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CUSTEIO PREVIDENCIÁRIO

CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS SOBRE RECEITAS


ADVINDAS DA ATIVIDADE RURAL

GISELI CANTON NICOLAO YOSHIOKA


Especialista em Direito Previdenciário (RGPS e RPPS) e Direito do Trabalho

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CONHECENDO OS RURAIS
Pessoa Física:
Empregado rural (NIT)
Produtor Rural Pessoa Física – PRPF (Contribuinte individual e Consórcio Simplificado de Produtores
Rurais) (CAEPF)
Segurado especial (CAEPF)

Pessoa Jurídica:
Produtor Rural Pessoa Jurídica – PRPJ (Empresa e Agroindústria) (CNPJ)

Obs.: O FUNRURAL foi unificado ao INSS com as Leis 8.212/91 e 8.213/91, atualmente
regulamentado pelo Decreto 3.048/99. Assim, a partir da unificação o produtor não mais
contribui para o FUNRURAL e sim para a Previdência Social.

SEGURADOS

1. Obrigatórios: 2. Facultativo:

• 1.1. Empregado; 2. 1. Facultativo.


• 1.2. Trabalhador Avulso;
• 1.3. Empregado Doméstico;
• 1.4. Contribuinte Individual;
• 1.5. Segurado Especial.

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EMPRESAS

• Considera-se empresa a firma individual ou sociedade que assume


o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins
lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da
administração pública direta, indireta e fundacional.

• Obs.: empresa não é só a entidade com o objetivo de lucro –


“pode ser o esforço organizado licitamente com vistas à produção
de bens e serviços”. (IBRAHIN, apud MARTINEZ, pág 215).

Equipara-se a empresa
(para efeito de contribuição previdenciária):
Em relação aos prestadores de serviços:
a) o contribuinte individual (CEI até 14/01/2019; CAEPF a partir 15/01/2019);

b) a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade,


inclusive o condomínio;

c) a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras;


d) o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra; e

e) o proprietário do imóvel, o incorporador ou o dono de obra de construção civil


(CEI até 20/01/2019; CNO a partir 21/01/2019).

* Um CNO para cada obra e um CAEPF para cada estabelecimento ou para cada
propriedade rural.

- Lei 8.213/91, art. 14, e Decreto 3.048/99, art. 12.

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CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL

ART. 195, CF/88


• A seguridade social será financiada por toda a sociedade,
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante
recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
contribuições sociais.

Contribuições Sociais (art. 195, CF):


• I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
• a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
• b) a receita ou o faturamento - COFINS;
• c) o lucro (CSLL).
• II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social;

• III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

• IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar (PIS/PASEP


importação; COFINS importação).

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CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS E EQUIPARADOS


• Contribuição sobre o total da folha de pagamento (empregados e TA):
- Seguridade social: 20%
- Instituições financeiras ou similares: acréscimo de 2,5% = 22,5%
- SAT: 1%, 2% ou 3%
- Terceiros (Outras Entidades – Sistema S): % - depende enquadramento pelo FPAS
• Contribuição sobre a remuneração dos CI:
- Seguridade social: 20%

• Obs.: Empresas Optantes do Simples Nacional e MEI: Regra diferenciada

• Lei 8.212/91, arts. 22, incs. I, II e III, e Decreto 3.048/99, art. 201

CONTRIBUIÇÃO DOS RURAIS

►Produtores rurais ► substituição tributária ► contribuição


previdenciária incidente sobre a comercialização da
produção rural.

Obs.: substituição em relação aos incisos I e II do art. 22, LB

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OPÇÃO ►Contribuição sobre a Comercialização ou Sobre a Folha:

A partir de 1º de janeiro de 2019 – OPÇÃO:

contribuir sobre a comercialização OU na forma dos incisos I e II do caput do art. 22 da Lei


8.212/1991;
opção mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a folha de salários relativa
a janeiro de cada ano, ou à primeira competência subsequente ao início da atividade
rural, e será irretratável para todo o ano-calendário.
tratando-se de PRPF, a opção abrangerá todos os imóveis em que exerça atividade rural.
a opção não se aplica aos segurados especiais e às agroindústrias.

Lei 13.606/2018; IN RFB 1.867/2019

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Substituição Tributária ► Subsiste contribuição sobre a Folha de Pagamento


apenas de Terceiros:
• Permanece a contribuição a TERCEIROS incidente sobre a folha de pagamento (legislação
própria) – PRPF e PRPJ:
 Folha de Pagamento:
- Salário-Educação (SE)= 2,5%
- INCRA = 0,2%
- Total = 2,7%

• OBS.: segurado especial não contribui sobre a folha de pagamento, porém, permanece a
obrigação da retenção previdenciária na contratação de trabalhador rural por pequeno
prazo para o exercício de atividades de natureza temporária – art. 14-A da Lei 5.889/73,
acrescentado pela Lei 11.718/2008 (art. 10, § 15, IN RFB 971/2009).

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Substituição Tributária ► Contribuição sobre a Comercialização da


Produção Rural
(PRPF e o Segurado Especial):

Comercialização da Produção Rural:


- Seguridade Social = 1,2%
- SAT = 0,1%
- SENAR = 0,2%
- Total = 1,5%
*Enquadramento FPAS 744

* Lei 8.212/91, art. 25, com redação dada pela Lei 13.606/2018

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Substituição Tributária ► Contribuição sobre a Comercialização da


Produção Rural
(PRPJ):
 Comercialização da Produção Rural:
- Seguridade Social = 1,7%
- SAT = 0,1%
- SENAR = 0,25%
- Total = 2,05%
*Enquadramento FPAS 744

Lei 8.870/94, art. 25, com redação dada pela Lei 13.606/2018

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Substituição Tributária ► Contribuição sobre a Comercialização da


Produção Rural
(Agroindústria):
Comercialização da Produção Rural:
- Seguridade Social = 2,5%
- SAT = 0,1%
- SENAR = 0,25%
- Total = 2,85%
*Enquadramento FPAS 744

Lei 8.212/91, art. 22-A, com redação dada pela Lei 10.256/2001

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EQUIPARAÇÕES:
Consórcio Simplificado de Produtores Rurais
 Equipara-se ao Empregador Rural Pessoa Física - PRPF.

 É formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para
contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes.

 O consórcio deverá ser matriculado no INSS em nome do empregador a quem hajam sido outorgados os
poderes, e ser registrado em cartório de títulos e documentos.

 A substituição da contribuição na forma do art. 22, incisos I e II, da Lei 8.212/91 ocorrerá pela
contribuição dos respectivos produtores rurais pessoas físicas.

Lei 8.212/91, arts. 22-B e 25-A

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EQUIPARAÇÕES: Agroindústria
 Equipara-se Produtor Rural Pessoa Jurídica – PRPJ em relação à CPP incidir sobre a
comercialização (mas, c/ alíquota diferente) .

 Considera-se agroindústria o produtor rural pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a
industrialização de produção própria ou de produção própria e adquirida de terceiros.

Exceções:
 Agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura, e Agroindústria que
se dedique exclusivamente ao florestamento e reflorestamento como fonte de matéria-prima
para industrialização própria mediante a utilização de processo industrial que modifique a
natureza química da madeira ou a transforme em pasta celulósica – contribuição sobre a folha.
 Agroindústria que prestar serviços a terceiros terá excluído da base de cálculo da contribuição
incidente sobre a receita bruta a remuneração dos segurados envolvidos na prestação desses
serviços (IN RFB 971, art. 175, § 2º, IV).
Lei 8.212/91, art. 22-A

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EQUIPARAÇÕES:
Cooperativa de Produtores Rurais

 Equipara-se Produtor Rural PF ou PJ, conforme o caso.

 Cooperativa de Produtores Rurais – é a sociedade organizada por PRPF ou por PRPF e PRPJ,
com o objetivo de comercializar, ou de industrializar, ou de industrializar e comercializar a
produção rural dos cooperados.

Decreto nº 3.048/99, art. 201-C

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ATENÇÃO:

(em relação às cooperativas e aos consórcios simplificados de produtores rurais):

a substituição da contribuição previdenciária sobre a comercialização ocorre somente em


relação aos serviços de segurados empregados contratados para realizarem, exclusivamente,
a colheita da produção de seus cooperados/consorciados.

Ou seja, não se aplica a “substituição” em relação à remuneração paga aos trabalhadores
eventualmente contratados para prestar serviços a terceiros.

Decreto nº 3.048/99, art. 201-C

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Responsabilidade pelo recolhimento:

Comercialização por PRPJ: a responsabilidade pelo recolhimento é sempre do próprio produtor que
está comercializando, independentemente de quem seja o adquirente.

Comercialização por PRPF ou Segurado Especial: a responsabilidade somente será dele próprio
quando comercializar diretamente com consumidor, no varejo, a outro PRPF ou a outro segurado
especial. Nas demais hipóteses a responsabilidade será do adquirente, consignatário ou cooperativa,
que ficam subrogados nas obrigações do produtor rural.

ATENÇÃO: os produtores que optarem em recolher sua contribuição incidente sobre a folha de
salários deverão apresentar às empresas adquirentes, consumidoras, consignatárias ou
cooperativas, ou ainda à pessoa física não produtora rural, a declaração de que recolherá as
contribuições previstas nos incisos I e II do Art. 22 da Lei nº 8.212/1991 (IN RFB nº 1867/2019).

(Lei 8.212/91, art. 30, IV).

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Contribuição dos Produtores Rurais SOBRE os pagamentos efetuados a


CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS

 Produtor Rural Pessoa Jurídica:


- Período de 01.05.1996 a 29.02.2000 - LC 84/96: alíquota de 15%.
- A partir de 01.03.2000 – Lei 9.876/99: alíquota de 20%.

 Produtor Rural – Contribuinte Individual:


- Período de 01.05.1996 a 29.02.2000 - LC 84/96: alíquota de 15%.
- Período de 01.03.2000 à 31.10.2001 – Substituição pela contribuição sobre a comercialização da
produção rural.
- A partir de 01.11.2001 – Lei 10.256/2001: alíquota de 20%.

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Obrigações acessórias dos produtores rurais – PF e PJ:

Permanecem as demais obrigações acessórias, dentre elas:

Reter a contribuição previdenciária dos seus empregados e dos contribuintes


individuais (tratando-se de PRPJ) e repassar aos cofres previdenciários.

(CEI até 14/01/2019; CAEPF a partir 15/01/2019 – IN RFB nº 1.828/2018)

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Atenção
• A contribuição devida pelos produtores rurais, PF ou PJ, incidentes sobre a
comercialização rural (tributo da atividade econômica), não substitui a contribuição
obrigatória (individual) destes produtores como contribuintes individuais.

• O salário-de-contribuição do produtor rural pessoa física, enquadrado como


contribuinte individual, é o valor por ele declarado em razão do exercício da
atividade rural por conta própria, observados os limites mínimo e máximo do salário-
de-contribuição.

• O produtor rural "segurado especial" não se encontra obrigado à contribuição


individual. É facultado contribuir também na condição de segurado facultativo,
visando garantir benefícios previdenciários com valor superior a um salário mínimo.

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Atenção
• A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da produção fica
obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento fiscal de entrada da
mercadoria, para fins de comprovação da operação e da respectiva contribuição
previdenciária.

• Quando o grupo familiar a que o segurado especial estiver vinculado não tiver obtido, no
ano, por qualquer motivo, receita proveniente de comercialização de produção deverá
comunicar a ocorrência à Previdência Social, na forma do regulamento.

• Quando o segurado especial tiver comercializado sua produção do ano anterior


exclusivamente com empresa adquirente, consignatária ou cooperativa, tal fato deverá ser
comunicado à Previdência Social pelo respectivo grupo familiar.

• Lei 8.212/1991, art. 30, §§ 7º a 9º

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► Produtor Rural ►Micro Empreendedor Individual – MEI :


► empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no
âmbito rural.
Receita bruta anual até R$ 81 mil (para SE – receita bruta anual da família).
Pode ter um empregado que receba o s.m. ou piso.
CPP = 3% sobre o salário mínimo (VI, § 3º, art. 18-A c/c art. 18-C, LC 123/2006)
Isenção: incisos II e III art. 22, Lei 8.212/91. (VI, § 3º, art. 18-A c/c VI, art. 13, LC 123/2006)
Permanece obrigada à contribuição sobre a comercialização (1,2% INSS + 0,1% SAT), exceto SENAR.
Não há perda da qualidade de segurado especial.
Impostos unificados – Guia DAS = i) 5% do s.m. (INSS); ii) R$ 1,00 (caso seja contribuinte do ICMS); e iii) R$ 5,00
(caso seja contribuinte do ISS);
Responsabilidade do Contratante = descontar e recolher a contribuição previdenciária devida pelo empregado,
conforme a tabela de salário-de-contribuição, calculado à alíquota de 7,5% sobre o salário do empregado, além
do depósito do FGTS (8%). (VI, § 3º, art. 18-A c/c VIII, § 1º, art. 13, LC 123/2006)
Garantia de todos os benefícios (exceto aposentadoria por TC regras anteriores à EC 103/19).
- LC 123/2006, art. 18-A e art. 18-E, § 7º

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Atenção
• Obs.: Se contratar 3 empregados por 40 dias (ou 2 empregados por 60 dias), permanece
segurado especial, mas NÃO PODERÁ SER MEI; Se contratar 1 empregado por mais de 120 dias,
poderá ser MEI, mas NÃO PODERÁ SER SEGURADO ESPECIAL.

• A única possibilidade de acumular as duas situações (MEI e Segurado Especial) é: contratar 1


empregado por até 120 dias/ano.

• (www.portaldoempreendedor.com.br)

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Referências Consultadas:

• IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário. 23 ed. Niterói: Impetus,


2018.

• KERTZMAN, Ivan. Curso Prático de Direito Previdenciário. 18ª ed. Juspodivm: 2019.

• KERTZMAN, Ivan; SANTANA, Alzemir; DANTAS, Raimundo. Prática Empresarial


Previdenciária. 1ª ed. Juspodivm: 2020.

• MARTINEZ, Wladimir Novaes. Curso de Direito Previdenciário. 7ª ed. São Paulo: LTr,
2017.

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giseli@fernandesecanton.adv.br
OBRIGADA!

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