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BARREIRAS-BAHIA
2023
1. Introdução:
A agricultura é um sistema de produção e manejo de plantas, animais e outros recursos
naturais com o objetivo de obter alimentos, fibras, biomassa e outros produtos para atender às
necessidades humanas. A agricultura envolve uma variedade de práticas e técnicas que visam
maximizar a produtividade, a eficiência e a sustentabilidade dos sistemas de produção
agrícola. Ela abrange não apenas o cultivo de plantas, mas também a criação de animais, a
gestão do solo, o uso de recursos hídricos, a genética e a seleção de espécies, entre outros
aspectos.
A crescente demanda por alimentos, juntamente com a necessidade de aumentar a
produtividade agrícola, levou à adoção generalizada de fertilizantes químicos e agrotóxicos.
Esses insumos são projetados para melhorar o crescimento das culturas e protegê-las contra
pragas e doenças, contribuindo assim para aumentar a produção global de alimentos. O uso
intensivo e inadequado de agrotóxicos trouxe um processo de resistência de pragas, ervas
infestantes e doenças (AGRA ;E SANTOS, 2001).
Ao decorrer do trabalho, evidenciará o caráter mais doloroso da modernização que se
diz respeito aos impactos sociais no campo brasileiro. Apesar de serem grandes os impactos
ambientais advindas da modernização da agricultura, inadequada aos padrões brasileiros. Por
meio de uma abordagem crítica e baseada em evidências, busca-se fornecer insights que
permitam uma visão mais abrangente e informada sobre o impacto desses insumos essenciais
na agricultura contemporânea.
2. Desenvolvimento:
Os agrotóxicos e fertilizantes são insumos agrícolas amplamente utilizados na
produção de alimentos em larga escala, mas seus efeitos e impactos na agricultura, meio
ambiente e saúde humana merecem uma análise crítica e cuidadosa. Embora sejam utilizados
com o objetivo de aumentar a produtividade e a eficiência dos sistemas de produção agrícola,
eles também apresentam desafios significativos e complexos que precisam ser abordados de
forma equilibrada.
Em muitos casos, agrotóxicos e fertilizantes são usados em conjunto para otimizar a
produtividade das culturas. No entanto, a aplicação combinada desses insumos pode levar a
sinergias complexas e potencializar seus impactos negativos. Por exemplo, o uso excessivo de
fertilizantes pode aumentar a disponibilidade de nutrientes nas plantas, tornando-as mais
suscetíveis a pragas e doenças, o que pode aumentar a necessidade de agrotóxicos.
Tanto os agrotóxicos quanto os fertilizantes têm o potencial de causar impactos
negativos no meio ambiente. Agrotóxicos podem contaminar solos, água e ecossistemas
aquáticos, afetando organismos não-alvo e diminuindo a biodiversidade. Fertilizantes em
excesso podem causar a lixiviação de nutrientes para corpos d'água, contribuindo para a
eutrofização e a degradação da qualidade da água.
A exposição a agrotóxicos pode representar riscos para a saúde humana,
especialmente para trabalhadores rurais que estão em contato direto com esses produtos.
Estudos têm associado a exposição crônica a agrotóxicos a problemas de saúde, como câncer,
distúrbios neurológicos e desregulação hormonal. Além disso, a ingestão de alimentos
contaminados por resíduos de agrotóxicos também levanta preocupações sobre a segurança
alimentar.
O uso contínuo e intensivo de agrotóxicos pode levar ao desenvolvimento de
resistência por parte de pragas e doenças, diminuindo a eficácia desses produtos ao longo do
tempo. Da mesma forma, o uso excessivo de fertilizantes pode enfraquecer o solo e tornar as
plantas dependentes desses insumos, comprometendo a resiliência dos sistemas agrícolas.
A busca por alternativas e abordagens sustentáveis se tornou crucial para enfrentar os
desafios associados ao uso de agrotóxicos e fertilizantes. A adoção de práticas de manejo
integrado de pragas, rotação de culturas, uso de culturas de cobertura e técnicas
agroecológicas pode reduzir a dependência desses insumos químicos, promovendo sistemas
agrícolas mais equilibrados e resilientes.
Em resumo, a interação entre agrotóxicos e fertilizantes na agricultura é complexa e
multifacetada. Embora possam oferecer benefícios em termos de produtividade, eles também
apresentam desafios ambientais, de saúde e de sustentabilidade que requerem uma abordagem
integrada e responsável. A promoção de práticas agrícolas mais sustentáveis, a
conscientização sobre os riscos envolvidos e o incentivo à pesquisa e inovação são essenciais
para encontrar o equilíbrio entre a produção agrícola e a preservação dos recursos naturais e
da saúde humana.
O uso desses fertilizantes resulta, ainda, em emissões diretas de GEE, emissões de
óxido nitroso (N2O) no processo de fabricação e na aplicação, no solo, além de outros
problemas causados pela deposição atmosférica de nitrogênio, onde esse elemento não é
desejado, acidificando o solo e alterando seu equilíbrio ecológico e sua produtividade.
Também pode contaminar a água subterrânea ou superficial, tornando-a inapta para o
consumo humano. Por outro lado, quando há manejo do solo com tecnologias inadequadas,
ocorre a perda do nitrogênio e dos seus fixadores naturais, tornando o solo inapto para a
agricultura pouco intensiva de insumos químicos (UNEP e WHRC, 2007).
3. Conclusão:
A discussão em torno do uso de agrotóxicos e fertilizantes na agricultura como uma
questão de saúde pública ressalta a complexidade e a urgência desse debate na sociedade
contemporânea. A interação entre esses insumos agrícolas e seus impactos na saúde humana,
no meio ambiente e na segurança alimentar requer uma análise abrangente e responsável.
Os agrotóxicos, embora desempenhem um papel crucial no controle de pragas e no
aumento da produtividade agrícola, também apresentam riscos significativos para a saúde
humana e para os ecossistemas. A exposição a esses produtos químicos está associada a
problemas de saúde que vão desde distúrbios neurológicos até câncer, levantando
preocupações sobre a segurança dos trabalhadores rurais e dos consumidores finais.
Por sua vez, os fertilizantes desempenham um papel vital na suplementação de
nutrientes essenciais para o crescimento das plantas. No entanto, seu uso inadequado pode
resultar em impactos ambientais adversos, como a lixiviação de nutrientes para os corpos
d'água, levando à eutrofização e à contaminação da água potável. Além disso, a dependência
excessiva de fertilizantes pode comprometer a resiliência dos ecossistemas agrícolas.
As controvérsias em prol dos malefícios sobre o uso de agrotóxicos e fertilizantes na
agricultura reforçam a necessidade de uma abordagem equilibrada e sustentável. A
regulamentação rigorosa e a adoção de práticas de manejo responsável são fundamentais para
mitigar os riscos associados a esses insumos. A promoção de métodos alternativos, como o
manejo integrado de pragas, a agroecologia e a conservação do solo, pode reduzir a
dependência desses produtos químicos.
A conscientização pública desempenha um papel vital nesse contexto, uma vez que os
consumidores têm o poder de influenciar a demanda por práticas agrícolas mais sustentáveis e
seguras. Além disso, o investimento contínuo em pesquisa e inovação é crucial para
desenvolver soluções que equilibrem a produção agrícola com a saúde humana e a
preservação do meio ambiente.
Em síntese, a questão do uso de agrotóxicos e fertilizantes na agricultura transcende as
fronteiras da agronomia e da produção de alimentos. É uma questão intrinsecamente ligada à
saúde pública, à sustentabilidade e ao equilíbrio dos ecossistemas. A busca por soluções
eficazes requer a colaboração de produtores, cientistas, legisladores e consumidores, todos
comprometidos com a construção de um futuro onde a produção de alimentos coexista
harmoniosamente com a saúde humana e a integridade do planeta.
4. Referências: