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Neoliberalismo e Pós-modernismo: determinantes da produção da subjetividade

contemporânea

Para entender o avanço na educação, é essencial compreender o processo histórico que


levou à Era Moderna e à Era Pós-Moderna. A Era Moderna foi caracterizada pela revolução
industrial, produção de bens materiais, trabalho organizado e metas de longo prazo. Já a Era
Pós-Moderna está fundamentada na revolução da informática, consumo de serviços e
símbolos, com foco em metas de curto prazo. Nessa época, surge o conceito de
'guarda-chuva', que valoriza a utilidade em detrimento da verdade absoluta.
O Pós-Modernismo critica a ideia de verdade única e defende a multiplicidade e pluralidade
da realidade, destacando a influência da linguagem na constituição dos seres humanos e
das relações sociais. O autor descreve três momentos do pensamento: o Iluminismo,
focado na razão e no conhecimento objetivo; o Estruturalismo ou Modernismo; e o
Pós-Estruturalismo, ou Pós-Modernismo.
O uso do relativismo científico e filosófico na educação contemporânea tem consequências
significativas. A transmissão coletiva do conhecimento é o propósito da prática educativa,
mas o relativismo levanta questionamentos sobre como diferenciar conhecimento verídico
do falso e como decidir o que ensinar na escola.
A escola desempenha um papel importante na socialização e construção coletiva do saber,
mas o relativismo pode empobrecer drasticamente os conteúdos curriculares desde a
educação infantil.

A Psicologia Histórico-Cultural . e o materialismo histórico dialético: a superação da


subjetividade fragmentada

Este texto aborda a relação entre educação, ciência, desenvolvimento econômico e a


formação da personalidade em diferentes contextos sociais. Sugere-se que a educação e a
ciência têm papel fundamental no desenvolvimento econômico, sendo a educação vista
como determinante do estágio atual do capitalismo. Nesse sentido, busca-se criar uma
educação emancipadora, uma escola única e uma educação abrangente.
Vigotsky (2004) argumenta que a divisão da sociedade em classes e a propriedade privada
dos meios de produção levam à formação de personalidades diversas e uniformes. Essa
fragmentação da personalidade não é natural, mas sim uma expressão das relações de
produção no capitalismo pós-moderno. Para compreender o homem como um ser
histórico-social, é necessário considerar a objetivação, que é a cristalização da atividade
humana em produtos ao longo da História.
Enquanto os animais não fazem História, os seres humanos, ao se apropriarem das
objetivações das gerações anteriores, criam uma realidade humana, transformando a
natureza e a si mesmos. A apropriação envolve a reprodução das características das
objetivações. Para se apropriar dos instrumentos de trabalho e da riqueza intelectual, os
indivíduos devem desenvolver habilidades específicas.
No entanto, a dialética entre os processos de objetivação e apropriação não ocorre de
forma igual para todos os indivíduos e sociedades, resultando em diferentes graus de
desenvolvimento e, em alguns casos, pobreza e limitações.

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