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UNIVERSIDADE INTERNACIONAL DO CUANZA

EXAME FINAL MIC+INFORMÁTICA BÁSICA

TEMA 3: APRENDER A LER E ESCREVER TEXTOS ACADÊMICOS

Grupo Nº 3
Elementos do grupo:
Aguinaldo Olenga
Argentina Sabino
Baptista Luzendo
Carlos Lumati
Fernanda Peso
Glades Chipilica
Márcio Epata

Curso: Direito
1º Ano
Docente: Núria de Sousa
Ano Lectivo: 2023-2024
INTRODUÇÃO
No presente trabalho, temos como tema aprender a ler e escrever textos
acadêmicos, com os seguintes subtemas:
- Busca Estratégica De Informações Por Meio De Recursos Tecnológicos.
- Principais Competências De Leitura E Dificuldades Frequentes.
- Textos Acadêmicos: Processos e Competências Envolvidos Em Sua Escrita.
- Habilidades De Escrita A Adquirir Os Estudantes Universitários.

Aprender a ler e a escrever textos acadêmicos, consiste num processo cognitivo


onde o leitor realiza um trabalho de construção do significado do texto, contrastando
as suas ideias com as do autor.
Segundo Moacir Gadotti, educador brasileiro, ler é ver o que está escrito, interpretar
por meio da leitura, decifrar, e compreender o que está escondido no texto.
A palavra leitura vem do latim lectura que significa eleição, escolha, leitura.
Também pode se designar por leitura a uma obra ou texto que se lê.
BUSCA ESTRATÉGICA DE INFORMAÇÕES ATRAVÉS DE RECURSOS
TECNOLÓGICOS
O impacto da Internet na vida social está a aumentar gradualmente, pelo que se
torna essencial desenvolver competências que permitam uma utilização eficaz deste
valioso recurso.
O ensino desempenha um papel importante na alfabetização digital. Nesse cenário,
surgiu o termo da mesma, que gira em torno da Internet e se refere ao nível
necessário para utilizá-la de forma lucrativa. Giister (1997, citado por Gutiérrez-
Martín, 2003) a define como “a capacidade de acessar e usar os recursos de
computadores interconectados”. A definição acrescenta “a capacidade de entender
e usar informações de diversas fontes e formatos múltiplos, quando apresentadas
por meio do computador”. A utilização das TICs está incluída como elemento
essencial para a informação, aprendizagem e comunicação.
Na busca de informações por meio de recursos tecnológicos devemos ter em conta
que nem todas as informações são credíveis e possuem certos riscos:
1º O “naufrágio informativo”. O volume bastante incompreensível de informações
distribuídas na Internet, juntamente com as dificuldades dos jovens em ler de forma
sequencial, focada e abrangente, muitas vezes levam a comportamentos
desregulados, e desordenados. E na busca de informações, a possibilidade de se
perder e "naufragar na navegação" é muito alta e frequente.
2º Expiração informativa. Além de ilimitada (pelo seu grande volume e ampla
distribuição), a informação na rede é renovada drasticamente. Portanto, manter-se
actualizado em um domínio específico do conhecimento é um grande desafio.
Grande habilidade é necessária para discriminar quando a informação é realmente
nova e original.
3º Manipulação de informações. Soma-se ao exposto a dificuldade de saber quando
a informação é confiável e verdadeira, e bem-intencionada. A possibilidade de
publicar qualquer tipo de informação na Internet, mesmo que não bem intencionada,
é incalculável e, em certa medida, incontrolável.
4º Abuso e uso indevido da Internet para se comunicar. O isolamento, que também
pode potencializar o uso excessivo das TICs, tem sido amplamente estudado,
dando origem a situações que envolvem comportamentos patológicos, em alguns
casos autênticos autismos comunicativos que pouco contribuem para o
desenvolvimento global do indivíduo e para sua participação na vida social.
Estes riscos podem ser evitados ou combatidos apenas se os alunos aprenderem a
ser competentes neste domínio. Isso requer a aprendizagem de um repertório amplo
e diversificado de recursos que facilitem o aprendizado curricular usual.
PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS DE LEITURA E DIFICULDADES FREQUENTES
Sendo a leitura um processo de interação entre o leitor e o texto, a competência de
leitura é uma ferramenta essencial para a aprendizagem. Consiste na reflexão de
textos escritos para o objectivo final da leitura que é a compreensão.
A competência de leitura é o processo de elaboração do significado aprendendo as
ideias relevantes do texto e relacionando-as com as ideias que já temos; é o
processo pelo qual o leitor interage com o texto (Cooper, 1998, p 19).

Eis algumas competências de leitura:


1ª Descodificação: é uma das competências indispensáveis para o processo de
leitura. Baseia-se no conhecimento dos sons das letras permitindo-nos decifrar o
texto, saber aquilo que trata o texto.
2ª Conhecimento Vocabular: devemos com a ajuda da gramática e dicionário
conhecer um pouco de cada palavra. Esta competência permite dominar vocábulos,
facilitando a leitura.
3ª Construção Frásica: parte de muitas frases construídas com coesão e coerência
onde o leitor exercitando a escrita também exercita a leitura. Pois, na medida em
que escrevemos também fazemos uma leitura daquilo que se escreve.
O indivíduo dotado destas competências consegue ser um bom leitor. Para ler
precisamos ganhar habilidades de descodificação, precisamos nos envolver num
processo contínuo de previsão e inferência que baseia-se nas informações
fornecidas pelo texto e em nosso próprio histórico, e em um processo que nos
permita encontrar evidências ou rejeitar as previsões ou inferências de que se falou.
(Solé, 1998, p.18).
A leitura é um processo complexo. Ler não é somente reconhecer as palavras. Mas
também, entender as ideias (a mensagem do autor), elaborar o pensamento do
autor, avaliar aquilo que lê-se aceitando-o, rejeitando-o, ou completando com o meu
pensamento.
DIFICULDADES FREQUENTES NA LEITURA
O processo de leitura não se baseia somente no processo escolar, mas representa
também um importante avanço para o desenvolvimento de uma determinada
sociedade. Através dela, os alunos e membros de uma determinada sociedade
desenvolvem melhor a linguagem, e tornam-se mais comunicativos.
Citoler (1996), entende que as dificuldades de aprendizagem no âmbito da leitura
podem resultar da dificuldade na descodificação, vocabulário limitado, falta de
experiências anteriores que podem auxiliar na compreensão da mensagem, falta de
captação e até mesmo desinteresse por parte do leitor.
Existem autores que acreditam que a dificuldade na leitura parte da dificuldade de
percepção do alfabeto, falta de estratégias de compreensão da leitura, dificuldade
em se motivar para a leitura e a falta de professores preparados nas instituições de
ensino.
Os problemas na leitura, na maioria das vezes, acontecem no reconhecimento e
entendimento da palavra escrita. O acto de reconhecer a palavra é o factor mais
básico e importante durante o processo de leitura, tendo em vista que ele é anterior
à compreensão da palavra.
Segundo Nielsen (1999), esclarece que a leitura é de grande importância para a
vida do ser humano, independentemente do período, pois é através dela que se
obtém novos conhecimentos.
QUALIDADES DA BOA LEITURA E TIPOS
De acordo com o material de apoio de Metodologia de Investigação Científica da
EFP-Marista (Álvaro Alves, 2018), as qualidades da leitura podem ser:
1ª Óptima: quando o leitor lê 250 ou mais palavras por minuto;
2ª Notável: 250 a 200 palavras por minuto;
3ª Normal: 199 a 150 palavras por minuto;
4ª Fraca: 149 a 140 palavras por minuto;
5ª Má: quando o mesmo lê 139 ou menos palavras por minuto.
Porém, não deve-se ler muito rápido, é necessário um pouco de pausa para uma
boa compreensão.

Alguns Tipos de Leitura


- Leitura de Revisão: em que o objectivo é lembrar o que já foi estudado e
assimilado. O seu ritmo é rápido.
- Leitura de Estudo: visa captar o conteúdo da prova ou texto. Seu ritmo é lento e
repousado. Ex: Durante o período de provas convém ler de maneira mais calma os
enunciados da prova para entender o que realmente pede-se.
- Leitura Mecânica: aquela em que lemos só para reconhecer as palavras sem nos
importar com a compreensão do que lê-se.
- Leitura Compreensiva: é a leitura que visa medir o grau de compreensão do
conteúdo do que lemos.
TEXTOS ACADÊMICOS: PROCESSOS E COMPETÊNCIAS ENVOLVIDOS EM
SUA ESCRITA
Textos Acadêmicos são textos caracterizados por informações comprovadas ou
atentadas por especialistas. É um texto que consiste em discutir, debater uma
temática em estudo durante a formação profissional em determinada área ou curso.
Utiliza uma linguagem clara e objectiva. Tem um grau de veracidade. Na maioria
dos textos acadêmicos contêm inúmeras referências a textos anteriores que de
alguma forma validam a informação que está sendo oferecida no texto específico
que é apresentado à comunidade científica.
Nos textos acadêmicos é muito importante indicar as fontes, para que os leitores
reconheçam a base científica do texto que é divulgado.
Dentre os processos e competências envolvidos em sua escrita, o escritor de textos
acadêmicos deve dominar bem as regras de gramática, coesão e coerência,
alfabeto, deve ser um eteno pesquisador para conhecer e decifrar informações de
certas áreas do conhecimento, deve ser crítico para interrogar-se sobre o mundo e
os feitos da ciência.
A produção de textos acadêmicos implica reconhecer a complexidade da
composição, produção e revisão do escrito.

Tipos De Textos Acadêmicos


Existem diferentes tipos de textos acadêmicos. Alguns são aqueles elaborados por
nós mesmos como: resumo, notas, relatórios. Como exemplo temos este
relatório/trabalho, é um tipo de texto acadêmico visando abordar questões com certo
grau formal consoante aquilo que a ciência possui.
Outros tipos de textos acadêmicos são aqueles que podem ser escritos para outras
pessoas como: livros, teses…
Antes de divulgar um texto acadêmico, o mesmo passa por um processo longo de
revisão pelo próprio autor, especialistas e por editores especializados.
Os conectores, também chamados de marcadores de discurso, são recursos
indispensáveis na elaboração de um texto acadêmico. Eles relacionam frases e
parágrafos, por exemplo: por outro lado, além disso, embora, mas, dado que, nesse
caso, consequentemente, etc. Também temos conectores para expressar relações
entre ideias, seja para adicionar informações ou para sustentar um argumento. Por
exemplo: para, devido a, daí. Para contra-argumentar, por exemplo: porém, embora,
agora, bem, etc.
Além disso, existe outro conjunto de recursos chamados de reformulação de
conectores que servem para apresentar ideias de forma diferenciada, seja para
especificar a explicação (por exemplo: ou, seja, ou seja), e para corrigi-los em vez.
Ser competente como escritor acadêmico requer empregar diferentes recursos
discursivos que diversificam não só a escrita mas também, a oralidade. Para que os
textos acadêmicos cumpram a sua função, ele devem estar situados na comunidade
discursiva e incorporar as vozes de outros autores no discurso do autor do texto
(Castelló, 2009).
Em geral, o texto acadêmico dota-nos de conhecimentos científicos sujeitos a
veracidade de informações quando duvidamos de suas possibilidades ou bases.
HABILIDADES DE ESCRITA A ADQUIRIR OS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
A escrita segundo Vygostki (1995), é um sistema de signos que identificam os sons
e palavras da linguagem oral. Para a produção de um texto acadêmico exige-se
habilidades específicas, que são um pouco difíceis de desenvolver. Os estudantes
universitários devem possuir estas habilidades para um bom sucesso acadêmico.
Pois, escrever no campo universitário exige vincular nossas ideias com as de outros
escritores. Os estudantes universitários concebem a escrita como uma ferramenta
de apoio ao pensamento e a aprendizagem.
A escrita acadêmica é uma actividade que envolve processos de pensamento,
atenção e reflexão. Para os estudantes universitários escreverem no campo
universitário é indispensável consultar várias fontes e lidar com a linguagem técnica
de cada disciplina científica que o estudante possui. Um bom escritor deve possuir
os seguintes domínios:
- Saber pesquisar e selecionar as informações necessárias;
- Ordenar informações de acordo com o objectivo do texto;
- Testar várias formulações das ideias principais em um texto usando um rascunho
até chegar-se a uma versão convincente;
- Controlar as emoções (positivas e negativas) que acompanham a actividade de
escrita. Por exemplo: não permitir que o entusiasmo ofusque a atitude crítica e
objectiva que a revisão do texto exige.
Os estudantes universitários necessitam serem competentes para dialogar dentro
de uma comunidade científica. Pois, a escrita é uma actividade socialmente situada
que implica um diálogo entre autores que fazem parte de uma comunidade
discursiva.
CONCLUSÃO
Com o decorrer das pesquisas feitas, vimos que este tema: aprender a ler e
escrever textos acadêmicos tem um grande impacto não só na vida social de um
universitário, mas também, na vida de todos estudantes de outros níveis de ensino.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Dr. VALDIVIA ÁLVAREZ, Módulo 5: Estratégias De Aprendizagem, Universidad
Europea del Atlántico, traduzido do Espanhol para o Português –
WWW.onlinedoctranslator.com
NIELSEN, L. (1999). Necessidades Educativas Especiais na Sala de Aula: Um guia
para professores. Portugal: Porto Editora.
TEBEROSKY, A. (2007). O Texto Acadêmico. In Castelló, M. (Coord.) Escrever e
comunicar em contextos científicos e acadêmicos (pp.17-46). Barcelona: Grão.
GUTIERRES-MARTIN, A. (2003). Alfabetização Digital. Mais do que apenas botões
e teclas. Madri. Gedisa.
ALVES ÁLVARO (2018) Material de apoio de MIC, EFP-Marista, 13ª Classe, Cuito-
Bié

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