicado
e proporcionará uma economia no custo total da obra, em especifico no custo referente às
formas, levando em consideração ainda a qualidade do produto final.

Através dos objetos de desempenho analisados, conclui-se que as variáveis preponderantes


para que o custo da forma mista fosse menor,foi o alto custo da compra de insumos para
fabricação da forma convencional eo menor custo com a mão de obra, devido à diferença de
produtividade dos sistemas.

Pode-se observar que, a produtividade é um dos principais objetivos de desempenho, sendo de


extrema importância que o construtor tenha conhecimento destes índices para planejar sua
construção antes da escolha do sistema de forma adotado para a obra. Vale ressaltar que, os
outros objetivos de desempenho, como a qualidade, flexibilidade e a rapidez também devem
ser levados em conta, já que estes influem no custo do sistema de fôrmas.

A partir do estudo apresentado, sugere-se a execução de estudos à luz de determinar os limites


de escolha ideal entre os diversos tipos de fôrma em uma visão global da obra. A partir do
desmembramento de cada objetivo de desempenho apresentado, podem-se construir uma
análise que passe por cada tipo de fôrma para concreto armado e desta maneira determine até
quando, em relação a cada objetivo desempenho, um tipo será mais viável que os demais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Fôrmas e Escoramentos para


Estruturas de Concreto, NBR 15696. Rio de Janeiro, 2009.

BARROS, M.B; MELHADO, S.B, Recomendações para a produção de estruturas de


concreto armado em edifícios. Projeto EPUSP/SENAI. São Paulo, 1998.

FARJERSZTAJN, H.; LANDI, F. R.Boletim técnico da Escola Politécnica da USP.


BT/PCC/60. São Paulo: EPUSP, 1992.

MARANHÃO,G. M. Fôrmas para Concreto: Subsídios para a Otimização do Projeto


segundo a NBR 7190/97. Dissertação (Mestrado). Escola de Engenharia de São Carlos da
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2000.

MILLS ESTRUTURAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA S.A. Produto e Serviços.


Manuais técnicos. Formas.SL-2000Manual de Utilização. Acesso em: 18 junho 2017.

NAZAR,N. Critérios para Escolha e Dimensionamento de Fôrmas para Construção de


Edifícios Habitacionais. Dissertação (Mestrado). Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
estado de São Paulo-IPT. São Paulo, 2006.

SANTOS, D.A. Análise Comparativa entre fôrmas Mistas e Tradicionais para


Concreto Armado tendo como Referência os Objetivos de Desempenho. Centro Federal
de Educação tecnológica de Minas – CEFET-MG. Belo Horizonte, 2009.

SANTOS, R. E.; OLIVEIRA, B. J. A Armação do Concreto no Brasil: história da


difusão da tecnologia do concreto armado e da construção de sua hegemonia. In:
Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia. Niterói, 2000.

SEARBY, A.B.Processo de Escolha de um Sistema de Fôrmas, IN: Simpósio Nacional de


Tecnologia da Construção, nº 2, 1986, São Paulo, SP. São Paulo: EPUSP, 1986.

SOUZA, J.C.S. Qualidade na Produção de Fôrmas para Estruturas de Concreto


Moldadas in Loco. Pós-Graduação em Engenharia da Construção Civil e Urbana, Escola
Politécnica da USP, São Paulo, 1995.

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