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História
Fernando era cientista e sociólogo, sendo até mesmo professor na Universidade de São
Paulo. Cursou Ciências Sociais, e se envolveu em questões políticas como a manifestação para
a nacionalização do petróleo e tinha uma boa relação com os comunistas do PCB, absorvendo
parte de suas ideias comunistas, sendo um professor que discutia as ideias de Karl Marx. Isso
fez com que ele fosse perseguido pela Ditadura Militar vigente, o que motivou sua saída do país
em direção a Europa.
Durante o período eleitoral, a popularidade de FHC cresceu graças ao Plano Real, que
garantiu sua vitória. Durante o mandato de Itamar Franco, Fernando era Ministro da Fazenda,
e foi responsável pela implantação do Real como moeda oficial. Esse plano foi criado para
conter a inflação e organizar a economia, criando a URV (Unidade Real de Valor), que valia
2750 cruzeiros e seria chamado de Real. Essa mudança trouxe avanços para a economia
brasileira, que teve sua inflação reduzida e conferiu imenso prestígio à Fernando.
Fernando Henrique era considerado um agente de esquerda e distante dos mais simples;
assim, ele fez uma aliança com o PFL, partido muito importante no Nordeste ligado aos
latifundiários da região. Essa aliança se mostrou contraditória, fazendo com que ele fosse visto
com desconfiança durante a campanha.
FHC fez sua campanha eleitoral baseada em 5 pilares: Saúde, educação, segurança,
habitação e agricultura. Dessa vez, ele alcançou o cargo de presidente do Brasil, com a promessa
de crescimento e modernização. O governo foi marcado por uma série de privatizações. O Brasil
possuía uma enorme dívida externa, e precisava de capital em dólar para contê-la e estabilizar
a economia acional. O mercado se tornou mais aberto, e diversas privatizações ocorreram de
modo desorganizado, como a do vale do rio doce. As importações aumentaram graças ao baixo
valor do dólar, dando prioridade para produtos estrangeiros e viagens internacionais, o que não
trazia benefícios para o mercado brasileiro.
A inflação cresceu, os bancos perderam parte do seu lucro e vários acabaram falindo.
Fernando ainda desejava realizar diversas mudanças, mas seu mandato já estava no período
final, e ele queria se reeleger a todo custo. A emenda da reeleição foi aprovada (envolvendo
casos de corrupção e compra de votos), e os próximos 4 anos continuaram sendo comandados
pelo mesmo presidente. A economia passava por graves problemas, o PIB estava baixo e os
lucros não cresciam, e Fernando Henrique Cardoso via sua popularidade descrescer cada vez
mais. O real, antes valorizado quase ao mesmo valor do dólar, sofreu uma grande
desvalorização, o que aumentou a dívida e a cobrança de impostos dentro do território
brasileiro. A desvalorização do real fez com que várias manifestações contra o presidente
começassem a ocorrer por todo o Brasil, tendo sua popularidade aniquilada.
Em 2001, outra crise marcou o governo: o apagão. Com a volta do crescimento do país,
a necessidade do uso de energia também cresceu, provocando um apagão elétrico. A população
teria que fazer racionamento de energia, as empresas restringiam o uso dela e havia grandes
multas para quem consumisse mais energia do que o permitido. Isso acabou com o pouco de
aceitação que ainda restava, e nas próximas eleições, FHC não teve nenhuma influência sobre
os candidatos vencedores.
Ao final dos 8 anos de poder, inflação e a pobreza tinham começado a diminuir, havia
mais crianças nas escolas e a campanha de combate a AIDS fazia progressos. O Brasil
continuava com uma inflação instável, uma dependência de empréstimos externos, alto nível
de desemprego e de problemas sociais. Seu governo foi bem aceito economicamente, mas
criticado pelas camadas mais baixas pela falta de políticas sociais efetivas que trariam mais
qualidade de vida ao povo.
Referências Bibliográficas
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/fernando-henrique-cardoso.htm
https://www.todamateria.com.br/fernando-henrique-cardoso/