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Brazilian Journal of Development 79487

ISSN: 2525-8761

Biometria e matéria seca de plântulas de pau formiga quando


submetidas a diferentes substratos

Biometry and dry matter of ant stick seedlings when submitted to


different substrates
DOI:10.34117/bjdv7n8-249

Recebimento dos originais: 07/07/2021


Aceitação para publicação: 11/08/2021

Francielly da Guirra Bernardo


Graduanda em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Alagoas
Instituição: Universidade Federal de Alagoas
Endereço: Laboratório de tecnologia da produção, Campus de Engenharia e Ciências
Agrárias, Universidade Federal de Alagoas, BR-104, Rio Largo - AL, S/N, 57100000
E-mail: guirrafrancielly@gmail.com

Pâmela Alexia de Freitas Silva


Graduanda em Engenharia de Energias Renováveis pela Universidade Federal de
Alagoas
Instituição: Universidade Federal de Alagoas
Endereço: Laboratório de tecnologia da produção, Campus de Engenharia e Ciências
Agrárias, Universidade Federal de Alagoas, BR-104, Rio Largo - AL, S/N, 57 100-000
E-mail: pamela.af.silva@gmail.com

Gabriela Castelo Branco Oliveira


Graduanda em Agronomia pela Universidade Federal de Alagoas
Instituição: Universidade Federal de Alagoas
Endereço: Laboratório de tecnologia da produção, Campus de Engenharia e Ciências
Agrárias, Universidade Federal de Alagoas, BR-104, Rio Largo - AL, S/N, 57100-000
E-mail: gabicastelo.b@gmail.com

Ângelo Afonso de Sousa


Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Alagoas Instituição:
Universidade Federal de Alagoas
Endereço: Laboratório de tecnologia da produção, Campus de Engenharia e Ciências
Agrárias, Universidade Federal de Alagoas, BR-104, Rio Largo - AL, S/N, 57100-000
E-mail: angeloafonso159@outlook.com

Erisson de Omena Serafim


Graduando em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Alagoas
Instituição: Universidade Federal de Alagoas
Endereço: Avenida Maceió, Nº 968, Bairro Tabuleiro dos Martins, Maceió – AL
E-mail: erissonomena_@outlook.com

Natasha Pereira de Oliveira


Graduanda em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Alagoas
Instituição: Universidade Federal de Alagoas

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ISSN: 2525-8761

Endereço: Laboratório de tecnologia da produção, Campus de Engenharia e Ciências


Agrárias, Universidade Federal de Alagoas, BR-104, Rio Largo - AL, S/N, 57100-000
E-mail: natasha.peoli@gmail.com

Nelson da Silva Madalena Júnior


Graduando em Agroecologia pela Universidade Federal de Alagoas
Instituição: Universidade Federal de Alagoas
Endereço: Laboratório de tecnologia da produção, Campus de Engenharia e Ciências
Agrárias, Universidade Federal de Alagoas, BR-104, Rio Largo - AL, S/N, 57100000
E-mail: nelson.junior@ceca.ufal.br

Hugo Henrique Costa do Nascimento


Doutor em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
Instituição: Universidade Federal de Alagoas
Endereço: Laboratório de tecnologia da produção, Campus de Engenharia e Ciências
Agrárias, Universidade Federal de Alagoas, BR-104, Rio Largo - AL, S/N, 57100-000.
E-mail: hugo.nascimento@ceca.ufal.br

RESUMO
A Triplaris brasiliana cham mais conhecida como Pau formiga, é uma espécie que
pertence à família polygonacea, que pode ser utilizada para recuperação de áreas
degradadas. O Brasil vem sofrendo sérias degradações, devido à ausência de mais
trabalhos da espécie supracitada. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a biometria
e a matéria seca das plântulas da espécie proposta, em diferentes substratos, com intuito
de entender qual seria melhor para seu desenvolvimento e analisar suas alocações em
biomassa. O presente trabalho foi realizado no laboratório de tecnologia da produção, que
está presente no Campus de Engenharias e Ciências Agrárias. Os frutos da espécie foram
coletados em uma matriz presente no próprio Campus e o delineamento utilizado foi
inteiramente causalizado, utilizando-se 10 substratos para as análises. Em função dos
resultados obtidos, sugere-se que plântulas de Triplaris brasiliana Cham são indiferentes
em sua fase inicial de desenvolvimento a ação da maioria dos substratos analisados, as
variáveis de biometria: comprimento da raiz, comprimento total e diâmetro, foram as
variáveis que se mostram mais eficientes para realização de análises para espécie
estudada. Os substratos que se destacaram nessas variáveis foram areia lavada +
vermiculita e areia lavada+ terriço vegetal+ vermiculita. Já em matéria seca as variáveis
peso seco do epicótilo, peso seco da raiz, peso seco da folha, alocação de biomassa do
epicótilo, se destacaram, mostrando-se ser as mais eficientes para a avaliação da espécie
proposta, os substratos areia lavada, terriço vegetal, mata-borrão no escuro e mata borrão
foram os que mais se destacaram variáveis analisadas de matéria seca.

Palavras-chave: Triplaris brasiliana Cham, Biomassa, Polygonacea, Espécies


florestais.

ABSTRACT
Triplaris brasiliana, better known as Pau ant, is a species that belongs to the polygonacea
family, which can be used to recover degraded areas. Brazil has been suffering serious
degradations, due to the absence of more works of the aforementioned species. The
objective of this work was to evaluate the biometrics and dry matter of seedlings of the
proposed species, in different substrates, in order to understand which would be better for
their development and to analyze their biomass allocations. The present work was carried

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out in the production technology laboratory, which is present in the Campus of


Engineering and Agricultural Sciences. The fruits of the species were collected in a matrix
present on the Campus itself and the design used was entirely causal, using 10 substrates
for the analyses. Due to the results obtained, it is suggested that Triplaris brasiliana Cham
seedlings are indifferent in their initial stage of development to the action of most
substrates analyzed, the biometric variables: root length, total length and diameter were
the variables that show more efficient for carrying out analyzes for the studied species.
The substrates that stood out in these variables were washed sand + vermiculite and
washed sand + plant soil + vermiculite. In dry matter, the variables dry weight of the
epicotyl, dry weight of the root, dry weight of the leaf, allocation of epicotyl biomass,
stood out, proving to be the most efficient for the evaluation of the proposed species, the
substrates washed sand, soil vegetable, blotting in the dark and blotting were the ones that
most highlighted the analyzed variables of dry matter.

Keywords: Triplaris brasiliana Cham, Biomass, Polygonacea, Forest species.

1 INTRODUÇÃO
A família Polygonaceae possui diversos gêneros, um desses gêneros é a Triplaris
que é bastante utilizada para ornamentação. A Triplaris contém cerca de 17 espécies de
plantas na região neotropical. Na maioria das espécies desse gênero, é encontrado em seus
ramos a presença de formigas (LONGINO, 1996).
De acordo com Chamisso (1833) que descreveu três espécies destacou que: uma
delas foi a Triplaris brasiliana Cham, mais conhecida como pau formiga ou formigueiro,
pertencente à família Polygonaceae. É uma espécie florestal que pode ser utilizada para
recuperação de áreas degradadas, o que mostra sua importância no cenário onde, segundo
Brancalion et al. (2010) o Brasil mesmo possuindo uma grande diversidade florística,
ultimamente vem sofrendo sérias degradações de recursos florestais, na maioria das vezes
de maneira desordenada. Entretanto, há poucos estudos sobre a sua resposta a diferentes
substratos e a relação com a produção de mudas dessa família.
Fatores ambientais como temperatura, luminosidade e água, interferem no
desenvolvimento da planta, consequentemente refletindo na sua biometria e matéria seca.
Esses elementos que podem se interligar de forma positiva ou não, que afetam assim o
processo fotossintético e consequentemente interferem o desenvolvimento fisiológico do
vegetal, atuando diretamente ou indiretamente para a geração de fitomassa da espécie
(GALON et al., 2010). Por isso é importante conhecer os fatores que afetam a germinação
e o desenvolvimento das espécies, o substrato destaca-se o como um dos fatores mais
importantes, que exerce influência no desenvolvimento no sistema radicular e
proporciona nutrientes para as plantas (NOGUEIRA et al., 2012).

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Por se tratar de um material fundamental para a planta, a escolha do substrato deve


ser feita com cautela pois ele é a base para se ter uma boa planta no futuro. É através dele
que os nutrientes e oxigênio chegam para a planta e deve-se analisar sua porosidade e sua
resistência perante patógenos e a sua capacidade de retenção de água (MELO JUNIOR,
2013). Neste segmento, na formação da plântula, os carboidratos, lipídeos e proteínas
presentes na semente são utilizados como fonte energética e podem ser distribuídos e
alocados em diferentes partes da planta, mas isso dependerá do substrato, para assim
fornecer suas necessidades (WEIDLICH et al., 2010).
Na escolha do substrato deve-se observar alguns aspectos da semente como:
avaliar o seu tamanho e suas necessidades hídricas para proporcionar um bom
desenvolvimento inicial da planta, como também, alguns aspectos do próprio substrato
juntamente com a luminosidade, a temperatura, disponibilidade de água e oxigênio
(BRASIL, 2009).
De acordo com os fatos citados anteriormente, a falta de informações sobre a
espécie levou o presente trabalho ter como objetivo analisar o comportamento da
biometria e matéria seca das plântulas de pau formiga (Triplaris brasiliana Cham) quando
submetidas a diferentes substratos, a fim de entender qual seria o mais eficaz para a
biometria e matéria seca, além de avaliar sua alocação de biomassa.

2 METODOLOGIA
O experimento foi realizado no Laboratório de Tecnologia da Produção (LATEP),
no setor de produção de mudas do Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (CECA)
da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O CECA está localizado no município de
Rio Largo-AL. Na (Figura1A) é possível ver os frutos da T. brasiliana Cham onde foram
colhidos no próprio CECA, em um grupo de matrizes que se encontram na região, com o
auxílio de um podão.
O experimento foi executando em um delineamento inteiramente casualizado
(Figura1B), com 10 tratamentos, sendo 8 em gerbox: areia lavada (A),vermiculita (V),
terriço vegetal (T), areia lavada + terriço vegetal (AT), areia lavada + vermiculita (AV),
terriço vegetal + vermiculita (TV), areia lavada + terriço vegetal+ vermiculita (ATV),
papel mata borrão (MB) e 2 em rolos com folha dupla de papel mata-borrão (Folhas de
papel germitest): papel mata borrão no claro (MBC) e papel mata borrão no escuro
(MBE), cada tratamento composto por 5 repetições, em cada repetição tinha 20 sementes,
ou seja, cada tratamento tinha 100 sementes, as mesmas eram regadas diariamente

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utilizando-se uma solução de nistatina (0,2%) e água destilada (99,8%), além de deixar o
substrato úmido, também foi utilizado essa solução como forma de impedir a proliferação
de fungos. Os rolos foram umedecidos antes da montagem nesta mesma solução, com 2,5
vezes o próprio peso, e logo após a rega era feita diariamente ou quando apresentasse
necessidade. No decorrer de cada rega era feita as avaliações, onde analisávamos a
decorrência da sua germinação até o crescimento (BRASIL,1992). O mata borrão no
escuro (MBE,) foi avaliado através de uma luz verde em sala fechada, de acordo com a
(Figura 1C).
Ao fim do período experimental foi feita a biometria das plântulas utilizando-se
um paquímetro digital e régua, obtendo os valores do diâmetro (mm) do epicótilo como
também o comprimento (cm) do epicótilo (Figura1D), o comprimento (cm) da raiz
primária (Figura1E) e a contagem do número de folhas (Figura1F). Em sequência, as
plântulas foram separadas em epicótilos, raízes primárias e folhas. Para mensurar os
valores de massa seca de cada tratamento as partes foram postas em envelopes de papel
e inseridas em uma estufa de circulação forçada de ar a 65 ºC até que as amostras
atingissem peso constante. Após a estabilização dos pesos (g), foram determinando: o
peso seco do epicótilo (PSE), peso seco da raiz (PSR), peso seco das folhas (PSF) e o
peso seco total da plântula (PST). Logo após esses resultados, foram calculados a
alocação de biomassa para o epicótilo (ABE), para a raiz (ABR), para as folhas (ABF) e
a relação raiz/parte aérea (R/PA), de acordo com as fórmulas propostas por
(BENINCASA, 2003).

Figura 1. Fruto da espécie Pau Formiga (Triplaris brasiliana Cham) (A), Delineamento experimental (B),
Avaliação do substrato MBE. (C); Avaliação do comprimento do epicótilo (D); Avaliação do comprimento
da raiz primária (E); Contagem de número de folhas (F).

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Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, onde as médias


adquiridas foram comparadas pelo Teste de Tukey a 5%, por meio do aplicativo Sisvar e
para confecção dos gráficos foi utilizado o aplicativo Sigmaplot.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Analisando os dados obtidos, foi possível observar que as plântulas do tratamento
MBE apresentaram maior resultado no comprimento do epicótilo (Figura 2A), enquanto
o tratamento V obteve menores médias e os demais não apresentaram diferenças
estatísticas. Presume-se que este maior resultado ocorra devido ao estiolamento das
plantas, uma vez que o tratamento MBE foi realizado no escuro.
Na (Figura 2B), em relação ao comprimento de raiz, o substrato AV foi o que
obteve maior valor, enquanto MBC e V, foram os menores e os demais não diferiram
entre si estatisticamente. O tratamento AV tem como característica ser um substrato
aerado, o que pode explicar seu destaque em crescimento da raiz, posto que este tipo de
solo retém pouca água e a planta busca investir no crescimento radicular para obtê-la.
Segundo Iossi et al., (2003) e Moniz-Brito e Ayala-Osuña (2005) em seus trabalhos, o
comprimento da raiz primária, obteve melhores resultados com o uso da areia e
vermiculita.
Enquanto isso, o número de folhas (Figura 2C) não obteve diferença significativa
estatisticamente, pois foram emitidos apenas um par de folhas em todos os substratos. Por
último, no diâmetro do epicótilo (Figura 2D), foi possível ver que o ATV foi o tratamento
que apresentou maior valor de diâmetro, enquanto MB, MBC, MBE e T foram os que
apresentaram menores valores, enquanto A e T não obtiveram diferença entre si,
estatisticamente. O que segundo Souza et al. (2006), o diâmetro é um item fundamental
para a avaliação do potencial de sobrevivência e crescimento de espécies florestais.

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Figura2. Valores médios da biometria comprimento do epicótilo (A); Comprimento da raiz primaria (B);
Número de folhas (C); Diâmetro do epicótilo de plântulas (D) de Pau Formiga (Triplaris brasiliana Cham),
cultivadas em diferentes substratos. Médias seguidas de mesma letra, não diferem entre si pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade.

Comprimento da raiz primária (cm)


Comprimento do epicótilo (cm)

7
A B 7
a
6 6
5 5
ab ab
4 ab ab 4
ab ab
3 b ab 3
a b
ab
ab ab ab ab ab ab
2 ab 2
b
1 1
0 0
2,5 C D a

Diâmetro do epicótilo (mm)


1,2
a a a a a a a a a
Número de folhas

2,0 a 1,0
ab ab
1,5 ab b 0,8
b ab b b b 0,6
1,0
0,4
0,5
0,2

0,0 0,0
A T V AT AV TV ATV MB MBCMBE A T V AT AV TV ATV MB MBCMBE

Tratamentos

Em relação ao peso seco do epicótilo (Figura 3A), o tratamento T foi diferente


dos tratamentos A, V, AV e ATV, entretanto, estes não se diferenciaram entre os
restantes. No tratamento T, a planta investiu mais em massa no epicótilo que nos
tratamentos da qual ela se diferenciou, possivelmente por este substrato possuir
quantidade de matéria orgânica superior aos demais.
Já na (Figura 3B), que representa o peso seco da raiz, os tratamentos não
apresentaram diferença significativa no valor de massa seca investida na raiz. No peso
seco da folha (Figura 3C), os tratamentos não apresentaram diferença significativa no
valor de massa seca investida. Mesma coisa na (Figura 3D e E), onde a matéria seca total
(MST) não houve diferença estatísticas em nenhum dos tratamentos, como também não
houve diferença estatísticas em relação raiz parte aérea (R/PA) em nenhum dos
tratamentos propostos. Portanto, entende-se que os substratos não influenciaram no peso
seco da raiz, folha, matéria seca total e raiz parte aérea.
Por fim, a alocação de biomassa (Figura 3F) entre os tratamentos na alocação de
biomassa no epicótilo (ABE) o tratamento MB diferenciou-se significativamente dos
tratamentos A, V, AV, MBC e MBE, exibindo valor superior de investimento em
biomassa no epicótilo das plântulas; já na alocação de biomassa na raiz (ABR) e na folha

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(ABF), não houve diferença significativa entre os tratamentos no investimento das plantas
em alocar biomassa em suas respectivas áreas. Dentro de cada tratamento: em A, ABF
teve diferença estatística apenas de ABE, indicando maior investimento nas folhas e raiz;
para TV, ABF, ABE e ABR exibiram resultados totalmente diferentes, indicando um
maior investimento das plantas nas folhas, um investimento secundário na raiz e um
menor investimento no epicótilo; no restante dos tratamentos (T, V, AT, AV, ATV, MB,
MBC e MBE), a ABF diferenciou-se de ABR e ABE, mostrando maior investimento em
ABF.

Figura 3. Média do peso seco do epicótilo (A); Peso seco da raiz (B); Peso seco do número de folhas (C);
Peso seco total (D); Relação raiz/parte aérea (E); Alocação de biomassa em plântulas em de plântulas de
Pau Formiga (Triplaris brasiliana Cham), cultivadas em diferentes substratos (F). Médias seguidas de
mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
A B
Peso seco do epicótilo (g)

0,04 0,04

Peso seco da raiz (g)


0,03 0,03

0,02 0,02
a a
a a
0,01 a 0,01
ab ab ab a a
b ab b a a a
b a a
b b
0,00 0,00
C a a D
0,04 0,04
Peso seco da folha (g)

Pseo seco total (g)


0,03 a 0,03
a
a a a a
0,02 a 0,02
a a
a a a a
a a
0,01 a a 0,01
a

0,00 0,00
a a a a E ABE ABR ABF F
Alocação de biomassa ( %)

a 100
Relação raiz parte aérea

2,0
a 80
aA aA aA aA aA
1,5 a
aA aA aA aA aA
a 60
a
1,0
a aAB aB aB 40
aB aB aB
0,5 aB aB aB aB
aB 20
bB abB aB
bB abB bB abC abB bB bB
0,0 0
A T V AT AV TV ATV MB MBC MBE A T V AT AV TV ATV MB MBC MBE

Tratamentos

Na (Figura 4A), podemos observar que as variáveis de biometria comprimento da


raiz (CR), comprimento total (CT) e diâmetro (DM) foram às variáveis que apresentaram

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maior destaque, sendo as mais indicadas para realização de análises para espécie proposta.
Neste caso, a variável CR e CT, apresentou maior destaque no substrato areia lavada
+vermiculita (AV). Quando analisamos o diâmetro (DM), o substrato areia lavada+
terriço vegetal+ vermiculita (ATV) foi o que mais se destacou na variável. É perceptível
que a areia lavada, vermiculita e terriço vegetal se destacaram em relação as variáveis,
por se tratarem de substratos mais leves e de fácil desenvolvimento, os mesmos se
comportaram de forma eficaz para a espécie analisada, possivelmente esses substratos
apresentam composições que complementem uns aos outros favorecendo e beneficiando
amplamente a espécie. Alguns autores afirmam que a vermiculita é um substrato que
possui boa retenção de umidade, alta porosidade e baixa densidade, que possui partículas
grandes com presença de propriedades químicas ou físicas que refletem na planta, essas
partículas deixam espaços vazios no substrato, o que leva ao menor grau de compactação
que consequentemente facilita o crescimento e desenvolvimento da planta (ANDRADE
et al 2000; SILVA et al 2015). Desta forma o substrato areia apresenta maior facilidade
de aquisição e menor custo, podendo ser um fator importante para a escolha do substrato
como verificado por Silva et al. (2001) com isso Alves et al (2008), complementa dizendo
os melhores resultados obtidos nos substratos que contenham vermiculita e areia, se dá
provavelmente a um bom suprimento de água e a uma aeração adequada e que em seu
trabalho plantas que continham areia e vermiculita apresentava maiores comprimentos de
raiz.
Ao analisar a (Figura 4B), da matéria seca, podemos ver que houve um destaque
nas seguintes variáveis: PSE, PSR, PSF, ABE. Onde no peso seco do epicótilo (PSE) e
no peso seco da raiz (PSR), o substrato terriço vegetal (T), apresentou maior destaque
para essa variável, enquanto a vermiculita(V) sendo o menos indicado para analisar a
variável. No peso seco da folha (PSF), o substrato mata borrão no escuro (MBE.) teve
maior destaque na variável e o substrato areia lavada+ terriço vegetal + vermiculita
(ATV), sendo o menos indicado para realização de analise para essa variável na espécie
proposta. Na variável peso seco total (PST), o substrato areia lavada (A) e terriço vegetal
(T) foram os que mais se destacaram na variável e pôr fim a alocação de biomassa do
epicótilo (ABE), o mata borrão (MB) foi o substrato que mais teve destaque na variável.

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Figura4-Avaliação global de biometria na espécie Pau Formiga (Triplaris brasiliana Cham), Avaliação
global de biometria, nas variáveis comprimento do epicótilo (CE),comprimento da raiz(CR), comprimento
total (CT), diâmetro (DM) número de folhas (NF), (A); Avaliação global de matéria seca, nas variáveis
peso seco do epicótilo (PSE), peso seco da raiz (PSR), peso seco da folha (PSF), alocação de biomassa do
epicótilo (ABE), alocação de biomassa da raiz (ABR), alocação de biomassa da folha (ABF), raiz parte
aérea (R/Pa), (B).
Biometria Matéria Seca

CE
10 A PSE
B
1
PSR R/Pa

0,1

CR NF
0,01

0,001 ABF
PSF
10 1 0,1 0,01 0,001

A
T
V
AT
AV
TV
ABR ATV
PST
CT MB
DM
MBC
MBE
ABE

4 CONCLUSÃO
Em função dos resultados obtidos, sugere-se que plântulas de Pau Formiga
(Triplaris brasiliana Cham) são indiferentes em sua fase inicial de desenvolvimento a
ação da maioria dos substratos analisados, as variáveis de biometria: comprimento da raiz
(CR), comprimento total (CT) e diâmetro (DM), foram as que se mostram mais eficientes
para realização de análises para espécie estudada. Os substratos que se destacaram nessas
variáveis foram areia lavada + vermiculita e areia lavada+ terriço vegetal+ vermiculita.
Já em matéria seca as variáveis peso seco do epicótilo (PSE), peso seco da raiz (PSR),
peso seco da folha (PSF), alocação de biomassa do epicótilo (ABE), se destacaram,
mostrando-se ser as mais eficientes para a avaliação da espécie proposta, os substratos
areia lavada, terriço vegetal, mata-borrão no escuro e mata borrão foram os que mais se
destacaram variáveis analisadas de matéria seca.

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