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A contratação de serviços de Arquitetura, Engenharia e Comentado [M1]: Nota 10,0

Construção e o Building Information Modeling no Brasil


Gracianne Lucy Gomes Marinho Luczynski – graciannelucy@hotmail.com
Master BIM – Coordenação e Gestão
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Santarém, PA, 11 de setembro de 2022

Resumo
Alicerçado nas iniciativas governamentais do Brasil, para a implantação do Building
Information Modeling (BIM), é perceptível o movimento dos profissionais e empresas
da construção em busca da adoção do BIM, por intermédio do aperfeiçoamento
profissional e readequação dos setores da Arquitetura, Engenharia e Construção
(AEC). Em detrimento dessas readequações, torna-se questionável como se darão
os trâmites de contratação de serviços de AEC a partir da inserção do BIM. Logo, o
presente artigo tem como premissa pontuar algumas das possíveis alterações que
as contratações sofrerão a partir da utilização do BIM. Este artigo é proveniente de
uma pesquisa bibliográfica realizada através de artigos científicos publicados em
periódicos especializados, advindos de repositórios de universidades e bases
científicas, resultando na extração de ideias e conceitos aplicados no decorrer do
artigo. Baseado nesse referencial teórico, foi possível proceder as análises das
informações obtidas, e os resultados encontrados indicam que existe a necessidade
de readequações jurídicas quanto as modalidades de contratação comumente
utilizadas no Brasil. Todavia, constata-se que a disseminação do BIM veio para
proporcionar alterações nos modelos de contratação a serem utilizados e nos
processos de negócio envolvidos com a indústria da construção.

Palavras-chave: BIM. AEC. Contratação. Indústria da Construção.

1. Introdução
O atual estudo será direcionado as formas de contratação utilizadas no setor da
Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC), especialmente com a adesão a
Modelagem da Informação da Construção, também conhecido como Building
Information Modeling, ou simplesmente BIM.
O denominado BIM vem se popularizando no Brasil, apesar do mesmo não ser
considerado um conceito novo, conforme se constata nas diversas literaturas
existentes.
Baseando-se, nos conceitos contidos no Manual CBIC, teremos as seguintes
definições de BIM:

Charles Eastman teria conceituado BIM como sendo “um modelo digital que
representa um produto, que, por sua vez, seria o resultado do fluxo de
informações do desenvolvimento do seu projeto”. [...]. O American Institute
of Architects – AIA define BIM como “uma tecnologia baseada em um
modelo que está associado a um banco de dados de informações sobre um
projeto”. [...]. Já para o National Institute of Building Standards– NIBS, BIM é
“uma representação digital das características físicas e funcionais de uma
instalação e um recurso de compartilhamento de conhecimento que viabiliza
a obtenção de informações sobre uma instalação, formando uma base
confiável para que decisões sejam tomadas durante seu ciclo de vida,
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definido desde a sua concepção até a demolição”. [...]. Uma das premissas
básicas do BIM é a colaboração entre os diferentes agentes envolvidos nas
diferentes fases do ciclo de vida de uma instalação ou edificação, para
inserir, extrair, atualizar ou modificar informações de um modelo BIM para
auxiliar e refletir os papéis de cada um destes agentes envolvidos. (CBIC,
2016: 22-23)

Em concordância, teremos a Modelagem de Informação da Construção como sendo:

O processo holístico de criação e gerenciamento de informações para um


recurso construído. Com base em um modelo inteligente e habilitada por
uma plataforma na nuvem, a BIM integra dados estruturados e
multidisciplinares para produzir uma representação digital de um recurso em
todo seu ciclo de vida, desde o planejamento e o projeto até a construção e
as operações. (Autodesk, 2021:01)

Segundo Penttilä (2006 apud GRACÍA, et al., 2014:01), “Building Information


Modeling (BIM) é uma metodologia para gerenciar a base do projeto de construção e
os dados do projeto em formato digital ao longo do ciclo de vida, da construção”.
Já para Charles Eastman apud LIMA (2018:15),

o conceito BIM envolve tecnologias e processos cujo objetivo é desenvolver


uma prática de projeto integrada, na qual todos os participantes convirjam
seus esforços para a construção de um modelo único da edificação.

Ao se comparar as definições citadas é possível perceber uma correlação entre elas,


pois todas fazem referência ao fato do BIM estar relacionado a informação e ao
trabalho mútuo e colaborativo, e que o produto final é proveniente do
compartilhamento e uso dessas informações no decorrer do ciclo de vida do
empreendimento. Em suma, as idéias dos autores se complementam sem que haja
discordâncias entre seus conceitos.
Na atualidade a utilização do BIM já é uma realidade em diversas partes do mundo.
E, nos últimos anos o Brasil vem despertando seu interesse para a implantação e
uso do BIM na indústria da construção civil.
De forma a garantir a disseminação da modelagem da informação da construção,
em âmbito nacional, o governo brasileiro lançou a chamada Estratégia Nacional de
Disseminação do BIM, por meio dos decretos n.º 9.377/2018, 9.983/2019 e
10.306/2020. E, para colaborar com a estratégia BIM, o Legislativo resolveu, inserir
o uso de BIM na nova lei de Licitações (Lei 14.133/2021). E, nesse contexto o
acrônimo “BIM” vem se difundindo ainda mais entre os profissionais e empresas do
setor AEC no Brasil, os quais vem buscando se adaptar à realidade e as exigências
para a implantação e utilização do BIM em seus processos de prestação de serviços
na área da construção.
Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI (2017a:10), a
implantação do BIM se baseia em três pontos primordiais: tecnologia, pessoas e
processos, ligados entre si por procedimentos, normas e boas práticas, e à medida
que vai sendo adotado e difundido, impacta não só na transformação digital das
empresas do setor da construção, mas exerce um grande impacto na cultura das
organizações. Conforme é reforçado no GUIA BIM volume 6,

implantar o BIM vai além de alterar a infraestrutura tecnológica de software


e hardware e treinar pessoas na operação dos novos sistemas. Cabe
ressaltar que a mudança de cultura é o elemento mais importante, pois se
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passa da visão “do que fazer” para o “como fazer” e da postura de “deixa
que a obra resolve” para a antecipação e solução de problemas ainda na
concepção. (ABDI, 2017c:17)

Ou seja, é perceptível que a adesão ao BIM resultará em diversas mudanças e


adequações nos mais diversos setores da indústria da construção, pois sua
utilização requer novos métodos de trabalho e novas posturas de relacionamento
entre arquitetos, projetistas, consultores, contratantes e construtores, conforme
menciona o Presidente da Confederação Nacional da Indústria – CNI, o Sr. Robson
Braga de Andrade, no volume 05 da Coletânea Implementação do BIM para
Construtoras e Incorporadoras da CBIC (2016a:11).
Dessa forma, questiona-se: como se dará a contratação dos projetos e serviços em
BIM? Será que a modalidade de contratação permanecerá inalterada, se comparada
a forma de contratação tradicional realizada atualmente no setor de AEC?
Baseado, nesses questionamentos consideramos de grande valia a busca por uma
resposta que possa vir auxiliar os acadêmicos, os profissionais e as empresas de
AEC, que estejam trilhando os primeiros passos rumo ao uso do BIM. Logo, o
presente artigo tem como premissa pontuar algumas das possíveis alterações que
as contratações sofrerão a partir da utilização do BIM, além de contribuir no
despertar de um olhar mais atencioso em relação a etapa de contratação dos
serviços da industria da construção.

2. Metodologia
Segundo Prodanov (2013:14), “a metodologia [...] avalia métodos e técnicas de
pesquisa que possibilitam a coleta e o processamento de informações, visando ao
encaminhamento e à resolução de problemas e/ou questões de investigação”.
Para a concepção do presente artigo, a metodologia aqui aplicada foi a pesquisa
exploratória e bibliográfica, meio pelo qual houve a realização do levantamento de
referências teóricas advindas, predominantemente, de publicações disponibilizadas
nos meios eletrônicos, ou seja, sites confiáveis onde é possível encontrar
documentos, tais como, artigos científicos, livros, monografias, teses, cartilhas, leis,
decretos, coletâneas, entre outras bibliográficas.
Vale lembrar, que o artigo de revisão que resulta da pesquisa bibliográfica,
caracteriza-se por colocar o pesquisador em contato direto com o material já escrito
sobre o assunto da pesquisa, a fim de possibilitar a analise das informações
coletadas e já publicadas para justificar a relevância do estudo proposto.

3. Ciclo de Vida do Empreendimento e Nível de Desenvolvimento


A princípio um empreendimento do setor da construção pode ser subdividido em
etapas, os quais acontecem de forma contínua e em fases dentro de uma obra, o
que caracteriza o ciclo do empreendimento, conforme figura abaixo:

Figura 1 – Ciclo de vida de um empreendimento da construção civil


Fonte: CBIC (2016a)
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Além das fases do ciclo de vida do empreendimento, faz-se necessário abordarmos


o conceito de nível de desenvolvimento (ND) ou Level of Development (LOD), visto
que, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC
(2016a:113), o nível de desenvolvimento ou LOD é usado frequentemente na
definição do escopo de contratação de serviços de modelagem BIM, pois serve de
referência para a especificação dos entregáveis BIM, e na elaboração dos contratos
e planejamentos de trabalhos BIM.
Conforme Bessoni (2019) o LOD, está relacionado à quantidade de informação
presente num elemento de um modelo e à geometria desse elemento, ou seja, o
nível de desenvolvimento contribui com os profissionais no momento de especificar
os produtos resultantes do BIM, assim como, ajuda na percepção do que estará
incluído nos produtos e no que vai ser entregue como resultado de determinada
atividade ou processo em BIM.
Atualmente existem seis níveis de desenvolvimento LOD, sendo que cada nível
corresponde a um certo grau de definição dos elementos, componentes e materiais
do projeto/empreendimento, conforme representados nas figuras abaixo:

Figura 2 - Níveis de desenvolvimento ou nível de detalhe


Fonte: ABDI (2017a)

Figura 3 - Visualização de elementos em cada nível de LOD


Fonte: AFstuyk (2020)

Por intermédio da figura 3, é possível perceber que quanto maior o LOD, maior será
o grau de detalhes disponibilizado no projeto, proporcionando um nível de detalhes,
de confiabilidade e de clareza ao modelo BIM a ser executado.
Ou seja, ao adotar o conceito de LOD, as equipes de trabalho possuirão uma noção
mais clara dos entregaveis para cada etapa do empreendimento e dessa forma,
possibilitara um acompanhamento com maior precisão do progresso dos modelos,
além de fornecer um padrão a ser tomado com referencia nos contratos e planos de
execução BIM.

4. BIM E AS MODALIDADES DE CONTRATAÇÃO


Conforme é muito divulgado pelos mais diversificados meios de comunicação, a
utilização do BIM traz consigo inumeros benefícios. Tomando como base a
coletânea de guias BIM da ABDI MDIC, é possível citar diversos desses benefícios
provenientes do BIM, tais como:
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Maior precisão de projetos (especificação, quantificação e orçamentação);


possibilidade de simulação das diversas etapas da construção, permitindo a
identificação e eliminação de conflitos antes mesmo da construção e
diminuindo retrabalhos e desperdícios (resíduos); disponibilização de
simulação de desempenho dos elementos, de sistemas e do próprio
ambiente construído; gestão mais eficiente do ciclo de obra; diminuição de
prazos e custos; e maior consistência de dados e controle de informações e
processos, resultando em maior transparência nas contratações públicas e
privadas (ABDI, 2017b:07).

E, sendo no Brasil o emprego do BIM (Building Information Modeling) algo


teoricamente novo, o governo brasileiro, assim como, os setores da Arquitetura,
Engenharia e Construção vem tomando consciência da precisão urgente de um
exame para verificação e possível correção dos processos tradicionalmente
existentes, inclusive em relação as modalidades de contratações e aos contratos,
uma vez que diferentes tipos de contratos atualmente existentes foram elaborados
na era pré-BIM.
De acordo com Lima (2017), nem todas as empresas de construção civil dão a
devida importância ao contrato, muitas delas “têm combinado direitos e deveres com
seus contratados, por meio de simples acordos verbais, confirmações por e-mail ou
até mesmo por meio de ferramentas de mensagem como o WhatsApp”.
O autor mencionado anteriormente salienta dois pontos interessantes e importantes
de serem analisados:
1º - o fato de que inúmeras empresas do setor de AEC têm usado modelos de
contratos genéricos, disponíveis principalmente pela internet, como uma maneira
para não precisar recorrer a advogados e consequentemente reduzir os gastos com
a terceirização de serviços.
2º - a “falta de consideração e atenção para com o contrato de prestação de serviços
na construção civil gera desentendimentos e processos judiciais! Além disso, causa
enorme insegurança na relação comercial estabelecida.” (LIMA, 2017:01).
Ou seja, quando se trata da contratação de prestação de serviços relacionados a
indústria da construção civil, é comumente encontrado contratos formalizados das
mais diversas formas possíveis e com o mínimo de cuidado e sem assessoria
jurídica, ou por falta de conhecimento ou por falta de tempo para elaborar
corretamente a documentação. Fatos esses que ampliam o risco na gestão do
contrato, assim como, os riscos jurídicos, além de causarem o desgaste junto ao
cliente e aos prestadores/colaboradores.
Corroborando com esta concepção, Casarino (2019) pontua que, “armadilhas
contratuais podem fazer um “bom acordo” se tornar o maior pesadelo das empresas,
aliando-se ao desconhecimento técnico e despreparo das equipes, para esta nova
realidade do mercado”.
Nesse sentido e somado ao ponto chave de que na concepção de um projeto
utilizando o Building Information Modeling (BIM), há o envolvimento de muitos
personagens e processos a serem executados, diversos autores consideram que
esses processos são tidos como parâmetro base para o planejamento e a
elaboração dos contratos.
Baseado no Guia BIM ABDI-MDIC (2017b:11), os principais documentos que
constituem a base para o escopo de trabalho, assim como para a elaboração dos
contratos de projetos em BIM são o Plano de Execução BIM e o Fluxograma Geral
do Processo de Projeto, sendo que o primeiro descreve os participantes, suas
responsabilidades e a descrição de etapas e produtos; e o segundo documento
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apresenta o encadeamento das atividades e seus respectivos produtos.


Concernente as modalidades de contratação, a Contabilivre (2021) as define como
sendo “a forma legal pela qual alguém trabalha para uma empresa. Firmado por
meio de um contrato, cada modelo de contratação possui suas especificidades e
precisa atender a [...] regras que mudam de acordo com o regime”.
Complementando tal definição, no guia nº. 04 da ABDI (2017b:13) é mencionado
que o modelo de contratação “determina como os agentes devem prestar os
serviços [...], definindo parâmetros como: modalidade de pagamento; arranjo
funcional da equipe; e participação dos agentes ao longo do processo”.
Ainda embasado na coletânia guias BIM da Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial (2017b:13) na época atual existem diversas modalidades de contratação
de projetos e obras, sendo que os quatro principais modelos são:
4.1 Modelo tradicional (Projeto-Licitação-Contratação), também conhecido como Comentado [M2]: Organização textual comprometida, haja vista
a enumeração equivocada.
Design-Bid-Build (DBB), e previsto no art. 7º da Lei nº 8.666/1993, é
considerado a modalidade de contratação mais comum do ramo de edificações
no Brasil, de acordo com a CBIC (2016b:18), pois nessa modalidade de
contratação inicialmente é feito um contrato para a elaboração completa dos
projetos e posteriormente o cliente realiza uma concorrência para a escolha do
construtor que ficará responsável pela execução da obra.
Essa modalidade pode ser representada pela figura mostrada a seguir:

Figura 4: Modelo de negócio projeto–concorrência–construção (ou Design-Bid-Build DBB)


Fonte: CBIC (2016b)

4.2 Modalidade Projeto-Construção (EPC) ou Design and Build (DB), que em


concordância com ABDI (2017b:13), ocorre quando se tem a formalização de
contrato único entre o cliente e o agente que ficará responsável tanto pelo
projeto quanto pela construção (definido como projetista-construtor). Nesse
modelo, é comum que o método de pagamento escolhido seja o Preço Global.
O qual é definido no art. 6º, VIII, “a” da Lei n° 8.666/93, e pela nova Lei de
Licitações e Contratos em seu art. 6º, XXIX, como “contratação da execução da
obra ou do serviço por preço certo e total”, ou seja, é definido um preço fixo
pela obra concluída, baseado nos custos envolvidos, e a construtora a executa,
do início ao fim, dentro desse orçamento.
Salientando que essa modalidade possui uma variante conhecida como
Projeto-Construção-Operação ou Design-Build-Operate (DBO), onde o
proprietário contrata além do projeto, a construção, e a operação. Esse
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contrato baseia-se na liberação dos recursos financeiros pelo proprietário ao


contratado, que se responsabiliza por todas as etapas da obra.

Figura 5: Modelo de negócio Projeto e Construção Enginering-Procurement-Construction (EPC)


Fonte: CBIC (2016b)

4.3 Modalidade Gestão da Construção por Administração com Risco para a


Gerenciadora ou Construction Management at Risk (CMAR), onde segundo a
ABDI (2017b:13) há a contratação de um gerente de construção que será um
representante do cliente no momento da execução do empreendimento e ficará
responsável pelo cronograma e orçamento da obra. Nessa modalidade, o
cliente institui dois contratos independentes, um deles com o projetista e o
outro com o gerente de construção. Aqui também se adota o Preço Global
como forma de pagamento.
4.4 Produção Integrada do Empreendimento ou Integrated Project Delivery (IPD),

compreende diferentes modelos de contrato. O IPD se caracteriza pela


participação precoce dos principais agentes, que estabelecem um único
contrato multilateral, juntamente com o cliente. O trabalho colaborativo e
integrado da equipe tem como base diversos instrumentos presentes no
contrato, como: compartilhamento de riscos e benefícios; tomadas de
decisão compartilhadas; e transparência na troca de informações do projeto.
(ABDI, 2017b:13)

Ressaltamos que as modalidades de contratação descritas referem-se a apenas


algumas das modalidades já existentes e estas possuem variantes, que são
utilizadas conforme o caso e necessidade do mercado.
A partir dos conceitos expostos, também, é perceptível a diferença existente entre as
mesmas, tanto que a CBIC (2016b:20) faz uma comparação entre as duas primeiras
modalidades apresentadas, o Design-Bid-Build (DBB) e o Engineering-Procurement-
Construction (EPC), destacando os períodos em que foram mais utilizados no Brasil,
conforme ilustração abaixo:

EPC (Engineering-Procurement-
DBB (Design-Bid-Build)
Construction)
PCC (Projeto-Concorrência-Construção)
ECC (Engenharia-Compras-Construção)
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1940 - 1990 1990 - 2000


• Direito da construção está vinculado ao • Nova Lei das Licitações
Direito Administrativo • Lei da Arbitragem
• O principal contratante é o Poder Público • Programa de privatização
• Nenhum incentivo ao chamado ‘value • PROINFRA para incentivo de PCHs
engineering’ (engenharia de valor) • Introdução de modelos estrangeiros de
contratação (especialmente o EPCs)
• Alguns incentivos ao chamado ‘value
engineering’ (engenharia de valor)

Figura 6: Ilustração comparando os modelos de negócio DBB e EPC


Fonte: Adaptado da CBIC (2016b)

Com o decorrer do tempo e das necessidades do mercado, segundo CBIC


(2016b:21), a partir dos anos 2000 surgiu entre os modelos de contrato, os
denominados “Alianças Estratégicas” que nada mais são, do que duas empresas se
unindo para construir um empreendimento por meio de uma operação conjunta e
baseada em confiança mútua e transparência, ampliando suas potencialidades, de
forma a se tornarem mais fortes e mais competitivas, aumentando suas chances de
sucesso. Isto significa que as empresas envolvidas nessa aliança estratégica,
compartilham riscos, ônus e bônus nos empreendimentos que são tocados a ‘quatro
mãos’.
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Esse tipo de modelo de contratação pode ser representado, conforme segue:

Figura 7 - Aliança Estratégica


Fonte: CBIC(2016b)

Contudo, dentre as modalidades contratuais já citadas existe a possibilidade da


adoção BIM, tanto em modelos Design-Bid-Build (DBB) como em Engineering-
Procurement-Construction (EPC), mas principalmente nas ‘Alianças Estratégicas’,
por meio do chamado Integrated Project Delivery (IPD), conforme CBIC (2016b:24).
Consoante a Siduscon-SP (2016), o modelo contatual IPD que é um modelo
contratual para projetos integrados, foi proposto em 2007 pelo American Institute of
Architects (AIA) devido ao lapso existente no momento de definição e
desenvolvimento dos processos BIM, tal como na questão dos empecilhos
relacionados aos aspectos de colaboração entre os agentes. Nesse modelo é de
suma importância a relação colaborativa dos agentes do empreendimento por meio
do compartilhamento dos resultados entre os participantes.
Embora ainda existam, no Brasil, os bloqueios culturais quanto à adoção do IPD,
esta é considerada por muitos, como sendo a modalidade mais adequada ao BIM.
Onde os benefícios da adoção BIM poderiam ser abrangentemente recebidos por
todos os envolvidos no processo.
Como o IPD se ajusta satisfatoriamente aos princípios do trabalho colaborativo
também preconizado pela plataforma BIM, faz sentido citarmos alguns princípios do
IPD, tais como:

1. Respeito e confiança mútua entre todos os participantes do


empreendimento;
2. Compartilhamento da remuneração e dos benefícios apenas após a
conclusão e a entrega do empreendimento, com a contabilização de todos
os custos realmente incorridos;
3. Esforços conjuntos e colaborativos para o desenvolvimento e uso de
inovações, com a utilização de um processo compartilhado de tomada de
decisões;
4. Envolvimento antecipado dos principais participantes do
empreendimento;
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5. Um exercício intenso, focado e exaustivo de planejamento;


6. Um processo de comunicação direto e aberto;
7. A utilização de tecnologias apropriadas para suportar os principais
processos de trabalho;
8. A definição de um tipo específico de organização e liderança. (CBIC,
2016:25)

Em colaboração, Silva e Tomy (2020), afirma que o IPD se trata de um método


de trabalho colaborativo que se baseia no aproveitamento do talento de todos os
profissionais envolvidos na obra para produzir um resultado benéfico e de qualidade.
Complementa ainda que, essa união intersetorial advinda da aplicação do IPD traz
algumas vantagens, como a redução do desperdício de materiais, trazer mais
eficiência e rapidez na execução e entrega do empreendimento, além de melhorar a
qualidade no design e arquitetura das edificações.
Nesse contexto, o Integrated Project Delivery (IPD) é um gênero “novo” de contrato,
o qual prevê confiança mútua, cooperação, respeito e compromisso entre todos os
participantes, por meio da construção de um ambiente de trabalho aberto e
principalmente colaborativo, pois com a modalidade IPD haverá o compartilhamento
de decisões, riscos e resultados. De acordo com o guia da CBIC (2016b:24), essa
modalidade de contratação “assemelha-se em muitos aspectos às ‘alianças
estratégicas’, mas difere principalmente por não envolver apenas duas empresas, e
sim um conglomerado de participantes”.
Corroborando com o assunto em questão, o pesquisador do Departamento de
Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
(USP), professor Eduardo Toledo Santos, durante o Seminário Internacional BIM
ocorrido em São Paulo apud SINDUSCON-SP (2016), ressaltou que, “assim como
os benefícios, os ônus e riscos também são compartilhados. Com o IPD, o contrato
evita processos judiciais. Os problemas são resolvidos por todos os envolvidos”. Isso
leva as equipes a tomarem consciência da necessidade da mudança do estilo de
trabalho, apropriando-se da mentalidade de colaboração e de responsabilidade por
todo o projeto/empreendimento e não apenas por uma fração do todo, sempre em
busca dos melhores e mais eficientes resultados.
Apoiado em tudo o que já foi descrito neste artigo e nas literaturas consultadas é
possível confrontar algumas diferenças básicas entre a modalidade IPD e os
processos tradicionais de execução de projetos, conforme segue:
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Figura 8 – Tabela do Modelo tradicional de negócio versus modelo Integrated Project Delivery – IPD
Fonte: CBIC(2016)

Os gráficos mostrados abaixo também comparam o processo tradicional com a


modalidade IPD:

Figura 9 - Ilustração comparando os processos Tradicional e IPD, evidenciando a participação


precoce de alguns agentes no IPD (Integrated Project Delivery)
Fonte: CBIC (2016b)

Ao analisar as figuras 08 e 09 é possível verificar o quão diferente são os processos


tradicionais e o IPD, um grande diferencial entre eles está no fato de que no IPD
todos os agentes que participaram do projeto/empreendimento iniciam seus
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trabalhos em conjunto e de forma colaborativa antes mesmo do projeto preliminar,


ou seja, no IPD existe a fase intitulada de “conceituação” onde todos os possíveis
envolvidos no processo irão reunir e definir pontos chaves para a execução do
projeto, tais como a definição do escopo dos serviços e do projeto, quais disciplinas
serão necessárias, quais agentes, ou melhor será definido um plano de ação para
definir o que, quem e como será feito o projeto/empreendimento em questão. Como
o IPD a execução é realizada de forma integrada e focada num trabalho
colaborativo, onde as informações são compartilhadas abertamente, assim como, os
riscos e benefícios que também são compartilhados por todos os agentes. Esse
modelo de trabalho se baseia no valor agregado e não no custo do empreendimento.
Totalmente diferente dos processos tradicionais em que os projetos são feitos e
executados de forma fragmentada e independente, com uma comunicação
deficiente e focada apenas em documentações físicas e desenhos CAD. Nesses
processos, é praticamente cada um por si e responsável única e exclusivamente por
“sua parte”, isto é, os riscos são gerenciados de forma individual e, em geral, é
baseado principalmente nos custos, trazendo muitos transtornos, incompatibilidades
entre projetos e prejuízos a obra e ao cliente.
Nesta ocasião, ao se fazer uma análise em relação aos modelos de contrato e a
possibilidade de inserção do BIM, temos a afirmativa de Eastman et al. (2011) apud
ABDI (2017b:13), de que

o modelo DBB é o que apresenta maior dificuldade no uso do BIM, devido à


ausência do construtor na etapa de desenvolvimento do projeto. Os
modelos DB e CMAR apresentam grandes oportunidades de uso do BIM,
pois existe uma antecipação na participação dos agentes responsáveis pela
execução. Entretanto, existe uma grande preocupação das associações de
projetistas quanto a este modelo, pois o projetista depende do construtor e
de que seja elaborado pelo cliente um bom termo de referência, com uma
especificação de desempenho adequada. Finalmente, a Produção Integrada
do Empreendimento, ou IPD, é o modelo que possibilita maximizar os
benefícios previstos pelo BIM, já que esse modelo de contrato define a
participação precoce e contínua de todos os principais agentes, inclusive os
especialistas de projeto e execução. ABDI (2017b)

Segundo a CBIC (2016:24), a viabilização do modelo IPD demanda mudança do


atual modus operandi dos empresários, e o desenvolvimento de um relacionamento
baseado em confiança mútua que inclua a construção de um ambiente de trabalho
realmente de colaboração, sem restrições. Os profissionais também precisariam ser
treinados e adaptados. Além de que, seria fundamental a adoção de um padrão
contratual colaborativo no limite de suas responsabilidades (consensus doc) e,
também, a criação de uma equipe de trabalho integrada.
Para que uma equipe possa vir a trabalhar na modalidade IPD é necessário que haja
um alinhamento de toda equipe quanto a caracterização de papéis,
responsabilidades e escopos dos serviços. Sendo, também importantíssimo a
participação de advogados experientes para a criação de modelos contratuais
inéditos que abordem sobre as questões legais quanto:
 a produção e disponibilização integrada dos entregáveis BIM;
 a especificação e a fixação de limites das responsabilidades sobre os projetos
e/ou empreendimentos da construção civil;
 a discriminação dos responsáveis técnicos nos documentos de projetos BIM;
 direitos autorais de modelos e objetos BIM.
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Isto significa que os benefícios e as possibilidades de negócios ligadas ao uso do


BIM, precisam estar previstos e refletidos nas formas de contratação utilizadas, a fim
de se evitar problemas jurídicos.

6. Conclusão
O presente trabalho buscou mostrar a necessidade de readequações jurídicas
quanto as modalidades de contratação comumente utilizadas no Brasil, pois com a
busca por inovações tecnológicas no setor da construção civil, bem como toda essa
movimentação que está sendo realizada com relação a adoção e utilização no BIM
no Brasil e no mundo, a forma de trabalhar está sendo alterada e tornando-se cada
vez mais colaborativa, ou seja, não existe mais o “cada um por si”, onde cada
agente se preocupa apenas em entregar a “sua parte”, sem a conversa com a
equipe, sem a compatibilização de projetos, dados e ideias. Com o BIM essa forma
tradicional de se trabalhar já está a caminho da extinção, proporcionando alterações
não só na forma de trabalhar, mas também nos processos e etapas dos
empreendimentos, e levará especialmente as alterações nos modelos de
contratação a serem utilizados na indústria da construção.
Sendo assim, com a adoção do BIM é inevitável e imprescindível que haja
alterações nos modelos de contrato a serem utilizados, sendo importantíssimo que
as práticas usuais de contratação sejam ajustadas às particularidades deste novo
processo e de seus futuros produtos vindos da modelagem da informação da
construção.

Referências
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. Processo de Projeto BIM:
Coletânea Guias BIM ABDI-MDIC /Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.
– Brasília, DF: ABDI, 2017. Vol. 1; 82 p. ISBN 978-85-61323-43-1

Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. Contratação e elaboração de


projetos BIM na arquitetura e engenharia: Coletânea Guias BIM ABDI-MDIC /
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. – Brasília, DF: ABDI, 2017. Vol. 4;
22 p. ISBN 978-85-61323-46-2

Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. A Implantação de Processos


BIM: Coletânea Guias BIM ABDI-MDIC / Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial. – Brasília, DF: ABDI, 2017. Vol. 6; 22 p. ISBN 978-85-61323-48-6

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6023:


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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10520:


citações: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

ADDOR, M. et al. Colocando o "i" no BIM. arq.urb, [S. l.], n. 4, p. 104–115, 2010.
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