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FUNDAMENTOS EM ECOLOGIA

Profª Luciana Giacomini


1º semestre
 1866 Ernst Haeckel: “a ciência global das relações dos organismos com
o mundo exterior que os envolve, no qual incluímos, em sentido amplo,
todas as condições de existência”.

 1893 Burdon-Sanderson: “a ciência que se ocupa das relações externas


de plantas e animais entre si e com as condições passadas e presentes
de suas existências”.

 1904 Tansley: “aquelas relações de plantas, com seu entorno e entre


elas, que dependem diretamente de diferenças de hábitat entre plantas”.

 1927 Elton: “a ciência principalmente relacionada com o que pode ser


chamado de sociologia e economia de animais, e não com a estrutura e
outras adaptações que eles apresentam”.
 1961 Andrewartha: “o estudo científico da distribuição e abundância de

organismos, concepção que reflete no título de uma importante obra de

quase 800 páginas: The distribution and abundance of animals”.

 1972 Krebs: “o estudo científico das interações que determinam a

distribuição e abundância de organismos”

 1973 Ricklefs: “o estudo do ambiente natural, particularmente as relações

dos organismos entre si e com o mundo natural”.

“O estudo científico da distribuição e abundância de organismos e

das interações que determinam a distribuição e a abundância”.


 A ecologia só começou a desenvolver-se
verdadeiramente a partir da década de 1930, e seu
crescimento rápido data da década de 1960.
 Desde essa época, a ECOLOGIA, como muitas outras
ciências, evoluiu profundamente. Novos conceitos e
campos de estudo originais vieram à tona.
SISTEMA ECOLÓGICO

ECOSSISTEMA

BIOSFERA Fluxo de energia e


ciclagem de nutrientes
Processo global
COMUNIDADE

Interações entre as
populações

POPULAÇÃO

Dinâmica de populações; a
unidade da evolução

ORGANISMO
RICKLEFS, R. E Reprodução e sobrevivência; a
A economia da natureza unidade da seleção natural
Meio mundo distante do lago Victoria, os esforços para salvar a lontra-
do-mar (Enhydra lutris) ao longo das costa da Califórnia ilustram a
intricada mistura da Ecologia e outras questões humanas.
 A lontra-do-mar já foi amplamente distribuída em torno da faixa do
Pacífico Norte, do Japão até a Baixa Califórnia.

 Nos séculos XVIII e XIX, uma caça intensa por pele de lontra reduziu a
população quase à extinção.
Nível 1 – Consequência para o homem

 A indústria de peles entrou em colapso à medida que sobre-explorou sua base

econômica.

Em 1930 houve uma redescoberta de uma pequena população de lontra, essa

população foi colocada sob rigorosa proteção.

Nível 2 – População de lontras

 Na década de 1990, aumentou para milhares de indivíduos, mas está agora

decrescendo novamente.

Nível 3 – A recuperação de lontras

 Alguns pescadores da Califórnia ficaram irritados e reclamavam que elas (que não

precisam de licenças comerciais para pescar) reduziram drasticamente os estoques

de valiosos moluscos, ouriços-do-mar e lagostas.

As lontras se beneficiaram de um empreendimento marinho comercial: a

criação de algas marinhas (kelps).


Isso resultou numa “guerra marinha” entre a indústria da pesca e os
conservacionistas, com a lontra no meio do “fogo”.

Nível 4 – A lontra-do-mar causa uma cascata de efeitos


 É o principal predador do ouriço-do-mar.

 Quando a população de lontras em crescimento se espalhou para novas áreas,


as populações de ouriços foram controladas, permitindo às florestas de kelp se
recuperarem.

 Nos últimos anos, as redes de emalhe, utilizadas para explorar um pesqueiro


desenvolvido recentemente na costa da Califórnia, inadvertidamente mataram
lontras em grandes números até que uma nova legislação deslocou o pesqueiro
para longe da costa.

 Muitas lontras morreram por infecção do parasita protozoário Toxoplasma gondii


e Sarcocystis neurona.
Em todos lugares, onde outros fatores estão em funcionamento, a população
de lontras está também declinando.
 Qual foi o motivo?
 As orcas (Orcinus orca) que anteriormente não atacavam
lontras, têm se aproximado da costa e eliminado grande número
delas.

CONSEQUÊNCIAS: Declínio da população de lontras e


consequentemente um aumento dramático nos ouriços e o
extermínio de kelps.

Contudo, a pesca humana intensa reduziu os estoques de


peixes explorados pelas focas a níveis baixos o suficiente
para afetar seriamente suas populações.
Conceito de Ecossistema:
É um sistema biológico formado por dois elementos
indissociáveis, a BIOCENOSE e o BIÓTOPO.

BIOCENOSE – conjunto de organismos que vivem juntos.


BIÓTOPO – é o fragmento da biosfera que fornece à
biocenose o meio abiótico indispensável.
 É a extensão mais ou menos delimitada que contém recursos suficientes

para assegurar a manutenção da vida, e que pode ser de natureza

inorgânica ou orgânica.

 Um ecossistema apresenta uma certa homogeneidade topográfica, climática,

pedológica, botânica e zoológica.

 Em sua maioria os ecossistemas são resultados de uma longa evolução e a

consequência de longos processos de adaptação entre as espécies e o meio.

 Os ecossistemas tem capacidade de autorregulação e são capazes, em

certos limites de resistir a modificações relativamente significativas.

 Os ecossistemas são também sistemas abertos que mantém intercâmbios

de matéria e de energia com o meio, por isso tendem a um estado estável,

clímax.
 A biocenose é um conjunto de seres vivos reunidos pela
atração que os diversos fatores do meio exercem sobre
eles.
 Esse agrupamento é caracterizado por uma composição
específica determinada, pela existência de fenômenos de
interdependência – competição, simbiose, predação – e
ocupa um espaço bem determinado, conhecido como
biótopo.
 As biocenoses podem ter uma duração e uma
extensão variáveis.
 As biocenoses podem ser vistas seja como reuniões
de espécies que partilham um mesmo meio no qual
foram reunidas de maneira fortuita, seja como
conjuntos de espécies que coexistem regularmente e
de forma previsível, sendo que estas espécies
mantém entre si relações que podem resultar em
uma verdadeira coevolução.
CADEIA ALIMENTAR:

 É uma sequência de organismos na qual uns comem aqueles que os precedem na


cadeia antes de ser comidos pelos que os sucedem.

Tipos:

 Sistema herbívoro: começa com vegetais vivos que são devorados por animais
herbívoros.
◦ Categorias de organismos:

 Vegetais clorofilianos autótrofos  Produtores

 Herbívoros ou consumidores de 1ª ordem  subsistem à custa dos vegetais.

 Carnívoros ou predadores ou consumidores de 2ª, 3ª , 4ª ordens 


subsistem à custa de herbívoros.

 Decompositores ou biorredutores  microorganismos e fungos – atacam


cadáveres e as excreções e os decompõem aos poucos.
 Sistema Saprófago: começa com a matéria orgânica morta
(animal ou vegetal), que é consumida pelo detritívoro.

Ao longo das cadeias alimentares, há transferência de


matéria e de energia.

A matéria conserva-se e é constantemente reciclada no


ecossistema; enquanto a respiração dos organismos produz
energia degradada sob a forma de calor que não é reciclado
e se perde.
CADEIA ALIMENTAR:

 É uma sequência de organismos na qual uns comem aqueles que os precedem na


cadeia antes de ser comidos pelos que os sucedem.

Tipos:

 Sistema herbívoro: começa com vegetais vivos que são devorados por animais
herbívoros.
◦ Categorias de organismos:

 Vegetais clorofilianos autótrofos  Produtores

 Herbívoros ou consumidores de 1ª ordem  subsistem à custa dos vegetais.

 Carnívoros ou predadores ou consumidores de 2ª, 3ª , 4ª ordens 


subsistem à custa de herbívoros.

 Decompositores ou biorredutores  micro-organismos e fungos – atacam


cadáveres e as excreções e os decompõem aos poucos.
 Sistema Saprófago: começa com a matéria orgânica morta
(animal ou vegetal), que é consumida pelo detritívoro.

Ao longo das cadeias alimentares, há transferência de


matéria e de energia.

A matéria conserva-se e é constantemente reciclada no


ecossistema; enquanto a respiração dos organismos produz
energia degradada sob a forma de calor que não é reciclado
e se perde.
terciários.
terciários.
• Produtividade Primária Bruta (PPB)
Quantidade de compostos orgânicos produzidos pelos vegetais
fotossintéticos, por unidade de área e tempo.

• Produtividade Primária Líquida (PPL)


Produtividade Primária Bruta menos a quantidade de energia
consumida pelo vegetal através da respiração (R).
PPL = PPB – R

• Produtividade Secundária Bruta (PSB)


Quantidade de energia obtida pelos consumidores primários ao
comerem os produtores.
• Produtividade Secundária Líquida (PSL)

Produtividade Secundária Bruta menos a energia dispendida na

respiração dos consumidores primários.

PSL = PSB – R

• Produtividade Terciária Bruta (PTB)

Energia obtida pelo consumidor secundário (carnívoro) ao ingerir os

herbívoros.

• Produtividade Terciária Líquida (PTL)

Produtividade Terciária Bruta menos a energia gasta na respiração dos

carnívoros.

PTL = PTB - R
FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA
TODO FLUXO DE ENERGIA OBEDECE ÀS DUAS PRIMEIRAS LEIS DA
TERMODINÂMICA:
 Num sistema fechado a energia NÃO se perde, mas transforma-se
de uma forma para outra.
• Em todas as transformações de energia, SEMPRE há uma perda sob
forma de calor.
A PRODUÇÃO PRIMÁRIA PROPORCIONA ENERGIA AO ECOSSISTEMA
 É uma complexa rede de transferência de matéria e de
energia formada por cadeias alimentares que se interligam.

http://www.mundoeducacao.com
Diagrama de Teia Alimentar de um lago.
Principais Interações Predador-Presa no lago Gatun, Panamá.
Modelo compartimentado representando
o funcionamento de uma lagoa organizada para
pesca na Geórgia.

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