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BELÉM-PA
2006.
1 – IDÉIA CENTRAL DA OBRA
O texto “La ciência crítica y la sociedad: el interés del geógrafo” de Tim Unwin, trata da
trajetória da geografia enquanto ciência crítica, começando com a contextualização do
período e passando por alternativas que se baseiam respectivamente no marxismo
estruturalista, no realismo e no pós-modernismo. O autor utiliza autores como Marx, Lèvi-
Strauss, Althusser, Harvey, Gregory e Habermas para reforçar sua análise.
3 – OBJETIVOS
4 – PALAVRAS CHAVE
Para todos aqueles encarregados de efetuar a mudança social e política, o fato principal da
crítica humanista das práticas geográficas anteriores era a incapacidade de produzir
conhecimentos válidos que permitissem às pessoas transformar as condições sociais de sua
existência. p. 222.
Levante e decaimento da crítica radical: Particularmente nos EUA, foi entre os geógrafos
sociais e políticos jovens donde surgiu la geografia radical. Peet e Thrift (1989) identificaram
quadro razões que fortaleceram o otimismo social do movimento radical em geografia: o
fortalecimento da crítica marxista, o crescimento da política revolucionária, a substituição do
estilo acadêmico relaxado dos anos 70 pelo profissionalismo dos anos 80.
Assunto de interesse: Uma das conseqüências dessa situação na geografia foi o aumento do
interesse pela filosofia humanista. Não obstante, dos aspectos da expansão capitalista dos
anos 50 e 60 conduziram rapidamente a uma maior tomada de consciência das contradições
ao incremento das desigualdades. p. 223.
Fatores conjunturais: Em primeiro lugar, o êxito se deveu parcialmente pelo incremento da
desigualdade, em segundo lugar pela rápida expansão dos meios de comunicação e da
indústria de telecomunicações junto ao conhecimento da povoação dos estados capitalistas. p.
224.
Sobre o fundamento que acabamos de enunciar, nos anos 70 e 80 o geógrafo dos teriam à sua
disposição o quatro posturas principais para aderir:
1. Aspirar uma ciência pura, livre de juízo de valor. Esta declaração se justificava alegando
que conduzia ao avanço de um conhecimento que resultaria útil para a sociedade.
3. Aplicar a opção transcendental oferecida pelo humanismo. Esta decisão oferecia a ilusão de
uma erudição pura.
O ambiente da crítica radical: O mal-estar de caráter urbano e radical nos EUA, junto com a
guerra do Vietnã, formaram o contexto para que jovens geógrafos urbanas e políticos, assim
como aqueles interessados nos estudos de desenvolvimento, buscassem da economia política
marxista uma estrutura que permitisse interpretar a expressão das contradições do inerentes ao
capitalismo.
A revista Antipode foi utilizada como foro específico para a publicação da geografia radical,
seus primeiros números centravam-se na manifestação espacial de temas de bem-estar social
associados com assuntos como a pobreza, os direitos das minorias e os acessos a serviços
sociais. p. 227.
Início na Grã-Bretanha: Como assinala Peet (1977b) esta injeção de teoria marxista procedia e
inicialmente da Grã-Bretanha, onde geógrafos haviam começado a explorar os textos de Marx
nos finais da década de 1960. Até os anos 70 geógrafos norte-americanos não e apreenderam
com força o exame dessa temática de trabalho. p. 227.
Mudança teórica de Harvey: Harvey (1973) conta como mudou sua ênfase teórica e prática na
introdução do seu livro Social Justice and the city, que se converteu rapidamente no
estandarte da nova geografia radical. Uma vez finalizado seu exame dos problemas
metodológicos de Explanation in geography, Harvey centrou atenção em outras questões da
filosofia social e moral, e a forma em que podiam relacionar-se com a investigação
geográfica. p. 227.
Conteúdo da Obra de Harvey (1973): Um dos elos centrais destas novas idéias era a relação
entre os processos sociais e as formas espaciais que foram precisamente o objeto da atenção
de Social Justice and the city, dentro do contexto de quatro temas concretos: a natureza da
teoria, a do espaço, a da justiça social, a do urbanismo. Harvey sugere que o mais importante
que deve extrair do estudo da obra de Marx e a concepção do método, e ficar fora desta
concepção de método o que categoria fluía naturalmente. p. 228.
A geografia marxista
1. Relações de produção: afirmava que as coisas sempre são vistas mas como objetos que
como as relações sociais que encarnam. ( fetichismo da mercadoria)
5. A dialética: Marx sustentava que cada modo-de-produçã possuía sua dialética interna de
mudança. p. 230-231.
Fundamentação marxista nos estudos geográficos: Estas idéias têm resultado especialmente
relevante em quatro áreas principais do estudo geográfico:
Essência comum: o interesse pelo conflito de classes, pelos modo de produção e por encontrar
leis determinadas e historicamente. p. 232.
Alternativas dos críticos radicais: Ante aqueles que lutam por uma geografia radical de
verdade, que acabe com a repressão social e econômica do capitalismo se abrem três
caminhos:
1. Pode criar uma geografia radical fora das instituições de ensino superior dos estados
capitalistas, prática que implicaria no abandono das universidades por parte dos geógrafos
para lançar-se no mundo incerto e perigoso da luta armada revolucionária.
Pressões procedentes à crítica radical: Nos estudos para graduados e não graduados, segue
tendo lugar o ensino encaminhado a contestar as bases do capitalismo, porém nos anos 80 têm
aumentado à pressão procedente de quatro direções:
2. A intervenção estatal que tem aumentado no ensino superior a através do controle mais
estreito dos cursos e sistemas de avaliação repressiva dos professores;
3. A educação secundária que pretende cada vez mais compartilhar conhecimentos úteis e
técnicos em lugar de críticos;
As alternativas estruturalistas
O estruturalismo oferecia aos geógrafos outra fonte de idéias com as quais contrastar o
empirismo da versão positivista lógica da geografia que predominava nos anos 60. Ademais,
esta propriedade das estruturas também oferecia aos geógrafos uma solução clara ao problema
da discrição e da explicação, porque se ditas estruturas existem, então os fenômenos de
superfície podem ser explicados através da descrição das estruturas subjacentes. p. 236.
Lèvi-Strauss e Althusser sobre como chegar nas estruturas subjacentes: o primeiro pretende
fazer abstrações teóricas a partir da realidade empírica, o segundo começa com a teoria e vai
desde a estrutura subjacente até a realidade superficial.
O método de Lévi-Strauss: consistia em definir um fenômeno com uma relação entre dois
termos ou mais, construir uma tábua com as possíveis permuta ações desses termos e utilizar a
dita tábua como objeto básico de análise. O fenômeno empírico eleito ao princípio se converte
em uma das combinações possíveis do sistema completo. p. 236.
1. Ao identificar uma ruptura epistemológica nos textos de Marx, Authusser centrou-se nas
estruturas do texto escrito para sugerir uma problemática de caráter ideológico.
Uma solução ao problema de combinar a ação humana dentro de uma perspectiva estrutural
tem sido tratar de integrar elementos da hermenêutica com o marxismo estrutural. Essa
tendencia tem sido seguida por Giddens (1979) e Gregory (1981). A teoria da estruturação de
Giddens pode resumir-se em dez proposições:
1. Distinguir entre estruturas e sistemas: e estruturas só tem o uma existência virtual no
espaço tempo, enquanto que os sistemas sociais estão formados por uma prática situadas no
espaço.
3. A noção da dualidade das estruturas significa que as estruturas são o meio e o fim das
práticas sociais. O conceito da dualidade das estruturas conecta produção de interações sociais
e reprodução dos sistemas sociais do tempo-espaço.
O REALISMO E O PÓS-MODERNISMO
Outhwaite (1987): afirma que um dos principais eixos do realismo é que, em lugar de centrar-
se nas questões epistemológicas, aborda questões odontológicas, tratando de mesa lunar as
características do mundo que permitem a existência do conhecimento.
Harvey (1989b): reagiu a rechaçar os argumentos teóricos básicos do marxismo acerca das
relações entre a base, expressada com o transformação econômica, e a superestrutura ou
condição cultural da pós-modernidade. Centrando-se em no poder explicativo da teoria
marxista, é incapaz de aceitar a prática e essencialmente anárquica do pós modernismo.
Como ilustrou Habermas (1978), o tipo de ciência dominante na sociedade capitalista, a saber,
a ciência empírico-analítica, tenho interesse profundamente técnico, quer dizer, de notificados
só na medida em que a investigação e a docência produzem e difundem conhecimentos úteis
para melhorar a existência das relações sociais e econômicas vigentes. p. 251.
CONCLUSÕES DO AUTOR
2. Os enfoques adotados na geografia precisam de um exame mais detalhado do que tem sido
possível dadas as limitações do presente livro e que seria conveniente desenvolver um marco
de trabalho formal para a análise de cada enfoque segundo características como o interesse
cognitivo, a forma do conhecimento, o âmbito conceitual, os critérios de validade e incluindo
o modo de organização social.
3. A importância da comunicação e da linguagem, não somente na prática científica, mas
também a nas relações entre ciência e sociedade.
4. O interesse de Habermas pela emancipação através da alto reflexão pode ser aplicado aos
níveis da investigação, ensinamento e experiência individual. Por conseguinte, em sua prática
cotidiana, os geógrafos podem perseguir sua própria emancipação, lutando por alcançar o
estado onde seu trabalho já não seja uma mercadoria utilizada pelo poder para aumentar a
mais-valia. p. 256.