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Direito Internacional - PDF de Conteúdo 38º Exame
Direito Internacional - PDF de Conteúdo 38º Exame
Direito Internacional
Direito
Internacional
Prof. Mateus Silveira
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1ª Fase | 38° Exame da OAB
Direito Internacional
Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade.
Com carinho,
Equipe Ceisc. ♥
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Direito Internacional
Direito Internacional
Prof. Mateus Silveira
Sumário
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
a 1ª Fase OAB e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, reco-
menda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
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CPC - Limites da
Jurisdição Nacional LINDB Código Civil
e da Cooperação
Internacional (Arts. 7º a 10) (Arts. 76 a 78)
(Arts. 21 a 25)
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I – o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II – no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III – o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a
pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I – de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento
de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II – decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residên-
cia no Brasil;
III – em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular
e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja
de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III – em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de
bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha
domicílio fora do território nacional.
Não existe litispendência envolvendo processos com as mesmas partes, mesmas causas e pedidos
que estejam tramitando em tribunais de diferentes países, por exemplo, um processo que esteja tramitando
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Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta
a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são cone-
xas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilate-
rais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a ho-
mologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
Atenção!
Quanto ao Código Civil, há três artigos importantes para o direito internacional privado que estabe-
lecem regras de domicílio, que são os arts. 76, 77 e 78 do CC. Esses artigos devem ser lidos e estudados
para prova.
Lei no 9.307/1996
Art. 34. A sentença arbitral estrangeira será reconhecida ou executada no Brasil de conformidade
com os tratados internacionais com eficácia no ordenamento interno e, na sua ausência, estritamente
de acordo com os termos desta Lei.
Parágrafo único. Considera-se sentença arbitral estrangeira a que tenha sido proferida fora do terri-
tório nacional.
Art. 35. Para ser reconhecida ou executada no Brasil, a sentença arbitral estrangeira está sujeita,
unicamente, à homologação do Superior Tribunal de Justiça.
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2. LINDB
Começo e o fim da
pessoa regula (Art. 7º)
personalidade
Nome
Capacidade civil
Direitos de família
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guarda. E quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou
no local em que se encontre.
Bens - Art. 8º
LINDB - Temas
Obrigações - Art. 9º
Sucessões - Art 10
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LINDB - Dec nº
4.657/1942
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Constituição Federal
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I – processar e julgar, originariamente:
(...)
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas roga-
tórias; (...)
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X do Regimento Interno do STJ (RISTJ), introduzidos pela ER n o 18/2014 do STJ, contudo, atenção, pois
o Código de Processo Civil traz as regras gerais, sendo o RISTJ e o art. 15 da LINDB utilizados apenas
de forma supletiva (SEC no 14.812-EX – rel. Min. Nancy Andrighi – por unanimidade – j. 16-5-2018 –
DJe 23-5-2018 – Informativo 626).
Ainda quanto à homologação de decisão estrangeira, destacam-se:
a) Da superação da Súm. no 420 do STF: “Não se homologa sentença proferida no estrangeiro
sem prova do trânsito em julgado”.
O STJ é que homologada a “Sentença Estrangeira”, segundo o art. 105, I, i, da CF/1988.
Outro elemento é que a Súm. n o 420 do STF foi editada pelo Supremo em 8-7-1964, ou seja, na
vigência da Constituição anterior e do Código de Processo Civil revogado. Assim, a súmula do STF, apesar
de não dito de forma expressa pelos tribunais, já foi superada pela nova legislação vigente.
b) A reciprocidade com o país de origem da decisão não é requisito para a homologação de sentença
estrangeira (art. 26, § 2o, do CPC).
c) Não cabe homologação de sentença em matérias de competência exclusiva do poder judiciário
brasileiro.
d) É possível a homologação parcial da decisão estrangeira.
e) É possível homologar decisões estrangeiras interlocutórias e decisões arbitrais, por meio de carta
rogatória.
f) Segundo o STJ, as decisões estrangeiras precisam respeitar o princípio da efetividade, ou seja,
todo pedido de homologação de sentença alienígena, por apresentar elementos transfronteiriços, demanda
a imprescindível existência de algum ponto de conexão entre o exercício da jurisdição pelo Estado brasileiro
e o caso concreto a ele submetido.
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da requerida e com patrimônio próprio, não integrou o polo passivo da lide originária; e c)
não há nenhuma conexão entre o processo equatoriano e o Estado brasileiro.
5. Sentença estrangeira não homologada.
(SEC no 8.542/EX – rel. Min. Luis Felipe Salomão – Corte Especial – j. 29-11-2017 – DJe 15-3-
2018)
Fundamentos
do DIP
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ou modificar o efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua aplicação a esse Estado.
Denúncia é um ato unilateral, de efeito jurídico inverso ao da ratificação e da adesão, manifestando
o Estado sua vontade de deixar de ser parte no acordo internacional.
Hierarquia dos tratados – incorporados à legislação brasileira
Veja o esquema a seguir...
Demais normas
6. Missões Diplomáticas
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Missão diplomática: é formada pelo conjunto de diplomatas que representam os Estados ou orga-
nizações intergovernamentais.
Direito de legação: consiste na prerrogativa dos Estados de enviar (ativa) e receber (passiva) agen-
tes diplomáticos (embaixadores) de outros Estados.
Os Embaixadores são a própria representação da nação no Estado estrangeiro ou no organismo
internacional, sendo responsáveis pela representação política.
O chefe da missão diplomática é chamado de embaixador ou núncio. Também em missões
sem embaixadas, o chefe poderá ser chamado de enviado ou ministro ou encarregado de negócios.
Embaixador é uma função ocupada, e não uma classe da carreira diplomática; o último nível da
carreira diplomática é ministro de primeira classe.
As embaixadas, que são o local onde funciona a missão diplomática, compreendendo o conjunto
de suas instalações físicas, são invioláveis, segundo a Convenção de Viena.
Agentes consulares: são funcionários públicos enviados pelo Estado para a proteção de seus in-
teresses e de seus nacionais.
Consulados são repartições públicas estabelecidas pelos Estados em portos ou cidades de outros
Estados. São responsáveis pela representação comercial, administrativa e a de caráter notarial.
A nomeação do cônsul depende de aceitação prévia do nome indicado (feito mediante o exequatur,
que é a autorização concedida pelo Estado receptor que admite o agente consular para o exercício de suas
funções), competindo tal função a cada Estado individualmente, nos termos de sua legislação específica.
Carta patente é o documento que representa a investidura do agente consular.
6.1.1. Imunidade
Em razão do desempenho das suas funções, os agentes diplomáticos gozam de privilégios e imuni-
dades.
Esses privilégios e imunidades podem ser classificados em: inviolabilidade, imunidade de juris-
dição civil, administrativa e criminal, e isenção fiscal.
A inviolabilidade abrange o local da missão diplomática e as residências particulares dos agentes
diplomáticos. Nesses locais, o Estado acreditado não pode exercer nenhum tipo de coação (invasão pela
polícia), a não ser que haja autorização do chefe da missão. Do mesmo modo, não pode haver uma citação
dentro da missão.
A inviolabilidade cessa se os locais da missão forem utilizados de modo incompatível com as suas
funções. Cessa, ainda, em caso de emergência (incêndio). É inviolável também a correspondência.
A inviolabilidade também significa que os agentes diplomáticos não podem ser presos. O Estado
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acreditado deverá proteger os imóveis da missão, bem como a própria pessoa dos agentes diplomáti-
cos.
Os atos da missão, praticados como representante do Estado acreditante (assinatura de tratado),
não podem ser apreciados pelos tribunais do Estado acreditado.
Quanto às questões penais, o agente diplomático goza de imunidade de jurisdição criminal. É
absoluta e aplica-se a qualquer delito. Ele tem ainda imunidade de jurisdição civil e administrativa. A
imunidade de jurisdição não significa que ele esteja acima da lei, mas apenas que ele deverá ser proces-
sado no Estado acreditante.
Poderá haver renúncia à imunidade de jurisdição do agente diplomático ou de qualquer pessoa que
dela se beneficie. De modo geral, sustenta-se que a imunidade penal cessa em caso de flagrante delito
que não esteja ligado ao exercício de suas funções.
A imunidade de jurisdição civil, administrativa e penal não se aplicará quando:
a) em uma ação real sobre imóvel privado situado no território do Estado acreditado, salvo se o
agente diplomático o possuir por conta do Estado acreditado para os fins da missão;
b) em uma ação sucessória na qual o agente diplomático figure, a título privado e não em nome do
Estado, como executor testamentário, administrador, herdeiro ou legatário;
c) em uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo
agente diplomático no Estado acreditado fora de suas funções oficiais.
No tocante às imunidades, ainda temos o fato de que o agente diplomático não é obrigado a prestar
depoimento como testemunha em processos judiciais que correm no país acreditado.
A execução relativa aos casos mencionados no parágrafo anterior poderá ser realizada desde que
não afete a inviolabilidade da pessoa ou da residência do diplomata.
Atenção!
A imunidade de jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o isenta da jurisdi-
ção do Estado acreditante.
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Se um agente diplomático ou uma pessoa que goza de imunidade de jurisdição iniciar uma
ação judicial, não lhe será permitido invocar a imunidade de jurisdição no tocante a uma reconven-
ção ligada à ação principal.
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7. Nacionalidade
7.1. Introdução
Pode ser adquirida de dois modos: originária e derivada.
Originária: adquirida com o nascimento.
Derivada ou secundária: adquirida por vontade posterior.
A nacionalidade originária pode se dar por dois critérios:
a) Ius soli: é nacional aquele que nascer no solo do país (compreendendo extensões territoriais,
como navios de guerra e navios mercantes em alto-mar).
b) Ius sanguinis: é nacional aquele que for filho, ou seja, que tiver a filiação de nacional do país.
No Brasil, a regra é o ius soli: nasceu em solo brasileiro, será brasileiro. Contudo, há exceções, nas
quais a Constituição adotou o ius sanguinis.
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Atenção!
As mudanças no art. 12, I, c, da CF/1988, que ocorreram com a EC de revisão n o 3/1994 (tirou a
possibilidade do registro em repartição competente no exterior) e a EC n o 54/2007, pois criaram uma situa-
ção para os nascidos entre as duas revisões, regulada no art. 95 do ADCT:
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Ordinária
Naturalização no Brasil
(Lei de Migração)
Extraordinária
Especial
Provisória
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Art. 5º, LI
Mnemônico: “MP³.COM”
M = Ministro do STF
P³ = três cargos que começam com P (Presidente da República, Presidente da Câmara e Presidente
do Senado)
C = Carreira Diplomática
O = Oficial das Forças Armadas
M = Ministro de Estado da Defesa
Atenção!
Se todos os ministros do STF devem ser brasileiros natos, temos uma hipótese não listada no § 3 o
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do art. 12, que é o cargo de Presidente do Conselho Nacional de Justiça, uma vez que só preside o CNJ o
Presidente ou o Vice-Presidente do STF, por força do disposto no § 1 o do art. 103- B da CF/1988.
Resumindo nacionalidade:
Ocorre no momento do
Nacionalidade Originária
nascimento, critérios ou solo ou
Brasileiro Nato
filiação.
O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de 12 milhas marítimas de largura, medidas a
partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular. Nos locais em que a costa apresente recortes
profundos e reentrâncias ou em que exista uma franja de ilhas ao longo da costa na sua proximidade ime-
diata, será adotado o método das linhas de base retas para realizar a medida da extensão do mar territorial.
A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo sobrejacente, bem como ao seu leito
e subsolo.
Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as medidas de fiscalização necessárias para: evitar as
infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários, no seu território ou no
seu mar territorial; e reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu território ou no seu mar terri-
torial. Por exemplo: as autoridades policiais brasileiras poderão prender pessoas em área de zona contígua
que tenham realizado um crime em território brasileiro e estejam fugindo.
Zona econômica exclusiva (ZEE) é uma faixa de 200 milhas marítimas contadas a partir da linha
base, onde há o direito exclusivo do Brasil de investigação e exploração científica econômica. O Brasil, no
exercício de sua jurisdição, tem o direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a
proteção e preservação do meio marítimo, bem como a construção, a operação e o uso de todos os tipos
de ilhas artificiais, instalações e estruturas. A investigação científica marinha na ZEE só poderá ser condu-
zida por outros Estados com o consentimento prévio do governo brasileiro, bem como a realização de exer-
cícios ou manobras militares, em particular as que impliquem o uso de armas ou explosivas, porém é reco-
nhecido a todos os Estados o gozo na ZEE das liberdades de navegação e sobrevoo e o uso do mar inter-
nacionalmente lícito, relacionado com as referidas liberdades, como as ligadas à operação de navios e
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aeronaves.
Plataforma continental corresponde ao leito e ao subsolo das áreas submarinas que se estendem
além do mar territorial em toda a extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo
exterior da margem continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base. O Brasil
exerce direitos de soberania sobre a plataforma continental para efeitos de exploração dos recursos natu-
rais. É reconhecido a todos os Estados o direito de colocar cabos e dutos na plataforma continental. O
traçado da linha para a colocação de tais cabos e dutos na plataforma continental dependerá do consenti-
mento do governo brasileiro.
Alto-mar é um conceito de direito do mar, definido como todas as partes do mar não incluídas no
mar territorial e na zona econômica exclusiva de um Estado costeiro, nem nas águas arquipelágicas de um
arquipélago. Em outras palavras, alto-mar é o conjunto das zonas marítimas que não está sob jurisdição de
nenhum Estado. Nos termos do direito do mar, qualquer reivindicação de soberania sobre tais zonas, da
parte de um estado, é ilegítima.
Rios internacionais são aqueles que correm em mais de um Estado, quer sejam limítrofes (formam
fronteira entre dois Estados), quer de curso sucessivo (correm no território de um Estado em seguida ao de
outro). A importância da navegação fluvial somou-se aos interesses econômicos da utilização dos recursos
naturais (geração de energia hidrelétrica, irrigação etc.) para criar a necessidade de disciplina internacional
para tais rios, de que são exemplos o Danúbio, na Europa, e a Bacia do Prata, na América do Sul. A disci-
plina de tais situações é realizada por meio de entendimentos ou tratados específicos para cada situação
e, por vezes, até mesmo por atos unilaterais. Aplica-se nesta matéria um princípio básico que regula os rios
internacionais: o da soberania dos Estados sobre os trechos que correm dentro de seus respectivos limites.
Espaço aéreo é a porção da atmosfera localizada sobre o território ou mar territorial de um Estado.
O Direito Internacional Público reconhece a soberania exclusiva do Estado sobre o espaço aéreo sobreja-
cente. Tal espaço, diferentemente do mar territorial, não comporta direito de passagem inocente, razão pela
qual, em princípio, uma aeronave estrangeira somente pode sobrevoar o território de determinado Estado
com o consentimento deste.
O Mercado Comum do Sul (Mercosul) é um órgão de integração regional da América Latina fundado
em 1991.
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Artigo 2
Para efeitos do presente Acordo, os Estados Partes indicarão uma Autoridade Central en-
carregada de receber e dar andamento a pedidos de assistência jurisdicional em matéria
civil, comercial, trabalhista e administrativa. Para tanto, as Autoridades Centrais comuni-
car-se-ão diretamente entre si, permitindo a intervenção das respectivas autoridades com-
petentes, sempre que necessário.
Artigo 3
Os nacionais, os cidadãos e os residentes permanentes ou habituais de um dos Estados
Partes gozarão, nas mesmas condições dos nacionais, cidadãos e residentes permanen-
tes ou habituais de outro Estado Parte, do livre acesso à jurisdição desse Estado para a
defesa de seus direitos e interesses.
O parágrafo anterior aplicar-se-á às pessoas jurídicas constituídas, autorizadas ou regis-
tradas de acordo com as leis de qualquer dos Estados Partes.
(...)
Artigo 12
A autoridade jurisdicional encarregada do cumprimento de uma carta rogatória aplicará
sua lei interna no que se refere aos procedimentos.
Não obstante, a carta rogatória poderá ter, mediante pedido da autoridade requerente,
tramitação especial, admitindo-se o cumprimento de formalidades adicionais na diligência
da carta rogatória, sempre que isso não seja incompatível com a ordem pública do Estado
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requerido.
O cumprimento da carta rogatória deverá efetuar-se sem demora.
(...)
Artigo 23
Se uma sentença ou um laudo arbitral não puder ter eficácia em sua totalidade, a autori-
dade jurisdicional competente do Estado requerido poderá admitir sua eficácia parcial me-
diante pedido da parte interessada.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é o principal órgão internacional, com mais de 100
anos de atuação na proteção dos trabalhadores e das relações de trabalho no mundo.
O estrangeiro, em regra, para trabalhar no Brasil, necessitará de visto temporário e, além disso, a
autorização de trabalho do estrangeiro se dá pelo Ministério do Trabalho (ou órgão correspondente), pois
trata-se de ato administrativo de competência do órgão governamental, que concede a autorização de tra-
balho no país.
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estrangeiros, destacando-se o direito ao acesso aos serviços de saúde, acesso à justiça brasileira, direito
à educação pública e o direito de reunião familiar, entre outros que estão previstos no art. 4 o da Lei no
13.445/2017.
I – passaporte;
II – laissez-passer;
III – autorização de retorno;
IV – salvo-conduto;
V – carteira de identidade de marítimo;
VI – carteira de matrícula consular;
VII – documento de identidade civil ou documento estrangeiro equivalente, quando admi-
tidos em tratado;
VIII – certificado de membro de tripulação de transporte aéreo; e
IX – outros que vierem a ser reconhecidos pelo Estado brasileiro em regulamento.
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12.3.1. Do visto
O visto é o documento que dá a seu titular expectativa de ingresso em território nacional (art. 6 o da
Lei no 13.445/2017). O visto será concedido por embaixadas, consulados gerais, consulados, vice-consula-
dos e, quando habilitados pelo órgão competente do Poder Executivo, por escritórios comerciais e de re-
presentação do Brasil no exterior. Temos cinco tipos de vistos: visita, temporário, diplomático, oficial e de
cortesia. Importante ler os arts. 13 e 14 da Lei n o 13.445/2017, que estabelecem as regras dos vistos de
visita e temporários.
Dos tipos de visto (art. 12 da Lei n o 13.445/2017):
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