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UESB
CURSO – Direito
Disciplina – Direito Previdenciário
Docente – MSc. Manoel Pessoa Jr.

ESTUDO DIRIGIDO 2 - 2ª Unidade


🡺 Tema: Contribuições dos segurados do RGPS

Passo 1. Faça uma leitura dos arts. 20, 21 e 25 da Lei 8.212/91 e dos arts. 198, 199 e 199-A do
Decreto 3048/99.
Passo 2. Faça uma leitura em qualquer doutrina (atualizada) sobre as “contribuições dos
segurados do RGPS” e complemente com a notícia divulgada pelo INSS em fevereiro de 2020,
disponível na página 2 do presente estudo dirigido.
Passo 3. Examine as tabelas disponíveis na página 4.

Em seguida, responda como se calcula a contribuição pessoal de cada um dos segurados


indicados abaixo:

1. Do trabalhador empregado com remuneração mensal de R$2.000,00. (9% do S.M)

2. Do trabalhador que tenha dois empregos simultâneos recebendo R$1.500,00 de salário

em cada emprego. (Somam-se os dois valores R$ 3.000, cuja alíquota equivale a 12% do

S.M.)

3. Do empregado doméstico que ganhe R$ 8.000,00 por mês. (14% do S.M.)

4. Do profissional liberal que receba no mês R$ 3.500,00 de pessoas físicas e R$ 6.000,00

de PJs. (20% como contribuinte individual e 11% como PJ)

5. De uma pessoa que se descreve como “do lar”. (5% OU 11% do S.M)

6. Do trabalhador autônomo que ganhe R$ 55.000,00 por ano e de outro que ganhe R$

100.000,00 por ano. (20%)

7. De um trabalhador campesino que atua em regime de economia familiar. (1,3% SOBRE

O VALOR DO QUE FOI COMERCIALIZADO)


8. De um produtor rural que mantém trabalhadores empregados o ano inteiro.

Sobre o faturamento de produção

1,2% é destinado para o INSS;

0,1% para RAT (acidentes do trabalho); e

0,2% para o Serviço de aprendizagem rural (Senar).

Sobre a folha de salários

É importante ressaltar que a opção sobre a folha de salários não descarta a contribuição
ao SENAR (Serviço nacional de aprendizagem rural), de 0,2% sobre a comercialização da
produção. Dentro dessa opção, o produtor contribui 20% ao INSS e 3% a título de RAT (risco
de acidentes de trabalho), segundo o artigo 22 da lei 8.212/91.

9. Do trabalhador que, embora empregado, trabalhe também como vendedor autônomo nas
horas vagas.

10. Do trabalhador que presta serviços através de empresa de terceirização.


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Novas alíquotas da Previdência entram em


vigor em março
Publicado: 21/02/2020 16:00
Última modificação: 21/02/2020 16:00

Percentuais progressivos valerão para contribuintes empregados, inclusive para os


domésticos, e para trabalhadores avulsos; não haverá mudança para prestadores
Com a Nova Previdência, entram em vigor, no mês que vem, as alíquotas progressivas que
estabelecem que quem ganha mais pagará mais e vice-versa. No Regime Geral de
Previdência Social (RGPS), as novas alíquotas valerão para contribuintes empregados,
inclusive para empregados domésticos, e para trabalhadores avulsos. Não haverá mudança,
contudo, para os trabalhadores autônomos (contribuintes individuais), inclusive, como
prestadores de serviços a empresas e para os segurados facultativos.
As alíquotas progressivas incidirão sobre cada faixa de remuneração, de forma semelhante ao
cálculo do Imposto de Renda. Quem recebe um salário mínimo por mês, por exemplo, terá
alíquota de 7,5%. Já um trabalhador que ganhe exatamente o teto do Regime Geral, também
conhecido como o teto do INSS – atualmente R$ 6.101,06 –, pagará uma alíquota efetiva total
de 11,69%, resultado da soma das diferentes alíquotas que incidirão sobre cada faixa da
remuneração.
Confira as novas alíquotas na tabela abaixo:
Sem alteração
Contribuintes individuais e facultativos continuarão pagando as alíquotas atualmente
existentes, cuja alíquota-base é de 20%, para salários de contribuição superiores ao salário
mínimo.
Para salários de contribuição igual ao valor do salário mínimo, deverá ser observado:
I – para o contribuinte individual que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com
empresa ou equiparado e o segurado facultativo, o recolhimento poderá ser mediante
aplicação de alíquota de 11% sobre o valor do salário mínimo;
II – para o microempreendedor individual e para o segurado facultativo sem renda própria que
se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que
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pertencente a família de baixa renda inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do
Governo Federal (CadÚnico), o recolhimento deverá ser feito mediante a aplicação de alíquota
de 5% sobre o valor do salário mínimo;
III – o contribuinte individual que presta serviço a empresa ou equiparado terá retido pela
empresa o percentual de 11% sobre o valor recebido pelo serviço prestado e estará obrigado
a complementar, diretamente, a contribuição até o valor mínimo mensal do salário de
contribuição, quando as remunerações recebidas no mês, por serviços prestados a empresas,
forem inferiores ao salário mínimo.
Importante destacar que o segurado, inclusive aquele com deficiência, que contribua mediante
aplicação das alíquotas de 11% ou 5% e pretenda contar o respectivo tempo de contribuição
para fins da aposentadoria por tempo de contribuição transitória ou para contagem recíproca
do tempo correspondente em outro regime, deverá complementar a contribuição mensal sobre
a diferença entre o percentual pago e o de 20%, com os devidos acréscimos legais.
Individuais e facultativos
Confira quem se enquadra nas categorias para as quais não haverá alteração de alíquota no
RGPS:
Contribuinte individual – Todos aqueles que trabalham por conta própria (de forma autônoma)
ou que prestam serviços de natureza eventual a empresas, sem vínculo empregatício. São
considerados contribuintes individuais, dentre outros, os sacerdotes, os diretores que recebem
remuneração decorrente de atividade em empresa urbana ou rural, os síndicos remunerados,
os motoristas de táxi e de aplicativos, os vendedores ambulantes, as diaristas, os pintores, os
eletricistas e os associados de cooperativas de trabalho.
Contribuinte facultativo – Todas as pessoas com mais de 16 anos que não possuem renda
própria, mas decidem contribuir para a Previdência Social. Donas de casa, síndicos de
condomínio não-remunerados, desempregados, presidiários não-remunerados e estudantes
bolsistas são alguns exemplos dessa categoria de contribuintes.
Disponível em: http://www.previdencia.gov.br/2020/02/novas-aliquotas-da-previdencia-entram-em
vigor-em-marco/
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CONTRIBUIÇÕES MENSAIS AO RGPS em 2022


(PORTARIA INTERMINISTERIAL MTP/ME Nº 12, DE 17 DE JANEIRO DE 2022)
Tabela para Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso 2022

Salário de Contribuição (R$) Alíquota

Até R$ 1.212,00 7,5%

De R$ 1,212,01 até 2.427,35 9%

De R$ 2.427,36 até 3.641,03 12%

De R$ 3.641,04 até 7.087,22 14%

Tabela para Contribuinte Individual e Facultativo 2022

Salário de Alíquota Valor

Contribuição (R$)

R$ 1.212,00 5% (não dá direito a Aposentadoria por Tempo R$ 60,60

de Contribuição e Certidão de Tempo de

Contribuição)*

R$ 1.212,00 11% (não dá direito a Aposentadoria por Tempo R$ 133,32

de Contribuição e Certidão de Tempo de

Contribuição)**

R$ 1.212,00 até 20% (Regra geral) Entre R$ 242,40 (salário

R$ 7.087,22 mínimo) e R$ 1.417,44

(teto)

*Alíquota exclusiva do Microempreendedor Individual e do Facultativo Baixa Renda;**Alíquota exclusiva do Plano Simplificado de Previdência;

TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS E BENEFICIÁRIOS DO RPPS DA UNIÃO A


PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2022
BASE DE CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTA PROGRESSIVA INCIDINDO SOBRE A FAIXA DE VALORES
(R$)

até 1.212,00 7,5%

de 1,212,01 até 2.427,35 9%


de 2.427,36 até 3.641,03 12%

de 3.641,04 até 7.087,22 14%

de 7.087,23 até 12.136,79 14,5%

de 12.136,80 até 24.273,57 16,5%

de 24.273,58 até 47.333,46 19%

acima de 47.333,46 22%

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