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Francisco de Rezende Lirio - 00343823

Ensaio final para a disciplina de História da Cultura Latino-americana


Prof. Cesar Augusto Barcellos Guazzelli
29/04/2023

Música e Memória para a Retomada de Abya Yala

Introdução

O presente ensaio busca analisar uma antologia musical que retrata os povos
indígenas no território hoje chamado América Latina, com enfoque nas canções e mitos
que retratam sua resistência, o revide à invasão colonial, e a esperança de superação
dessa guerra milenar, bem como ressaltar a importância da transmissão oral dessas
histórias para a memória indígena. O ensaio acompanha uma playlist no youtube que
pode ser escutada durante sua leitura ou após, cujo link se encontra na primeira nota de
rodapé1.

Inkarri

Sento-me à janela para escrever, ouvindo "El Condor Pasa" dos Calchakis, e
observo um urubu sobrevoando o morro Santana. Do outro lado do morro, uma
comunidade Kaingang canta uma música ancestral para proteger seu território. A memória
indígena mantém vivo o símbolo do condor, bem como a consciência da invasão deste
continente, e essa lembrança é encontrada principalmente na cultura, na história oral, e
na música.

Em 2014, a artista mestiça chilena Ana Tijoux lançou o álbum "Vengo", e na


primeira música, homônima, canta a jovem que vem "como un libro abierto, anciosa de
aprender la historia no contada de nuestros ancestros". A canção trata, dentre outros
temas, da latente e compartilhada percepção de que há diversas histórias pouco contadas
ou pouco difundidas em nosso continente. Para a maioria de nós, que crescemos com a
ideia de que, em algum momento, os últimos remanescentes indígenas desapareceriam,

1 Playlist com músicas selecionadas do ensaio:


https://www.youtube.com/playlist?list=PLYfJZkfRe6b4Bcs0Pw6vbduqdgfh5Dnk8
como cantava Caetano2 nos anos 70, essas histórias parecem pouco relevantes; há uma,
no entanto, que segue viva para diversos povos após mais de cinco séculos: a história de
Atahualpa Yupanqui.

Atahualpa foi o último grande soberano inca, tendo sido enforcado pelos
soldados de Pizarro. No entanto, há um mito pós-morte entre diversos povos andinos de
que ele teria sido decapitado e de que sua cabeça teria sido enterrada em Cuzco,
demonstrando certo sincretismo com a morte de outro líder inca, Tupac Amaru,
decapitado poucas décadas depois. Surge assim a profecia do Inkarri (descendente inca),
que diz que em seus últimos momentos o inca profetizou que depois de muitas vidas
retornará, e será milhões, que seus cabelos seguiram crescendo na direção dos
membros, e que um dia seu corpo se reintegrará e Atahualpa, junto com o esplendor de
seu povo, regressará.

E a profecia do Inkarri se concretizou: seu espírito renasce no tataraneto de


Tupac, transmutado em Tupac Amaru II, desta vez decapitado por realizar uma rebelião
anticolonial com milhares de indígenas, tendo sido muito bem retratado na historiografia e
na música e videoclipe de Residente - This Is Not America 3. E certamente, para todos que
compartilhamos dessa percepção, seguiu renascendo também em Tupac Katari, em Juan
Santos Atahualpa, no cantor Atahuapla Yupanqui, no Subcomandante Marcos, Sub.
Galeano, Gah Té, e em milhões de indígenas que trazem em seus rostos a lembrança do
genocídio iniciado com a invasão e continuado neste instante.

A música do século passado, no entanto, costumava retratar a triste realidade


dos indígenas sobreviventes, sendo sua situação de permanente tristeza ante a
desterritorialização nomeada de “depressão” por Mariátegui, teórico que será analisado
posteriormente. No início do século XX, destaca-se o cantautor Atahualpa Yupanqui, cuja
escolha do nome dispensa explicações, presentante do folklore argentino que escreveu
aos 19 anos sua primeira canção, Camino del Indio, a qual denota essa situação.

Avançando a antologia para a segunda metade do século, a banda chilena Inti


Illimani lançou em 1975 – no exílio – o álbum Canto de Pueblos Andinos, e no ano
seguinte seu volume II. O álbum possui diversas músicas com a quena e outros

2 Um Índio - Caetano Veloso


3 Sendo "This" os Estados Unidos.
instrumentos tradicionais, buscando retratar a cultura de diversos países andinos, como
na música Carnavalito ou na Lamento del Indio, canção que retrata a ainda presente
melancolia indígena. O grupo, que traz no nome a palavra Inti, o deus Sol inca, faz parte
da chamada Nueva Canción Chilena, movimento que também teve como expoentes
Violeta Parra, Victor Jara e Quillapayun, por exemplo.

Na música contemporânea, no entanto, segue viva a perspectiva trazida por


outra profecia popular sobre a colonização; é a profecia do encontro entre a águia e o
condor. Na cosmovisão inca, a puma é o animal que simboliza a terra, o condor
representa o céu, a conexão com o mundo espiritual, e a águia representa o povo
ocidental e a razão. A artista mapuche/brasileira Brisa Flow canta em uma de suas
recentes músicas: "vuela, vuela el cóndor y encuentra el aguila, é tempo de vida, de água
en Abya Yala"4; segundo a profecia, quando o condor e a águia voarem no mesmo céu,
estaremos em harmonia.

A artista, além da profecia, canta que é tempo de água, o que mostra um


crescente traço em sua obra, marcada pela filosofia andina do Sumak Kwasay, que nós
conhecemos como o "Bem-Viver", demonstrando certo sincretismo cultural
contemporâneo de diversos povos originários. O buen vivir é parte de uma cosmovisão
andina que se contrapõe ao extrativismo e à exaustão neoliberal do trabalho, buscando
uma vida coletiva de harmonia e presença. O canto se mostra então como um modo de
fruir e viver o presente, pois a cantautora o pratica desde que surge na cena do improviso
das batalhas de rap de São Paulo, e hoje busca essa conexão escutando os cantos da
água, do vento, dos pássaros 5: "si se calla el cantor, muere el condor"6, rima em outro
som.

Percebe-se, assim, a importância da música e da transmissão do mito


enquanto um modo de resistir ao apagamento colonial, mantendo a cultura e a
continuidade de povos que não possuíam história escrita – e para os quais a verdade não
possui a mesma materialidade ocidental –, músicas que demonstram sua secular
resiliência em busca de dignidade, celebrando, cantando e dançando o viver, e mantendo

4 Originária – Brisa Flow


5 Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Transmutando em canto. Uma narrativa de De La
Cordillera Flow, Brisa. Disponível em: <https://mam.rio/residencias/brisa-flow/> Acesso em 29 mar. 2023.
6 Janequeo – Brisa Flow
acesa a esperança por um tempo em que, selando um equilíbrio em toda pachamama, a
águia e o condor deem a luz a um mestiço quetzal.

Marichiweu

Em mapuzungun, a "língua da terra" mapuche, a expressão marichiweu


significa "dez vezes venceremos", e é um grito ancestral que profetiza a retomada do
território e o renascimento do povo araucano. Em 2021, em meu primeiro show após a
reabertura do isolamento, fui assistir a cantora suprarreferida, Brisa Flow, que em uma
música cantava; "a treta é sobre o território" 7.

Nos anos 20, no Peru, Mariátegui sentenciava o mesmo: "La cuestión indígena
arranca de nuestra economía. Tiene sus raíces em el régimen de propiedad de la tierra.
(...) el problema indígena es el problema de la tierra. 8”, e não uma questão étnica,
educacional, ou de administração estatal. Entendia também, enquanto um camarada, que
a esperança indígena é absolutamente revolucionária, sendo sua "consanguinidade com
a revolução mundial" palpável.

Nesse sentido, no México de 1994, após uma contrarreforma agrária 9, o EZLN


(Exército Zapatista de Libertação Nacional) retomou o território de Chiapas, permitindo ao
povo um autogoverno de cerca de 30 cidades autônomas que resiste aos dias atuais.
Existem diversas músicas que retratam o levante: Manu Chao musicou o discurso de um
dos membros da libertação, Subcomandante Marcos, a banda mexicana Maná, em 2002,
lançou um álbum e sua primeira música, "Justicia, Tierra y Libertad", cita frase de Marcos
e demonstra seu apoio às lutas pela terra, e a banda estadounidense Rage Against the
Machine lançou a música e o videoclipe de “People of the Sun”, homenageando o EZLN,
com trechos que dizem que “você é história” e “está voltando” 10, tendo a banda visitado e
7 Jogadora Rara – Brisa Flow
8 MARIÁTEGUI, Jose C. 7 Ensayos de interpretación de la realidad peruana. Venezuela: Fundación
Biblioteca Ayacucho. 2007. p. 26 e ss.
9 Em 1992 foi revogado o artigo constitucional que permitia que sem-terras solicitassem um lote ao
Estado, o que dizia respeito à expropriação de terras sem função social, foi facilitada sua privatização e
cessada a educação pública superior. Além disso, no dia 1º de janeiro de 1994 – dia do levante –
entraria em vigor o TLCAN (ou NAFTA, Tratado de Libre Comercio de America del Norte), de caráter
neoliberal e extrativista.
10 “That vulture came to try and steal your name but now you found a gun. You're history! This is for the
people of the sun. It's comin' back around again!” People of the Sun - RATM.
entrevistado o subcomandante Marcos. Ademais, a banda Los Zapatistas del Norte
compôs o álbum “Corridos del Subcomandante Marcos”, inteiramente dedicado ao tema 11,
o que homenageia o legado e a continuidade histórica de Emiliano Zapata 12, quem, como
outros heróis que perderam a vida, foi referenciado em diversos corridos do séc. XX.

A declaração musicada em parte por Manu Chao – a Quarta Declaração da


Selva Lacandona13, de 1996 – inicia com uma tradução ao espanhol de anterior
declaração de Emiliano aos povos indígenas, escrita em nahuatl, e em seguida traz
elementos poéticos do que já poderia ser chamada de filosofia zapatista, além de contar a
história recente e celebrar a vida do movimento. O interessante nessa composição é que
é a primeira (cronologicamente – 2002) da seleção em que o artista branco percebe que
pode ser momento de escuta, não de canto. Quando a música toca em um show, Manu e
a banda ficam em silêncio, apenas levantando o punho cerrado 14.

Já em 2018, preparando a “Rebelión de Octubre” chilena que estalou em 2019,


o artista mapuche Portavoz cantava "abajo el cemento está Wallmapu de mis ancestros",
e "por la oralidad sabemos que llamaron Chile a todas nuestras tierras".15 Wallmapu é o
nome território mapuche pré-colonial onde ainda resistem seus povos originários, e
compreende uma grande área central do cone sul, do Atlântico ao Pacífico, onde hoje
estão os países chamados Chile e Argentina. O hip-hop de Portavoz conversa com a
flauta e nos conta uma história de longa duração que reaviva o período anterior à invasão
de Abya Yala, termo do povo Kuna – mas comum a diversos outros – que denomina
nosso continente antes d'A Invenção da América 16, e significa "terra em plena madurez".

11 Corrido é um gênero mexicano popular no séc. XX que comumente canta a história de um importante
líder ou movimento político. No caso referido, a banda em questão compôs o “Corrido de Marcos” e o
“Ejército Zapatista”.
12 Um dos líderes da Revolução Mexicana de 1910.
13 O EZLN publicou online seis declarações. A primeira, divulgada no 1º de janeiro, foi uma declaração de
guerra contra o Estado mexicano, na qual emite a ordem de respeito à vida durante a derrubada de
poder, promessa de dar o direito às localidades libertas de escolherem democraticamente suas
autoridades, e de suspender todo saqueio às riquezas naturais, dentre outras. A quarta está disponível
no seguinte link: https://radiozapatista.org/?p=20287.
14 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7_m1YQLJIEI
15 Witrapaiñ - Portavoz
16 Nome de obra dos anos 50 do historiador mexicano Edmundo O'Gorman, retratando de maneira crítica
o momento em que os espanhóis conheceram Abya Yala, os discursos produzidas em razão desse
choque e as disputas até a final nomeação em referência a Américo Vespúcio.
Ao final do videoclipe, uma senhora toca para Wallmapu o kultrun, tambor cerimonial das
machi (autoridade médica e religiosa) cujo desenho estampa a Wenufoye (a bandeira
mapuche), reafirmando o compromisso do artista com sua música ancestral e a
importância das mulheres anciãs.

Após a Rebelião de Outubro e a queda da constituição pinochetista, os


mapuches demandaram um Estado plurinacional e algumas machi foram nomeadas para
a constituinte, redigindo um texto que criaria um Estado social e ecológico. Ainda que a
proposta não tenha sido aprovada, as marcas desse processo estão imbricadas
dialeticamente com a cultura: em um projeto musical com diversas artistas que
participavam dos protestos é composta a canção bilíngue Marichiweu17, na qual algumas
delas cantam que o povo deve dar as mãos e forjar a unidade 18, havendo elementos na
canção que remetem aos movimentos feminista, socialista e indígena, por exemplo,
organização popular que chama atenção por se mostrar bastante diferente da estratégia
infrutífera de descentralização ocorrida no Junho de 2013 brasileiro. Em seu verso da
canção, a adolescente mapuche MC Millaray diz que nos atos se ouve "el sonido del
kultrun, la trutruca, la püfillka y el cacerolazo", instrumentos mapuches junto com o
"panelaço", e finaliza cantando "paz para todo Chile, para mi pueblo deseo: amulepe taiñ
weichan, marichiweu!", sendo a sublinhada outra expressão de newen (força ancestral)
mapuche bastante presente, que significa "nossa luta continua".

Aqui em Pindorama19, no território nomeado Rio Grande do Sul, esse


processos reverberam no presente, e tem plantado diversas Sementes de Retomada.
Esse é o nome, inclusive, de um álbum em guarani da banda juruá20 porto-alegrense La
Digna Rabia, cantado pelo coral Arai Ovy, de crianças (as sementes) e adultos da Tekoa
(aldeia) Ka'Aguy Porã em Maquiné/RS. O álbum é repleto de músicas de celebração e
gratidão21, mas culmina com a última, "Dança do Xondaro" (guerreiro), instrumental de
tambores que relembra a essência das retomadas, que têm reocupado diversos territórios
invadidos pelos colonos nos séculos mais recentes e reivindicado seu direito ancestral à
terra a partir da expropriação civil e judicialização.

17 Casaparlante - Marichiweu
18 "Alcemos nuestras manos en unidad [...] No hay gatillo que pueda espantar la llama de un pueblo que
quema los miedos y forja la unidad."
19 Nome tupi para o Brasil.
20 Pessoa branca, em guarani.
21 Nhamandú - La Digna Rabia, Nhanderekoá - La Digna Rabia
A retomada Gãh Ré, em Porto Alegre/RS, no pé da pedreira do Morro Santana
– grande marca do poder destrutivo dos fog22–, foi ocupada no final do ano de 2022 para
impedir a especulação imobiliária de desmatar o território para construir 11 torres com 714
apartamentos23 em uma das poucas matas nativas da cidade, tornando o morro
desenraizado e passível de deslizamento. Contra todas as expectativas, na retomada os
cânticos de guerra ancestrais Kaingang seguem vivos, e o maracá simboliza a
semeadura, sincretizando a cultura e a produção do alimento que ali temos colhido
(Apêndice A). A retomada se encontra em rede através da Teia dos Povos, organização
que busca resolver o histórico problema do isolamento entre os povos indígenas apontado
por Mariátegui como principal óbice para a revolução.

E neste mundo conectado digitalmente em redes de resistência, a barreira do


isolamento indígena parece por vezes a ponto de se romper. O EZLN, digital desde sua
declaração de guerra, suspendeu fogo mas nunca entregou as armas, constando no
primeiro artigo que seu objetivo é "avanzar hacia la capital del país"; nas zonas livres, as
regiões se chamam "los caracoles", e em uma delas se vê um grafite de um caracol
dizendo: "lento, pero avanzo". Seguir a caminhada ancestral da retomada de mãos dadas
aos povos originários é saber que cada um e todo passo importa. Nessa caminhada,
paramos para cantar após plantar sementes de esperança, quando finalmente chove,
cantamos batendo os pés no chão pra ganhar força da Mãe Terra, cantamos em cada
pequena vitória contra quem nos quer desterrados, e que sigamos vivas, em um coral
para Inti Nhamandú, pois, como disse Marcos, "no le vamos a dar a la izquierda un
personaje para que cante corridos"24.

REFERÊNCIAS:

ARNT, Mônica de Andrade. Os Cânticos de Guerra de Grupos Kaingang na Grande


Porto Alegre. 2005. 59f. Dissertação (Mestrado). UFRGS, IFCH - Departamento de
Antropologia.

22 Não-indígena no idioma kaingang.


23 CORAL – Colectivxs Reunidos de América Latina. Retomada Gãh Ré luta para ficar no território.
Disponível em: <https://redcoral.la/2022/12/09/retomada-gah-reh-luta-para-ficar-no-territorio/>. Acesso
em 29 mar. 2023.
24 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SsNH9uDxVyk, aos 22m40s.
CONCHEIRO, L., Nuñez. Violeta, & Gómez, A. La tierra en Chiapas en el marco de los
"20 años de la rebelión zapatista". Argumentos - Estudios Críticos De La Sociedad, ed.
73, p. 37-55, 2014. Disponível em:
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MARIÁTEGUI, Jose C. 7 Ensayos de interpretación de la realidad peruana. Venezuela:


Fundación Biblioteca Ayacucho, 2007.

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Apêndice A

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