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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA

INSTITUTO DE FÍSICA DA UFBA


DEPARTAMENTO DE FÍSICA DO ESTADO SÓLIDO
FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL III – FIS123
DOCENTE: ROSANA PEREIRA SILVA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA:


LINHAS EQUIPOTENCIAIS

GABRIEL SOUZA
LEONARDO CARVALHO

SALVADOR-BA
2017
GABRIEL SOUZA
LEONARDO CARVALHO

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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA:
LINHAS EQUIPOTENCIAIS

Relatório de aula prática


entregue ao prof. Rosana
Pereira Silva como parte das
atividades avaliativas da FÍSICA
GERAL E EXPERIMENTAL III –
FIS123 ministrada na
Universidade Federal da Bahia.

SALVADOR-BA
2017

Objetivos:

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Mapear as linhas equipotenciais, através da simulação
bidimensional, utilizando para isso a configuração de dois condutores
circulares iguais ou duas placas condutoras iguais, sendo estes
imersos numa solução de sulfato de cobre – líquido condutor – tendo
como auxílio um circuito de detector zero.

Discussão dos Resultados:


1. O que é medido ao se mergulhar a ponta de prova (sonda móvel)
na solução?
Ao mergulharmos a sonda móvel na solução medimos
diretamente a corrente existente entre a ponta de prova fixa e a
móvel. E Indiretamente estávamos medindo a diferença de potencial
existente entre as pontas de prova ou sondas propriamente dita. Na
solução temos a presença de íons Cu2+ e SO2- (Solução Condutora)
assim os elétrons se deslocam do polo de maior potencial para os de
menores potencial. Ou seja, estamos na verdade encontrando os
pontos onde não há ddp, onde as linhas de corrente são nulas.
2. Para as configurações, trace as linhas equipotenciais e algumas
linhas de corrente não esquecendo os sentidos das mesmas.
Indicado em papel milimetrado anexado.
3. Identifique a polaridade dos eletrodos para a configuração
estudada.
Indicado em papel milimetrado anexado.
4. Explique porque se duas linhas equipotenciais se interceptam elas
pertencem, obrigatoriamente, à mesma superfície equipotencial.
Linhas equipotenciais são perpendiculares as linhas de força e
por elas é feita a indicação da direção de um campo elétrico para um
determinado ponto. Portanto, somente uma linha pode atravessar um
ponto, pois, de outra forma, teríamos em alguns pontos indicações
diferentes de campo elétrico, tal qual a existência de mais um
potencial no ponto. Como essas situações são contrárias as leis da
física, duas linhas equipotenciais de uma mesma superfície nunca se
interceptam.
5. Assumindo que a resistividade da solução de sulfato de cobre é
muito superior à resistividade do metal dos eletrodos, explique
porque os eletrodos também podem ser considerados como sendo
equipotenciais.
Podemos considerar os eletrodos como equipotenciais, pois os
mesmos são condutores e devem ter cargas distribuídas na superfície

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e como a resistividade é muito baixa temos que o potencial em seu
interior não é muito diferente de um ponto a outro. Assim, notamos
que deve haver pouco movimento de cargas em seu interior. Pela
condição de equilíbrio eletrostático temos que o potencial deve ser o
mesmo em todo o condutor. São a partir dessas considerações que os
eletrodos são elementos equipotenciais.
6. Tente analisar o que aconteceria no resultado do experimento se o
fundo da cuba não fosse horizontal.
Alterar o formato da cuba significaria alterar o formato das
linhas equipotenciais de cada experimento em que ela fosse usada,
esse conceito pode ser analisado pela necessidade de nivelar a cuba.
Assim, caso a cuba não tivesse fundo horizontal e sim outro formato
teria mudado a forma das linhas equipotenciais evidenciadas no
experimento, nossos gráficos seriam totalmente diferentes. Isso se
deve a resistividade do fluido que varia com o formato da cuba, no
caso deixaria de ser uniforme.
7. Explique porque uma variação da profundidade da cuba resistiva é
análoga a uma variação de dielétrico no caso eletrostático
equivalente.
Devido à resistividade do fluído ser muito maior que os
eletrodos. Assim como em capacitores a introdução de um dielétrico
muda as linhas de campo, dessa forma podemos considerar a parte
mais profunda (maior resistividade) como um dielétrico que foi
introduzido entre os eletrodos.
8. Explique porque a equipotencial determinada pela sonda móvel
deve passar obrigatoriamente pela sonda fixa.
Pois as linhas equipotenciais, neste caso, são únicas e só existe
um caminho, que pode ser percorrido nos dois sentidos, no qual uma
carga de prova que se desloca e o trabalho realizado sobre ela pelo
campo elétrico é nulo, pois durante todo este percurso (seguindo uma
linha equipotencial) o campo elétrico e, portanto, a força elétrica são
perpendiculares ao movimento da carga de prova, o que implica em
trabalho nulo.
9. A configuração estudada no experimento corresponde a um
problema em duas dimensões. Imagine uma modificação do
experimento que permita simular problemas eletrostáticos em três
dimensões.
Analisar o sistema em 3 dimensões implicaria em mudanças
significativas nos resultados do experimento. Com a análise em 3D
seria possível simular problemas acrescentando uma profundidade
maior para a cuba, logo mais solução eletrolítica e assim mais uma
dimensão a ser estudada. A profundidade que foi negligenciada

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quando usamos apenas o 2D, implicaria em alterar a resistividade no
fluido que é proporcional a profundidade da solução (quanto mais
profunda, maior é o volume e consequentemente maior a
resistividade). Essa situação é análoga a introdução de um dielétrico
com resistividade gradativamente maior em um capacitor, o que
implicaria em alteração no formato das linhas do campo.

Discussão Pertinente:
1. Simetria das linhas equipotenciais e de corrente
Nesse experimento pode-se observar simetrias nas linhas de
correntes e nas linhas equipotenciais. As linhas de corrente são
perpendiculares, enquanto as equipotenciais são paralelas com
formato de semicírculos quando usado o eletrodo de forma cilíndrica,
ou retas quando usado o eletrodo de formato reto, logo temos linhas
sempre simétricas em relação ao centro do eletrodo. Além disso,
sabe-se que o potencial cresce ou decresce a medida que a distância
do corpo ao eletrodo aumenta, o que explica melhor os formatos.
2. Configuração das equipotenciais perto dos condutores.
Quando as linhas equipotenciais se aproximam dos eletrodos
elas tendem a envolvê-los, isto é, seu formato tende a ser o mesmo
do eletrodo e quanto mais perto mais esse fenômeno é evidenciado.
3. Linhas de corrente perto dos eletrodos.
As linhas de corrente são perpendiculares em relação as linhas
equipotenciais e radiais em relação aos eletrodos.
4. Focalização das linhas de corrente pela placa.
As linhas de corrente são convergentes ou divergente. Caso a
polaridade seja positiva elas serão convergente, caso seja negativa
elas serão divergentes.
5. Regiões de campo mais intenso
O campo varia de acordo com a região do fluído. Quando você o
analisa próximo do eletrodo ele é mais intenso, o que se deve a
densidade do campo elétrico que é maior nessa região. Nas regiões
mais distantes, o campo diminui.
6. Efeito de pontas.
O efeito das pontas refere-se a maior intensidade do campo
elétrico nessa região, o que está associado a alta concentração das
linhas de força, maior que no restante do fluído.

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7. Analogia com o caso eletrostático correspondente.
A situação análoga seria a de um dielétrico eletrostático,
considerando-se a profundidade da cuba, estaríamos variando a
capacitância e é justamente nessa situação que se assemelha a um
dielétrico.
8. Estudo dos erros experimentais.
Os erros experimentais no experimento se devem a diversos
fatores e são os principais responsáveis por não existir uma
representação perfeita nos gráficos do esperado na teoria, onde as
linhas equipotenciais seriam 100% simétricas. Os principais fatores
são: nivelamento da cuba; a leitura no galvanômetro; sujeira na
superfície da cuba ou na própria solução condutora; leituras das
coordenadas dos pontos encontrados; descuido no manuseio da
sonda móvel, variando no ângulo formado com a superfície da cuba;
deslocamentos da sonda fixa ou dos eletrodos; inexperiência dos
operadores.

Conclusão:
O experimento aborda os fenômenos abrangidos pelo campo e
consequentemente pelas linhas equipotenciais, completando assim os
conceitos fundamentais da Lei de Gauss e as variáveis e constantes
desta lei, bem como as ideias e princípios do potencial elétrico.
Permitindo-nos definir a direção e sentido do campo bem como as
relações com a densidade de carga e as variações dos gradientes de
potencial sobre um campo. Sendo assim o experimento da cuba
eletrolítica nos permitiu obter a configuração de campos elétricos,
traçando linhas equipotenciais a partir das diferenças de potencial.
Por fim, foi possível trabalhar com grandezas físicas associadas de
forma qualitativa para a verificação e notação da influência que a
carga gera sobre o meio.

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