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Simone
São Paulo
2023
A busca da compreensão dos acontecimentos históricos faz-se presente desde que o
mundo é mundo. A evolução dos fatos e da capacidade da compreensão humana quanto
a sua própria evolução, faz da História uma disciplina de atividade única, com
intercorrências inerentes aos acontecimentos relativos ao tempo, posicionamento
político, social e cultural, e, desta forma, relatar e apropriar- se de conhecimentos atuais
e remotos, faz com que a percepção da realidade vivida seja entendida, analisada e
aperfeiçoada em tempos futuros.
O estudo escolar neste disciplina é de suma importância para entendimento dos fatos, e
desta forma, a rede de ensino em todas as etapas da vida, vêm buscando a facilitação de
aplicação da disciplina como uma forma da História ser e estar presente no cotidiano
das pessoas e principalmente dos estudantes, para que despertem seu interesse de
análise, pesquisa e compreensão dos fatos.
Esse estudo busca apontar a evolução do ensino na disciplina relacionada, com ênfase
no Ensino Médio, onde jovens e adultos necessitam de estímulo e criatividade na
metodologia para que possam ter uma análise crítica e de interesse comum para
entendimento geral.
Palavras-chave: Ensino Médio, História, Metodologia.
The search for understanding historical events has been present since the world has been
a world. The evolution of facts and the capacity of human understanding regarding their
own evolution, makes History a discipline of unique activity, with intercurrences
inherent to events related to time, political, social and cultural positioning, and, in this
way, reporting and appropriating them. whether current or remote knowledge, it ensures
that the perception of lived reality is understood, analyzed and improved in future times.
School study in this subject is extremely important for understanding the facts, and in
this way, the education network at all stages of life has been seeking to facilitate the
application of the subject as a way for History to be and be present in people's daily
lives. and mainly of students, so that they awaken their interest in analysis, research and
understanding of the facts.
This study seeks to point out the evolution of teaching in the related discipline, with an
emphasis on high school, where young people and adults need stimulation and creativity
in the methodology so that they can have a critical analysis and common interest for
general understanding.
Keywords: High School, History, Methodology.
A inserção da História como Disciplina Escolar
c) Os pais dos alunos da rede privada de ensino demonstraram preocupação com seus
filhos quanto a aprendizagem de sua história e a forma como serão inseridos na
sociedade com o conhecimento adquirido em seus anos de formação pedagógica.
Acham importante o vínculo pais-escola-professores a fim de acompanharem de
perto o desenvolvimento de seus filhos, visto que a maioria deles nesta fase estão
na pre adolescência ou já na adolescência. A maioria informou acompanhar de
perto os estudos de seus filhos com acesso ao aplicativos disponíveis pelas escolas,
sites e apostilas, assim como conferem o material de estudos de seus filhos
assiduamente. Enxergam a escola como centro valorizado de formação e o tempo
de permanência de seus filhos na escola como importante pilar para formação dos
mesmos, preparando-os para a fase adulta em pose dos conhecimentos adquiridos.
Escolas Públicas:
a) Os alunos abordados informaram não serem muito adeptos a disciplina, no
entanto, gostam dos momentos cívicos propostos pelas escolas (não são todas
escolas que se aderem ao civismo, tendo diferenças principalmente entre
estados). A maioria dos alunos não conseguem cantar o Hino Nacional
completo. Dispõe de biblioteca física para pesquisas com sala de tecnologia
conforme descrita pelos mesmos, onde mencionaram ter poucos computadores e
que nem sempre atendem as necessidades dos mesmos. Possuem Livro Didático
Público de História (LDP) impresso emprestado pela escola recebidos no
primeiro bimestre escolar e sendo devolvidos no fim do ano letivo. Não podem
ser riscados devido a reutilização por outros alunos no ano subsequente, por esta
razão os tópicos são transcritos para o caderno, com as anotações feitas pelo
professor copiadas do quadro por ele apontado. São aplicados trabalhos
principalmente sobre as datas de maior importância cívica com fundamentos em
pesquisas e entregues escritos para avaliação do professor e as provas são
aplicadas impressas, as notas divulgadas apontadas na própria folha. As reuniões
com os pais e mestres são realizadas geralmente em término de trimestre, onde
são apontadas necessidades de melhorias e assuntos pertinentes a escola.
A maioria das escolas trabalham com História Geral, desde a Pre História até os
dias atuais, passando pelo islamismo, história grega, judaica, romana, egípcia
dentre outras, ficando como apontamento da História do Brasil, os fatos mais
importantes vivenciados, sem muita ênfase ao debate e entendimento dos fatos.
c) Os pais dos alunos da rede pública, em sua maioria, não acompanham muito de
perto da compreensão da realidade vivida por seus filhos na fase estudantil.
Poucos acompanham a administração dos métodos aplicados pela escola, não
conhecem bem as normativas e tristemente apontam a preocupação somente de
seus filhos estarem presentes em uma escola enquanto os mesmos trabalham
fora, não encarando como formação como algo preocupante, tendo como maior
condição realística o fato de seus filhos não estarem “na rua ou sozinhos em
casa” enquanto os mesmos estiverem fora.
Comparecem ás escolas somente quando acionados por meio de reuniões entre
pais e mestres, que é quando realmente sabem das situações vivenciadas pelos
seus filhos enquanto formação escolar.
Em análise a discrepância da metodologia de ensino e dos acessos por eles permitidos,
contradizem TEIXEIRA, Anísio (1999) “[...] a cada indivíduo um lugar na sociedade,
correspondendo as suas capacidades naturais, sem qualquer restrição de ordem social,
econômica ou de nascimento”.
Com base nesta afirmação, concluímos que os pontos contradizem o veredicto.
A Problemática
A História do Brasil é dividida, consensualmente e para fins didáticos, em três períodos
principais: Período Colonial, Período Imperial e Período Republicano. Acerca dessa
ordem, os professores correm contra o tempo para inserirem os contextos de ordem
mundial e todos os acontecimentos que interferem diretamente na economia sistêmica
do país ou que, ainda, fizeram parte de um colonização e intervenção política, ações
estas que geraram a realidade brasileira dos dias atuais, ou seja, a História Geral,
professores trabalhando com o apertado cronograma e ainda preocupando-se com meios
e métodos para despertarem o interesse de interação dos estudantes.
Embora a disciplina seja a mesma, percebe-se tamanha distância entre o
desenvolvimento e aplicação da mesma na rede pública e na rede privada. Enquanto um
utiliza basicamente a linguagem GLS (Giz, Lousa e Saliva) o outro dispõe de avanços
tecnológicos como suporte, com interações entre os alunos e suporte pedagógico ao
professor, sem descartar, claro, a linguagem GLS.
Enquanto um lado se preocupa com a interação dos alunos quanto ao seu lugar na
sociedade, o outro se preocupa em atender as exigências de escola, como aplicação de
grade curricular e normativas. Mas o grande desafio mesmo é manter a classe
interessada imersos na aula, onde o professor, dos dois segmentos, travam ardente
batalha em busca de métodos criativos e imersivos para que se consiga prender a
atenção do aluno e traze-lo para a realidade das aulas aplicadas. Visto que a história é
basicamente uma disciplina que estuda fatos ocorridos, é explícita a falta de interesse
dos alunos e por essa razão, os professores enfrentam tantas dificuldades de prenderem
a atenção dos mesmos. Enquanto na rede particular os professores que vêm de uma
formação mais completa e mantendo um nivelamento de conhecimento atual para que se
consiga tentar um debate em sala, os professores da rede pública enfrentam o
desinteresse dos alunos quanto a participação e cooperação neste quesito.
Percebe-se que os alunos da rede privada possuem um maior respeito relacionado a
comportamentos que o aluno da rede pública, que frequentam a escola mais pela
presença física do que pela possibilidade de crescimento e conhecimento em si.
As escolas da rede privada atuam de um modo mais brando, com menos peso nos
relacionamentos escola-aluno-professor visto que em sua maioria, os alunos ali
presentes são originários de famílias que possuem o poder aquisitivo de quitação
financeira da mensalidade e demais gastos que estes possam vir a ter enquanto
estudantes, e, não diferente, os pais buscam ter em seus filhos os sonos realizados de
uma carreira promissora e de sucesso. Não obstante, de imediato buscam também um
relaxamento quanto ao boletim escolar de seus filhos, vistos que, no ato do fechamento
de contrato com a escola, é basicamente o que estas vendem, uma facilidade maior de
aprendizagem num campo educacional selecionado com professores de qualidade e boa
formação acadêmica melhor preparada.
As escolas de rede pública, estaduais e municipais, sendo esta última melhor
classificada em matéria de estruturação de ensino e a primeira como referência em
ensino de História, visto que é de contexto federativo, não se correlacionam da forma
como poderia ser e ante a dificuldade mais especificamente no âmbito social e cultural
dos alunos devido a pluralidade destas condições, onde há alunos oriundos de famílias
estruturadas e outros que tem maiores preocupações que a escola e o aprendizado,
portanto, o professor neste sentido carrega ainda a responsabilidade de saber distinguir
além da grade curricular aplicada o nível de aproveitamento dos alunos, o quanto a
realidade daquele aluno pode interferir ou não em seu desenvolvimento enquanto
estudante.
Neste contexto temos ainda que lidar com o preparo do professor atuante, visto que
existe um abismo de dedicação quanto as conhecimentos por estes ministrados, tendo
em vista que o profissional da área privada se adequa e de dedica na maioria das vezes
no seu aperfeiçoamento, conhecimento e atualização, mas por outro lado, muitos não
conhecem a proposta pedagógica da instituição na qual trabalham já que a diretoria as
guarda a sete chaves com receio de que seus métodos de ensino se espalhe entre seus
concorrentes, ficando desta forma, difícil do professor conhecer sobre o próprio trabalho
exercido, com quais rotinas trabalhar e quais os objetivos a serem aplicados para
conhecimento dos alunos fixando apenas nas propostas dos Parâmetros Curriculares
Nacionais, mais conhecidos como PCN, que é uma convenção proposta pelo Programa
Nacional de Ensino, conhecido como PNE, responsável por organizar a grade curricular
de uma instituição educativa.
Existe no Brasil uma diversidade no ensino considerando os parâmetros curriculares e
sistemas estaduais, nacionais e municipais e um nível variável de avaliação de
aprendizagem e padronização dos livros didáticos.
Segundo FONSECA, Selva Guimarães, 2003, “é interessante observar que se
consolidou, entre nós, uma pluralidade de concepções teóricas, políticas, ideológicas e
metodológicas no ensino de história desenvolvido nas redes pública e privada.”
O ensino pode nos dias atuais contar com LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei nº 9.394/96), que formula novos modelos e diretrizes e os profissionais de
ensino podem contar com esta reestruturação para os processos de construção na
formação dos protagonistas, que orienta o educando no caminho para a cidadania, o
conhecimento de seus eventos e ocorrências, no ensejo de formação de cidadão críticos.
O desejo e o prazer de compreender, de explicar a realidade, de questionar para procurar
alternativas, de conhecer para agir conscientemente são sem dúvida fatores poderosos
na formação de indivíduos responsáveis e intervenientes. Não foi decerto por acaso que
os regimes totalitários declararam morte à cultura e reduziram drasticamente o tempo de
escolaridade e o acesso ao saber (Roldão apud Proença, 1999, p. 25-26).
Ainda de acordo com PROENÇA, Roldão (1999), o ensino de História pode contribuir
para o desenvolvimento pessoal e social do indivíduo não apenas pelo conteúdo
formativo do saber histórico, mas também pela metodologia adotada. Práticas
educativas apoiadas em metodologias implicativas que apelem à participação ativa do
aluno como sujeito que aprende, tais como o ensino pela descoberta a partir da análise e
crítica de fontes, o trabalho de projeto centrado em problemas, o estudo independente e
outras práticas auto reguladoras de aprendizagem contribuem para o desenvolvimento
do raciocínio crítico e da autonomia pessoal do aluno, que são componentes essenciais
da educação cívica.
Conclusão
Ante os fatores estudados e analisados nesta pesquisa, concluímos que a educação e a
sistematização do ensino de História nas escolas tem senso comum, mas no entanto não
seguem uma padronização nas escolas, seja no âmbito público ou privado.
Percebemos que muitos alunos não se sentem interessados nem os professores
motivados ante estas dificuldades vividas na realidade estudantil, mas no entanto, a
diretoria das escolas não fazem muito mais para que estes ânimos sejam reconstituídos e
por esta razão, novas metodologias de ensino e inovações tecnológicas para que saiam
do círculo de classe são necessárias.
Percebemos a grandiosidade da história da humanidade em todos os momentos do nosso
cotidiano, seja ela pela própria história implícita nos museus, parques e tecnologias
como internet e televisores, tanto nas salas de aula. Esta realidade de endurecimento
estudantil pode ser modificada se utilizadas essas tecnologias a nosso favor, inserindo
aulas não convencionais de estrutura acadêmica com livros e afins como pilares, mas
aulas de estudo de pinturas, gravuras e história da arte expostas em museus e parques,
monumentos ao ar livre que retratam a grandiosidade dos momentos vividos e de tão
grande importância. Incentivar os estudantes a análise crítica, formadores de opinião e
protagonistas de nossa história. Fazê-los compreender a magnitude de nosso país e de
suas origens políticas, sociais e a formação da nossa cultura, de nossos antepassados e a
dimensão que todo este quadro retrata.
Ao sugerir novas técnicas de estudo, não podemos fantasiar uma mudança imediata do
posicionamento escolar, tanto para os alunos quanto aos profissionais que nele atuam,
mas saber que toda forma de mudança em gradualmente de acordo com os interesses
demonstrados por ele, e, sair da rotina sugere essa mudança, implantando novas
estratégias didático-pedagógicas que facilitem a relação aluno-professor-escola.
História é participação em algum ponto de ocorrência da mesma. É poder contar aos
vindouros como foi vivenciada uma experiência única para cada ser enquanto cidadão,
cada um no seu ângulo de visão.
Modificar as estruturas montadas e aplicadas não é uma tarefa simples, mas é o primeiro
degrau de uma longa escadaria rumo ao conhecimento aprofundado desde o nosso
surgimento até nossos dias atuais.
Referências
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Quatro Ventos, 2003.
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FONSECA, Selva Guimarães. Caminhos da História Ensinada. Campinas:
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PROENÇA, M. C. Ensino da História e formação para a cidadania. Curitiba: Aos
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SOUZA, José Clécio Silva de. Ensino de História: uma reflexão sobre materiais e
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Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/37/joseph-ensino-de-
historia-uma-reflexao-sobre-materiais-e-metodos-de-ensino
TEIXEIRA, Anísio. A educação não é privilégio. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999