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Reforma da Previdência:

RGPS

EC 103/2019
1. Previdência Social no Brasil e Objetivos da Reforma

1.1 PREVIDÊNCIA PÚBLICA: Obrigatória – regime estatutário/legal/constitucional


1.2 PREVIDÊNCIA PRIVADA: Facultativa – autonomia da vontade – contratual -202 CF

1.3 Objetivos Propostos e motivadores da Reforma:

a) Acabar com o déficit do sistema previdenciário


b) unificação dos regimes da previdência;
c) fortalecimento da previdência privada.
2. EC 06/19 – Delimitações

a) Busca do equilíbrio financeiro e atuarial


b) Revogação de vários artigos da Constituição Federal e das regras de
transição previstas em outras Emendas Constitucionais anteriores
(20/1998, 41/2003 e 47/2005).
c)Além das Regras de Transição, foram criadas Regras Transitórias em
relação aos RPPS e ao RGPS.
d) Intensifica o processo de uniformização das regras do RGPS e dos
RPPS;
e) Amplia o campo de atuação da previdência privada;
f) Desconstitucionalização
3. REGRAS: DE TRANSIÇÃO E TRANSITÓRIAS

→ As “REGRAS DE TRANSIÇÃO" são aplicadas para quem já era


vinculado aos RPPS e ao RGPS, os quais poderão acessar regras
intermediárias entre as atualmente vigentes e aquelas que passaram a
vigorar depois de publicada a EC.

→ As “REGRAS TRANSITÓRIAS, em face da desconstitucionalização,


disciplinam imediatamente a situação dos antigos e novos trabalhadores,
até que venham a ser editadas as leis ordinárias ou complementares,
permitindo assim que a reforma possa produzir efeitos imediatos.
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Mas quando elas entram em vigor?


4. VIGÊNCIA DA NOVA EMENDA CONSTITUCIONAL
Art. 36. Esta Emenda Constitucional entra em vigor:

→ no primeiro dia do quarto mês subsequente ao da data de publicação desta Emenda


Constitucional, quanto ao disposto nos arts. 11, 28 e 32 ; (art.11 alíquotas – regra transitória) -
1º de março de 2020, para respeitar o prazo mínimo de 90 dias para alterações
que envolvam tributos e contribuições de qualquer natureza (“noventena”)

→ para os regimes próprios de previdência social dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, na data de publicação de lei de iniciativa privativa do respectivo Poder Executivo,
que referende integralmente:

→ no art. 149 da Constituição Federal; e a alínea “a” do inciso I e os incisos III e IV do art. 35;
→ nos demais casos, na data de sua publicação (13/11/2019)
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5. DIREITO ADQUIRIDO NO RGPS
→ Art. 3º A concessão de aposentadoria ao servidor público federal vinculado a
RPPS e ao segurado do RGPS e de pensão por morte aos respectivos
dependentes será assegurada, a qualquer tempo, desde que tenham sido
cumpridos os requisitos para obtenção desses benefícios até a data de entrada
em vigor desta EC, observados os critérios da legislação vigente na data em que
foram atendidos os requisitos para a concessão da aposentadoria ou da pensão
por morte.

§ 2º Os proventos de aposentadoria devidos ao segurado a que se refere o


caput e as pensões por morte devidas aos seus dependentes serão apurados de
acordo com a legislação em vigor à época em que foram atendidos os
requisitos nela estabelecidos para a concessão desses benefícios.
6. Prestações Previdenciárias do RGPS (art.18 da LBPS)

Benefícios do Serviços
do
RGPS
RGPS
Aposentadoria
por tempo de Pensão
Auxílio-acidente por
contribuição morte
Salário-família
Aposentadori a
por idade Auxílio-
doença
Salário-
Aposentadoria
maternidade
Reabilitação
especial Auxílio-
reclusão
Serviço profissional
social
Aposentadoria por
incapacidade
permanente

Rol ampliado com a LC142/13


O que mudou com PEC06/19?
7.CONTRIBUIÇÃO DOS TRABALHADORES
Salário de contribuição Alíquot
(Empregado, doméstico e avulso) a (%)
Até R$1.751,81 8%
De R$1.751,82 a R$2.919,72 9%
De R$2.919,73 até R$5.839,45 11%
ALÍQUOTAS DOSCONTRIBUINTES INDIVIDUAIS Alíquota (%)
REGRA GERAL – EX: médico 20%
GENERALIDADE DOS CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS E SEGURADOS 11%
FACULTATIVOS Ex. Facultativo que não
exerce ativ. Remunerada. Estudante
Microemprendedor individual (MEI) e facultativo sem renda 5%
própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no
âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de
baixa renda.

SEGURADO ESPECIAL(§8º DO ART. 195 DACF/88) 9


8. NOVAS REGRAS ART. 28 DA PEC 06/19
Salário de contribuição Alíquota (%)
(Empregado, doméstico e avulso)
Até um salário-mínimo 7,5%
Acima de 01 salário-mínimo até 9%
R$2.000,00
De R$2.0000,01 até R$3.000,00 12%
De R$3.0000,01 até o TETO 14%

→ SEGURADO ESPECIAL: MANTIDO CRITÉRIO ANTERIOR


→ ALÍQUOTAS DOS CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS, E SEGURADOS FACULTATIVOS: SEM ALTERAÇÃO

Art. 28 – retrata que a lei pode alterar as alÍquotasIXARENDAart.e?

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8.1. ART. 28 EC103/2019
→ Art. 28. Até que lei altere as alíquotas da contribuição de que trata a Lei
nº 8.212, de 24 de julho de 1991, devidas pelo segurado empregado,
inclusive o doméstico, e pelo trabalhador avulso, estas serão
de: (Vigência)
I - até 1 (um) salário-mínimo, 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por
cento);
II - acima de 1 (um) salário-mínimo até R$ 2.000,00 (dois mil reais), 9%
(nove por cento);
III - de R$ 2.000,01 (dois mil reais e um centavo) até R$ 3.000,00 (três mil
reais), 12% (doze por cento); e
IV - de R$ 3.000,01 (três mil reais e um centavo) até o limite do salário de
contribuição, 14% (quatorze por cento).

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9. SEGURADO FACULTATIVO

→ Considera-se de baixa renda, para os fins da contribuição diferenciada, a


família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal
(CadÚnico) cuja renda mensal seja de até 2 (dois) salários mínimos (§4º do
art. 21 da LCSS).
→ I. O simples fato da autora estar cadastrada no CAD-único e não
ter efetuado a atualização de cadastro não tem o condão de
afastar a sua qualidade de segurada facultativa da Previdência
Social. II. Caracterizada a incapacidade parcial da Segurada, mostra-
se correta a concessão de auxílio- doença em seu favor, por tempo
determinado. III. Adequados os critérios de atualização monetária.
(TRF4,APELREEX 0011930-17.2015.404.9999, QuintaTurma,Relator
Rogerio Favreto, D.E. 18/11/2015)

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9.1 CAD.UNICO
→http://www.caixa.gov.br/cadastros/cadastro-unico/Paginas/default.aspx
Como fazer para se inscrever no Cadastro Único:
O município promove visitas domiciliares às famílias de baixa renda periodicamente para
efetuar o cadastramento. Mas a família que se enquadra nas rendas acima e ainda não
está inscrita no Cadastro Único, pode procurar um CRAS – Centro de Referência em
Assistência Social no município e solicitar o cadastramento.
Para que a família possa ser cadastrada, é importante:
•Ter uma pessoa responsável pela família para responder às perguntas do cadastro. Essa
pessoa deve fazer parte da família, morar na mesma casa e ter pelo menos 16 anos.
•Para o responsável pela família, de preferência uma mulher, é necessário o CPF ou Título
de Eleitor.
•Exceção: no caso de responsável por famílias indígenas e quilombolas, pode ser
apresentado qualquer um dos documentos abaixo. Não precisa ser o CPF ou o Título de
Eleitor.

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•Apresentar pelo menos um documento de todas as pessoas da família:
•- Certidão de Nascimento;
•- Certidão de Casamento;
•- CPF;
•- Carteira de Identidade (RG);
•- Certidão Administrativa de Nascimento do Indígena (RANI);
•- Carteira de Trabalho; ou
•- Título de Eleitor.
•Levar um comprovante de endereço, que pode ser conta de água ou luz. Não é obrigatório
apresentar, mas ajuda no preenchimento do endereço.
•Importante:
•Após o cadastramento da família, é importante manter os dados sempre atualizados.
•Sempre que mudar algo na família, como nascimento de um filho, mudança de casa ou de trabalho
ou quando alguém deixar de morar na residência, o responsável familiar deve procurar o CRAS e
efetuar a atualização dos dados da família.

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10. SEGURADO FACULTATIVO – TNU/181
TEMA 181: A prévia inscrição no Cadastro
Único para Programas Sociais do Governo
Federal - CadÚnico é requisito essencial para
validação das contribuições previdenciárias
vertidas na alíquota de 5% (art. 21, § 2º, inciso II,
alínea "b" e § 4º, da Lei 8.212/1991 - redação dada
pela Lei n. 12.470/2011), e os efeitos dessa inscrição
não alcançam as contribuições feitas anteriormente.

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11. E o TRABALHADOR DE BAIXA RENDA?

Art. 201(...)
•§ 12. Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com
alíquotas diferenciadas, para atender aos trabalhadores de baixa
renda, inclusive os que se encontram em situação de informalidade, e
àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao
trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que
pertencentes a famílias de baixa renda.
•§ 13. Aaposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12
terá valor de 1 (um) salário-mínimo.
12. Contribuiçõesinferiores ao mínimo
Art.195, § 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral
de Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima
mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições.” (§14 do art. 195
da CF)

→ EC 103/2019 - Art. 29. Até que entre em vigor lei que disponha sobre o § 14 do art. 195 da Constituição
Federal, o segurado que, no somatório de remunerações auferidas no período de 1 (um) mês, receber
remuneração inferior ao limite mínimo mensaldo saláriode contribuição poderá:
•I – complementar a suacontribuição, de forma a alcançar o limite mínimo exigido;
•II – utilizar o valor da contribuição que exceder o limite mínimo de contribuição de uma competência em
outra; ou
• III – agrupar contribuições inferiores ao limite mínimo de diferentes competências, para
aproveitamento em contribuições mínimas mensais.
•Parágrafo único. Os ajustes de complementação ou agrupamento de contribuições previstos nos incisos I, II e
III do caput somente poderão ser feitos ao longo do mesmo ano civil. (art. 29 da PEC06/19)
13.PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÕES ATRASADAS E
APROVEITAMENTO DO TEMPO

Lei da data da
prestação do Lei da data do pagamento
serviço da contribuição

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•13.1 Seria possível recolher contribuições em atraso para o
cumprimento do tempo exigido para beneficiar-se das regras
regras anteriores?
Pagamento de valores em atraso:

→ Pagar após a vigência da emenda


→ Ação Declaratória - reconhecimento do período e
indenização ao INSS
→ Art.3ª da EC 103/2019
14. CÁLCULO RMI ANTES DA REFORMA
RMI = Salário de Benefício (média dos 80% > SC)x Coeficiente de Cálculo

Nas Aposentadorias por tempo de contribuição e por idade:

(média dos 80% > SCx fator previdenciário x Coeficiente de Cálculo

BENEFÍCIO Coeficiente de Cálculo


Aposentadoria Especial 100%
Aposentadoria por Invalidez 100%

Aposentadoria por Idade 70% + 1% por grupo de 12


contribuições
Aposentadoria por Média x fator
Tempo de Contribuição 100% (Fórmula 85/95)
15. COMO FICA O FATOR PREVIDENCIÁRIO ?

Mantido na regra de transição do artigo 17 da PEC06/19

Mantido na LC142/13, quando for maisfavorável!

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16. CÁLCULO DA APOSENTADORIA
REGRA GERAL: Atendidos os requisitos, o valor das aposentadorias corresponderá a 60%da média
aritmética (PBC com termo inicial em 07/94) com acréscimo de 2% para cada ano de contribuição
(art. 26 da EC).

Não é mais possível descarte dos 20% piores salários de contribuição


HOMEM MULHER
Tempo de Coeficiente de Tempo de Coeficiente de
Contribuição Cálculo Contribuição Cálculo
20 anos 60% do SB 15 anos 60% do SB
25 anos 70% do SB 20 anos 70% do SB
30 anos 80% do SB 25 anos 80% do SB
35 anos 90% do SB 30 anos 90% do SB
40 anos 100% do SB 35 anos 100% do SB
** O Valor do Benefício não pode ser inferior a 1 Salário Mínimo (R$ 988,00) ou SuperioraoTeto do INSS(R$5.839,45)
17.PERÍODOS VALORADOS PARA FINS DE COEFICIENTEDE CÁLCULO
1.QuaisPeríodos podem ser utilizados para o acréscimo
dos 2 pontos percentuais?
2.Período rural anterior à 11/1991, sem indenização ?s
3.Período rural posterior à 11/ 1991, desde que
indenizado ?n
4.Período de recebimento de benefícios por incapacidade, desde
que intercalado ?s
5.Acréscimo da conversão do tempo especial em comum anterior
à Reforma? (Distinção nas regras de transição) s
6.Período de prestação de serviço militar?S(serviçoecarência)
18.REGRA DO DESCARTE E O DIREITO AO CÁLCULO MAIS
FAVORÁVEL
Ficou vedado o descarte em qualquer caso?
Art. 26, § 6º Poderão ser excluídas da média as contribuições que resultem em redução do valor do
benefício, desde que mantido o tempo mínimo de contribuição exigido, vedada a utilização do
tempo excluído para qualquer finalidade, inclusive para o acréscimo a que se referem os §§ 2º e
5º, para a averbação em outro regime previdenciário ou para a obtenção dos proventos de
inatividade das atividades de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal.

Será necessário fazer uma avaliação de cada caso para ver a conveniência
de excluir períodos?
Como fica a situação do auxílio-doença? Art. 26 não exclui auxilio doença.

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FIQUE DE OLHO!!
Revisão do Descarte noAuxílio Doença.

Exigencia: 12 contribuições. Requer seja descartada x menores. (isso não implica em


renuncia à aposentadoria, uma vez que auxilio não é aposentadoria).

Utilizar-se das contribuições zzz para o calculo da RMI. Fundamento no art. 26

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19.REGRAS ANTIGAS (§7º do art. 201)
REQUISITOS NO RGPS APOSENTADORIA POR VOLUNTÁRIA POR IDADE
TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO

IDADE MÍNIMA NÃO HAVIA


65 ou 60
PERÍODO DE
CONTRIBUIÇÃO 35 ou 30 15 15
No regime geral, é possível a aposentadoria sem um limite mínimo de idade
aos 35 anos de contribuição para o homem e 30 anos de contribuição para a
mulher.
No casodostrabalhadores rurais a idade é reduzida em 05 anosem relação
aos urbanos.
NosRPPShá limite de idade desde o advento da EC20/98.
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20. NOVA APOSENTADORIA
§ "Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime
Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá, na forma da lei, a: (…)
§ 7º
I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois)
anos de idade, se mulher, observado tempo mínimo de contribuição;
II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de
idade, se mulher, para os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas
atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural,
o garimpeiro e o pescador artesanal.

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21 NOVA APOSENTADORIA

Art. 19. Até que lei disponha sobre o tempo de contribuição a


que se refere o inciso I do § 7º do art. 201 da Constituição
Federal, o segurado filiado ao Regime Geral de Previdência
Social após a data de entrada em vigor desta Emenda
Constitucional será aposentado aos 62 (sessenta e dois) anos
de idade, se mulher, 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se
homem, com 15 (quinze) anos de tempo de contribuição, se
mulher, e 20 (vinte) anos de tempo de contribuição, se
homem.

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22. REGRAS NOVAS
REQUISITOS NO APOSENTADORIA NOVAAPOSENTADORIA
RGPS POR TEMPO DE VOLUNTÁRIA (§7º do art.
CONTRIBUIÇÃO 201 e art. 19 da EC)

IDADE MÍNIMA
BENEFÍCIO 65 ou 62
PERÍODO DE EXTINTO 20 ou 15
CONTRIBUIÇÃO

A idade passa a ser o núcleo central. A regra permanente não fixa o TC.
O tempo de contribuição não faz parte das regras permanentes, podendo ser alterado
por lei
ordinária ou MP (art. 19 da EC)
Mas qual será o tempo de contribuição do trabalhador
rural? Teria sido recepcionada a aposentadoria híbrida?

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23. REGRAS DE TRANSIÇÃO

→ Mas para fins didáticos, podemos compreender melhor o alcance das


regras de transição promovendo a sua divisão em três grupos:

a) regras de transição do RGPS (arts. 15, 16, 17 e 18);


b) regras de transição comuns ao RGPS e aos RPPs (arts. 20, 21 e 22);
c) regras de transição dos RPPS (arts. 4º e 5º).

VEREMOS NAS PRÓXIMAS AULAS!

AGORA INGRESSAMOS NOS BENEFÍCIOS DO RGPS E SUAS


MOFICAÇÕES COM A REFORMA ☺
24. APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE -
INVALIDEZ
ANTES DAREFORMA
Aposentadoria por invalidez Coeficiente de Cálculo
Em qualquercaso 100% do SB(média das
contribuições

Acidente do
trabalho ou doença
DEPOISDA profissional ou do TC≤ 20 anos H ou 15 M
trabalho Renda 60% do SB
REFORMA (renda 100% do SB)
Aposentadoria
Por
incapacidade Causa
permanente comum
TC> 20 anos H ou 15 M
Renda: 60% do SB+2% ao
ano
25. AUXÍLIO-DOENÇA: RISCO DE PRIVATIZAÇÃO
(91% - MELHOR QUE APOSENTADORIA INVALIDEZ)
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente
pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado. (Incluído dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)

Nova redação

§ 10. Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive os
decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de
Previdência Social e pelo setor privado. (§10 do art. 201 da CFcom a redação da PEC06/19).

Responsabilidade objetiva (RE828.040)

A mudança não exclui o pedido de reparação de danos na Justiça do Trabalho, seja para o
trabalhador acidentado seja para os dependentes, no caso de óbito.

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25.1 AUXÍLIO-DOENÇA NÃO FOI ALTERADO
→ O coeficiente de cálculo do auxílio-doença, inclusive o decorrente de
acidente do trabalho, é de 91%do salário de benefício (art. 61 da LBPS).
Com a Lei n. 13.135/2015, o auxílio-doença não poderá exceder a média
aritmética simples dos últimos 12 (doze) salários de contribuição, inclusive em
caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12 (doze), a
média aritmética simples dos salários de contribuição existentes.
→ Poderemos ter situação esdruxula poderá ocorrer, a RMI do auxílio- doença
ultrapassar ao da aposentadoria por invalidez, quando não seja decorrente de
acidente ou doença do trabalho. Exemplos:
MÉDIADAS12 ÚLTIMASCONTRIBUIÇÕES4000 X91 = 3640
APOSENTADORIAINVALIDEZ4000 X60 =2400

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25.2 CÁLCULO
→ O Art. 26. Até que lei discipline o cálculo dos benefícios do regime próprio de previdência
social da União e do Regime Geral de Previdência Social, será utilizada a média aritmética
simples dos salários de contribuição e das remunerações adotados como base para
contribuições a regime próprio de previdência social e ao Regime Geral de Previdência
Social, ou como base para contribuições decorrentes das atividades militares de que
tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal, atualizados monetariamente,
correspondentes a 100% (cem por cento) do período contributivo desde a competência
julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquelacompetência.

§ 6º Poderão ser excluídas da média as contribuições que resultem em redução do valor do


benefício, desde que mantido o tempo mínimo de contribuição exigido, vedada a utilização do
tempo excluído para qualquer finalidade, inclusive para o acréscimo a que se referem os §§ 2º
e 5º, para a averbação em outro regime previdenciário ou para a obtenção dos proventos de
inatividade das atividades de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal.

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26. AposentadoriaEspecial
•RGPS - Art. 201, § 1º da CF/88: § 1º É vedada a adoção de requisitos e
critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do
regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades
exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física e quando se tratar de segurados portadores
de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. (§1º do art. 201 da
CF/88, redação EC 47/05)

•EC 20/98: Art. 15 - Até que a lei complementar a que se refere o art. 201, § 1º,
da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos arts.
57 e 58 da Lei nº 8213, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da
publicação desta Emenda.
Desde o Decreto 2.172/97 o INSS rejeitava o enquadramento por periculosidade!
26.1 STJ - TEMA 642 - ROL EXEMPLIFICATIVO

•“AGENTEELETRICIDADE.SUPRESSÃOPELODECRETO2.172/1997
(ANEXO IV). ARTS. 57 E 58 DA LEI 8.213/ 1991. ROL DE ATIVIDADES E
AGENTES NOCIVOS. CARÁTER EXEMPLIFICATIVO. AGENTES PREJUDICIAIS NÃO PREVISTOS.
REQUISITOS PARA CARACTERIZAÇÃO. SUPORTE TÉCNICO MÉDICO E JURÍDICO. EXPOSIÇÃO
PERMANENTE, NÃO OCASIONALNEM INTERMITENTE (ART. 57, § 3º, DA LEI 8.213/1991).
(...)
2. À luz da interpretação sistemática, as normas regulamentadoras que estabelecem os
casos de agentes e atividades nocivos à saúde do trabalhador são exemplificativas,
podendo ser tido como distinto o labor que a técnica médica e a legislação correlata
considerarem como prejudiciais ao obreiro, desde que o trabalho seja permanente,
não ocasional, nem intermitente, em condições especiais (art. 57, § 3º, da Lei
8.213/1991). Precedentes do STJ.” (STJ, REsp 1.306.113-SC, HERMAN BENJAMIN, 1ª
Seção, DJe: 07/03/2013)

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26.2 ATIVIDADE VIGIA DEPOIS DE 05/03/97 - STJ

PREVIDENCIÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. VIGILANTE.


SUPRESSÃO PELO DECRETO 2.172/1997. (...) 1.
O STJ entende que se pode reconhecer a caracterização da atividade de
vigilante como especial, com ou sem o uso de arma de fogo, mesmo após
5.3.1997, desde que comprovada a exposição do trabalhador à atividade
nociva, de forma permanente, não ocasional, nem intermitente. (...)
(REsp 1755261/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDATURMA, julgado em 16/08/2018, DJe 13/11/2018)
26.3 PROPOSTADE VEDAÇÃO DEPERICULOSIDADE
Art. 201, § 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para
concessão de benefícios, ressalvado, nos termos de lei complementar, a
possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra
geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados:
(...) II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes nocivos
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação destes agentes,
vedados a caracterização por categoria profissional ou ocupação e o
enquadramento por periculosidade.
O Senado Federal aprovou por unanimidade uma mudança (destaque) na reforma da Previdência e retirou do texto
o trecho que barrava o direito à aposentadoriaespecial para quem trabalha em situação de periculosidade,
26.4APOSENTADORIAESPECIAL
Art. 201. (...) § 1.º § 1.º É vedada a “Art. 201. (...) § 1.º É vedada a adoção de
adoção de• requisitos requisitos ou critérios diferenciados para
concessão de benefícios, ressalvada, nos termos
e critérios diferenciados para a
de lei complementar, a possibilidade de previsão
concessão de aposentadoria aos de idade e tempo de contribuição distintos da
beneficiários do regime geral de regra geral para concessão de aposentadoria
previdência social, ressalvados os exclusivamente em favor dos segurados:
casos de atividades exercidas sob II – cujas atividades sejam exercidas com efetiva
condições especiais que prejudiquem exposição a agentes químicos, físicos e biológicos
prejudiciais à saúde, ou associação destes
a saúde ou a integridade física e agentes,
quando se tratar de segurados vedados a caracterização por categoria
portadores de deficiência, nos termos profissional ou ocupação. (Redação da PEC06/19)
definidos em lei complementar.
(Redação anterior)
Passa a prever idade mínima, sistema de pontos, atividades
perigosas, vedação de conversão de tempo especial em comum.
26.5 APOSENTADORIA ESPECIAL– REGRATRANSITÓRIA
(§1º do art. 19 da PEC06/19)
Idade mínima Tempo de exposição
55 anos 15 em atividade considerada
insalubre em grau máximo
58 anos 20 em atividade considerada
insalubre em grau médio
60 anos 25 em atividade considerada
insalubre em grau mínimo
RMI: 60% da média com o acréscimo de 2% ao ano que exceder ao tempo mínimo
de 20 anos para homens e 15 anos para as mulheres. Para atividades
de insalubridade em grau máximo, o acréscimo ocorre depois dos 15anos.

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26.6 APOSENTADORIA ESPECIAL– REGRATRANSIÇÃO
(art. 21 da PEC06/19)
Idade mínima Pontos (idade + TC)
15 em atividade considerada 66 Pontos
insalubre em grau máximo
20 em atividade considerada 76 Pontos
insalubre em grau médio
25 em atividade considerada 86 Pontos
insalubre em grau mínimo
RMI: 60% da média com o acréscimo de 2% ao ano que exceder ao tempo mínimo
de 20 anos para homens e 15 anos para as mulheres. Para atividades de
insalubridade em grau máximo, o acréscimo ocorre depois dos 15anos.

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26.7 STJ TEMA 546. AQUI COMPLICA A CONVERSÃO !!

1. Trata-se de Recurso Especial interposto pela


autarquia previdenciária com intuito de desconsiderar, para fins de
conversão entre tempo especial e comum, o período trabalhado antes
da Lei 6.887/1980, que introduziu o citado instituto da conversão no
cômputo do tempo de serviço.(...)
3. A lei vigente por ocasião da aposentadoria é a aplicável ao direito
à conversão entre tempos de serviço especial e comum,
independentemente do regime jurídico à época da prestação do
serviço. (...) 5. Recurso Especial não provido. Acórdão submetido ao
regime do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ. (REsp
1310034/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 24/10/2012, DJe 19/12/2012)

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