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Orientador
Prof. Mateus Carvalho Amaral, D. Sc.
Coorientador
Prof. Luiz Antônio de Oliveira Chaves, M. Sc.
1. INTRODUÇÃO
1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO INICIAL
O petróleo pode ser considerado como uma das principais fontes de energia no mundo,
através dele conseguimos produzir diversos produtos e combustíveis essenciais no nosso dia a
dia. Devido ao seu grande potencial energético, é um recurso natural amplamente explorado
em todo o mundo. Os resultados de um estudo realizado por Tolmasquim et. al. (2007),
mostra que a demanda energética no Brasil apresentará taxas superiores às das últimas
décadas especialmente as fontes não renováveis como o petróleo e o gás natural.
No Brasil a história do petróleo começou em 1858, quando começou a extração de
mineral betuminoso para a fabricação de querosene. O primeiro poço a ser perfurado no
Brasil com o objetivo de encontrar petróleo foi em 1897. Um total de 80 poços foram furados
até o final de 1939, mas apenas em 1941 foi descoberto o primeiro campo comercial
(THOMAS, 2001).
Em 1953 foi criada a Petrobras, a qual foi instituída o monopólio estatal do petróleo e
iniciou as pesquisas do petróleo brasileiro. Nas décadas seguintes foram descobertos
importantes campos de petróleo distribuídos por todo o Brasil, principalmente na região de
Campos -RJ, Mossoró – RN e Amazonas – AM. A Petrobras que na sua criação produzia 750
m³/dia de petróleo, passou a produzir mais de 182.000 m³/dia no final dos anos 90 graças aos
contínuos avanços tecnológicos desenvolvidos neste período (THOMAS, 2001).
Para iniciar o processo de extração de óleo e gás, o primeiro passo é identificar áreas
com grandes reservatórios do mineral e realizar o processo de perfuração com plataformas.
Dependendo da localização do campo de óleo e gás, das condições e profundidades de
operação, podem ser utilizados diferentes tipos de plataformas. Para fins de extração do óleo e
gás são utilizadas plataformas do tipo sondas de perfuração com diversos equipamentos e
sistemas (SADEGHI, 2007).
Segundo Thomas (2001), uma sonda de perfuração offshore consiste em uma grande
estrutura no mar que abriga trabalhadores e as máquinas necessárias para realizar o trabalho
de perfuração de poços com o objetivo de extrair óleo e /ou gás natural. A sonda poder ser do
tipo ancorada (fixa ao solo marinho) ou submersível (flutuante).
Considerando a complexidade de suas operações, a exploração de petróleo,
principalmente offshore, apresenta características particulares inerentes aos seus processos
que tornam seus planejamentos ainda mais difíceis. Acidentes durante a exploração de
petróleo podem resultar em perdas humanas, ambientais e econômicas catastróficas (VAN
ASTEN, 2013). A ocorrência de influxos para a superfície – conhecidos com blowouts -
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podem ser considerados, um dos maiores riscos nos processos de perfuração (HOLAND,
1997).
Para evitar tais acidentes, é de suma importância ter um plano de manutenção bem
definido abrangendo todas as possíveis falhas de seus equipamentos mais críticos. A
manutenção tem como principal objetivo garantir a disponibilidade da função dos
equipamentos e instalações e modo a atender a um processo de produção e a preservação do
meio ambiente, com confiabilidade, segurança e custos adequados (KARDEC e NASCIF,
2009).
Sendo assim, um equipamento de segurança utilizado durante perfuração e
completações de poços é o Blowout Preventer (BOP) que tem como principal função impedir
a ocorrência de blowouts, que é um fluxo descontrolado de hidrocarbonetos, gás ou água
saindo do poço que podem resultar em graves acidentes (MUTLU et al., 2017).
Considerando a importância do BOP na exploração de petróleo, a sua manutenção
deve ser um item de grande preocupação de uma empresa. Portanto, é fundamental prezar por
planos de manutenção baseados em estudos realizados diretamente com o histórico de
comportamento do BOP e seus componentes, com a finalidade de ampliar sua confiabilidade,
disponibilidade e diminuir os índices de downtime.
1.2. O PROBLEMA
O BOP é um equipamento utilizado para prevenir grandes catástrofes, assim como
aconteceu no acidente de Macondo em 20 de abril de 2010, no Golfo do México. Nesta
ocorrência, uma falha ocorrida no BOP ocasionou uma explosão na plataforma Deepwater
Horizon, onde 11 de seus 126 tripulantes vieram a falecer (DWHSG, 2011).
Um dos grandes desafios também é reduzir ao máximo o índice de tempos não-
produtivos (downtime) do BOP. Durante um estudo realizado em uma empresa de perfuração,
concluíram que o BOP era responsável por 38% de todo downtime da empresa e que 56% dos
downtimes de BOP estavam diretamente ligados à manutenção (ou ausência dela), sendo os
principais motivos: frequência inapropriada de manutenção, planos de manutenção deficientes
e detalhamento insuficiente dos planos de manutenção (MARTINS et. al., 2015). Inclusive,
pode acontecer que os downtimes em sondas de perfuração não resultem em nenhuma análise
profunda da ocorrência a fim de mitigar os riscos de o equipamento ficar indisponível
novamente, sendo esses dados utilizados apenas para fins contábeis.
Além do mais, boa parte dos planos de manutenção (e sua periodicidade) propostos
aos componentes do BOP são oriundos de recomendações do fabricante presentes em seu
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manual. Já outra parte é definida com base na experiência dos colaboradores responsáveis
diretamente pela manutenção do BOP. Na maioria das vezes, ambas as proposições são
eficientes no dia a dia da operação e garantem bons resultados em termos de confiabilidade e
disponibilidade (MARTINS et. al., 2015).
Por ser um equipamento constituído por milhares de componentes, é um grande
desafio manter sua manutenção em perfeitas condições a todo o tempo. Sempre há um ou
outro componente que não recebe a devida atenção e outros que recebem mais atenção que
deveria. Além do mais, o tempo disponível é muito curto para realizar manutenções em um
BOP que está em operação. Portanto, é de suma importância um bom equilíbrio no
planejamento das manutenções. Em seu estudo, MARTINS et. al. (2015) destaca que a
frequência incorreta de manutenção e os planos de manutenção ineficientes são causas que
contribuem diretamente para o alto índice de downtime do BOP.
Considerando o grande número de componentes do BOP e suas relações hierárquicas,
é de suma importância determinar corretamente suas fronteiras para realizar um diagnóstico
adequado das relações entre suas falhas e seu desempenho. Logo, definir um padrão de
hierarquia dos componentes é essencial para realizar uma manutenção assertiva e eficiente.
Outro fator que aumenta a complexidade de sua manutenção são as redundâncias
existentes no BOP. Quanto maior o nível dessas redundâncias, maior é a dificuldade para
realizar o diagnóstico em caso de falhas, podendo gerar custos significantes no tempo ocioso
das sondas. Mesmo com o alto nível de redundâncias presentes no BOP a fim de maximizar
sua disponibilidade, ainda ocorrem falhas em componentes críticos (MUTLU, ARNOLD E
FRANCHEK, 2017).
Dada a importância de realizar a manutenção correta e eficiente nos
componentes de maior criticidade do BOP, o problema destinado a esse projeto é: como
elaborar ações de manutenção eficientes e efetivas para um componente crítico do BOP?
1.3. OBJETIVOS
O objetivo geral deste projeto é propor ações para reduzir as falhas de um componente
crítico do BOP, por meio do FMMEA (Failure modes, mechanisms, and effects analysis –
Análise de modos, efeitos e mecanismos de falhas).
Os objetivos específicos são:
• Definir o componente crítico do BOP a ser analisado;
• Descrever as principais funções do componente;
• Caracterizar as falhas destes componentes e
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• Elaborar o FMMEA.
1.4. JUSTIFICATIVAS
As atividades de exploração, perfuração e produção são complexas e ocorrem
em ambientes hostis, podendo impactar negativamente no ecossistema que estão inseridos e
na saúde humana. Sendo assim, os acidentes ocorridos durante as perfurações de poços
podem ser de magnitudes catastróficas, pois podem causar danos ambientais irreversíveis e
até serem fatais (MARIANO, 2007).
Dessa maneira é necessário utilizar medidas de prevenção destes acidentes, e
na perfuração de poços o BOP pode ser considerado como um dos equipamentos mais críticos
da operação, além de ser essencial para garantir a segurança da plataforma. Nesses casos, o
BOP é utilizado como última barreira de segurança do poço, onde a primeira barreira é o
próprio fluido de perfuração (SATTLER, 2013).
O fluido de perfuração é um elemento no Conjunto Solidário de Barreira
(CSB) primário, sendo majoritariamente utilizado nas operações. Porém quando ele falha, o
BOP é utilizado como um elemento secundário no CSB. O principal objetivo do fluido de
operação é exercer uma pressão superior à do fluido contido nos poros da rocha que está
sendo perfurada. Quando essa pressão fica menor, haverá um influxo do fluido contido nos
poros para o interior do poço. Esse influxo (óleo, gás e água) indesejado é definido como kick.
Considerando essa situação são necessárias algumas ações para realizar o controle do poço,
no entanto caso o kick não seja devidamente controlado, há chances de acontecer o blowout.
Onde ele consiste em uma saída descontrolada do fluido invasor para superfície, solo marinho
ou outra formação (ANP, 2012).
Portanto, é de suma importância garantir a máxima confiabilidade do BOP e
seus componentes adjacentes. Segundo Fogliatto e Ribeiro (2009), a confiabilidade está
diretamente associada à eficácia da operação de um produto ou sistema, com o objetivo de
garantir a inexistência de falhas ou quebras. Logo, a confiabilidade é a probabilidade de
determinado elemento realizar sua função adequadamente por um intervalo de tempo.
Sendo assim, é importante garantir a disponibilidade máxima do BOP, ou seja,
evitar falhas não esperadas que acarretem manutenções corretivas não planejadas. Elas
possuem uma complexidade, tempo de reparo e custos maiores do que as planejadas. Além
disto, é responsável por boa parte da indisponibilidade do BOP, impactando imediatamente na
performance das operações e gerando despesas não previstas.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. PERFURAÇÃO DE POÇOS
Além de todo o trabalho de localização do reservatório de óleo e gás, perfurar um
poço é a única maneira de comprovar e ter a certeza de que há ou não reservas recuperáveis.
A perfuração, como parte de uma das etapas de exploração de óleo e gás, é capaz de atingir
grandes profundidades e, consequentemente, está sujeita a pressões e temperaturas elevadas.
Consiste no conjunto de várias operações e atividades, realizadas por uma sonda de
perfuração, que permite a ligação do reservatório com a superfície (CHIPALAVELA, 2013).
A perfuração de poços consiste em atravessar diversas formações geológicas até
alcançar o reservatório de óleo e gás. Para isso, é utilizada uma broca conectada a uma coluna
de tubos de perfuração conhecidos como Drill Pipe, por onde é bombeado o fluido de
perfuração. Fluido esse que percorre toda a coluna de perfuração até chegar à broca e tem
como principal objetivo auxiliar a broca e transportar os cascalhos oriundos da perfuração até
a superfície pelo espaço anular. O espaço anular é área entre a coluna de perfuração e o poço
aberto ou coluna de riser. O riser de perfuração corresponde a um tubo que conecta a unidade
de perfuração até a cabeça do poço no leito marinho (ABDU, 2018).
A descrição de como ocorre à perfuração é feita por Thomas (2001) de maneira
sucinta e eficaz:
“Na perfuração rotativa, as rochas são perfuradas pela ação da rotação e peso
aplicados a uma broca existente na extremidade de uma boa coluna de perfuração.
Os fragmentos das rochas são removidos continuamente através de um fluido de
perfuração. O fluido é injetado por bombas para o interior da coluna de perfuração
através da cabeça de injeção, e retorna a superfície através do espaço anular formado
pelas paredes do poço e a coluna.” (THOMAS, 2001)
de se tornar um blowout (SENA, 2005). Entre estes equipamentos, pode-se destacar como
mais importante o BOP, que será discutido a seguir.
2.2. BOP
Segundo a API (2012, p. 11), o BOP pode ser considerado como um “equipamento
instalado nos conjuntos presentes na cabeça do poço com o objetivo de conter fluidos através
de um espaço presente no anular entre sua carcaça e seus tubulares, ou por um espaço aberto
durante as operações de perfuração, completação ou testes”.
Os BOP’s são equipamentos de segurança utilizados durante a perfuração de poços de
óleo e gás, onde permanecem em stand by na maior parte do tempo. Em casos onde a sonda
perde posição e sai do seu raio operacional, os BOP’s podem também providenciar uma
desconexão de emergência da sua parte superior (LMRP – Lower Marine Riser Package),
onde sua parte inferior (BOP Stack) permanece na cabeça do poço com seus preventores
fechados para realizar a devida vedação, até que seja possível retornar a operação (JORGE,
2001).
Toda unidade flutuante de perfuração possui um BOP submarino, que é utilizado nas
operações de work-over e perfuração de novos poços, sendo instalado na cabeça do poço. São
equipamentos pesados, grandes e caros, pesando mais de 100 toneladas e custando milhões de
dólares (JORGE, 2001).
Segundo Sattler (2013), o BOP pode ser considerado como um dos equipamentos de
segurança mais crítico da sonda. Porém, não é o primeiro recurso a ser utilizado para realizar
o controle do poço. O BOP é compreendido como uma das últimas opções no controle do
poço, principalmente a utilização das gavetas cisalhantes.
O BOP é um equipamento que foi projetado para fechar o poço em caso de influxos
indesejados. Com ele, podemos realizar o devido controle de poço circulando os fluidos
invasores utilizando suas diversas válvulas e dispositivos mecânicos, hidráulicos, elétricos e
pneumáticos através de comandos recebidos diretamente da unidade flutuante (SILVA, 2002).
Mesmo sendo utilizado apenas em último caso no controle de poço, o BOP têm sido
uma das maiores causas de downtime nas sondas, também conhecido como tempo não
produtivo (SATTLER, 2013). Puxar o BOP e tirá-lo de operação devido a alguma falha ou
problema identificado pelo operador pode ser um dos eventos de maior gasto considerando
seu downtime, chegando a custar aproximadamente US$1 milhão por evento (SHANKS et al.,
2003).
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Um dos motivos do seu elevado custo de manutenção é devido ao fato que o BOP é
constituído por diversos componentes em seus subsistemas que garantem a eficiência na
execução de suas funções. Conhecer seus principais componentes e saber suas funções é
primordial para um bom entendimento de suas falhas e manutenções. A Figura 1 mostra uma
foto real de um BOP e uma ilustração dele conectado na cabeça do poço.
2.2.1. HIERARQUIA
Para compreender melhor a composição estrutural de um BOP e a interação de seus
componentes, é de suma importância definir claramente sua taxonomia e níveis. Para isso
será utilizado a ISO ( International Organization for Standardization) 14.224 (2016, p. 30),
a qual define taxonomia como “uma classificação sistemática de itens em grupos genéricos
baseados em fatores possivelmente comuns a vários destes mesmos itens (localização, uso,
subdivisão do equipamento etc.)”.
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nono) se referem aos subsistemas, componentes e partes do BOP. Níveis esses que são
definidos pela norma e serão utilizados no projeto (ISO 14.224, 2016).
O número de níveis a serem utilizados para coletas de dados está relacionada
diretamente com a complexidade do equipamento a ser estudado, e como esses dados serão
utilizados. Uma análise que tem como objetivo avaliar a disponibilidade de determinado
equipamento, pode ser necessário dados até o nível 6, que se refere a unidade do
equipamento. Por outro lado, uma análise que tenha como objetivo realizar uma análise de
causa-raiz pode ser necessário dados até o nível 9, que se refere aos componentes e itens
manuteníveis (ISO 14.224, 2016).
A classificação taxonômica de um BOP na categoria ‘subdivisão do equipamento’
(níveis 6 a 9) abrange uma grande variedade de partes, itens e componentes. Essas partes
físicas estão relacionadas diretamente às diversas funções realizadas pelo BOP, além de
muitas vezes se relacionarem entre si. Segundo a ISO 14.224 (2016, p. 162), o BOP possui
cinco subsistemas, sendo eles: preventores, válvulas e linhas; conectores hidráulicos; junta
flexível; controle primário; controle de emergência.
Os preventores, válvulas e linhas são os componentes responsáveis pelas principais
funções do BOP. Logo, são os mais importantes para garantir a segurança da operação. O
BOP possui basicamente dois tipos de preventores: preventores anulares e preventores de
gaveta (HAN, 2015). Os preventores do tipo gaveta têm como principal função cisalhar e
vedar a coluna de perfuração. Já os preventores anulares garantem a vedação no espaço
anular do poço (API STD 53, 2016). As válvulas e linhas são responsáveis por prover força
hidráulica aos componentes do BOP e garantir a operação de suas respectivas funções. No
caso das linhas de choke e kill, são essenciais para circular o influxo de fluido e realizar o
devido controle de poço (KLAKEGG, 2012). Na Figura 3 pode-se observar alguns desses
componentes, com destaque para suas principais válvulas e preventores.
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forças externas em todo seu comprimento, como corrente marítima e deslocamento horizontal
da sonda, a junta flexível compensa essas forças a fim de minimizar o impacto no BOP.
O controle primário contém diversas válvulas de interface hidráulica e/ou elétrica e
acumuladores que são responsáveis pela execução das funções no BOP (API SPEC 16D,
2013). Os acumuladores são responsáveis por armazenar fluído hidráulico pressurizado e são
utilizados para acionar diversas funções no BOP, incluindo os preventores de gaveta e
preventores anular.
O controle de emergência é um dos backups do BOP referente ao acionamento de
determinadas funções críticas, logo possui um controle hidráulico independente. Quando
acionado em casos de emergência, este controle executa funções previamente programadas,
como o fechamento dos preventores (API SPEC 16D, 2013).
• Falhas Mecânicas;
• Falhas Materiais;
• Falhas de Instrumentação;
• Falhas Elétricas;
• Influência Externa;
• Outras.
Normalmente um mecanismo de falha está relacionado a um nível inferior do
componente na classificação taxonômica, conforme discutido anteriormente. Sendo assim, o
mecanismo de falha representa o modo de falha no nível do item manutenível. Porém, deve-se
ter cuidado ao distinguir mecanismo de falha e modo de falha (ISO 14.224, 2016).
A ISO 14.224 (2016) apresenta um quadro com todos os mecanismos de falhas dos
tipos de falhas citados anteriormente. Considerando que o projeto em questão em sua maioria
se refere a equipamentos mecânicos, foi extraído e adaptado o Quadro 1 a fim de apresentar a
categoria ‘Falha Mecânica’ e suas subdivisões do mecanismo de falha.
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• Falhas em cascata: são múltiplas falhas que foram iniciadas pela falha de um
componente no sistema, resultando em uma reação em cadeia. A falha deste
primeiro componente impacta diretamente nos conseguintes ao alterar as condições
de operação (pressão, temperatura, umidade, fluxo) do sistema envolvido,
impactando no funcionamento dos outros componentes.
2.4. MANUTENÇÃO
Existem diversos tipos de manutenção que podem ser adotados para garantir uma
maior disponibilidade e confiabilidade do BOP. A definição da melhor estratégia de
manutenção pode incluir a adoção e combinação de mais de um tipo.
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• Falha humana;
• Falha de sobressalentes;
• Contaminações introduzidas no sistema de óleo;
• Danos durante partidas e paradas; e
• Falhas nos procedimentos de manutenção.
3. MÉTODO
A pesquisa pode ser considerada como uma atividade central do meio científico, e
com ela podemos relacionar a realidade com o que se pretende investigar. Tem como
principal objetivo encontrar a solução de determinado problema utilizando procedimentos
sistemáticos e racionais. Com isso, ela pode ser classificada quanto à natureza, objetivo,
abordagem e aos procedimentos (GERHARDT; SILVEIRA, 2009; SILVA; MENEZES,
2005).
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3.2. METODOLOGIA
As etapas descritas abaixo têm como objetivo identificar o componente crítico que
possui maior participação nas falhas disponíveis no banco de dados utilizado, analisar seu
funcionamento, determinar seus principais modos de falha, estratificar seus modos de falha,
identificar se as ações de manutenção vigentes na DC abrangem as falhas priorizadas no
FMMEA, e caso necessário, propor melhorias a essas ações.
Para viabilizar a execução deste projeto, serão utilizados alguns bancos de dados com
informações referentes às falhas dos principais componentes do BOP. É uma prática comum
da equipe responsável pela manutenção do BOP reportar e registrar suas falhas, para analisá-
las no futuro para encontrar sua causa raiz e criar planos de ação para que não ocorram
novamente.
Um dos principais bancos de dados a ser utilizado neste projeto será do Reliability Joint
Industry Project (JIP). O mesmo consiste em uma parceria entre dezenas de empresas que
compartilham dados de falhas do BOP entre si, para que possam analisá-las e maximizar sua
confiabilidade. Outra fonte de dados a ser utilizada será o histórico de registro de falhas do
BOP, que é realizado como um procedimento interno da DC estudada neste projeto. Este
procedimento foi recentemente atualizado e padronizado para ser utilizado em todos os BOP’s
da empresa, a fim de ampliar seus registros de falhas e elaborar as devidas recomendações
para todos os responsáveis pelos BOP’s, este documento é nomeado “Formulário de Falhas”.
principais funções para que os modos de falha sejam devidamente identificados. A análise
funcional do componente crítico realizada anteriormente será essencial para compreender suas
funções, fluxos de atividades e partes que compõem o sistema. Com ela, será possível
identificar suas falhas funcionais e, consequentemente, seus modos de falha. Com o intuito de
aperfeiçoar essa análise, ela será conduzida por especialistas de engenharia subsea e o autor.
Análise comparativa: ao finalizar a estratificação dos modos de falha do componente
crítico, se terá uma relação descritiva de todas as possíveis falhas deste componente. Com
essas informações, será avaliado se as ações de manutenção vigentes na DC atendem a estas
falhas e se são suficientes para minimizá-los.
4. DESENVOLVIMENTO
Conforme abordado nos capítulos iniciais deste projeto, downtimes e falhas que
resultam em puxadas de BOP podem resultar em custos na casa dos milhões de dólares para a
empresa responsável. Com isso, é de suma importância entender quais componentes são os
maiores responsáveis pelos downtimes e falhas. Para definir o componente crítico a ser
estudado nesse projeto, foram considerados os dez componentes que mais apresentaram falhas
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gerais e falhas críticas que resultaram na puxada do BOP, conforme pode ser observado na
Figura 8 e Figura 9.
Com isso, a válvula SPM foi utilizada como o componente crítico a ser abordado neste
projeto, a qual pode ser vista desmontada em uma foto real na Figura 10 abaixo.
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Figura 14– Falhas críticas com puxadas de BOP da SPM NOV x Pressão de trabalho
Figura 16 – Falhas críticas com puxadas de BOP da SPM NOV 5000 Psi x Tamanho
Todas as figuras deste tópico apresentam os gráficos referentes ao modelo mais crítico
da SPM. Na Figura 10 e Figura 11, temos que o fabricante mais relevante nas falhas gerais da
SPM e nas puxadas de BOP foi a NOV. Na Figura 13 e Figura 14, pode ser observado que a
pressão de trabalho mais relevante nas falhas gerais e críticas foi de 5000 Psi. Em relação ao
tamanho, a Figura 15 e Figura 16 mostram que a SPM mais crítica é a de 1 ½”. Portanto, foi
utilizada a SPM com essas características para desenvolver o projeto em questão.
Com o propósito de realizar uma análise mais profunda nas falhas da SPM, foi
elaborado uma Análise de Modos, Mecanismos e Efeitos de Falhas. O FMMEA busca
analisar a criticidade, identificar os modos e efeitos de falha assim como seus mecanismos
associados. Para isso, é calculado o Número de Prioridade de Riscos (RPN), que é a
multiplicação dos fatores ocorrência, detecção e severidade.
Para iniciar o FMMEA, foram definidos os modos de falha da SPM com o suporte do
departamento de Engenharia Subsea da DC (Drilling Contractor) tratada neste projeto.
Analisando suas principais funções, foram estabelecidos os seguintes modos de falha: falha
sob demanda, vazamento interno e vazamento externo. Porém fazendo uma análise mais
detalhada, foi identificado que todo vazamento interno resultará em um vazamento externo
com o fluido sendo expelido pelo pórtico vent. Durante a elaboração de uma análise falhas de
todo o BOP em 2013, a BSEE (Bureau of Safety and Environmental) chegou nessa mesma
conclusão referente a SPM. Com isso, serão considerados apenas “vazamento” e “falha sob
demanda” como seus modos de falha.
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Em seguida, foi realizado um levantamento das partes da SPM 1 ½” 5000 Psi da NOV
(conforme definida anteriormente), a fim de agrupá-los entre seus semelhantes. O Quadro 5
apresenta a relação dessas partes, enquanto a Figura 18 exibe a vista explodida de uma SPM
similar.
das falhas, suas notas foram atribuídas analisando o efeito das mesmas. Já a detecção das
falhas foi avaliada com base no seu modo de falha, o qual define claramente a dificuldade de
detecção das mesmas. Portanto, as falhas de um mesmo modo de falha possuem um mesmo
efeito e, consequentemente, uma mesma nota relacionada à sua severidade e detecção.
A Quadro 7 abaixo apresenta o FMMEA elaborado para o modo de falha “Falha sob
demanda”.
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Modos de Falha Partes Mecanismos de Falha Tipo de Mecanismo Causas da Falha Subdivisão das Causas de Falha Efeito Sev. Freq. Det. RPN
Falha Mecânica Deformação Operação/Manutenção Desgaste Esperado 6 7 2 84
Corrosão Projeto Material Impróprio 6 5 2 60
Molas
Falha de Material Desgaste Operação/Manutenção Desgaste Esperado 6 5 2 60
Ruptura Operação/Manutenção Desgaste Esperado 6 5 2 60
Erro de Manutenção 6 5 2 60
Vazamento Operação/Manutenção
Desgaste Esperado 6 6 2 72
Projeto Capacidade Inadequada 6 9 2 108
Falha de Fabricação 6 3 2 36
Folga/Alinhamento Fabricação/Instalação
Falha de Instalação 6 4 2 48
Operação/Manutenção Erro de Manutenção 6 4 2 48
Falha Mecânica
Projeto Capacidade Inadequada 6 2 2 24
Falha de Fabricação 6 4 2 48
Selos Deformação Fabricação/Instalação
Falha de Instalação 6 7 2 84
Operação/Manutenção Erro de Manutenção Perda de suprimento 6 4 2 48
Projeto Capacidade Inadequada hidráulico com potencial de 6 3 2 36
Relaxamento
Fabricação/Instalação Falha de Fabricação comprometer a execução 6 3 2 36
Vazamento Influência externa Contaminação Gerenciamento Erro de Gerenciamento da função, podendo 6 8 2 96
Desgaste Operação/Manutenção Desgaste Esperado influenciar no acionamento 6 5 2 60
Falha de Material Fabricação/Instalação Falha de Instalação de um EDS e funções com 6 7 2 84
Ruptura
Operação/Manutenção Erro de Manutenção grande volume. 6 4 2 48
Projeto Material Impróprio 6 2 2 24
Vazamento
Operação/Manutenção Erro Operacional 6 4 2 48
Erro Operacional 6 2 2 24
Poppet Falha de Material Erosão Operação/Manutenção
Desgaste Esperado 6 1 2 12
Desgaste Fabricação/Instalação Falha de Fabricação 6 1 2 12
Ruptura Fabricação/Instalação Falha de Fabricação 6 2 2 24
Vazamento Fabricação/Instalação Falha de Instalação 6 2 2 24
Falha Mecânica Folga/Alinhamento Fabricação/Instalação Falha de Fabricação 6 1 2 12
Deformação Operação/Manutenção Erro de Manutenção 6 2 2 24
Seal Plate Desgaste Operação/Manutenção Desgaste Esperado 6 3 2 36
Ruptura Operação/Manutenção Desgaste Esperado 6 8 2 96
Falha de Material
Ruptura Operação/Manutenção Erro Operacional 6 7 2 84
Ruptura Operação/Manutenção Desgaste Esperado 6 4 2 48
Fonte: O Autor (2021)
Conforme orientação da equipe de Engenharia Subsea da DC foi considerada que a
severidade e a detecção de uma falha são intrínsecas a SPM e ao ambiente em que ela está
operando, ambas se tornam variáveis inflexíveis com grande dificuldade de serem reduzidas.
Porém a frequência é uma variável que pode ser trabalhada e reduzida através de ações
mitigadoras de falhas, sendo inclusive um dos objetivos deste projeto.
Portanto, para a priorização dessas falhas, foram classificadas as 16 com maior
frequência (7, 8 e 9). Em seguida, essas 16 falhas foram analisadas de acordo com seu número
de prioridade de riscos (RPN). O Quadro 9 abaixo mostra as falhas resultantes após aplicar
sua priorização.
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Das sete falhas priorizadas, é possível ver que entre as cinco falhas referentes aos
selos, três delas foram resultado de uma mesma falha: falha de instalação. Cujo qual resultou
em falhas mecânicas de vazamento e deformação dos selos, e em falha de material
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manutenções offshore (a bordo das sondas) diversas variáveis influenciam na realização das
mesmas. Com isso, recomenda-se a elaboração de um Work Instruction (WI) pela Engenharia
Subsea em conjunto com as equipes de bordo responsáveis pelo BOP para padronizar e
adequar o procedimento à realidade operacional.
esses resultados, será possível analisar e intervir em alguma anormalidade em tempo real, não
apenas um mês depois.
Para realizar o gerenciamento desses índices, foi desenvolvido pelo autor juntamente
com os demais integrantes da Engenharia Subsea, um projeto piloto de um dashboard com as
principais informações de qualidade do fluido e do sistema de unidade hidráulica, conforme
apresenta a Figura 21. O mesmo será disponibilizado internamente em um sistema da DC e,
no momento, utiliza dados inseridos manualmente. Assim que o equipamento de análise de
fluidos em tempo real for disponibilizado nas sondas, será possível realizar análises e tomar
decisões em tempo hábil para evitar possíveis falhas. Inclusive, recomenda-se a
disponibilização de um alarme sonoro e visual para indicar uma alteração dos índices para
fora do parâmetro estabelecido.
Em relação às falhas apresentadas no seal plate, temos que as duas possuem “ruptura”
como tipo de mecanismo e foram causadas por desgaste esperado e erro operacional. Ambas
as causas de falha podem ser relacionadas com o golpe aríete, o qual consiste em um
acionamento abrupto da válvula.
Para ser acionada, a SPM recebe uma alta pressão de forma repentina no pórtico de
“piloto”, fazendo com que a mola seja comprimida e mova o conjunto haste-poppet para
baixo, realizando a função da mesma. Porém esse movimento faz com o que o poppet colida
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com o seal plate de forma bruta e, se repetido muitas vezes, pode causar dano físico no
mesmo.
Além do que, é esperado o seu desgaste com o tempo por ser feito de um material
polimérico, menos resistente a impactos do que as outras partes mecânicas da SPM que são
feitas de aço inoxidável. A Figura 23 e Figura 24 apresentam exemplos de danos físicos
ocorridos no seal plate.
Para minimizar o efeito do golpe de aríete no seal plate, é recomendado que faça um
acionamento suave da SPM, ou seja, pressurizar o pórtico piloto de forma gradual até atingir a
59
Dentre as nove falhas priorizadas no FMMEA, quatro delas possuem a mesma causa
de falha: desgaste esperado. Analisando as falhas de SPM no banco de dados utilizado deste
projeto, pode-se observar que essa causa de falha é considerada como causa raiz de 67% das
falhas, seguido de “erro de manutenção” representando 17%, conforme apresenta o gráfico de
Pareto na Figura 25.
5. CONCLUSÃO
O objetivo principal deste projeto foi propor melhorias para uma DC após identificar
um componente crítico que fosse responsável pela maior parte dos downtimes do BOP. Para
isso uma análise quantitativa foi empregada em um banco de dados com falhas de BOP’s do
mundo inteiro nos últimos 10 anos. Analisando sempre o percentual de falhas e de falhas
críticas, que resultaram em puxadas de BOP, conclui-se que o componente de maior
relevância foi a válvula SPM, a qual representou 17% de todas as falhas analisadas e foi
responsável por 17% das puxadas de BOP resultando em downtime. Para tornar a elaboração
do projeto mais precisa, foram identificadas as características das SPM’s mais críticas dentre
o percentual mencionado anteriormente, sendo elas: fabricante NOV, tamanho 1 ½” e 5000
Psi de pressão de trabalho.
Após identificar o componente a ser a ser explorado nesse projeto, foi identificado
onde o mesmo está presente em todo o sistema BOP. O mesmo foi localizado no sistema de
controle, mais precisamente nos POD’s do BOP, e tem como principal função prover
suprimento hidráulico para outros componentes ao ser acionado por uma pressão piloto.
Analisando o esquema hidráulico do sistema de controle, constatou-se que a SPM em questão
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é responsável por executar dez funções no BOP, sendo elas as mais críticas, pois estão
diretamente relacionadas com o acionamento dos principais preventores.
Em conjunto com a Engenharia Subsea da DC em questão, foram levantados os
principais modos de falhas pertinentes a SPM. Inicialmente foram considerados os modos de
falha vazamento externo, vazamento interno e falha sob demanda. Porém ao realizar uma
análise mais detalhada, foi concluído que todo vazamento interno se torna um vazamento
externo ao ser expelido pelo pórtico vent. Portanto, falha sob demanda e vazamento foram
considerados os dois modos de falha mais relevantes a serem analisados no FMMEA.
Com a definição dos modos de falha, foi elaborado o FMMEA da SPM. Foi realizado
um levantamento de seus componentes no manual da fabricante e os mesmo foram agrupados
de acordo com suas características (físicas e funcionais) semelhantes, a fim de otimizar a
análise. O FMMEA resultou em 97 possíveis falhas da SPM com diversos tipos de
mecanismos e causas de falha. Porém, foram priorizadas apenas as 9 falhas mais críticas para
seguir com as análises seguintes. Nessa etapa, pode-se verificar que as partes que mais
resultaram em falhas foram os selos, molas e seals plates.
Para identificar potenciais melhorias na DC, foram analisadas todas as causas das
falhas priorizadas no FMMEA e sugerido algumas ações: elaborar um WI para padronizar a
montagem das SPM’s a bordo das sondas de perfuração da DC; implementar um sistema de
análise de fluidos em tempo real com a propósito de permitir seu gerenciamento em tempo
real através de um dashboard desenvolvido pelo autor em conjunto com a Engenharia Subsea;
aplicar uma técnica de acionamento suave da SPM com o objetivo de reduzir o golpe de aríete
aplicado nos seals plates; revisar os planos de manutenção vigentes atualmente na DC a fim
de incluir as molas nos mesmos e definir uma periodicidade satisfatória para as SPM’s mais
críticas do sistema de controle.
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Na parte inicial deste projeto foi verificado que além da SPM existem dezenas de
outros componentes que possuem grande influência nas falhas e downtimes do BOP, além de
diversos outros modelos de SPM que podem ser explorados. Portanto sugere-se a elaboração
de um estudo similar a este projeto com diversos outros componentes, principalmente a
reguladora que resultou quase o mesmo número de falhas no BOP do que uma SPM.
Com o propósito de compreender a efetividade das melhorias aqui propostas, é
recomendado realizar o acompanhamento das mesmas e, se possível, mensurá-las. Com esse
acompanhamento, será possível confirmar se as análises teóricas realizadas neste projeto
condizem com a realidade.
Para verificar se um dos objetivos deste projeto foi atendido, recomenda-se realizar
um novo FMMEA após a aplicação das ações propostas a fim de avaliar se as frequências das
falhas apresentadas neste projeto de fato foram reduzidas, aumentando a confiabilidade da
SPM.
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