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Professor

Dr. João Batista dos Santos Espinelli Junior

2023 Química Geral Experimental


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
IFRS – Campus Feliz

Química Geral Experimental

Química Geral Experimental


INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE QUÍMICA............................................................1
1.1. VIDRARIAS DE LABORATÓRIO..........................................................................................2
1.2. LIMPEZA DE VIDRARIAS................................................................................................... 6
1.2.1. SOLUÇÕES DE COMPOSTOS SOLÚVEIS EM ÁGUA............................................................6
1.2.2. SOLUÇÕES INSOLÚVEIS................................................................................................6
1.2.3. VIDRARIAS ONDE SE MANIPULOU ÁCIDOS FORTES..........................................................6
1.2.4. VIDRARIAS ONDE SE MANIPULARAM BASES FORTES OU FRACAS.....................................6
1.3. BALANÇA ANALÍTICA.......................................................................................................7
1.3.1. CUIDADOS COM A BALANÇA.........................................................................................8
1.4. MEDIÇÃO DO VOLUME DE LÍQUIDOS.................................................................................9
2. NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO.....................................................................10
2.1. RISCOS QUÍMICOS.........................................................................................................10
2.2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL....................................................................11
3. DESCARTE DE RESÍDUOS..................................................................................................12

ROTEIROS DE AULAS EXPERIMENTAIS.......................................................................13


4. ROTEIRO EXPERIMENTAL 1: ESTRUTURA ATÔMICA, ELETRÔNICA E TESTE DE CHAMA........15
4.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................15
4.2. OBJETIVO DO EXPERIMENTO..........................................................................................15
4.3. MATERIAIS E REAGENTES..............................................................................................16
4.3.1. Materiais..................................................................................................................16
4.3.2. Reagentes............................................................................................................... 16
4.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.................................................................................... 16
4.5. QUESTÕES PARA O CADERNO....................................................................................... 16

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5. ROTEIRO EXPERIMENTAL 2: DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE.............................................17
5.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................17
5.2. OBJETIVOS DO EXPERIMENTO........................................................................................17
5.3. MATERIAIS.................................................................................................................... 18
5.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.................................................................................... 18
5.5. QUESTÕES PARA O CADERNO....................................................................................... 18

6. ROTEIRO EXPERIMENTAL 3: PREPARO DE SOLUÇÕES, PREPARO DE SOLUÇÕES TAMPÃO E

INDICADORES DE PH............................................................................................................ 18
6.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................18
6.2. OBJETIVOS DO EXPERIMENTO........................................................................................20
6.3. MATERIAIS E REAGENTES..............................................................................................20
6.3.1. Materiais..................................................................................................................20
6.3.2. Reagentes............................................................................................................... 18
6.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.................................................................................... 18
Parte A. Preparo de solução, Acetato de Sódio............................................................18
Parte B. Preparo de solução, Acetato de Sódio............................................................18
Parte C. Medida da Corrente Elétrica.............................................................................19
Parte D. Preparo da Solução Tampão............................................................................19
Parte E. Determinação do pH com indicadores.............................................................19
Parte F. Poder tamponante..............................................................................................19
6.3.4. Questões para o Relatório.....................................................................................19
6.4. QUESTÕES PARA O CADERNO....................................................................................... 19

7. ROTEIRO EXPERIMENTAL 4: REATIVIDADE DE METAIS........................................................20


7.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................20
7.2. OBJETIVO DO EXPERIMENTO..........................................................................................21
7.3.1. Materiais..................................................................................................................21
7.3.2. Reagentes............................................................................................................... 22
7.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.................................................................................... 22
7.5. QUESTÕES PARA O RELATÓRIO.....................................................................................22
7.6. QUESTÕES PARA O CADERNO....................................................................................... 22

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8. ROTEIRO EXPERIMENTAL 5: TITULAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO............................................23
8.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................23
8.2. OBJETIVOS DO EXPERIMENTO........................................................................................24
8.3.1. Materiais..................................................................................................................24
8.3.2. Reagentes............................................................................................................... 24
8.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.................................................................................... 25
Parte A. Preparo da solução de biftalato de potássio..................................................25
Parte B. Padronização da solução de hidróxido e sódio..............................................25
Parte C. Determinação da concentração de ácido acético em vinagre.......................25
8.5. QUESTÕES PARA O CADERNO....................................................................................... 25

9. ROTEIRO EXPERIMENTAL 6: SÍNTESE DO SULFATO DE COBRE PENTA HIDRATADO.............26


9.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................26
9.2. OBJETIVO DO EXPERIMENTO..........................................................................................26
9.3. MATERIAIS E REAGENTES..............................................................................................27
9.3.1. Materiais..................................................................................................................27
9.3.2. Reagentes............................................................................................................... 27
9.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.................................................................................... 27
9.5. QUESTÕES PARA O RELATÓRIO.....................................................................................28
9.6. QUESTÕES PARA O CADERNO....................................................................................... 28

10. ROTEIRO: EQUILÍBRIO QUÍMICO......................................................................................29


10.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................29
10.1.1. Princípio de Le Châtelier.....................................................................................30
10.2. OBJETIVO DO EXPERIMENTO........................................................................................30
10.3. ROTEIRO EXPERIMENTAL 7: EQUILÍBRIO QUÍMICO I – EFEITO DA CONCENTRAÇÃO........31
10.3.1. Materiais e Reagentes..........................................................................................31
10.3.1.1. Materiais.............................................................................................................31
10.3.1.2. Reagentes.......................................................................................................... 31
10.3.2. Procedimento Experimental................................................................................31
10.3.3. Questões para o Caderno....................................................................................32
10.4. ROTEIRO EXPERIMENTAL 8: EQUILÍBRIO QUÍMICO II – EFEITO DA TEMPERATURA..........33
10.4.1. Materiais e Reagentes..........................................................................................33
10.4.1.1. Materiais.............................................................................................................33
10.4.1.2. Reagentes.......................................................................................................... 33

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10.4.2. Procedimento Experimental................................................................................33
10.4.3. Questões para o Caderno....................................................................................34
10.5. ROTEIRO EXPERIMENTAL 9: EQUILÍBRIO QUÍMICO III – EFEITO DO ÍON COMUM.............35
10.5.1. Materiais e Reagentes..........................................................................................35
10.5.1.1. Materiais.............................................................................................................35
10.5.1.2. Reagentes.......................................................................................................... 35
10.5.2. Procedimento Experimental................................................................................35
10.5.3. Questões para o Caderno....................................................................................36
10.6. QUESTÕES PARA O RELATÓRIO...................................................................................36

11. ROTEIRO EXPERIMENTAL 10: CALOR ENVOLVIDO EM PROCESSOS DE DISSOLUÇÃO E

PRECIPITAÇÃO......................................................................................................................37

11.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................37


11.2. OBJETIVO DO EXPERIMENTO........................................................................................37
11.3. MATERIAIS E REAGENTES............................................................................................38
11.3.1. Materiais................................................................................................................38
11.3.2. Reagentes............................................................................................................. 38
11.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL – PARTE A: CALOR DE DISSOLUÇÃO..........................39
11.5. QUESTÕES PARA O CADERNO..................................................................................... 39
11.6. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL – PARTE B: CALOR DE PRECIPITAÇÃO........................40
11.7. QUESTÕES PARA O CADERNO..................................................................................... 40
11.8. QUESTÕES PARA O RELATÓRIO...................................................................................40

12. ROTEIRO EXPERIMENTAL 11: ESTUDO DE REAÇÕES QUÍMICAS NÃO ESPONTÂNEAS........41


12.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................41
12.2. OBJETIVO DO EXPERIMENTO........................................................................................42
12.3. MATERIAIS E REAGENTES............................................................................................42
12.3.1. Materiais................................................................................................................42
12.3.2. Reagentes............................................................................................................. 42
12.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL – PARTE A: ELETRÓLISE DE SOLUÇÕES SALINAS.......43
12.4.1. Questões para o Caderno....................................................................................43
12.5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL – PARTE B: ELETRODEPOSIÇÃO DE COBRE................43
12.5.1. Questões para o Caderno....................................................................................43
12.6. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL – PARTE C: OBTENÇÃO DO CAO PELA DECOMPOSIÇÃO
DO CARBONATO DE CÁLCIO EM CALCÁRIO...........................................................................44

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12.6.1. Questões para o Caderno....................................................................................44

13. ROTEIRO EXPERIMENTAL 12: CINÉTICA QUÍMICA I – VELOCIDADE DAS REAÇÕES QUÍMICAS
........................................................................................................................................... 45
13.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................45
13.2. OBJETIVO DO EXPERIMENTO........................................................................................46
13.3. MATERIAIS E REAGENTES............................................................................................46
13.3.1. Materiais................................................................................................................46
13.3.2. Reagentes............................................................................................................. 46
13.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: PARTE A – EFEITO DA TEMPERATURA SOBRE A

VELOCIDADE DE REAÇÃO.....................................................................................................46
13.4.1. Questões para o Caderno....................................................................................47
13.5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: PARTE B – EFEITO DA SUPERFÍCIE DE CONTATO NA

REAÇÃO QUÍMICA................................................................................................................ 47
13.5.1. Questões para o Caderno....................................................................................47

14. ROTEIRO EXPERIMENTAL 13: CINÉTICA QUÍMICA II – AÇÃO DE CATALISADORES EM

REAÇÕES QUÍMICAS.............................................................................................................48
14.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................48
14.2. OBJETIVO DO EXPERIMENTO........................................................................................48
14.3. MATERIAIS E REAGENTES............................................................................................48
14.3.1. Materiais................................................................................................................48
14.3.2. Reagentes............................................................................................................. 48
14.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..................................................................................48
14.5. QUESTÕES PARA O CADERNO..................................................................................... 49
SUGESTÕES PARA O CADERNO DE LABORATÓRIO.................................................50
REFERÊNCIAS..................................................................................................................52

Química Geral Experimental


Intr

Introdução ao Laboratório de Química

A
química experimental é uma ciência
experimental se ocupando principalmente
das transformações das substâncias, da
determinação de sua composição e das relações entre
estrutura e reatividade. Fundamentalmente a química
se apoia em experimentos que produzam resultados
que quando interpretados permitam a obtenção de
dados que fundamentem teorias e comprovem
hipóteses.

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1.1. Vidrarias de Laboratório
As vidrarias de laboratório são ferramentas, em geral, de vidro borossilicato,
utilizadas para os experimentos de pequena escala, ou seja, para ensaios de rotina em
laboratório. Por mais simples ou sofisticado e complexo que seja um laboratório possui
geralmente vidrarias e materiais comuns para as principais operações necessárias para
atividades de pesquisa ou ensino.

É de uso geral em laboratório. Serve para faze reações entre


soluções, pesagem de reagentes sólidos, acondicionamento de
líquidos, e diversas operações em todos os laboratórios de
pesquisa na área de química e biologia.
Béquer

Serve para medir e transferir volumes de líquidos, o aquecimento


pode danificar e impedir a medição de volumes de líquidos.

Proveta

Empregado para fazer reações em pequena escala,


principalmente em testes de reação em geral. Em de forma
cuidadosa e com movimentos circulares ir diretamente a chama do
bico de bunsen para aquecimento.
Tubo de ensaio

É usado para pesagem de materiais, preparo de soluções, não


pode ser aquecido diretamente, pois pode quebrar, também pode
ser utilizado para evaporações a temperatura ambiente.

Vidro de relógio

Usada para manusear tubos de ensaio durante o aquecimento em


banho maria ou bico de bunsen.

Pinça de madeira

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Um bastão de vidro maciço de vidro, empregado para agitar e
facilitar a dissolução de ou manter massas líquidas em constante
movimento.
Bastão de vidro

Peças de vidro ou plástico utilizados para meios de cultura,


germinações de plantas e algumas reações em escala reduzida.

Placa de Petri

Recipiente de vidro com boca estreita utilizado em titulações


volumétricas e reações químicas, principalmente em chapa
elétrica quando se deseja diminuir a perda por evaporação.

Erlenmeyer

É um recipiente de vidro com paredes mais reforçadas e indicado


para filtrações a vácuo, com uso de um funil de Buchner acoplado
a um anel de borracha.
Kitassato

Serve para separar sólidos de líquido. O papel de filtro pode ser


usado tanto no funil comum como no de Buchner.

Papel filtro

Utilizado junto do papel de filtro para filtração de sólidos e


precipitados, como também para transferência de líquidos para
balões volumétricos, ou até para frascos destinados ao
Funil de vidro armazenamento de soluções.

Utilizado para o preparo de soluções padrões ou com uma


concentração exata.

Balão volumétrico
Outras vidrarias existentes em laboratório, e que são comuns em muitos
laboratórios diferentes de química são:

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Balão de fundo chato Balão de fundo redondo, 1

Balão de fundo redondo, 2 Balão de fundo redondo, 3

Frasco de reagente, moderno Béquer de vidro forma alta

Bureta de vidro Cadinho de porcelana

Capsula de porcelana Dessecador

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Garra de suporte universal Frasco de reagente, rolha de vidro

Frasco de reagente, moderno Funil de separação

Gral e pistilo Pipeta graduada

Pipeta volumétrica Suporte universal

Tenaz de metal

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1.2. Limpeza de vidrarias
Cada tipo de vidraria demanda um procedimento de limpeza específico para
garantir a limpeza da mesma e a segurança da pessoa que está realizando a limpeza. A
limpeza correta de vidrarias e materiais de laboratório é necessário saber quais
substâncias foram utilizadas, por isso existem métodos, produtos e tipos de limpezas para
soluções químicas comuns ou orgânicas.

1.2.1. Soluções de compostos solúveis em água


Onde foram manipuladas compostos como cloreto de sódio ou sacarose, é preciso
limpar de três a quatro vezes com água destilada ou deionizada, após uma lavagem com
detergente neutro e água corrente em abundância, e deixar secando com a emborcado
para após guardar.

1.2.2. Soluções Insolúveis


Onde foram manipulados solventes apolares e insolúveis em água como hexano e
clorofórmio, deve-se lavar com detergente neutro e esponja macia e depois lavar com
água destilada ou deionizada por pelo menos três a quatro vezes. Dependendo do
solvente ou composto pode ser necessário rinçar com solventes orgânicos como etanol e
acetona puros. E então pôr a secar emborcado.

1.2.3. Vidrarias onde se manipulou ácidos fortes


Lavar com água deionizada de preferência em capela com exaustão, ou caso
sejam resíduos em pouca quantidade lavar com água corrente em abundância garantindo
uma diluição extrema dos compostos ali presentes e depois lavar com água destilada ou
deionizada por três ou quatro vezes no mínimo e então pôr a secar emborcado. Para
ácidos fracos concentrados repetir o mesmo procedimento.

1.2.4. Vidrarias onde se manipularam bases fortes ou fracas


Devem ser lavadas imediatamente após o uso, principal se for em materiais de
vidro que sofrem ataque das bases onde foi manipulado, pode ser feito com água corrente
em abundância, detergente neutro e esponja macia. A vidraria depois precisa ser lavada
com água destilada ou deionizada e emborcado para secar adequadamente.

1.3. Balança analítica


Na maioria das atividades de laboratório é utilizado uma balança analítica para
medir massas com alta exatidão, as balanças de laboratório menos exatas são
empregadas para as medidas de massa com menor demanda por confiabilidade.

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Acompanhando a tendência no desenvolvimento instrumental baseado em
implementos eletrônicos, a balança analítica típica de prato único também evoluiu para
satisfazer as necessidades e diversas demandas de trabalho.

Balança analítica digital Balança analítica mecânica Balança de pratos

A grande vantagem da balança analítica é não ser necessário um longo tempo de


ensino sobre como faz a pesagem como no caso das balanças mecânicas. As balanças
podem ser divididas em:

Macrobalanças: Com capacidade máxima que varia entre 160 e 200 g, essas medidas
podem ser feitas com desvio padrão de ± 0,1 mg.

Balanças semimicroanalíticas: tem uma carga máxima de 10 a 30 g com uma precisão


de ± 0,01 mg.
Balança microanalítica: tem uma carga máxima de 1 a 3 g e uma precisão de ± 0,001
mg.

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1.3.1. Cuidados com a Balança
Existem vários modelos de balanças analíticas, para cada balança as
características dependem do modelo e da marca da balança. Apesar dessas
características incomuns a cada balança, todas possuem alguns cuidados gerais a todas
as balanças que precisam ser respeitados, principalmente porque a balança analítica é
um instrumento delicado que se precisa manusear com EXTREMO CUIDADO. Para isso
devem ser observadas algumas regras gerais no trabalho com uma balança analítica,
independente de marca ou modelo:
a) Centralize tanto quanto possível a carga no prato da balança.
b) Proteja a balança contra a corrosão. Os objetos a serem colocados sobre o prato
devem ser metais inertes, plásticos inertes, materiais vítreos ou parecidos com
vidro e papéis de pesagem.

Pesafiltro Béquer de 30 mL Papel de pesagem

c) Observe precauções especiais para pesagem de líquidos.


d) Mantenha a balança e seu gabinete meticulosamente limpos. Um pincel com pelos
finos deve ser utilizado para remoção de material derramado ou poeira.
e) Sempre deixe que um material aquecido retorne a temperatura ambiente antes de
pesá-lo.
f) Utilize uma pinça, luvas ou fita de papel adesivo para manusear objetos secos para
prevenir transferência de umidade para eles.

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1.4. Medição do Volume de Líquidos
Quando se observa o volume de um líquido em uma vidraria como proveta, pipeta
graduada, pipeta volumétrica, bureta ou balão volumétrico, deve-se ler o ponto na escala
graduada que coincide com a parte de baixo da superfície curva do líquido, superfície
denominada de menisco.

Para uma medida confiável do volume é necessário que a visualização seja


realizada de forma correta, onde o visualizador faça a leitura da posição do menisco da
forma que este esteja o mais alinhado possível com a linha de visão.

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2. Normas de Segurança em Laboratório
2.1. Riscos Químicos
Agentes químicos são substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar
no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases
ou vapores, ou que pela natureza da atividade de exposição possam ter contato ou ser
absorvidos pelo organismo pela pele ou por ingestão. Os tipos de riscos químicos mais
comuns são:

a) Flamabilidade
Capacidade que os produtos derivados do petróleo têm de se inflamar e manter
queima. Substâncias inflamáveis constituem o mais frequentemente risco encontrado na
maioria dos laboratórios. Somente uma quantidade mínima de líquidos deve ser mantida
no laboratório e qualquer operação que envolva produção de vapores não inflamáveis
deverá ser levada convenientemente para a capela.

b) Substâncias corrosivas
São substâncias que em contato com outros materiais, como metais, polímeros e
tecidos em geral, causam deterioração. Para esses produtos é essencialmente importante
evitar ingestão e o contato com a pele e olhos.

c) Substâncias tóxicas e nocivas


São produtos químicos que em contato com a pele, olhos e por inalação podem
causar sérios danos físicos ou até a morte. O uso correto do equipamento de proteção
individual é vital a todo momento no laboratório.

d) Substâncias altamente reativas


São produtos químicos que reagem entre si, não podem ser estocados em lugar
fechado ou próximos. Substâncias podem reagir vigorosamente devido as suas
propriedades fortemente oxidantes ou redutoras.

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2.2. Equipamentos de Proteção Individual
A seleção dos EPI’s no laboratório deve ser efetuada em associação com outros
métodos de controle de riscos. O uso da proteção visual deve ser obrigatório o tempo
inteiro no laboratório onde as manipulações são executadas.

a) Proteção visual
A proteção dada por lentes convencionais é insuficiente. Os óculos de proteção
deverão ser utilizados em conjunto com as lentes de contato.

b) Luvas
Deve haver um pronto suprimento de luvas para proteção contra calor, frio,
produtos químicos corrosivos ou tóxicos. Para reagentes tóxicos e solventes,
particularmente com uma grande variedade de materiais disponíveis cada qual para uma
diferente resistência.

c) Proteção visual
A proteção dada por lentes convencionais é insuficiente. Os óculos de proteção deverão
ser utilizados em conjunto com as lentes de contato.

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3. Descarte de Resíduos

a) Na pia
Sabão, líquidos não tóxicos, não inflamáveis, solúveis em água, que não causem
problemas ao meio ambiente e sempre acompanhados de água corrente em abundância,
como recomendado pelo professor.

b) Em frasco rotulado com nome e concentração da substância


Certamente para uso futuro. Cuidado para não contaminar. O "lixo" de hoje pode
ser o reagente de amanhã.

c) Em frasco rotulado como resíduo de ácidos e bases


As sobras de soluções de ácidos e bases comumente utilizadas em um laboratório
de Química podem ser misturadas em um único recipiente e ao completar o frasco se
mede o pH e posteriormente descarta na pia, lentamente e com água corrente em
abundância.

d) Descarte de íons metálicos


Quando possível devem ser utilizados em prática que visem a sua recuperação,
talvez através da sua transformação em um reagente que o laboratório utilize. Quando
não houver esta possibilidade, os mesmos são muitas vezes sujeitos a uma precipitação,
remoção de água e então submetidos a um descarte seguro.

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Roteiros de Aulas Experimentais

O
s experimentos foram organizados em diferentes
roteiros para permitir uma melhor compreensão dos
conceitos de:
 Cinética química
 Eletroquímica
 Equilíbrio químico
 Estequiometria
 Indicadores de pH
 Modelo atômicos
 Solução tampão
 Soluções
 Termoquímica

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Roteiros Experimentais
o Roteiro 1: Estrutura Atômica, Eletrônica e Teste de Chama
o Roteiro 2: Determinação da Densidade
o Roteiro 3: Preparo de Soluções, Preparo de Soluções Tampão e Indicadores de
pH
o Roteiro 4: Reatividade de Metais
o Roteiro 5: Titulação de Neutralização
o Roteiro 6: Síntese do Sulfato de Cobre Penta Hidratado
o Roteiro 7: Equilíbrio Químico I – Efeito da Concentração
o Roteiro 8: Equilíbrio Químico II – Efeito da Temperatura
o Roteiro 9: Equilíbrio Químico III – Efeito do Íon Comum
o Roteiro 10: Calor envolvido em processos de dissolução e precipitação
o Roteiro 11: Estudo de Reações Químicas não Espontâneas
o Roteiro 12: Cinética Química I – Velocidade das Reações Químicas
o Roteiro 13: Cinética Química II – Ação de Catalisadores em Reações Químicas

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4. Roteiro Experimental 1: Estrutura Atômica, Eletrônica e Teste de Chama

4.1. Fundamentação Teórica


A primeira evidência experimental da estrutura interna de um
átomo foi a descoberta, em 1897, da primeira partícula subatômica,
o elétron. O físico britânico J. J. Thomson, investigava raios
catódicos, emitidos quando um grande potencial é aplicado entre
dois contatos de metal em um tubo de vidro sob vácuo. Os elétrons
estão distribuídos em níveis de energia de acordo com os átomos e
quando excitados esses elétrons podem ser promovidos a níveis de energia mais
elevados, mas por não ser seu estado natural eles retornam liberando a energia
acumulada na forma de energia luminosa.
No teste de chama, durante o processo de excitação dos elétrons a níveis maiores
de energia cada elemento possui uma coloração característica e o teste pode também ser
utilizado para identificação de elementos metálicos em ensaios qualitativos, onde
diferentes cores podem ser observadas.

Tabela 1. Elementos e suas cores características


Sais Coloração
Cloreto de sódio NaCl Amarelo
Cloreto de bário BaCl2 Verde
Cloreto de estrôncio SrCl2 Vermelho escuro
Cloreto de cálcio CaCl2 Vermelho claro
Cloreto de potássio KCl Violeta
Cloreto de mercúrio HgCl2 Azul claro
Cloreto de cobalto CoCl2 Marrom claro
Sulfato de cobre CuSO4 Azul

4.2. Objetivo do Experimento


 Relacionar a coloração obtida na chama com a emissão de luz promovida pela
excitação dos elétrons na camada de valência de átomos metálicos.

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4.3. Materiais e Reagentes
4.3.1. Materiais
 Alça de platina
 Bico de Bunsen

4.3.2. Reagentes
 Solução de ácido clorídrico, HCl, 10%
 Solução de cloreto de cálcio, CaCl2, 0,1 mol L-1
 Solução de cloreto de sódio, NaCl, 0,1 mol L-1
 Solução de cloreto de estrôncio, SrCl2, 0,1 mol L-1
 Solução de cloreto de cobre, CuCl2, 0,1 mol L-1
 Solução de cloreto de bário, BaCl2, 0,1 mol L-1
 Solução de cloreto de potássio, KCl, 0,1 mol L-1

4.4. Procedimento Experimental


1) Ascender o bico de gás, conforme orientação do professor;
2) Inserir a ponta da alça de platina no ácido clorídrico para efetuar a limpeza da
mesma e depois flambar a alça na chama.
3) Realizar a análise das amostras, inserindo a alça nas amostras e, em seguida,
flambando na chama.
4) Após o ensaio de chama, realizar a limpeza da alça no ácido e devida flambagem
ao fogo entre uma amostra e outra.
5) Limpe a vidraria utilizada e deixe secando ao lado da pia

4.5. Questões para o Caderno


 Apresentar a distribuição eletrônica dos íons analisados na chama.
 Explicar o fundamento teórico relacionando à emissão de radiação, com a cor
característica, quando as amostras destas substâncias são levadas à chama.
 Explicar porque com o modelo atômico de Dalton não poderia ser explicada a
emissão de luz pelos cátions.
 Representar um resumo gráfico do experimento apresentando o procedimento e os
resultados obtidos de forma compreensível.

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5. Roteiro Experimental 2: Determinação da Densidade

5.1. Fundamentação Teórica

Materiais homogêneos em geral, apresentam uma razão


constante entre sua massa e seu volume, que pode ser definida como
"massa por unidade de volume", chamamos de densidade absoluta ou
massa específica do material. Representada por ρ, matematicamente
podemos expressar a densidade como:
massa
ρ=
Volume

As unidades mais frequentemente utilizadas para expressar o valor da densidade


de um material são g cm-3, g mL-1 e g L-1. No sistema internacional de unidades (SI), a
unidade recomendada é o kg m-3. A densidade pode ser utilizada como ferramente para
caracterização de diferentes materiais sólidos, sendo utilizada até para identificação e
verificação da real pureza de um material. Conforme observado na tabela abaixo
diferentes metais possuem diferentes valores de densidade.

Tabela 2. Densidade de metais a 20 °C


Material Densidade (g cm-3)
Aço 7,8
Aluminio 2,7
Chumbo 11,3
Cobre 8,9
Estanho 7,29
Ferro 7,9
Níquel 8,9
Ouro 19,3
Prata 10,5
Zinco 7,1

5.2. Objetivos do Experimento


Determinar a densidade de diferentes metais através do método de deslocamento
de volume em uma coluna de água. Desenvolver a habilidade necessária para o
manuseio da balança analítica e aferização de volume em vidrariais destinadas a
medicação de líquidos.

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5.3. Materiais
 Amostras Possíveis
o Aço
o Alumínio
o Chumbo
o Cobre
o Ferro
o Latão
o Polietileno
o Zinco

 Balança analítica
 Béquer de vidro, 50 mL
 Espátula de metal
 Frasco de lavagem com água destilada
 Pinça metálica
 Proveta de vidro, 100 mL

5.4. Procedimento Experimental


1) Pesar 5 g do material em béquer de vidro, anotando a massa com precisão;
2) Adicionar água na proveta de forma que o volume seja completo até 50 mL;
3) Transferir o material pesado para a proveta e observar o deslocamento do volume;
4) Agitar suavemente o material caso tenha bolhas de ar no interior da proveta,
observar se ocorreu mudança no volume da água;
5) Anotar o volume deslocado de água.
6) Limpe a vidraria utilizada e deixe secando no local apropriado.

5.5. Questões para o Caderno


 Representar um resumo gráfico do experimento apresentando o procedimento e os
resultados obtidos de forma compreensível.
 Calcular a densidade dos metais e comparar com dados da literatura.

Química Geral Experimental


6. Roteiro Experimental 3: Preparo de soluções, Preparo de soluções Tampão e
Indicadores de pH

6.1. Fundamentação Teórica


Soluções são misturas homogêneas de
duas ou mais substâncias. Podemos ter
soluções de sólidos em líquidos, de líquidos em
líquidos, de gases em líquidos, etc. As mais
importantes são as soluções de sólidos em
líquidos e líquidos em líquidos. Soluções
aquosas são muito comuns em laboratórios de
química principalmente pela facilidade na
dissolução de grande parte de compostos
trabalhados em água.
A concentração do soluto nessas soluções é estimada pela razão entre a
quantidade de soluto dissolvida no meio e o volume total que é presentado pela
soma do volume de soluto e solvente. Pode se expressar a concentração de
diferentes formas, sendo as unidades mais comuns, mg L -1, g L-1, mol L-1, % (m/v
ou v/v). A forma de calcular as concentrações é basicamente a mesma, mas o que
varia é a forma de expressar a concentração dos nossos analitos.

m(mg) m (g ) m(kg)
C (mg L−1)= C ( % m v−1 )= =
V ( L) V ( 100 mL ) V (100 L)
m(g)
C (g L−1)= V ( mL ) V (L)
V (L) C ( % v v−1 )= =
V ( 100 mL ) V (100 L)
n(mol)
C (mol L−1 )=
V (L)

Soluções podem ser classificadas em dois tipos soluções eletrolíticas e não


eletrolíticas, essa classificação é dada pelo tipo de soluto dissolvido e o meio
formado. Soluções eletrolíticas são aquelas que o soluto dissolvido se dissocia em
íons e então estes permitem a passagem de corrente elétrica, as não eletrolíticas
são as que o soluto ao ser dissolvido não se dissocia e assim não é permite a
passagem de corrente elétrica.

Química Geral Experimental


Esse meio pode ser utilizado para inclusive para diferenciar eletrólitos fortes
de fracos. Ácidos como o ácido clorídrico em soluções diluídas, (até 0,1 mol L -1)
podem ser considerados como integralmente dissociados, mas ácidos como o
acético não, tendo apenas uma fração deste, levando assim a uma menor
condutibilidade de corrente elétrica no meio. Dentre os eletrólitos fracos podemos
ter soluções de ácidos e bases, que formam meios ricos ou pobres em íons
hidrogênio. Quando os íons hidrogênio predominam no meio temos uma solução
com pH baixo classificada como ácida, e quando temos uma solução com
predominância de íons hidroxila temo uma solução com pH alto classificada como
alcalina ou básica.
O pH é determinado como o logaritmo da concentração de íons hidrogênio e
pode ser expresso em uma escala de 1 a 14. Valores de pH entre 1 e 6,9 são
classificados ácidos, entre 7,1 e 14, temos pH alcalino e o pH = 7 é classificado
como neutro. Essa escala pode ser observada de forma qualitativa por meio da
ação de indicadores de pH, compostos orgânicos de origem natural ou sintéticos
com a propriedade de mudar de cor em uma determinada faixa de pH. Cada
indicador tem uma cor característica para uma determinada faixa de pH (Tabela 3).
Isso é importante pela necessidade do monitoramento do pH em diferetes
situações, mas que não exige uma determinação precisa do valor.

Tabela 3. Indicadores Ácido e Base, Faixa de pH e Cores


Indicador Faixa de pH Mudança de Cor
Azul de timol 1,2 – 2,8 Vermelho – Amarelo
Azul de timol 8,0 – 9,6 Amarelo – Azul
Amarelo de metila 2,9 – 4,0 Vermelho – Amarelo
Alaranjado de metila 3,1 – 4,4 Vermelho – Laranja
Vermelho de metila 4,2 – 6,3 Vermelho – amareo
Verde de bromocresol 3,8 – 5,4 Amarelo – Azul
Purpura de bromocresol 5,2 – 6,8 Azul – Purpura
Azul de bromotimol 6,2 – 7,6 Amarelo – Azul
Vermelho de fenol 6,8 – 8.4 Amarelo – Vermelho
Purpura de cresol 7,6 – 9,2 Amarelo – Purpura
Fenolftaleina 8,3 – 10 Incolor – Vermelho
Timolftaleína 9,3 – 10,5 Incolor – Azul
Amarelo de alizarina 10 – 12 Incolor - Amarelo
Adaptado de: Fundamentos de Química Analítica

Química Geral Experimental


Existem situações que exigem uma determinação precisa do valor de pH
normalmente são utilizados meios instrumentais com equipamentos denominados
pH metros de bancada que permitem determinar com precisão de até 3 ou mais
casas após vírgula o valor de pH. A situações ainda que se faz necessária a
estabilização do valor de pH, nesse caso é utilizado uma solução que consegue
estabilizar o valor, essa solução é denominada solução tampão justamente por
estabilizar o pH do meio e pode ter seu poder tamponante determinado
matemáticamente ou por meio da adição de uma solução de pH contrário até a
mudança da cor do indicador.

6.2. Objetivos do Experimento


1. Preparar soluções a partir de solutos não eletrolíticos e eletrolíticos;
2. Apresentar como deve ser feita a armazenagem e rotulagem das soluções;
3. Preparar uma solução tampão a partir das soluções eletrolíticas preparadas;

6.3. Materiais e Reagentes


6.3.1. Materiais
 Balança analítica
 Balão volumétrico, 100 mL
 Bastão de vidro
 Béquer de vidro, 25 mL
 Béquer de vidro, 50 mL
 Béquer de vidro, 100 mL
 Erlenmeyer de vidro, 250 mL
 Espatula metálica
 Frasco de lavagem com água destilada
 Frasco para armazenar reagente, plástico
 Frasco para armazenar reagente, vidro
 Funil de vidro
 Pipeta de pasteur de plástico, 3 mL
 Pipeta graduada, 10 mL
 Pipetador de borracha de 3 vias
 Proveta de vidro, 50 mL

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 Proveta de vidro, 100 mL
 Tubo de ensaio

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6.3.2. Reagentes
 Ácido acético concentrado
 Acetato de sódio, sal
 Solução de fenolftaleína, 2%
 Solução de alaranjado de metila, 2%
 Hidróxido de sódio, 0,1 mol L-1
 Ácido clorídrico, 0,1 mol L-1
 Hidróxido de sódio, 0,5 mol L-1

6.4. Procedimento Experimental


Parte A. Preparo de solução, Acetato de Sódio
1) Calcular a massa de acetato de sódio necessária para o preparo de 100 mL de
uma solução com concentração de 0,2 mol L-1;
2) Pesar ________ g do sal na balança analítica, dissolver o sal com cuidado para
evitar que este derrame sobre a bancada ou provoque um acidente;
3) Transferir quantitativamente para o balão volumétrico, transferindo o sal dissolvido
para o balão com auxílio de um funil e lavando com pequenas porções de água o
balão volumétrico;
4) Aferir o menisco do balão volumétrico com cuidado para não passar o volume,
preferencialmente adicionando gota a gota com uma pipeta de pasteur.

Parte B. Preparo de solução, Acetato de Sódio


1) Calcular o volume de ácido acético necessário para o preparo de 100 mL de uma
solução com concentração de 0,2 mol L-1;
2) Com uma proveta adicionar um volume de aproximadamente 25 mL para um balão
volumétrico de 100 mL;
3) Na capela com exaustão transferir uma pequena porção de ácido acético para um
béquer de vidro de 25 mL;
4) Pegar uma alíquota de ____ mL do ácido acético e transferir cuidadosamente
sobre a água gotejando;
5) Agitar cuidadosamente para homogeneizar a solução e depois completar o volume
a 100 mL aferindo o menisco.

Química Geral Experimental


Parte C. Medida da Corrente Elétrica
1) Com auxílio do professor realizar a medida da corrente elétrica das soluções de
acetato de sódio, ácido acético, ácido clorídrico e hidróxido de sódio, anotando as
diferenças observadas.

Parte D. Preparo da Solução Tampão


1) Transferir o volume de _____ mL de ácido acético 0,1 mol L -1 e _____ mL da
solução de acetato de sódio para um balão volumétrico de 100 mL;
2) Completar o volume da solução para 100 mL aferindo o menisco cuidadosamente;

Parte E. Determinação do pH com indicadores


1) Marcar 4 tubos de ensaio com 1 a 4 e adicionar em cada um dos tubos 20 gotas
das soluções preparadas em sala de aula e nas já prontas e depois 5 gotas das
soluções indicadoras, primeiro a fenolftaleína e depois alaranjado de metila nos
que não desenvolverem cor.

Parte F. Poder tamponante


1) Adicionar 10 mL da solução da solução ácido preparada e diluída na mesma
proporção que o usado para o preparo do tampão em um erlenmeyer;
2) Adicionar 10 gotas da solução indicadora de ________________________;
3) Hidróxido de sódio, então gota a gota adicionar hidróxido de sódio 0,5 mol L -1
anotando com quantas gotas ocorreu a viragem do pH.
4) Repetir o mesmo agora com 10 mL da solução tampão preparada e comparar o
efeito da solução tampão sobre o poder tamponante.
5) Limpe toda vidraria utilizada e deixe secando no local apropriado.

6.4. Questões para o Relatório


 Escrever um relatório sobre a aula experimental, considerando os seguintes
pontos:
o Uma breve introdução sobre soluções, soluções tampão e indicadores de
pH;
o A discussão dos resultados observados em aula;
o Uma conclusão breve sobre o que foi abordado em aula.

6.5. Questões para o Caderno


 Resumo gráfico da aula apresentando os procedimentos e resultados;
 Cálculos do preparo das soluções de ácido acético e acetato de sódio;

Química Geral Experimental


 Calculo da concentração de ácido acético molecular, na solução tampão;
 Calculo da concentração de acetato de sódio, na solução tampão;
7. Roteiro Experimental 4: Reatividade de metais

7.1. Fundamentação Teórica


A reatividade dos metais está ligada à
eletropositividade, isto é, a tendência do metal em perder
elétrons. Se o metal for mais reativo ele transferirá elétrons
para o cátion com o qual está reagindo. Isso caracteriza
todos os metais como potenciais agentes redutores, sendo
oxidados com maior ou menor facilidade na presença de
agentes oxidantes, conforme a reação geral:
−¿¿
¿
M → M n+¿+n

O potencial padrão de oxidação (Eox) atribuído a esse processo é um indicador da


reatividade dos metais. Quanto mais positivo o E ox, tanto maior a força redutora e,
consequentemente, maior a reatividade de um determinado metal frente um agente
oxidante. Dessa forma os metais podem ser organizados em uma fila de reatividade do
mais reativo para o menos reativo e aqueles considerados metais nobres.

Figura. Série de Reatividade de Metais

Existem metais que reagem espontaneamente com água, como Na, K e Ca com
Eox próximos a + 3,0 V, que são considerados os mais reativos.

2 Na+ 2 H 2 O→ 2 NaOH + H 2 ↑

A maioria dos metais, no entanto apresenta reatividade moderada, com E ox entre 0


e + 2,5 V. Metais como Mn, Cd, ou Ni reagem facilmente com ácidos diluídos como ácido

Química Geral Experimental


acético, ácido clorídrico e ácido sulfúrico que possuem poder de oxidação superior ao da
água.
Mn+ H 2 S O4 → MnS O4 + H 2 ↑
A metais que também poder ser oxidados em meio alcalino como o caso do
alumínio que tanto reage com ácidos como com bases:

Ácidos
2 Al +6 HCl →2 AlCl ❑3 +3 H 2 ↑
Bases
2 Al +4 NaOH +2 H 2 O →2 Na❑2 Al ( OH )5+ H 2 ↑

Metais com valores negativos de E ox como Ag e Au resistem a oxidação, mas


podem ser atacados por ácidos mais oxidantes como o ácido nítrico nas condições certas.

Ag+2 NH O3 → AgN O3 + N O2 ↑+ H 2 O

Ácidos comuns como o ácido acético se combinados com peróxido de hidrogênio,


têm o efeito de ácidos oxidantes.
Cu+2 C H 3 COOH + H 2 O2 → Cu ( OCOC H 3) 2+ 2 H 2 O

7.2. Objetivo do Experimento


 Relacionar a reatividade dos metais com seus potenciais de oxidação;
 Relacionar a reatividade com as propriedades periódicas dos respectivos
elementos;

7.3. Materiais e Reagentes


7.3.1. Materiais
 Amostras:
o Ferro
o Cobre
o Alumínio
o Zinco
o Chumbo
 Tubos de ensaio
 Estante para tubos de ensaio
 Pipeta graduada, 5 mL
 Pera de sucção

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 Pipeta de pasteur

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7.3.2. Reagentes
a) Ácido acético, CH3COOH, diluído 1:4
b) Ácido clorídrico, HCl, diluído 1:3
c) Ácido clorídrico, HCl, diluído 1:1
d) Ácido nítrico, HNO3, diluído 1:6
e) Ácido nítrico, HNO3, diluído 1:1,25
f) Solução de hidróxido de sódio, NaOH, 10% (m/v)
g) Peróxido de hidrogênio, H2O2, diluído 1:2

7.4. Procedimento Experimental


1. Identifique 7 tubos de ensaio e adicione a amostra de um dos metais em cada um
deles e realize os seguintes tratamentos adicionando 3 mL de:
a. Ácido acético, diluído 1:4
b. Ácido clorídrico, diluído 1:3
c. Ácido clorídrico, diluído 1:1
d. Hidróxido de sódio, 10% (m/v)
e. Ácido nítrico, diluído 1:6
f. Ácido nítrico, diluído 1:2,5
g. Ácido acético, diluído 1:4 + 10 gotas de peróxido de hidrogênio
2. Registre o que aconteceu com cada metal e compartilhe os dados com o grupo.
3. Limpe a vidraria utilizada e deixe secando em um local apropriado.

7.5. Questões para o Relatório


 Escreva uma introdução abordando a reatividade dos metais.
 Identifique os metais em ordem de reatividade identifique os que são anfóteros.
 Identifique os potenciais dos metais e os produtos das reações ocorridas.
 A discussão dos resultados observados em aula;
 Uma conclusão breve sobre o que foi abordado em aula.

7.6. Questões para o Caderno


 Realize um resumo gráfico do que foi observado no seu experimento organizando o
procedimento experimental e os resultados observados.
 Apresente as equações químicas balanceadas correspondentes as reações
observadas.

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8. Roteiro Experimental 5: Titulação de Neutralização

8.1. Fundamentação Teórica


Os métodos de titulação, frequentemente chamados métodos titulométricos,
incluem um amplo e poderoso grupo de procedimentos quantitativos baseados na medida
da quantidade de um reagente de concentração conhecida que é consumida pelo analito
em uma reação química. Titulações volumétricas envolvem a medida de volume de uma
solução de concentração conhecida necessária para reagir completamente com o analito.
Em uma titulação existem alguns termos que precisam ser conhecidos:

 Padrão Primário: é um composto altamente purificado que serve como material de


referência para a titulação.
o Alta Pureza
o Estabilidade Atmosférica
o Ausência de Água de Hidratação
o Custo Baixo
o Solúvel no Meio da Titulação
o Massa Molar Alta

 Solução Padrão: compreende um reagente de concentração conhecida que é


usado para se fazer uma análise volumétrica.

 Ponto de Equivalência: corresponde a um ponto na titulação quando a


quantidade de reagente padrão adicionada é equivalente a quantidade de analito.

 Ponto Final: é um ponto na titulação que ocorre uma alteração física associada à
condição de equivalência química.

Poucos reagentes apresentam características necessárias para serem


considerados aptos a produção de soluções padrão, por isso se pode contar com a
possibilidade de padronização uma solução para se obter um reagente adequado a
realização de uma análise volumétrica. O processo é conhecido como padronização, no
qual o reagente titulante é padronizado com um padrão primário, nesse meio nosso
reagente titulante se torna um reagente padrão secundário.
Soluções de hidróxido de sódio, uma das mais utilizadas em titulações volumétricas
é utilizada como padrão secundário devido sua versatilidade e custo baixo para aquisição
se comparada com outros reagentes, além de reagir rapidamente com ácidos fortes e

Química Geral Experimental


fracos. Para seu uso ela precisa ser padronizada com o reagente biftalato ácido de
potássio que é um padrão primário comumente utilizado para padronização de soluções
alcalinas, em uma proporção estequiométrica 1:1.

8.2. Objetivos do Experimento


 Determinar a concentração de uma solução de hidróxido de sódio e realizar sua
padronização.
 Determinar a concentração de ácido acético em uma amostra comercial de vinagre.

8.3. Materiais e Reagentes


8.3.1. Materiais
 1 bastão de vidro
 1 bureta de vidro, 50 mL
 2 balões volumétricos, 100 mL
 1 funil de vidro, haste longa
 2 pipetas volumétricas, 10 mL
 1 pipeta volumétrica, 20 mL
 3 béqueres de vidro, 50 mL
 6 erlenmeyer de vidro, 125 mL
 Balança analítica
 Suporte de ferro com agarrador duplo para bureta

8.3.2. Reagentes
 Solução de hidróxido de sódio, NaOH, 0,1 mol L-1
 Biftalato ácido de potássio, (KHC8H4O4)
 Solução de fenolftaleína, 1%
 Vinagre comercial

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Química Geral Experimental
8.4. Procedimento Experimental
Parte A. Preparo da solução de biftalato de potássio
1) Em um béquer de 50 mL pesar ______ g de biftalato de potássio previamente
seco, que seja suficiente para preparar 100 mL de uma solução 0,1 mol L-1.
2) Dissolver em água destilada e transferir cuidadosamente para um balão
volumétrico 100 mL.
3) Aferir o menisco com água destilada cuidadosamente para não passar do volume.

Parte B. Padronização da solução de hidróxido e sódio


1) Em um erlenmeyer adicionar 15 mL da solução de biftalato de sódio 0,1 mol L -1 e
10 gotas de fenolftaleína.
2) Posicionar uma folha de papel branco abaixo do erlenmeyer e titular com a solução
de hidróxido de sódio até obtenção da coloração rosa clara, com todo cuidado para
evitar que a solução fique rosa escuro e anotar o volume.
3) Repetir esse processo três vezes para calcular a concentração com média e desvio
padrão, usando as fórmulas abaixo:


X 1+ X 2 + X 3 +…+ X n (X 1− X)2 +(X 2− X)2 +(X 3− X)2 +…+( X n−X )2
X= σ=
n n
Média Desvio Padrão

Parte C. Determinação da concentração de ácido acético em vinagre


1) Diluir uma alíquota de 10 mL de vinagre a 100 mL em um balão volumétrico.
2) Transferir 10 mL do vinagre diluído para um erlenmeyer e adicionar 10 gotas
fenolftaleína e titular com a solução de hidróxido de sódio.
3) Repetir a determinação três vezes e calcular a concentração com média e desvio
padrão, usando as fórmulas descritas acima.
4) Limpe a vidraria utilizada e deixe secando em um local apropriado.

8.5. Questões para o Caderno


 Realize um resumo gráfico do que foi observado no seu experimento organizando
o procedimento experimental e os resultados observados.
 Apresente as equações químicas balanceadas correspondentes as reações
observadas.
 Os cálculos do preparo da solução de biftalato de sódio.
 Calculo da concentração de hidróxido de sódio, e ácido acético no vinagre com
média e desvio padrão.

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9. Roteiro Experimental 6: Síntese do Sulfato de Cobre Penta Hidratado

9.1. Fundamentação Teórica


O cobre foi provavelmente o primeiro metal a ser
descoberto e trabalhado pelo homem. O termo cobre é de
origem latina, cuprum. Na natureza é encontrado
principalmente nos minerais calcocita, calcopirita e
malaquita. Assim como na constituição da turquesa, usada
como pedra ornamental em joalheria.
Utilizado pela civilização humana há mais
de seis mil anos, especialmente na forma metálica e como componente
em ligas especiais. Há fatores que fazem do cobre um elemento
importante, seus sais possuem baixa toxicidade e são relativamente
baratos, o que facilita seu acesso e uso.
O sulfato de cobre é um composto que pode ser utilizado para inibir a proliferação
de algas e fungos, quando adicionado a água, e para coloração de fogos de artificio. O
sulfato de cobre penta-hidratado ( CuS O4 ∙ 5 H 2 O )apresenta-se em forma de cristais azuis,
sendo solúvel em água, pouco solúvel em metanol e insolúvel em etanol. Quando
aquecido acima de 200 °C perde as águas de hidratação se tornando o sulfato de cobre
anidro (CuS O4 ) , sal de cor branca.

9.2. Objetivo do Experimento


 Realizar a síntese de um composto inorgânico na forma de um sal cristalino a partir
do metal.

Química Geral Experimental


9.3. Materiais e Reagentes
9.3.1. Materiais
 Balança analítica
 Bastão de vidro
 Béquer de 250 mL
 Bico de gás
 Bomba de vácuo
 Chapa de aquecimento
 Espátula de metal
 Funil de Büchner
 Papel-filtro
 Pinça de madeira
 Pipeta graduada de vidro, 10 ml
 Pipeta graduada de vidro, 20 mL
 Proveta de 25 mL
 Termômetro
 Tubos de ensaio

9.3.2. Reagentes
 Fio de cobre
 Ácido sulfúrico, H2SO4, P.A.
 Solução de peróxido de hidrogênio, H2O2, P.A.
 Etanol, gelado
 Gelo

9.4. Procedimento Experimental


1) Pesar aproximadamente 1 g (anotar exatamente a massa) de cobre e transferir
para um béquer de 250 mL;
2) Adicionar 15 mL de ácido sulfúrico e 10 mL de peróxido de hidrogênio agitando a
mistura;
Observação
3) Aquecer o sistema na chapa de aquecimento
Se o cobre não estiver totalmente
até a dissolução completa do cobre metálico;
dissolvido após 15 min, adicionar
4) Retirar a solução do aquecimento e deixar mais 2 mL de peróxido de hidrogênio

esfriar à temperatura ambiente (ou em banho e continuar aquecendo até dissolução


total do cobre.
de gelo);

Química Geral Experimental


5) Adicionar 15 mL de etanol gelado à solução fria sob agitação. Após 10 min, realizar
a filtração a vácuo com funil de Büchner, até que os cristais estejam secos em
papel filtro com massa de ______ g.
6) Lavar os cristais com 5 mL de uma mistura de água/etanol na proporção 1:1
(utilizando uma proveta).
7) Pesar os cristais e calcular o rendimento.
8) Limpe a vidraria utilizada e deixe secando em um local apropriado.

9.5. Questões para o Relatório


 Escreva uma introdução abordando a química do elemento cobre e do sulfato de
cobre e porque foi utilizado o peróxido de hidrogênio;
 Faça uma discussão sobre o rendimento do sulfato de cobre;
 Conclusão sobre o que foi observado em aula.

9.6. Questões para o Caderno


 Realize um resumo gráfico do que foi observado no seu experimento organizando
o procedimento experimental e os resultados observados;
 Apresente as equações químicas balanceadas correspondente a reação
observada;
 Cálculos de rendimento do sulfato de cobre penta hidratado.

Química Geral Experimental


10. Roteiro: Equilíbrio Químico

10.1. Fundamentação Teórica


Estar em equilíbrio é estar em uma condição sem oscilações ou
desvios. Uma situação dinâmica onde processo direto e o processo
inverso estão ocorrendo ao mesmo tempo e com a mesma velocidade.
Uma solução saturada de um composto iônico em contato com cristais
não dissolvidos do mesmo composto ilustra o que é o equilíbrio dinâmico.
Podemos também analisar o equilíbrio das espécies
de N2O4 e NO2, nessa reação temos a reação direta onde
moléculas de N2O4 se decompõem para formar NO2. E a
reação inversa onde moléculas NO2 se combinam para
formar N2O4. Tanto a reação direta quanto a inversa estão
acontecendo a todo momento até que um estado de
equilíbrio onde ambas existem em proporções
estequiométricas, sem variação da concentração das duas espécies. Esta concentração
estar constante não significa que a reação para, a todo momento as reações direta e
inversa estão ocorrendo, porém em proporções que a mesma proporção de moléculas de
N2O4 que se decompõem irá formar uma proporção igual das moléculas de NO 2, seguindo
as reações:

Reação Direta: N 2 O 4 ( g) →2 N O 2(g )

Reação Inversa: 2 N O2 (g) → N 2 O4 (g)

Deste exemplo podemos aprender três lições importantes sobre o equilíbrio


envolvido em reações químicas:
 No equilíbrio químico, as concentrações de reagentes e produtos não sofrem
variações com o tempo.
 Para que o equilíbrio ocorra, nem reagentes, nem produtos podem escapar do
sistema.
 No equilíbrio, uma determinada razão entre os termos de concentração é igual a
uma constante.

Química Geral Experimental


10.1.1. Princípio de Le Châtelier
Muitos produtos utilizados no dia a dia são obtidos da indústria química, químicos e
engenheiros químicos gastam muito de seu tempo para maximizar processos que
garantam o rendimento desses produtos. E o entendimento dos conceitos de equilíbrio
químico, permite melhorar o rendimento desses produtos. Existem três maneiras pelas
quais um equilíbrio químico pode ser perturbado:
I. A adição ou remoção de um reagente ou produto.
II. A alteração da pressão causada por uma alteração no volume.
III. Variação na temperatura.
IV. Efeito do Íon Comum

10.2. Objetivo do Experimento


Visto a importância do equilíbrio químico, foram organizados três experimentos
onde para compreender as formas que pode ocorrer o deslocamento do equilíbrio
químico, pela alteração da temperatura, concentração ou adição de um íon comum ao
meio. Sendo os Roteiros Experimentos 7, 8 e 9 correspondentes a:

Roteiro 7: Equilíbrio Químico I – Efeito da Concentração

Roteiro 8: Equilíbrio Químico II – Efeito da Temperatura

Roteiro 9: Equilíbrio Químico III – Efeito do Íon Comum

Química Geral Experimental


10.3. Roteiro Experimental 7: Equilíbrio Químico I – Efeito da Concentração
Um sistema em equilíbrio dinâmico encontra-se em
um estado balanceado. Quando as concentrações de
espécies são alteradas, o equilíbrio se desloca até que um
novo estado de balanceamento seja atingido.
Deslocamento não quer dizer que a constante de
equilíbrio se altera, essa permanece igual, o que pode
acontecer é os reagentes se combinar para formar
produtos ou os produtos se decompor para formar
novamente os reagentes.

10.3.1. Materiais e Reagentes

10.3.1.1. Materiais
 4 Pipetas de Pasteur de Plástico
 5 tubos de ensaio
 Bastão de vidro
 Béquer de vidro, 100 mL
 Espátula de metal
 Pipeta de vidro graduada, 5 mL
 Proveta de vidro, 25 mL

10.3.1.2. Reagentes
 Tiocianato de amônio, NH4SCN, P.A.
 Solução de oxalato de potássio saturada, K2C2O4
 Solução de tiocianato de amônio, NH4SCN, 0,01 mol L-1
 Solução de cloreto de amônio, NH4Cl, 0,1 mol L-1
 Solução de cloreto de ferro III, FeCl3, 0,01 mol L-1

10.3.2. Procedimento Experimental


1) No béquer de 100 mL adicionar 25 mL de solução de tiocianato de amônio e 25 mL
de água destilada.
2) Adicionar 4 gotas da solução de cloreto de ferro (III), à solução do béquer. Agitar e
observar a mudança.
3) Transferir para cinco tubos de ensaio numerados de 1 a 5, 5 mL da solução contida
no béquer.

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4) Adicionar aos tubos 2 a 4:
a. Tubo 2 – 3 cristais de tiocianato de amônio;
b. Tubo 3 – 5 gotas de solução de cloreto de amônio;
c. Tubo 4 – 5 gotas de solução de cloreto de ferro III;
d. Tubo 5 – 5 gotas de solução de oxalato de potássio saturada.
e. Comparar em todos os quatro experimentos com a solução presente no tubo
do experimento 1, considerado referência.
5) Lavar a vidraria utilizada e deixe secando em um local apropriado.

10.3.3. Questões para o Caderno


 Realize um resumo gráfico do que foi observado no seu experimento organizando
o procedimento experimental e os resultados observados;
 Proponha equações químicas para as reações observadas escrevendo as
constantes de equilíbrio para o observado.

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10.4. Roteiro Experimental 8: Equilíbrio Químico II – Efeito da Temperatura
Variações na pressão ou na concentração deslocam o
equilíbrio sem alterar o valor da constante de equilíbrio. Por
outro lado, quase todas as constantes de equilíbrio
sofrem alteração em função da temperatura. O
equilíbrio entre os reagentes se adiciona a variável
energia do sistema, onde em uma:
 Reação Endotérmica: o fornecimento de calor
irá promover a formação de produtos.
 Reações exotérmicas: o aquecimento irá promover a
reversão ao estado dos reagentes.

10.4.1. Materiais e Reagentes


10.4.1.1. Materiais
 3 Béquer de vidro, 250 mL
 3 Tubos de ensaio
 1 Pipeta graduada, 5 mL
 Chapa de aquecimento
 Água com gelo
 Termômetro
 Pera de sucção de borracha

10.4.1.2. Reagentes
 Solução de cloreto de cobalto II, CoCl2, 0,2 mol L-1

10.4.2. Procedimento Experimental


1) Numerar os tubos de 1 a 3 e adicionar 4 mL de solução de cloreto de cobalto em
cada um.
2) Mergulhar os tubos em três tubos em béqueres contendo:
a. Água quente, preferencialmente fervendo
b. Água temperatura ambiente
c. Água gelada
3) Observar o que ocorreu em cada tubo, registrando imagens em períodos de tempo
de ____ min;

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4) Após o experimento retornar a solução de cloreto de cobalto ao fraco identificado
para tal;
5) Limpar as vidrarias e acondicionar no local para secar.
10.4.3. Questões para o Caderno
 Realize um resumo gráfico do que foi observado no seu experimento organizando
o procedimento experimental e os resultados observados;
 Proponha equações químicas para as reações observadas escrevendo as
constantes de equilíbrio para o observado.

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10.5. Roteiro Experimental 9: Equilíbrio Químico III – Efeito do Íon Comum
Outra forma que desloca o equilíbrio em meio
aquoso é a adição de um íon comum ao lado dos
reagentes, alterando como ocorre o equilíbrio iônico desse
sal em meio aquoso. Considere a reação de dissociação do
cloreto de prata:
−¿¿
+¿+Cl( aq) ¿
AgCl ⇌ A g(aq)
Se adicionarmos a uma solução saturada de cloreto de
prata íons Cl-, irá promover a precipitação do cloreto de prata deslocando o equilíbrio em
função do reagente, visto que um dos produtos irá se encontrar em excesso alterando o
meio para promover o retorno ao estado de equilíbrio.

10.5.1. Materiais e Reagentes


10.5.1.1. Materiais
 6 Tubos de ensaio
 5 pipetas graduadas de vidro, 5 mL

10.5.1.2. Reagentes
 Solução de dicromato de potássio, K2Cr2O7, 0,1 mol L-1
 Solução de cromato de potássio, K2Cr2O4, 0,1 mol L-1
 Solução de ácido clorídrico, HCl, 1,0 mol L-1
 Solução de hidróxido de sódio, NaOH, 1,0 mol L-1
 Solução de cloreto de bário, BaCl2, 0,1 mol L-1

10.5.2. Procedimento Experimental


1) Preparar seis tubos de ensaio e numerá-los de 1 a 6;
2) Adicionar 2,00 mL de solução de cromato de potássio aos tubos 1, 2 e 3 e 2,00 mL
de solução de dicromato de potássio aos tubos 4, 5 e 6 e anotar a cor da solução;
3) Em seguida, agitando continuamente, adicionar gota a gota:
a. 2,00 mL de solução de HCl no tubo 1;
b. 2,00 mL de solução de hidróxido de sódio ao tubo 4;
c. 2,00 mL de solução de cloreto de bário aos tubos 2, 3, 5 e 6;
d. Mais 2,00 mL de solução de ácido clorídrico ao tubo 2;
e. Mais 2,00 mL de solução de hidróxido de sódio ao tubo 3;
f. Mais 2,00 mL de solução de ácido clorídrico ao tubo 5;

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g. Mais 2,00 mL de solução de hidróxido de sódio ao tubo 6.

10.5.3. Questões para o Caderno


 Realize um resumo gráfico do que foi observado no seu experimento organizando
o procedimento experimental e os resultados observados;
 Proponha equações químicas para as reações observadas;

10.6. Questões para o Relatório


 O relatório deve compreender as três aulas experimentais sobre equilíbrio químico.
 Uma introdução sucinta sobre o equilíbrio químico e o que pode influenciar o
estado de equilíbrio em reações químicas;
 Os resultados observados nos experimentos dos Roteiros Experimentais, 7, 8 e 9,
de forma simples dos fenômenos ali ocorridos, os discutindo com dados da
literatura;
 Uma conclusão sobre o que foi observado e como o equilíbrio químico reflete sobre
os fenômenos no cotidiano.

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11. Roteiro Experimental 10: Calor envolvido em processos de dissolução e
precipitação

11.1. Fundamentação Teórica


Diferentes processos como replicação de DNA, fotossíntese e metabolismo em
todos os organismos vivos independente da complexidade, envolvem energia. No entanto
são sabemos o suficiente sobre energia para compreender como funcionam os processos
químicos e físicos que formam a base da vida. As reações químicas envolvem variações
tanto na entalpia e na entropia. A termodinâmica ajuda a compreender o significado do
caráter direcional dos processos químicos, classificando como exotérmicos e
endotérmicos.
A energia em um sistema não pode ser criada nem destruída, ela pode ser
transferida de um sistema para sua vizinhança ou convertida de uma forma para a outra,
mas a energia total no sistema permanece constante. Quando o sistema libera energia na
forma de calor, causando aumento da energia na temperatura do meio, temos processos
exotérmicos. Por outro lado, o sistema absorver energia durante a reação, retirando calor
do meio consequentemente diminuindo a temperatura do sistema temos reações
endotérmicas.

11.2. Objetivo do Experimento


Observar a liberação e absorção de calor por um sistema durante o processo de
dissolução e precipitação de compostos iônicos.

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11.3. Materiais e Reagentes
11.3.1. Materiais
 2 Provetas de vidro, 100 mL
 3 Béqueres de vidro, 250 mL
 3 Béqueres de vidro, 50 mL
 3 Pipeta volumétrica, 25 mL
 4 Béqueres de vidro, 100 mL
 Balança analítica
 Barra magnética
 Chapa de aquecimento com agitação
 Espátula de metal
 Frasco de lavagem com água destilada
 Garra para suporte universal
 Pipeta volumétrica, 20 mL
 Proveta de vidro, 50 mL
 Proveta de vidro, 250 mL
 Suporte universal
 Termômetro

11.3.2. Reagentes
 Ácido clorídrico, P.A., HCl
 Cloreto de sódio, P.A., NaCl
 Hidróxido de sódio, P.A., NaOH
 Solução de iodeto de potássio, KI, 0,2 mol L-1
 Solução de carbonato de sódio, Na2CO3, 0,1 mol L-1
 Solução de hidróxido de sódio, NaOH, 0,2 mol L-1
 Solução de sulfato de cobre, CuSO4, 0,1 mol L-1

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11.4. Procedimento Experimental – Parte A: Calor de Dissolução
 Em um béquer de vidro de 250 mL adicionar 200 mL de água destilada e
posicionar um termômetro de vidro;
 Adicionar a barra de agitação magnética colocar na chapa de aquecimento e ligar a
agitação mantendo o meio homogêneo e medir a temperatura;
 Adicionar os reagentes e medir a temperatura durante 30 min em intervalos de
tempo de 1 min;
 Adicionar:
 20 mL de ácido clorídrico
 5 g de cloreto de sódio
 5 g de hidróxido de sódio

11.5. Questões para o Caderno


 Realize um resumo gráfico do que foi observado no seu experimento organizando
o procedimento experimental e os resultados observados;
 Proponha equações de ionização e dissolução dos íons observados;
 Determine a quantidade de matéria em mol dos compostos adicionados;
 Calcule a quantidade de energia liberada ou absorvida nos respectivos sistemas
durante o processo de dissolução dos compostos;

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11.6. Procedimento Experimental – Parte B: Calor de Precipitação
1) Separar e enumerar 4 béqueres de 100 mL de 1 a 4, adicionar 25 mL da solução
de sulfato de cobre em cada béquer;
2) Inserir uma barra de agitação magnética nos béqueres, acionar a agitação e medir
a temperatura durante 10 min em intervalos de 1 min;
3) Nos béqueres adicionar 25 mL das seguintes soluções gota a gota;
a. Béquer 1: Água
b. Béquer 2: Iodeto de potássio
c. Béquer 3: Carbonato de sódio
d. Béquer 4: Hidróxido de sódio
4) Medir a temperatura das soluções após concluir a adição da solução durante 30
min em intervalos de 1 min.

11.7. Questões para o Caderno


 Realize um resumo gráfico do que foi observado no seu experimento organizando
o procedimento experimental e os resultados observados;
 Proponha equações de ionização e dissolução dos íons observados;
 Determine a quantidade de matéria em mol dos compostos adicionados;
 Calcule a quantidade de energia liberada ou absorvida nos respectivos sistemas
durante o processo de dissolução dos compostos;

11.8. Questões para o Relatório


 Uma breve introdução sobre termodinâmica e termoquímica.
 Plote gráficos mostrando a variação da temperatura ao longo do tempo e discuta
como ocorreu o processo de variação de temperatura.
 Faça uma discussão dos resultados propondo uma teoria para o que pode
provocar alteração da temperatura no sistema.
 Calcule quantos joules de energia foram absorvidos e/ou liberados no sistema.

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12. Roteiro Experimental 11: Estudo de Reações Químicas Não Espontâneas

12.1. Fundamentação Teórica


Na química podemos descrever processos químicos como espontâneos e não
espontâneos, o que se correlaciona a segunda lei da termodinâmica, onde a entropia do
universo sempre aumenta para um processo espontâneo. Processos espontâneos, são
aqueles que ocorrem sem adição de energia externa, ou seja, a espontaneidade do
processo não está relacionada à sua cinética ou velocidade de reação. A lenta conversão
de diamante em grafite é um exemplo clássico, de processo espontâneo que não
depende da temperatura e pressão ambiente, mas que ocorre a uma velocidade
extremamente lenta.

De forma resumida temos então que processos espontâneos são aqueles que
ocorrem sem a necessidade de uma provocação externa, enquanto os não espontâneos é
necessário fornecimento de energia para que ocorra a transformação, por exemplo:

Processos Expontâneos
Corrosão de objetos de ferro;
Reações de combustão;
Dissolução do cloreto de sódio em água;
Reações de combustão;

Processos Não Expontâneos


A liquefação do oxigênio (O2) do ar;

Processos de eletrólise;
Cozimento dos alimentos;
A obtenção de metais a partir de minérios;

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12.2. Objetivo do Experimento
Identificar reações químicas de decomposição que ocorrem de forma não
espontânea a partir do fornecimento de energia ao sistema térmica e elétrica ao sistema.

12.3. Materiais e Reagentes


12.3.1. Materiais
 2 barra de grafite 2.0  Espátula de metal
 2 provetas de vidro, 100 mL  Eletrodos suporte de grafite 2.0
 2 suportes universais com garra  Estante para tubos de ensaio
 5 cadinhos de porcelana  Fio de cobre polido
 Amostras  Fonte de tensão (Carregador de
o Casca de ovo celular adaptado)
o Concha do mar  Frasco de lavagem com água

 Balança analítica destilada

 Bastão de vidro  Maçarico culinário a butano

 Béquer de vidro, 100 mL  Mangueira cristal

 Dessecador  Pinça

12.3.2. Reagentes
 Solução de ácido clorídrico, HCl,  Solução de bicarbonato de sódio,
1,0 mol L-1 NaHCO3 0,1 mol L-1
 Solução de fenolftaleína, 2% (mm-  Solução de cloreto de sódio, NaCl,
1
) 0,1 mol L-1
 Solução de cloreto de cobre,  Solução de iodeto de potássio, KI,
CuCl2, 1 mol L-1 0,1 mol L-1
 Solução de sulfato de cobre,
CuSO4, 1 mol L-1

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12.4. Procedimento Experimental – Parte A: Eletrólise de Soluções Salinas
1) Marcar 3 béqueres de 100 mL para:
a. Bicarbonato de sódio
b. Cloreto de sódio
c. Iodeto de sódio
2) Transferir 80 mL das respectivas soluções para cada béquer, adicionar 20 gotas de
solução de fenolftaleína e agitar com bastão de vidro;
3) Inserir os eletrodos de grafite nas soluções e conectar os contatos elétricos da
fonte de tensão (carregador de celular adaptado);
4) Ligar o carregador na tomada e observar o fenômeno que ocorre no sistema.
5) Lavar as vidrarias e depois colocar em um local apropriada para secar.

12.4.1. Questões para o Caderno


 Elaborar um resumo gráfico dos fenômenos observados no experimento,
apresentando o procedimento e os resultados observados de forma coerente.

12.5. Procedimento Experimental – Parte B: Eletrodeposição de Cobre


1) Em um béquer de 50 mL, adicionar 30 mL de solução de sulfato de cobre; 10 mL
de solução de cloreto de cobre;
2) Inserir o eletrodo de cobre previamente pesado e conecta-lo ao polo positivo e o
suporte de grafite previamente pesado no polo negativo, manter o processo de
deposição durante os tempos de 1, 2, 5, 10, 20, 30 min.
3) Lavar o grafite com água destilada em resíduo apropriado para remover o excesso
resíduos de cobre, e secar cuidadosamente em papel filtro para remover a
umidade, pesando para ver quanto de cobre foi depositado ao longo do tempo.
4) Retirar o eletrodo de cobre, lavar com água destilada e secar com papel toalha ou
maçarico para remover a umidade e pesar para comparar com a massa inicial.
5) Lavar as vidrarias e depois colocar em um local apropriada para secar.

12.5.1. Questões para o Caderno


 Elaborar um resumo gráfico dos fenômenos observados no experimento,
apresentando o procedimento e os resultados observados de forma coerente.
 Determinar se ocorreu alteração de massa no eletrodo de cobre submerso na
solução;
 Plotar um gráfico relacionando a massa depositada nas barrinhas de grafite com o
tempo que foram submetidas ao processo de deposição do cobre.

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12.6. Procedimento Experimental – Parte C: Obtenção do CaO pela Decomposição
do Carbonato de Cálcio em Calcário
1) Em um cadinho de massa __________ g, pesar com precisão uma massa de 3 g
de casca de ovo ou conchas e anotar ________ g.
2) Na capela contando com todo cuidado queimar a amostra até que toda ela tenha
se convertido em um sólido branco sem resquícios de fuligem derivados da matéria
orgânica.
3) Armazenar o cadinho no dessecador e depois aguardar o resfriamento até
temperatura ambiente.
4) Pesar a massa do conjunto _______ g e descontar a massa do cadinho.
5) Lavar as vidrarias e depois colocar em um local apropriada para secar.

12.6.1. Questões para o Caderno


 Elaborar um resumo gráfico dos fenômenos observados no experimento,
apresentando o procedimento e os resultados observados de forma coerente;
 Calcular qual a variação de massa que ocorreu durante o processo de queima da
casca de ovo;
 Apresentar a reação que ocorreu pela ação do calor sobre o carbonato de cálcio
presente na casca do ovo.

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13. Roteiro Experimental 12: Cinética Química I – Velocidade das Reações Químicas

13.1. Fundamentação Teórica


Reações químicas ocorrem a muitas velocidades diferentes. Algumas muito
lentamente, outras muito rapidamente, a cinética química é o estudo das velocidades
dessas reações químicas. Em nível prático essa área se preocupa com os fatores que
afetam a velocidade das reações químicas.

Para compreender a velocidade das reações químicas é necessário compreender


alguns fatores relacionados a velocidade, esses fatores são:

Natureza dos Colisões entre Concentração Temperatura Presença de


reagentes os reagentes dos reagentes da reação um
catalisador

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13.2. Objetivo do Experimento
 Observar como alguns dos fatores das reações químicas podem afetar a
velocidade com que as reações ocorrem.

13.3. Materiais e Reagentes


13.3.1. Materiais
 02 béqueres de vidro, 25 mL
 04 pipetas de vidro graduadas, 5 mL
 08 tubos de ensaio
 10 quadrados de papel
 Balança analítica
 Banho maria, 50 °C
 Espátula de metal
 Proveta de vidro, 50 mL
 Suporte para tubos de ensaio

13.3.2. Reagentes
 Solução de ácido oxálico, H2C2O4, 0,1 mol L-1
 Solução de ácido sulfúrico, H2SO4, 3,0 mol L-1
 Solução de permanganato de potássio, KMnO4, 5,0 x 10-3 mol L-1
 Fio de cobre
 Cobre em pó
 Solução de ácido nítrico, HNO3, 3,0 mol L-1

13.4. Procedimento Experimental: Parte A – Efeito da Temperatura Sobre a


Velocidade de Reação
1) Em um tubo de ensaio adicionar na seguinte ordem:
a. 3 mL da solução de ácido oxálico
b. 3 mL da solução de ácido sulfúrico
c. 1 mL da solução de permanganato de potássio
2) Acione o cronometro após adicionar o permanganato de potássio e veja quanto
tempo leva para a coloração sumir;
3) Refaça os procedimentos 1 e 2 agora submetendo o tubo de ensaio a aquecimento
em banho maria (50 °C).
4) Lavar as vidrarias e depois colocar em um local apropriada para secar.

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13.4.1. Questões para o Caderno
 Elaborar um resumo gráfico dos fenômenos observados no experimento,
apresentando o procedimento e os resultados observados de forma coerente;
 A equação para a reação química que ocorreu;
 O tempo que levou para ocorrer a reação em ambos os casos;

13.5. Procedimento Experimental: Parte B – Efeito da Superfície de Contato na


Reação Química
1) Pesar aproximadamente 1,0 g de fio de cobre metálico e um béquer de 25 mL,
adicionar 3,0 mL da solução de ácido nítrico, acionar o cronometro e ver quanto
tempo levar para ocorrer a reação;
2) Em outro béquer de 25 mL pesar 1,0 g de pó de cobre metálico e adicionar 3,0 mL
de ácido nítrico, acionar o cronometro e ver quanto tempo leva para ocorrer a
reação.
3) Lavar as vidrarias e depois colocar em um local apropriada para secar.

13.5.1. Questões para o Caderno


 Elaborar um resumo gráfico dos fenômenos observados no experimento,
apresentando o procedimento e os resultados observados de forma coerente;
 A equação para a reação química ocorrida.
 Os tempos que leva para ocorrer a reação em ambos os casos;

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14. Roteiro Experimental 13: Cinética Química II – Ação de Catalisadores em
Reações Químicas

14.1. Fundamentação Teórica


Um catalisador é uma substância que altera a velocidade de uma reação química, ele
propicia que uma reação química ocorra mais rápido atuando sobre o mecanismo da
reação e diminuindo a energia necessária para que ocorra a formação do produto.
Podemos ter a catálise homogênea, quando o catalisador e as espécies reagentes
formam uma única fase, e a catálise heterogênea quando o catalisador ocorre na interface
entre as fases. Ainda pode se citar a catálise enzimática em que os catalisadores são
enzimas, ou seja, proteínas com ação biológica e especificidade.

14.2. Objetivo do Experimento


 Compreender de forma qualitativa a ação de catalisadores em reações químicas.

14.3. Materiais e Reagentes


14.3.1. Materiais
 07 tubos de ensaio
 01 pipeta de vidro graduada, 5 mL
 Balança analítica
 Bico de bunsen
 Cadinho de porcelana
 Tenaz de aço inox

14.3.2. Reagentes
 Dióxido de manganês, MnO2
 Batata crua
 Batata cozida
 Papel de pesagem
 Peróxido de hidrogênio, H2O2, 3%
 Solução de iodeto de potássio, KI, 0,1 mol L-1

14.4. Procedimento Experimental


1) Adicione 0,5 g de dióxido de manganês em um cadinho de porcelana e aqueça na
chama bico de Bunsen por 2 min, suspendendo sobre por meio da pinça de metal e
enquanto esfria;

Química Geral Experimental


2) Enumere 6 tubos de ensaio e adicione 5 mL de peróxido de hidrogênio nos tubos;
3) No tubo 2, adicione 0,2 g de dióxido de manganês e observe o ocorrido,
comparando com o tubo 1, descrevendo o ocorrido;
4) No tubo 3, adicione 0,2 g do dióxido de manganês que foi aquecido e depois
resfriado, comparando o que ocorre com o tubo 1 e o tubo 2, descrevendo o
ocorrido;
5) No tubo 4, adicione 1 mL da solução de iodeto de potássio e observe o ocorrido,
comparando o que ocorre com o tubo 1, descrevendo o ocorrido;
6) No tubo 5, adicione um pedaço pequeno de batata crua e observe o ocorrido
comparando com os demais experimentos, descrevendo o ocorrido;
7) No tubo 6, adicione um pedaço pequeno de batata cozida e observe o ocorrido
comparando com os demais experimentos, descrevendo o ocorrido;

14.5. Questões para o Caderno


 Elaborar um resumo gráfico dos fenômenos observados no experimento,
apresentando o procedimento e os resultados observados de forma coerente.
 A equação para a reação química ocorrida.
 Proponha uma teoria do que acontece em cada experimento, descrevendo os
fenômenos ocorridos.

Química Geral Experimental


Sugestões para o Caderno de Laboratório

O caderno de laboratório é o registro onde se mantém os métodos e o resultados


dos experimentos realizados em laboratório. O caderno de laboratório deve ser limpo e
completo até o fim. Se algo der errado, deve ser possível retomar os passos do que foi
feito através dele e identificar onde ocorreu o erro.

O caderno de laboratório deve ser:


 Grande, com espaço para colar fotografias e gráficos obtidos dos
experimentos;
 Páginas costuradas e não com espiral o que impede a remoção de páginas
sem destruir a integridade do caderno, com páginas numeradas;
 Use apenas lápis para escrever no caderno de laboratório, o uso de caneta
deve ficar restrito para marcações e destaques no caderno;

Química Geral Experimental


Conteúdo do Caderno:
 Na primeira página do caderno preferencialmente trazer a identificação do
responsável pelo caderno, com nome completo, curso, período que está
fazendo e dados de contato como telefone e e-mail.
 Organize um sumário na segunda página anotando o experimento realizado
e página onde será encontrado os dados referentes ao experimento.
 Data de Início: coloque a data completa (incluindo o ano) em cada página,
mesmo quando houver continuações, quando terminar em um dia, no
próximo marque a data do dia em questão;
 Título: quanto mais breve melhor, utilize os títulos dos roteiros apresentados
para os experimentos;
 Objetivos: apresente os objetivos de forma simples e sucinta, antes de
descrever o que acontece nos experimentos;
 Cálculos: registre os cálculos em uma página a parte de onde foi descrito os
resultados do experimento.
 Conclusão: faça sempre consideração final do que foi observado no
experimento e compreendido.
 Apresentação dos experimentos: tire fotos dos experimentos e se possível
as anexe ao caderno identificando visualmente o que aconteceu
 Resumo gráfico: mostre passo a passo os experimentos incluindo no
protocolo os resultados, esboçando visualmente os fenômenos ocorridos.

Química Geral Experimental


 Béquer 2: Sulfato de cobre

1.

Referências

ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de Química: questionando a vida moderna e


o meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 1026 p.
BACCAN, N.; ANDRADE, J. C. de; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S. Química
Analítica Quantitativa Elementar. 3. ed. São Paulo: Blucher, 2001.
BARKER, Kathy. Na Bancada: manual de iniciação científica em laboratórios de
pesquisas biomédicas. Porto Alegre: Artmed, 2002. 476 p.
BESSLER, K. E.; NEDER, A. V. F. Química em Tubos de Ensaio: uma abordagem para
principiantes. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2011.
BRADY, James E.; SENESE, Fred. Química: a matéria e suas transformações, volume 2.
5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 2 v.
BROW, Theodore L.; LEMAY JUNIOR, H. Eugene; BURSTEN, Bruce E.; MURPHY,
Catherine J.; WOODWARD, Patrick M.; STOLTZFUS, Matthew W. Química: a ciência
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CIENFUEGOS, Freddy. Segurança no Laboratório. Rio de Janeiro: Interciência, 2001.
CRUZ, Roque; GALHARDO, Emílio. Experimentos de Química: em microescala, com
materiais de baixo custo e do cotidiano. São Paulo: Editora da Livraria da Física, 2004.
JESUS, H. C. de. Show de Química: aprendendo química de forma lúdica e
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VOGEL, A. Química Analítica Qualitativa. 5. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1981.
RODRIGUES, Mônica Aparecida; SILVA, Priscila Pereira; GUERRA, Wendell.
Cobre. Química Nova: na Escola, [S.I.], v. 34, n. 3, p. 161-162, ago. 2012.

Química Geral Experimental

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