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Segurança em Laboratórios:
Aspectos Ambientais e Ocupacionais
– Módulo 1 –
BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS
CURSO
Segurança em Laboratórios:
Aspectos Ambientais e Ocupacionais
– Módulo 1 –
BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS
Departamento de Gestão
e Segurança Ambiental
GLOSSÁRIO............................................................................................................... 5
Referências bibliográficas ..................................................................................... 6
SEGURANÇA DO TRABALHO...................................................................................... 7
Conceito ............................................................................................................... 7
Pilares .................................................................................................................. 7
Universidades ....................................................................................................... 7
Cenário ................................................................................................................. 7
Laboratórios ......................................................................................................... 8
Responsáveis ........................................................................................................ 8
Acesso à informação e ao conhecimento ............................................................... 8
Tipos de risco........................................................................................................ 9
Riscos químicos ................................................................................................. 9
Vias de introdução de agentes químicos no organismo .................................... 10
Não conformidade no ambiente de trabalho e consequências ............................. 11
Ocorrência de acidentes e incidentes .................................................................. 11
Perigo x Risco ..................................................................................................... 12
Mapa (ou matriz) de riscos .................................................................................. 13
Referências bibliográficas ................................................................................... 14
PRINCÍPIOS DAS BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS .................................................. 17
Introdução .......................................................................................................... 17
5S – SENSOS ....................................................................................................... 17
Princípios ........................................................................................................ 17
Aplicação ........................................................................................................ 18
Condutas ............................................................................................................ 19
Lavagem das mãos .............................................................................................. 20
Operações com vidraria e outros utensílios ......................................................... 20
Limpeza e uso: preocupação com a coletividade ................................................. 21
Rotulagem dos produtos químicos ...................................................................... 22
Limpeza de superfícies e utensílios...................................................................... 22
Diluição de ácidos ............................................................................................... 22
Conservação e organização dos produtos químicos ............................................. 23
Características técnicas a serem consideradas num almoxarifado ........................ 23
Referências bibliográficas ................................................................................... 23
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL ........................................ 25
Avental ............................................................................................................... 26
Óculos de segurança ........................................................................................... 26
Luvas .................................................................................................................. 26
Proteção respiratória .......................................................................................... 27
Referências bibliográficas ................................................................................... 28
PRINCÍPIO DE INCÊNDIO: PREVENÇÃO E COMBATE ................................................. 30
Fogo ................................................................................................................... 30
Incêndio ............................................................................................................. 30
Tetraedro do fogo ............................................................................................... 31
Pontos de fulgor, combustão e ignição ................................................................ 32
Transmissão de calor .......................................................................................... 32
Classes de incêndio ............................................................................................. 33
Métodos de extinção do fogo.............................................................................. 34
Tipos de extintor (água, pó químico seco e gás carbônico) ................................... 34
Tipos de extintor (ABC, classe D e classe K) ......................................................... 36
Manuseio do extintor ......................................................................................... 36
Acesso facilitado aos extintores .......................................................................... 37
Como se livrar das chamas .................................................................................. 37
Mais informações ............................................................................................... 37
Referências bibliográficas ................................................................................... 38
COMO INTERPRETAR AS INFORMAÇÕES SOBRE PRODUTOS QUÍMICOS? ................. 40
Introdução .......................................................................................................... 40
Diagrama ou Diamante de Hommel .................................................................... 40
Qualificação e quantificação do risco ............................................................... 40
Exemplos ........................................................................................................ 41
Onde encontrar as informações? ..................................................................... 44
Simbologia, classificação e identificação - transporte de produtos perigosos ....... 45
Classes de risco ............................................................................................... 45
Onde encontrar as informações? ..................................................................... 48
Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos - Globally Harmonized System of Classification and Labeling of Chemicals
(GHS) .................................................................................................................. 49
Enquadramento .............................................................................................. 49
Rotulagem de produtos químicos .................................................................... 49
Pictogramas de perigo..................................................................................... 50
Prioridades – regras ........................................................................................ 52
Tipos de perigo ............................................................................................... 52
Frases e palavras ............................................................................................. 53
Exemplos de pictogramas de precaução .......................................................... 54
Orientações para rotulagem - recipientes sem a informação de transporte ...... 55
Orientações para rotulagem - recipientes utilizados em transporte externo..... 56
Onde encontrar as informações? ..................................................................... 57
Referências bibliográficas................................................................................ 58
FICHA DE INFORMAÇÕES SOBRE PRODUTOS QUÍMICOS ......................................... 60
Aspectos gerais ................................................................................................... 60
Estrutura ............................................................................................................ 60
Detalhamento .................................................................................................... 60
1. Identificação/Identificação do produto e da empresa .................................. 60
2. Identificação de perigos .............................................................................. 61
3. Composição e informações sobre os ingredientes ........................................ 61
4. Medidas de primeiros socorros .................................................................... 61
5. Medidas de combate a incêndio .................................................................. 61
6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento ............................. 62
7. Manuseio e armazenamento ....................................................................... 62
8. Controle de exposição e proteção individual ................................................ 62
9. Propriedades físicas e químicas ................................................................... 62
10. Estabilidade e reatividade ......................................................................... 62
11. Informações toxicológicas ......................................................................... 62
12. Informações ecológicas ............................................................................. 62
13. Considerações sobre destinação final ........................................................ 63
14. Informações sobre transporte ................................................................... 63
15. Informações sobre regulamentações ......................................................... 63
16. Outras informações ................................................................................... 63
Obrigações ......................................................................................................... 63
Referências bibliográficas ................................................................................... 63
VIDRARIAS E OUTROS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS DE LABORATÓRIO ................ 64
Referências bibliográficas ................................................................................... 73
GLOSSÁRIO
Classes de risco - Representações numéricas padronizadas internacionalmente para
identificar o risco oriundo da carga perigosa transportada.
Número CAS - Número de registro de uma base de dados (Chemical Abstracts Service):
substâncias ou misturas. É o identificador numérico único e universal, uma espécie de
“RG” para produtos químicos. Não existem dois compostos químicos diferentes
registrados com o mesmo n° CAS.
Número ONU (Organização das Nações Unidas) - Sempre composto por quatro
algarismos e padronizado internacionalmente, identifica a carga perigosa transportada.
5
Referências bibliográficas
6
SEGURANÇA DO TRABALHO
Conceito
Pilares
Universidades
Estas instituições, em especial as públicas, estão pautadas no tripé formado por ensino,
pesquisa e extensão. Para dar sustentação a suas atividades-fim, as universidades
precisam contar com o apoio e o suporte de diversas áreas, dispondo de serviços
administrativos, financeiros, contábeis, de manutenção, engenharia, limpeza,
segurança, saúde, compras, gestão ambiental, controle de estoques e patrimônio,
tecnologia da informação e outros.
Com base na integração desses setores, é necessário que haja planejamento nas
universidades para que a contratação de serviços e a aquisição de produtos e
equipamentos sejam conscientes, sustentáveis e, portanto, compatíveis com a
utilização.
No que tange aos produtos químicos, o efetivo planejamento institucional implica (1)
melhores condições de segurança, pois evita que se façam grandes estoques de
substâncias nas dependências da universidade, (2) diminuição do volume ou da massa
de resíduos gerados (minimizando ou, porventura, eliminando os desperdícios) e (3)
economia de recursos.
Cenário
7
Além disso, resultados, produtos e subprodutos da pesquisa podem ser incertos,
acarretando impactos, situações de risco e resíduos que não foram previstos. Em relação
aos resíduos, estes apresentam grande variedade no âmbito das universidades, de modo
que demandam estratégias diferentes para gerenciamento.
Laboratórios
Responsáveis
8
Tipos de risco
Riscos químicos
9
Névoa - é um aerodispersóide formado por partículas líquidas geradas pela ruptura
mecânica de um líquido. Exemplos: nebulização de agrotóxicos e pintura por meio de
spray.
Fibras - são partículas sólidas produzidas por rompimento mecânico com característica
física de um formato alongado. Também são classificadas como aerodispersóides.
Exemplo: amianto.
Gases - compreendem átomos (no caso dos gases nobres) ou moléculas no estado
gasoso da matéria, o qual tem a capacidade de se expandir de maneira espontânea,
ocupando todo o espaço que lhe é disponível. Encontram-se na fase gasosa à pressão e
temperatura ambientes. Por isso, misturam-se intimamente com o ar e espalham-se
com facilidade. Exemplos: monóxido de carbono (produzido pelas combustões
incompletas), dióxido de carbono, nitrogênio, cloro, oxigênio, hélio e metano.
Via respiratória: compreende um sistema formado pelo nariz, boca, faringe, laringe,
bronquíolos e pulmões. Trata-se da via de entrada mais representativa para a maioria
dos compostos químicos. A quantidade total de uma substância absorvida por via
respiratória depende da sua concentração no ambiente, do tempo de exposição e da
ventilação pulmonar.
10
Via cutânea ou dérmica: compreende toda superfície que envolve o corpo humano. Nem
todas as substâncias podem penetrar através da pele. Algumas conseguem atravessar a
barreira cutânea diretamente e outras são veiculadas por outras substâncias.
Via digestiva ou oral: compreende o sistema formado pela boca, faringe, esôfago,
estômago e intestinos. No entanto, pode assumir importância quando é permitido aos
trabalhadores comer ou beber nos postos de trabalho.
11
Perigo x Risco
Perigo (hazard): agente (físico, químico ou biológico) ou ação que pode causar dano.
Situações de perigo:
12
Voltando ao ácido sulfúrico, a exposição a esta substância pode ser evitada (ou, pelo
menos, minimizada) mediante (1) uso de equipamentos de proteção coletiva e
equipamentos de proteção individual, (2) experimentos e análises em microescala, (3)
substituição parcial ou total por outros compostos menos perigosos, entre outras
medidas.
Em outra perspectiva
13
promover a informação e a conscientização às pessoas que praticam alguma atividade
naquele ambiente, explicitando os riscos ali existentes de forma compreensível.
Exemplo:
Referências bibliográficas
14
MTP n.º 422, de 07 de outubro de 2021. Disponível em:
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-05-atualizada-2021.pdf. Acesso em: 03
jan. 2021.
✓ BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Norma Regulamentadora
(NR) n° 9 - Avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos,
químicos e biológicos. Publicação: Portaria MTb n° 3.214, de 08 de junho de
1978. Atualizações/Alterações: Portaria SSST n° 25, de 29 de dezembro de
1994. Portaria MTE n° 1.297, de 13 de agosto de 2014. Portaria MTE n° 1.471,
de 24 de setembro de 2014. Portaria MTb n° 1.109, de 21 de setembro de
2016. Portaria MTb n° 871, de 06 de julho de 2017. Portaria SEPRT n° 915, de
30 de julho de 2019. Portaria SEPRT n° 1.358, de 09 de dezembro de 2019.
Portaria SEPRT n° 1.359, de 09 de dezembro de 2019. Portaria SEPRT n° 6.735,
de 10 de março de 2020. Portaria SEPRT n° 1.295, de 02 de fevereiro de 2021.
Portaria SEPRT n° 8.873, de 23 de julho de 2021. Portaria MTP n° 426, de 07 de
setembro de 2021.Portaria SEPRT n° 6.735, de 10 de março de 2020. Disponível
em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-2021-com-anexos-vibra-
e-calor.pdf. Acesso em: 03 jan. 2022.
✓ BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Norma Regulamentadora
(NR) n° 17. Ergonomia. Publicação: Portaria GM n° 3.214, de 08 de junho de
1978. Atualizações/Alterações: Portaria MTPS n° 3.751, de 23 de novembro de
1990. Portaria SIT n° 08, de 30 de março de 2007. Portaria SIT n° 09, de 30 de
março de 2007. Portaria SIT n° 13, de 21 de junho de 2007. Portaria MTb n°
876, de 24 de outubro de 2018. Portaria MTP n.º 423, de 07 de outubro de
2021. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-
br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-
e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17-atualizada-2021.pdf.
Acesso em: 03 jan. 2022.
✓ CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos na
organização. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
✓ HALL, J.; OLIVEIRA, R. V.; QUELHAS, O. L. G.; CUNHA, J. Segurança e saúde nas
escolas, do aprendizado à vivência, uma questão de educação. In: Encontro
Nacional de Engenharia de Produção, 20. São Paulo. 2000. Disponível em:
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2000_e0015.pdf. Acesso em: 30
maio 2018.
✓ MICHAELIS. Gás. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, 2017. Disponível
em: http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-
brasileiro/gás/. Acesso em: 16 abr. 2020.
✓ PEIXOTO, N. H.; FERREIRA, L. S. Higiene Ocupacional III. Colégio Técnico
Industrial da Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, 2013.
Disponível em:
http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_seguranca/sexta_etapa/higiene_ocup
acional_3.pdf. Acesso em: 12 out. 2017.
15
✓ PORTAL DA EDUCAÇÃO. Exposição e vias de entrada de agentes químicos no
organismo humano. Publicado em: 17 abr. 2013. Disponível em:
https://goo.gl/nvijvZ. Acesso em: 29 dez. 2021.
✓ TAVARES, C. R. G. Segurança do Trabalho I. EPR - Equipamento de Proteção
Respiratória. Curso Técnico de Segurança do Trabalho. Ministério da Educação.
Publicado em: 03 nov. 2009. Disponível em: https://tinyurl.com/ydg9bg7l.
Acesso em: 29 dez. 2021.
16
PRINCÍPIOS DAS BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS
Introdução
5S – SENSOS
O método 5S tem este nome porque é formado por 5 palavras que começam com a letra
"S": Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke. Trata-se de um sistema composto por cinco
conceitos básicos e simples, cuja essência está pautada na necessidade de mudanças
coletivas e individuais de atitudes, de pensamentos e de comportamento, permitindo,
através da prática, alcançar os objetivos propostos.
Princípios
17
Aplicação
Utilização
✓ agendamento e treinamento para uso dos equipamentos e da vidraria;
✓ implementação de sistema de almoxarifado para recebimento e entrega de
produtos químicos e materiais;
✓ estudo para substituição de reagentes e processos agressivos, ao meio ambiente
e/ou à saúde pública, por técnicas menos impactantes;
✓ consumo consciente e responsável de materiais, reagentes, água, gás e energia
elétrica;
✓ busca de informações antes do início dos experimentos (evitando possíveis
desperdícios);
✓ elaboração e aplicação de procedimentos operacionais padrão;
✓ uso de recipientes apropriados para acondicionamento de reagentes, soluções
diluídas no laboratório e resíduos;
✓ testes em microescala e
✓ laboratórios multiusuários.
Ordenação
✓ guarda dos materiais, reagentes e utensílios mais usados em locais mais
acessíveis;
✓ guarda de objetos mais pesados em locais mais baixos (obviamente);
✓ organização dos reagentes e resíduos químicos, no almoxarifado e no abrigo,
respectivamente, considerando critérios de compatibilidade e incompatibilidade
(nunca por ordem alfabética);
✓ organização de equipamentos conforme sua sequência de utilização;
✓ comunicação acerca dos riscos, das regras e dos equipamentos de emergência
do local;
✓ comunicação em relação a saídas de emergência;
✓ arquivo ou pasta que contenha fichas de informações de segurança de produtos
químicos (FISPQ) e
18
✓ números de telefone de emergência colocados em locais conhecidos e de fácil
visualização.
Limpeza
✓ evitar sujar (manter limpo) o local de trabalho;
✓ se sujou, limpe;
✓ lavar vidraria e outros utensílios imediatamente após seu uso;
✓ ter a consciência e a ação prática para gerenciar os resíduos gerados em suas
atividades e
✓ elaborar e aplicar protocolos de limpeza.
Saúde
✓ compreensão da saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e
social, e não somente ausência de afecções e enfermidades;
✓ motivação dos trabalhadores e dos alunos;
✓ realização de exames periódicos;
✓ gerenciamento de risco no ambiente de trabalho, mediante treinamento,
capacitação e uso de equipamentos de proteção coletiva (EPC) e equipamentos
de proteção individual (EPI);
✓ uso de técnicas menos impactantes à saúde (se possível, técnicas desprovidas de
impacto);
✓ realização de ginástica laboral e
✓ incentivo à capacitação e à qualificação dos profissionais.
Condutas
19
✓ Manter, no laboratório, arquivo ou pasta que contenha fichas de informações de
segurança de produtos químicos (FISPQ).
✓ Utilizar sempre sapato fechado.
✓ Manter os cabelos presos.
✓ Recomenda-se fortemente que se utilizem carrinhos para transporte de
vidrarias, instrumentos, recipientes e demais materiais de laboratório.
✓ NUNCA usar EPI fora do ambiente de trabalho.
✓ NUNCA pipetar com a boca.
✓ Comunicar ao responsável pelo laboratório qualquer condição de falta de
segurança ou simplesmente anormal.
A lavagem das mãos deve ser efetuada antes e depois dos procedimentos. Nesse
sentido, todos os lavatórios e pias devem:
✓ possuir torneiras ou comandos que dispensem o contato das mãos quando do
fechamento da água e
✓ ser providos de sabão líquido e toalhas descartáveis para secagem das mãos.
O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no
mínimo, antes e depois do uso dos referidos EPI. O uso de "álcool gel" não substitui o
uso da água corrente e do sabonete líquido, para lavagem das mãos.
A lavagem deve ocorrer em todas as áreas das mãos, conforme figura abaixo:
Toda a vidraria deve estar em perfeitas condições de uso → não utilizar materiais de
vidro quando quebrados ou rachados. Lubrificar tubos de vidro e termômetros antes de
inseri-los em rolhas, tampas de borracha e similares.
20
Para introduzir ou remover tubo de vidro e termômetros em rolhas, mangueira de
silicone, tampas emperradas e outros materiais → utilizar luvas anticorte e envolver as
partes com panos secos, para maior proteção em caso de ruptura do vidro.
Instrumentos e vidraria devem ser lavados imediatamente após sua utilização. Usou,
lavou. Depois de secos devem ser guardados, para não juntar pó. Não mantenha
amostras ou soluções em vidraria de laboratório (não acondicionar em béqueres, por
exemplo).
Use sempre recipientes apropriados para acondicionar amostras, os quais devem ter
resistência e capacidade de contenção e vedação. Não esqueça de liberar a vidraria para
seus colegas, evitando um colapso de recursos.
21
Rotulagem dos produtos químicos
Deve ser realizada de acordo com o GHS e a ABNT NBR 14725-3/2017. Veja mais
detalhes no capítulo “Como interpretar as informações sobre produtos químicos?”.
Deve ser executada utilizando-se água e sabão, etanol 70% e/ou solução de hipoclorito
de sódio, entre outros produtos previstos nos procedimentos operacionais padrão do
setor. Não se recomenda o uso da acetona (propanona) pura para a limpeza, pois tal
substância é cara e controlada pela Polícia Federal.
Diluição de ácidos
Adicionar o ácido sobre a água. Além disso, o ácido deve ser adicionado gradativa e
lentamente, com agitação constante.
Quando despejamos água no ácido, ele não dá conta de absorver todo o calor resultante
da reação, e o aumento de temperatura faz com que a água adicionada passe de
22
maneira abrupta para o estado de vapor (calefação). Neste momento, pode-se perceber
o vapor que sai do recipiente no qual o ácido se encontra. Assim, o aquecimento muito
rápido e também incontrolável potencializará a formação de bolhas de vapor
provenientes da calefação, que irão projetar o ácido para cima, de modo que o mesmo
possa respingar na pessoa e em diversos locais.
Descarte de itens com validade vencida ou sem condições de uso: implica desperdício e,
consequentemente, custos para a instituição.
✓ Edificação.
✓ Pavimentação.
✓ Compartimentalização, conforme critérios de compatibilidade química.
✓ Drenagem.
✓ Ventilação.
✓ Iluminação.
✓ Medidas de proteção contra incêndio.
✓ Proteção coletiva.
✓ Sistema de contenção de resíduos.
Referências bibliográficas
23
✓ BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora n° 32.
Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Publicações: Portaria
GM n° 485, de 11 de novembro de 2005. Portaria GM n° 939, de 18 de
novembro de 2008. Portaria GM n° 1.748, de 30 de agosto de 2011. Portaria
SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019. Disponível em:
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-32.pdf. Acesso em: 30 dez. 2021.
✓ COSTALONGA, A. G. C.; FINAZZI, G. A.; GONÇALVES, M. A. Normas de
Armazenamento de Produtos Químicos. Universidade Estadual Paulista. Curso
de Higiene e Segurança. Araraquara, 2010. Disponível em:
http://www.unesp.br/pgr/pdf/iq2.pdf. Acesso em: 15 out. 2017.
✓ FMUSP - Hospital das Clínicas. Laboratórios de Investigação Médica - LIM. Guia
de Boas Práticas Laboratoriais. São Paulo, 2015. Disponível em:
www.limhc.fm.usp.br/portal/wp-
content/uploads/2015/11/Manual_Guia_de_Boas_Praticas.pdf. Acesso em: 03
nov. 2017.
✓ LMIM-USP - Laboratório de Materiais e Interfaces Moleculares da Universidade
de São Paulo. POPs. Experimentos. Ribeirão Preto, 2015. Disponível em:
http://sites.usp.br/lmim/seguranca-e-limpeza-laboratorio/. Acesso em: 03 nov.
2017.
✓ PANTALEÃO, S. F. Programa 5 "S" - uma prática que gera resultados. Guia
Trabalhista, 2017. Disponível em:
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/metodo5s.htm. Acesso em: 04
nov. 2017.
✓ SILVA, J. M. 5S: O ambiente da qualidade. 3. ed. Belo Horizonte: Fundação
Christiano Ottoni, 1994. 160 p.
✓ TEIXEIRA, A. Funções químicas e suas reatividades. PUC-Rio - Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro. Coordenação Central de Educação a
Distância, 2010. Disponível em: http://web.ccead.puc-
rio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/conteudos/SL_funcoes_quimicas.
pdf. Acesso em: 02 nov. 2017.
24
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL
Os equipamentos de proteção coletiva (EPC) e os equipamentos de proteção individual
(EPI) são dispositivos cuja função principal compreende manter a integridade física dos
indivíduos, no âmbito de sua atividade laboral. Trata-se de aparatos ou indumentárias
que proporcionam eliminação ou atenuação dos riscos a que os trabalhadores estão
submetidos.
25
empregador ficam sujeitos às penalidades previstas em lei. Ainda em relação à NR 6, é
essencial mencionar que cabe ao empregador quanto ao EPI: a) adquirir o adequado ao
risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado
pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d)
orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e)
substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela
higienização e manutenção periódica; g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade
observada; h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,
fichas ou sistema eletrônico.
Avental
O avental deve ser confeccionado em tecido de algodão tratado (queima mais devagar)
para proteger o trabalhador dos respingos da substância manipulada no laboratório,
mas é ineficaz em exposições extremamente acentuadas, incêndios ou grandes
derramamentos. Outras especificações desta indumentária compreendem: (1)
comprimento até os joelhos e mangas compridas com fechamento em velcro, (2)
fechamento da vestimenta com botões e (3) não possuir abertura lateral nem bolso,
para não haver acúmulo de poeira ou outros resíduos.
Óculos de segurança
Os óculos de segurança devem ser utilizados por todo profissional que trabalha em
laboratório ou depósitos de reagentes ou resíduos químicos. Deve possuir leveza,
conforto, tratamentos antirrisco e antiembaçante, proteção lateral e cordão de
segurança fixo.
Luvas
As luvas constituem-se um dos equipamentos mais importantes, pois protegem as
partes do corpo com maior risco de exposição: as mãos. Há vários tipos de luvas e sua
utilização deve proceder de acordo com o produto a ser manuseado. A eficiência das
luvas é medida através de três parâmetros:
✓ Degradação: mudança em alguma das características físicas da luva.
✓ Permeação: velocidade com que uma substância permeia através da luva.
✓ Tempo de resistência: tempo decorrido entre o contato inicial com o lado
externo da luva e a ocorrência do produto químico no seu interior.
26
Quadro 1 – Material da luva e indicações.
Material Indicações
Cloreto de Utilizado comumente em todos os setores industriais (para ácidos e
polivinila (PVC) álcalis)
Borracha natural Ácidos, álcalis diluídos, álcoois, sais e cetonas
Nitrila Ácidos, álcalis, álcoois, óleos, graxa e alguns solventes orgânicos
Ácidos, sais, cetonas, solventes à base de petróleo, detergentes,
Neoprene
álcoois, cáusticos e gorduras animais
Ácidos, álcalis diluídos, álcoois, cetonas, ésteres (tem maior
Borracha butílica
resistência avaliada contra a permeação de gases e vapores aquosos)
Acetato de Bom para solventes aromáticos, alifáticos e halogenados. Ruim para
polivinila (PVA) soluções aquosas
Viton Especial para solventes orgânicos clorados e/ou aromáticos
Luva de cobertura, praticamente para todas as classes de produtos
Silver shield
químicos (uso especial em acidentes)
Látex Permeável à maioria dos produtos químicos
Fonte: Gavetti (2013).
Material
Características Cloreto de
Látex natural Neoprene Nitrila
polivinila (PVC)
Excelente
Grande resistência à
maleabilidade Resistência química
abrasão e
e resistência a polivalente: ácidos,
perfuração; grande Boa resistência a
Pontos fortes rasgos; boa solventes alifáticos;
resistência a ácidos e bases
resistência a boa resistência à luz
hidrocarbonetos e
diversos do sol
derivados
ácidos e cetonas
Evitar contato com Baixa resistência
solventes que mecânica; evitar o
Evitar contato
contenham contato com
Precauções com
Evitar contato com cetonas, com solventes que
especiais óleos, graxas e
solventes clorados ácidos contenham
para utilização derivados de
oxidantes e com cetonas e com
hidrocarboneto
produtos solventes
orgânicos azotados aromáticos
Fonte: IQ-UNICAMP (2009).
Proteção respiratória
A proteção respiratória tem a função de evitar que o trabalhador inale vapores
orgânicos, névoas, partículas ou fumos metálicos. Deve estar sempre higienizada e os
filtros saturados precisam ser substituídos. Se utilizados de forma inadequada, os
respiradores tornam-se desconfortáveis e podem transformar-se numa verdadeira
fonte de contaminação. Este equipamento deve ser inserido em saco plástico e
27
armazenado em local seco e limpo. O respirador é usado apenas quando as medidas de
proteção coletiva não existem, não podem ser implantadas ou são insuficientes, em
casos como: acidentes, limpeza de almoxarifados de produtos químicos e operações nas
quais não seja possível a utilização de sistemas exaustores ou capela. Em caso de
incêndio, principalmente envolvendo compostos que liberam gases tóxicos, é
necessário o uso de uma máscara de oxigênio independente do ar ambiente.
Referências bibliográficas
28
✓ FONSECA, A.G.; BESSA, A.B.; BRITO, T.N.S. Ações educativas para técnicos e
auxiliares de laboratório de análises clínicas. Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, 2011. Disponível em:
http://www.periodicos.ufrn.br/extensaoesociedade/article/view/1066/918.
Acesso em: 07 mar. 2018.
✓ GAVETTI, S. M. V. C. Guia para a utilização de laboratórios químicos e
biológicos, 2013. Disponível em:
http://www.sorocaba.unesp.br/Home/CIPA/Treinamento_para_utilizacao_de_l
aboratorios_quimicos_e_biologicos_leitura.pdf. Acesso em: 07 mar. 2018.
✓ IQ-UNICAMP – Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas.
Pictogramas. As luvas e as matérias-primas. Tabela de Resistência Química.
Campinas, 2009. Disponível em:
http://www.iqm.unicamp.br/sites/default/files/tabeladeluvas.pdf. Acesso em:
07 mar. 2018.
✓ RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Saúde do Estado. Portaria n° 40, de 29 de
dezembro de 2000. Norma técnica de biossegurança em estabelecimentos
odontológicos e laboratórios de prótese no Rio Grande do Sul. Disponível em:
http://www1.saude.rs.gov.br/dados/1203618343665Norma%20T%E9cnica%20
de%20Biosseguran%E7a.pdf. Acesso em: 07 mar. 2018.
✓ SILVA JUNIOR, I. V.; COELHO, H.; MAJEROWICZ, J.; GONÇALVES, M. S.; COUTO,
S. E.; CARDOSO, T. A. O. Subgrupo de trabalho da Comissão Técnica de
Biossegurança da Fiocruz, 2004. Disponível em:
www.fiocruz.br/biosseguranca/ctbio/docs/jaleco2.pdf. Acesso em: 07 mar.
2018.
29
PRINCÍPIO DE INCÊNDIO: PREVENÇÃO E COMBATE
Fogo
Exemplos:
a) Combustão completa do etanol:
CH3-CH2-OH (l) + 3O2 (g) → 2CO2 (g) + 3H2O (l)
Etanol + oxigênio → dióxido de carbono + água
b) Combustão completa do metano:
CH4 (g) + 2O2 (g) → CO2 (g) + 2H2O (g)
Metano + oxigênio → dióxido de carbono + água
c) Combustão do hidrogênio:
2H2 (g) + O2 (g) → 2H2O (l)
Hidrogênio + oxigênio → água
A combustão completa ocorre quando existe oxigênio suficiente para consumir todo
combustível (FOGAÇA, 2012), redundando maior liberação de calor. A combustão se dá
de forma incompleta quando não há oxigênio suficiente para consumir todo o
combustível, redundando menor liberação de calor. No caso de compostos orgânicos
que possuem apenas carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos) ou carbono, hidrogênio e
oxigênio, os produtos da combustão incompleta podem ser monóxido de carbono (CO),
que é tóxico, e água, ou carbono elementar (C) e água (FOGAÇA, 2012).
Exemplos:
a) Combustão incompleta do metano:
CH4 (g) + 3/2O2 (g) → CO (g) + 2H2O (g)
Metano + oxigênio → monóxido de carbono + água
b) Combustão incompleta do metano (com ainda menos oxigênio):
CH4 (g) + O2 (g) → C (s) + 2H2O (g)
Metano + oxigênio → carbono + água
Incêndio
Trata-se da ocorrência de fogo descontrolado, o que acarreta riscos para seres vivos,
estruturas, equipamentos e, portanto, meio ambiente.
1
Uma reação exotérmica é uma reação química cuja energia é transferida de um meio interior para o
meio exterior, aquecendo, assim, o ambiente. Ou seja, ocorre liberação de calor.
30
Foto: Environmentalists have urged authorities to get serious about the burning-off. (Reuters/Antara
Foto: Rony Muharrman).
Tetraedro do fogo
31
Pontos de fulgor, combustão e ignição
Ponto de fulgor: temperatura mínima na qual a substância começa a liberar seus vapores
inflamáveis.
Retirada da chama → fogo se apaga, pois não há quantidade suficiente de calor para
produzir vapores ou gases suficientes e manter o fogo. O processo não se sustenta por
muito tempo, pois não há quantidade suficiente de vapores ou gases, tampouco calor,
para mantê-lo.
Retirada da chama → o fogo não será eliminado, porque a temperatura ainda propicia,
através da degradação do combustível, a geração de vapores ou gases inflamáveis
suficientes para manter o fogo. Cabe ressaltar que, neste ponto, ainda é necessária uma
fonte de energia (calor) para que o processo de queima continue.
Transmissão de calor
32
é o processo de transmissão de calor no qual a energia térmica se propaga através do
transporte de matéria, devido a uma diferença de densidade e a ação da gravidade. Tal
processo ocorre somente com os fluidos, isto é, com os líquidos e com os gases, pois na
convecção térmica há transporte de matéria.
Classes de incêndio
33
Fogo em metais pirofóricos, tais como magnésio,
Metais
titânio, zircônio, sódio, potássio e lítio.
combustíveis
34
Ação primária e secundária de cada agente extintor:
✓ água - resfriamento e abafamento;
✓ pó químico seco (PQS) - quebra da reação em cadeia e abafamento;
✓ gás carbônico - abafamento e resfriamento.
O operador deve segurar a mangueira do extintor de CO2 pelo punho, nunca pelo
difusor, a fim de que o profissional em questão não sofra queimaduras (devido à baixa
temperatura do CO2 que é liberado). A estrutura do extintor de CO2 está apresentada
na figura abaixo:
35
Tipos de extintor (ABC, classe D e classe K)
Manuseio do extintor
36
Acesso facilitado aos extintores
Ao perceber que sua roupa está pegando fogo, não saia correndo!
Mais informações
37
Referências bibliográficas
38
✓ PROTEGE. Extintores de incêndio para metais pirofóricos. São Paulo, 2006a.
Disponível em:
http://www.protege.ind.br/download/Ficha%20tecnica%20Classe%20D.pdf.
Acesso em: 20 out. 2017.
✓ PROTEGE. Extintores Pó ABC. São Paulo, 2009. Disponível em:
http://www.protege.ind.br/subProdutos.php?titulo=Produtos&titulo_esquerdo
=Categorias&CategoriaID=3. Acesso em: 20 out. 2017.
✓ RESIL. Ficha de informação de segurança de produto químico - Pó para extintor
de incêndio ABC, 2016. Disponível em:
http://www.resil.com.br/datafiles/fispq/fispq-ficha-de-informacoes-de-
seguranca-de-produto-quimico-po-abc.pdf. Acesso em: 29 dez. 2021.
✓ UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Classes de incêndio. Porto
Alegre, 2014. Disponível:
http://www.ufrgs.br/espmat/disciplinas/geotri2014/modulo3/bombeiros/class
es.htm. Acesso em: 28 dez. 2021.
✓ UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Convecção. Instituto de
Física. Porto Alegre, 2002b. Disponível:
http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef008/mef008_02/Beatriz/conveccao.htm.
Acesso em: 28 out.2017.
✓ UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Irradiação. Instituto de
Física. Porto Alegre, 2002c. Disponível:
http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef008/mef008_02/Beatriz/conveccao.htm.
Acesso em: 28 out.2017.
✓ UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O que é calor? Instituto de
Física. Porto Alegre, 2002a. Disponível:
www.if.ufrgs.br/mpef/mef008/mef008_02/Beatriz/calor.htm. Acesso em: 29
dez. 2021.
39
COMO INTERPRETAR AS INFORMAÇÕES SOBRE
PRODUTOS QUÍMICOS?
Introdução
Trata-se de uma comunicação de risco criada e adotada pela National Fire Protection
Association (Associação Nacional para Proteção contra Incêndios), dos Estados Unidos
da América. O Diamante ou Diagrama de Hommel é mundialmente conhecido pelo
código NFPA 704. Constitui-se um sistema que classifica a severidade de exposição
aguda a um produto químico, durante situações de emergência (por exemplo, incêndio
e derramamento).
40
Ponto de fulgor: é a menor temperatura na qual um líquido combustível ou inflamável
desprende vapores em quantidade suficiente para, misturado com o ar, logo acima de
sua superfície, propague uma chama a partir de uma fonte de ignição. Os vapores
liberados a essa temperatura não são, no entanto, suficientes para dar continuidade a
combustão. A pressão atmosférica influi diretamente nesta determinação.
Exemplos
41
42
Diagrama ou Diamante de Hommel não deve ser utilizado para rotulagem!
43
Onde encontrar as informações?
https://cameochemicals.noaa.gov/search/simple
Inserir nome (em Inglês), número CAS (sem traços) ou número ONU da substância.
Clique nos termos para encontrar as respectivas informações sobre a substância de
interesse.
Número CAS: Número de registro de uma base de dados (Chemical Abstracts Service):
substâncias ou misturas. É o identificador numérico único e universal, uma espécie de
“RG” para produtos químicos. Não existem dois compostos químicos diferentes
registrados com o mesmo n° CAS.
Número ONU (Organização das Nações Unidas): Sempre composto por quatro
algarismos e padronizado internacionalmente, identifica a carga perigosa transportada.
44
Simbologia, classificação e identificação - transporte de produtos perigosos
Classes de risco
Classe 1: explosivos
Substância e artigos que não
1.4
apresentam risco significativo.
45
Gases inflamáveis: são gases que a
20°C e à pressão normal são
inflamáveis quando em mistura de
13% ou menos, em volume, com o
2.1
ar ou que apresentem faixa de
inflamabilidade com o ar de, no
mínimo 12%, independente do
limite inferior de inflamabilidade.
46
Substâncias sujeitas à combustão
espontânea: substâncias sujeitas a
aquecimento espontâneo em
4.2
condições normais de transporte,
ou a aquecimento em contato com
ar, podendo inflamar-se.
47
Qualquer material ou substância
que contenha radionuclídeos, cuja
Classe 7: materiais concentração de atividade e
-
radioativos atividade total na expedição
(radiação), excedam os valores
especificados.
✓ CETESB:
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/produto_consulta_nome.asp
✓ Relação de produtos perigosos (ANTT Res. n° 5947/2021)
✓ CAMEO: Chemicals: https://cameochemicals.noaa.gov/search/simple
✓ PETROBRAS: http://www.br.com.br/pc/seguranca-e-emergencia
✓ ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7500 - Identificação para
o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de
produtos. Publicada em: 04 de abril de 2017.
✓ ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7503 - Transporte
terrestre de produtos perigosos - Ficha de emergência e envelope para o
transporte - Características, dimensões e preenchimento. Publicada em: 18 ago.
2017.
48
Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos - Globally Harmonized System of Classification and Labeling of
Chemicals (GHS)
Enquadramento
A rotulagem dos produtos químicos deve obedecer à Norma Brasileira (NBR) 14725-
3/2017, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e está em concordância e
harmonia com o GHS. A legislação relacionada à obrigatoriedade de cumprimento da
mencionada Norma encontra-se abaixo:
49
exigidos pelo processo de classificação. 26.2.1.3 Os aspectos relativos à
classificação devem atender ao disposto em norma técnica oficial vigente.
Pictogramas de perigo
Explosivos
Peróxidos orgânicos
50
Gases sob pressão
Gases comprimidos
Gases liquefeitos
Gases liquefeitos refrigerados
Gases dissolvidos
Toxicidade aguda – oral, dérmica e inalação (categoria 4)
Irritação à pele
Irritação ocular
Sensibilização à pele
Toxicidade para órgãos-alvo específicos - exposição única
(categoria 3)
Perigoso à camada de ozônio
Sensibilização respiratória
Mutagenicidade em células germinativas
Carcinogenicidade
Toxicidade à reprodução
Toxicidade para órgãos-alvo específicos - exposição única
(categorias 1 e 2)
Toxicidade para órgãos-alvo específicos - exposição repetida
Perigo por aspiração
51
Prioridades – regras
a) Se o símbolo do crânio com ossos cruzados se aplica, o ponto de exclamação não pode
ser utilizado.
Se for aplicado este para sensibilização Não se pode aplicar este para
respiratória: sensibilização à pele ou para irritação
aos olhos e à pele:
Tipos de perigo
Perigos físicos
✓ Explosivos
✓ Gases inflamáveis
✓ Aerossóis
✓ Gases oxidantes (gases comburentes)
✓ Gases sob pressão
✓ Líquidos inflamáveis
✓ Sólidos inflamáveis
✓ Substâncias e misturas autorreativas
✓ Líquidos pirofóricos
52
✓ Sólidos pirofóricos
✓ Substâncias e misturas sujeitas a autoaquecimento
✓ Substâncias e misturas que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis
✓ Líquidos oxidantes
✓ Sólidos oxidantes
✓ Peróxidos orgânicos
✓ Corrosivo para os metais
Perigos à saúde
✓ Toxicidade aguda - oral
✓ Toxicidade aguda - dérmica
✓ Toxicidade aguda - inalação
✓ Corrosão/irritação à pele
✓ Lesões oculares graves/irritação ocular
✓ Sensibilização respiratória
✓ Sensibilização à pele
✓ Mutagenicidade em células germinativas
✓ Carcinogenicidade
✓ Toxicidade à reprodução
✓ Toxicidade para órgãos-alvo específicos - exposição única
✓ Toxicidade para órgãos-alvo específicos - exposição repetida
✓ Perigo por aspiração
✓ Perigoso à camada de ozônio
Perigos ao meio ambiente
✓ Perigoso ao ambiente aquático - agudo
✓ Perigoso ao ambiente aquático - crônico
✓ Perigoso à camada de ozônio
Frases e palavras
53
Exemplos de pictogramas de precaução
54
Pictogramas utilizados pela Agência Sul-Africana de Normalização
55
Exemplo de rótulo:
56
Exemplo de rótulo:
https://echa.europa.eu/pt/search-for-chemicals
57
Seção 2 da FISPQ.
Exemplo: https://www.vibraenergia.com.br/sites/default/files/2021-09/fispq-comb-
etanol-etanol-hidratado-combustivel-ehc.pdf.
Referências bibliográficas
58
✓ CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Help - Riscos ao fogo.
Publicado em: 12 jan. 2004. Disponível em:
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/RISCO_HELP.htm. Acesso em:
30 set. 2017.
✓ ECHA - European Chemicals Agency. Butanone - Brief Profile. Atualizado em: 16
nov. 2017. Disponível em: https://echa.europa.eu/brief-profile/-
/briefprofile/100.001.054. Acesso em: 06 set. 2019.
✓ ECHA - European Chemicals Agency. Xylene - Brief Profile. Atualizado em: 16
nov. 2017. Disponível em: https://echa.europa.eu/brief-profile/-
/briefprofile/100.014.124. Acesso em: 06 set. 2019.
✓ GUERRA, P.; O'DOWD, S. Programa de apoio ao aprofundamento do processo
de integração econômica e desenvolvimento sustentável do MERCOSUL.
Cooperação União Europeia – Mercosul. Convênio de Financiamento n° DCI –
ALA/2009/19707. Rivendell International. Montevidéu, 2013. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/publicacoes/seguranca-quimica/category/146-
ghs?download=994:relatorio-final--campanha-de-capacitacao-e-difusao-do-
ghs&usg=AFQjCNFC9xnks5c3Mxyv7jeOWt0-qdl3zw. Acesso em: 11 set. 2017.
✓ IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis. Relatório de Acidentes Ambientais 2014. Emergência Ambiental.
Brasília, 2015. Disponível em:
www.ibama.gov.br/phocadownload/emergenciasambientais/relatorios/2014-
ibama-relatorio-acidentes-ambientais.pdf. Acesso em: 30 set. 2017.
✓ RIBEIRO, M. G. Sistemas de Classificação de Produtos Químicos. FUNDACENTRO
- Fundação Jorge Duprat e Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho.
São Paulo, 2017.
✓ SIIPP - Sistema Integrado de Informações para Atendimento de Ocorrências no
Transporte de Produtos Perigosos. Classificação dos produtos perigosos.
Publicado em: 25 jan. 2007. Disponível em:
http://200.144.30.103/siipp/public/imprime_classificacao.aspx. Acesso em: 30
set. 2017.
✓ UNECE – United Nations Economic Commission for Europe. GHS (Rev.8) (2019)
– Transport, 2019. Disponível em:
https://www.unece.org/trans/danger/publi/ghs/ghs_rev08/08files_e.html.
Acesso em: 15 jul. 2020.
59
FICHA DE INFORMAÇÕES SOBRE PRODUTOS QUÍMICOS
Aspectos gerais
A FISPQ constitui-se base de informação para confecção dos rótulos e das fichas de
emergência dos produtos químicos. O documento deve ter numeração das páginas,
indicando o número total de páginas ou da última página. Além disso, precisa informar
a data de sua versão mais recente.
Estrutura
Detalhamento
60
- Nome da empresa.
- Endereço e telefone de contato da empresa.
- Telefone para emergências.
- FAX/e-mail da empresa.
- Alguns dos principais usos recomendados
2. Identificação de perigos
- Classes e categorias/subcategorias de perigo (ABNT NBR 14725-2) e elementos
apropriados de rotulagem.
- Outros perigos que não resultem em classificação.
✓ Misturas:
o Nome químico ou comum dos componentes perigosos -
alternativamente, podem ser inclusos os não classificados como
perigosos.
o n° CAS
o Concentração em ordem decrescente (ou faixa de concentração) de
ingredientes ou impurezas que contribuam para o perigo acima dos
valores de corte ou que possuam limites de exposição.
61
6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento
- Precações pessoais, equipamentos de proteção individual e procedimentos de
emergência
- Precauções ao meio ambiente
- Métodos e materiais para contenção e limpeza
7. Manuseio e armazenamento
- Precauções para manuseio seguro.
- Condições de armazenamento seguro, incluindo incompatibilidades.
62
13. Considerações sobre destinação final
Obrigações
Referências bibliográficas
63
VIDRARIAS E OUTROS EQUIPAMENTOS E
UTENSÍLIOS DE LABORATÓRIO
Agitador magnético
Aparelho de laboratório destinado a agitar soluções por meio de uma pequena barra
magnética, movida por um campo magnético rotativo.
Autoclave
Recipiente metálico de paredes espessas, com fecho hermético, para operar o
cozimento ou a esterilização pelo vapor sob pressão, e a alta temperatura.
Balança analítica
Instrumento usado na determinação de massas com uma capacidade máxima que varia
de 1 g até alguns quilogramas, com uma precisão de pelo menos 1 parte em 105 em sua
capacidade máxima. A precisão e a exatidão de muitas balanças analíticas modernas
excedem a 1 parte em 106 em sua capacidade total.
Balança microanalítica
Balança analítica que apresenta a carga máxima de 1 a 3 g e tem precisão de 0,001 mg,
ou 1 μg.
Balança semimicroanalítica
Balança analítica que suporta a carga máxima de 10 a 30 g e tem precisão de 0,01 mg.
64
Balão de fundo redondo
Empregado principalmente em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado a
um rotaevaporador.
Balão volumétrico
Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções com precisão em
laboratório.
Béquer
É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre soluções, dissolver
substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer líquidos. Pode ser
aquecido sobre a tela de cerâmica ou lã de rocha (ainda chamada de "tela de amianto",
embora, atualmente, haja a tendência de se substituir tal material).
Bico de Bunsen
O bico de Bunsen é usado para muitos procedimentos de aquecimento efetuados em
laboratório, desde aqueles envolvendo misturas ou soluções de alguns graus acima da
temperatura ambiente, até calcinações feitas em cadinhos, que exigem temperaturas
de cerca de 600 °C. Procedimentos mais avançados de laboratório podem requerer
mantas com aquecimento elétrico, chapas elétricas, banhos aquecidos eletricamente,
maçaricos oxiacetilênicos, fornos elétricos e outros.
65
Bisturi
Instrumento cirúrgico de lâmina curta, com borda reta ou curva, utilizado para fazer
incisões ou cortes na pele e nos tecidos.
Bureta
Assim como a pipeta, a bureta mede e transfere volumes de líquidos, mas eles são
colocados no instrumento pela sua parte superior, que é aberta e maior. Além disso, a
bureta possui uma torneira embaixo que pode ser aberta para se fazer escoar o líquido
de forma rápida ou gota a gota, de modo que o volume transferido seja exatamente o
desejado. A bureta é muito utilizada em titulações, colocando-se nela o titulante e, em
seguida, fazendo-se o seu gotejamento sobre a solução titulada, que contém um
indicador ácido-base. Assim, pode-se descobrir a concentração da solução titulada. O
uso da bureta é importante nessa técnica, pois com uma única gota pode alcançar-se o
ponto de valência ou ponto de viragem do pH, que é indicado pela mudança na cor do
titulado.
Cadinho
Vaso de argila refratária, porcelana, grafita, ferro ou platina, geralmente em forma de
tronco de cone, próprio para fundir metais ou calcinar minérios e minerais, usado em
operações químicas ou fisioquímicas a temperaturas elevadas.
66
Cápsula de porcelana
Peça de porcelana usada para promover a evaporação de líquidos das soluções.
Centrífuga
Serve para acelerar a sedimentação de partículas sólidas em soluções líquidas. Aparelho
dotado de um rotor, capaz de girar com velocidade alta, que faz centrifugação, usado
para separar substâncias de densidades diferentes; centrifugador.
Condensador
Utilizado nos processos de destilação. Sua finalidade é condensar os vapores do líquido
a ser destilado.
Conta-gotas
Instrumento bastante utilizado em laboratório para transferência de pequenos volumes
de substâncias no estado líquido. Os conta-gotas são geralmente formados por um tubo
de vidro estreito ligado a uma tetina maleável (habitualmente feita de borracha).
Cuba de coloração
Serve para colocar lâminas em imersão com o objetivo de se fazer coloração, fixação ou
desidratação.
Dessecador
Recipiente que fornece uma atmosfera livre de umidade, usado no armazenamento de
amostras, cadinhos e precipitados.
67
Erlenmeyer
Frasco cônico de fundo achatado, introduzido nos trabalhos de laboratório pelo químico
alemão Emil Erlenmeyer (1825-1909), cuja forma possibilita que os líquidos sejam
agitados, sem o perigo de serem lançados para fora. Frasco utilizado para aquecer
líquidos ou para efetuar titulações. Pode apresentar boca estreita ou larga, junta
esmerilhada ou não e parede reforçada.
Espátula
É usada, comumente, para transferir sólidos em pequenas quantidades, agitar misturas
quentes ou prestes a reagir. A espátula de madeira serve para fazer coleta de material
para esfregaço.
Estufa
Utilizada para colocação de culturas, de micro-organismos, onde devem permanecer a
uma temperatura ideal para seu crescimento. Serve, também, para secagem e
esterilização de instrumentos de laboratório.
Funil de Buchner
Utilizado em filtrações a vácuo, podendo ser acoplado ao kitassato.
68
Funil de separação ou funil de bromo
Usado na separação de líquidos imiscíveis, ou seja, que não se misturam, por exemplo,
água e óleo. Quando o funil tem torneira, serve para despejo gradativo de líquidos.
Garra de condensador
Serve para segurar e/ou sustentar vidrarias.
Garra dupla
Utilizada para fixar buretas.
Geladeira
Usada para conservar reagentes, soluções, culturas e outros materiais que necessitam
estar refrigerados.
Indicador ácido-base
Um indicador ácido-base é um ácido ou base orgânicos fracos cuja forma não dissociada
difere da cor de sua base ou ácido conjugados. Em outras palavras, apresentam uma cor
em meio ácido e outra cor em meio básico.
Kitassato
Utilizado em conjunto com o funil de Buchner em filtrações a vácuo.
Lâmina e lamínula
A lâmina é um pequeno retângulo de vidro no qual deve ser colocado o material que
será observado ao microscópio óptico. A lamínula é um pequeno quadrado de vidro que
cobre e protege o material colocado sobre a lâmina.
Lupa
Lente convergente biconvexa, para a observação de pequenos objetos, cujo diâmetro
aparente ela aumenta.
69
Macrobalança
Tipo mais comum de balança analítica, que suporta a carga máxima de 160 a 200 g e
tem precisão de 0,1 mg.
Micropipeta
Pipeta diminuta, com pontas muito finas, usada para medir e manipular pequenos
volumes de líquidos e microinjeções.
Microscópio
Instrumento óptico que amplia muitas vezes a imagem de objetos minúsculos,
permitindo sua visualização.
Mufla
Forno de alta potência capaz de manter temperaturas acima de 1100 °C.
Papel filtro
Serve para reter partículas sólidas em uma filtração e drenar pequenos excessos de
líquido em uma superfície.
Papel tornassol
Usado somente para indicar o caráter da solução, ou seja, sua acidez ou alcalinidade. O
papel tornassol pode ser azul ou vermelho-rosado. Em ambos os casos, após contato
com a solução em questão, o azul significa que ela é alcalina (básica), e o vermelho-
rosado indica que ela é ácida.
Pera de sucção
As peras de sucção também são conhecidas como pipetadores por três vias. São
empregadas para auxiliar na sucção de líquidos em pipetas. São feitas de borracha e
apresentam três válvulas com esferas que podem ser de vidro ou de aço inox.
70
pHmetro
É um medidor de potencial hidrogeniônico (pH), indicando a acidez, neutralidade ou
alcalinidade de amostras diversas. Este equipamento é composto basicamente por um
eletrodo conectado a um potenciômetro, que possibilita a conversão do valor de
potencial do eletrodo em unidades de pH. Quando o eletrodo é submerso na amostra,
ele produz milivolts que são transformados para uma escala de pH. O funcionamento do
pHmetro depende de sua calibragem, que deve ser feita de acordo com os valores de
referência que constam nas soluções de calibração. A frequência com que o pHmetro
deve ser calibrado está diretamente relacionada à frequência de medições e à qualidade
do equipamento.
Pinça de madeira
Usada para prender o tubo de ensaio durante o aquecimento.
Pinça metálica
Usada para manipular objetos aquecidos.
Pipeta graduada
Serve para medir e transferir pequenos volumes de líquidos. Possui várias graduações
ao longo do seu tubo, podendo medir volumes variáveis, enquanto a pipeta volumétrica
possui somente um volume único e fixo. O líquido é puxado para dentro das pipetas
mediante sucção, a qual é provocada por um equipamento acoplado a elas denominado
pera ou pipetadores automáticos. Vale lembrar que nenhum tipo de pipeta pode ser
aquecido.
Pipeta volumétrica
Tem a mesma finalidade que a pipeta graduada, mas possui a grande vantagem de ser
muito mais precisa. O líquido é puxado para dentro das pipetas mediante sucção, a qual
é provocada por um equipamento acoplado a elas denominado pera. Vale lembrar que
nenhum tipo de pipeta pode ser aquecido.
Pisseta
Recipiente usado para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de água,
álcool ou outros solventes.
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Placa de Petri
Recipiente cilíndrico e raso, de vidro ou de plástico, no qual se coloca um nutriente para
que sejam desenvolvidos, identificados e estudados meios de cultura de micro-
organismos.
Proveta
Recipiente de vidro ou plástico, estreito e cilíndrico, geralmente graduado, usado para
experiências em laboratório.
Suporte universal
Suporte para condensador, bureta, sistemas de destilação etc. Serve também para
sustentar peças em geral.
Tela de amianto
Suporte para as peças que serão aquecidas. A função do material* da tela é distribuir
uniformemente o calor recebido pelo bico de Bunsen.
* Atualmente, usam-se materiais de cerâmica ou lã de rocha para fabricação da tela, em
substituição ao amianto (devido, principalmente, a suas características de toxicidade e
carcinogenicidade). Todavia, o objeto em questão ainda é chamado de "tela de
amianto".
Titulador
Instrumento que realiza titulações automaticamente.
Tripé
Sustentáculo utilizado em procedimentos de aquecimento de soluções em vidrarias
diversas de laboratório. É usado em conjunto com a tela de amianto.
Tubo de ensaio
É utilizado principalmente para efetuar reações químicas em pequena escala. Pode ser
aquecido diretamente.
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Vidro de relógio
Peça de vidro de forma côncava, usada em análises e evaporações. Não pode ser
aquecido diretamente.
Referências bibliográficas
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