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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC

CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO - CSE

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

AURÉLIO TADEU DORSCHAIDT

EMANCIPAÇÃO1 DE MUNICÍPIOS E ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO


HUMANO: um estudo comparativo entre os Municípios emancipados e seus Municípios
sedes 2no Estado de Santa Catarina

FLORIANÓPOLIS
2018

1
Município Emancipado será o termo utilizado no decorrer deste trabalho, designando os novos
municípios criados.
2 Município Sede será o termo utilizado para aqueles municípios de onde derivaram os municípios
emancipados.
AURÉLIO TADEU DORSCHAIDT

EMANCIPAÇÃO DE MUNICÍPIOS E ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO


HUMANO: um estudo comparativo entre os Municípios emancipados e seus Municípios
sedes no Estado de Santa Catarina

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina


CAD 9184 - Trabalho de Conclusão IV, como requisito parcial
para a obtenção do grau de Bacharel em Administração
Pública pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

Área de Concentração: Administração Pública

Orientador: Prof. MSc. Arcângelo dos Santos Safanelli

FLORIANÓPOLIS

2018
AURÉLIO TADEU DORSCHAIDT

EMANCIPAÇÃO DE MUNICÍPIOS E ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO


HUMANO: um estudo comparativo entre os Municípios emancipados e os Municípios
sedes no Estado de Santa Catarina

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado


adequado para obtenção do Título de Bacharel em
Administração Pública, e aprovado em sua forma
final pela Coordenadoria do curso de Ciências da
Administração da Universidade Federal de Santa
Catarina – UFSC.

Florianópolis, 10 de dezembro de 2018

Prof. Marcus Vinicius Andrade de Lima, Dr.

Coordenador do Curso de Administração

BANCA EXAMINADORA

___________________________________
Prof. MSc. Arcângelo dos Santos Safanelli
____________________________________
Prof. Marcus Vinicius Andrade de Lima, Dr.

FLORIANÓPOLIS
2018
À minha esposa pelo exemplo de humildade,
bravura e dignidade, uma verdadeira guerreira,
sempre comigo.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus.


A minha avó e minha mãe que foram na minha vida os primeiros indicativos de
direção para labuta e caráter pessoal, que me trazem até aqui.
Aos meus familiares, esposa principalmente, assim como meus filhos e irmãos que
tiveram que dividir minha atenção com esta tarefa pessoal.
Aos companheiros: irmãos de fé, colegas e demais amigos que estiveram comigo.
A minha tutora Erika Salmeron e as tutoras presenciais que se alternaram, que foram
imprescindíveis para que eu chegasse até aqui.
Ao meu orientador, Prof. MSc. Arcângelo dos Santos Safanelli, pela sua
colaboração para este trabalho.
“Existir não é pensar: é ser lembrado”
Teixeira de Pascoaes.
RESUMO

Este trabalho tem como objetivo comparar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos
Municípios emancipados com os dos respectivos Municípios sedes no Estado de Santa Catarina,
procurando verificar se houve avanço ou retrocesso decorrente do processo emancipatório. A
pesquisa se caracteriza pela abordagem quantitativa, documental e bibliográfica. Na coleta dos
dados foram pesquisados dados sobre os municípios de Santa Catarina que passaram pelo
processo de emancipação a partir do ano de 1995. Foram coletados dados de instalação dos
municípios assim como os índices IDH’s, populações e elementos de caracterização dos
mesmos em sites e documentos. Ao final da pesquisa observou-se em todos os casos que não
houveram retrocessos. Foi constatado que em alguns casos houve um índice de
desenvolvimento expressivo em relação aos municípios sedes.

Palavras-chave: Municípios; Emancipação; IDH; Santa Catarina.


ABSTRACT

The objective of this study is to compare the Human Development Index (HDI) of emancipated
municipalities with those of the respective municipalities in the State of Santa Catarina, seeking
to verify if there has been progress or regression due to the emancipatory process. The research
is characterized by the quantitative, documentary and bibliographic approach. In the data
collection, data were collected on the municipalities of Santa Catarina that underwent the
emancipation process from 1995 onwards. Data were collected on the installation of the
municipalities, as well as the HDI indices, populations and characterization elements in sites
and documents . At the end of the research it was observed in all cases that there were no
setbacks. It was found that in some cases there was an expressive development index in relation
to the municipal districts.

Keywords: Municipalities; Emancipation; IDH; Santa Catarina


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Demonstrativo de IDH de Santa Catarina nos anos 1991,2000 e 2010 37


Gráfico 2 Desempenho de IDH dos munícipios sede nos anos 2010,200 e 1991. 60
Gráfico 3 Desempenho de IDH dos munícipios emancipados nos anos 2010,2000 e 1991 62
Gráfico 4 Média de IDH Municípios Sede nos anos 1991, 2000 e 2010 69
Gráfico 5 Municípios Emancipados em SC com Maior IDH nos anos 1991, 2000 e 2010 71
Gráfico 6 Municípios Emancipados em SC com Menor IDH nos anos 1991, 2000 e 2010 72
Gráfico 7 Média de IDH dos Municípios Emancipados nos anos 1991, 2000 e 2010 73
Gráfico 8 Relação de IDH 1991, 2000 e 2010 entre Municípios Sede e Emancipados de SC 74
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Mapa Região Sul do Brasil 43


Figura 2 Mapa Mesorregiões de Santa Catarina 45
Figura 3 Mapa Desempenho de IDH dos munícipios emancipados nos anos 2010,2000 e 45
1991
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Dados gerais, Econômicos e Sociais de Santa Catarina 43

Quadro 2 Municípios sede de Santa Catarina e seus respectivos 47


desmembramentos ao longo da história do Estado

Quadro 3 Municípios Sede e Municípios Emancipados entre os anos de 1995 e 2015 em SC 50

Quadro 4 Dados dos os municípios: Concórdia e Alto Bela Vista–Oeste de Santa Catarina 51

Quadro 5 Dados dos municípios: Itá e Paial– Oeste de Santa Catarina 51

Quadro 6 Dados dos municípios: Siderópolis e Treviso – Sul de Santa Catarina 52

Quadro 7 Dados dos municípios Otacílio Costa e Palmeira - Região Central do Estado 52

Quadro 8 Dados dos municípios: Campo Erê / São Bernardino, 52


Saltinho e Sta. Terezinha do Progresso- Oeste do Estado

Quadro 9 Dados dos municípios: Galvão e Jupiá- Oeste do Estado 53

Quadro
10 Dados dos municípios: Xanxerê e Bom Jesus- Oeste do Estado 53

Quadro
11 Dados dos municípios: Marema e Entre Rios- Oeste do Estado 53

Quadro
12 Dados dos municípios: Modelo e Bom Jesus do Oeste - Oeste do Estado 54

Quadro
13 Curitibanos e Frei Rogério – Dados dos municípios: Curitibanos e Frei Rogério 54

Quadro
14 Dados dos municípios: Tangará e Ibiam 54

Quadro
15 Dados dos municípios: Videira e Iomerê - Região Central do Estado 55

Quadro
16 Dados dos municípios: São Carlos e Cunhataí 55

Quadro
17 Dados dos municípios Maravilha, Tigrinhos e Flor do Sertão 55
Dados dos municípios São José do Cedro e Princesa 56
Quadro
18
Quadro
19 Dados dos municípios de São Miguel do Oeste/ Bandeirante e Barra Bonita 56

Quadro
20 Dados dos municípios Ituporanga e Chapadão do Lajeado 56

Quadro
21 Dados dos municípios Joaçaba e Luzerna 57

Quadro
22 Dados dos municípios de Campos Novos/Zortéa e Brunópolis 57

Quadro
23 Dados dos municípios de Sombrio e Balneário Gaivota 57

Quadro
24 Dados dos municípios de Araranguá e Balneário Arroio do Silva 58

Quadro
25 Ranking comparativo dos municípios sede IDH 1991,2000 e 2010 58

Quadro Número, percentual e tipo de oscilação do IDH dos municípios sede anos 1991, 2000 e
26 2010 59

Quadro
27 Ranking comparativo dos municípios emancipados IDH 1991, 2000 e 2010 61

Quadro
28 Comparativo em percentual do desempenho de IDH nos anos 1991, 2000 e 2010, 61
nos municípios emancipados estudados

Quadro
29 População e Posição de IDH dos municípios emancipados que sofreram 62
queda no ranking IDH de 2000 para 2010.

Quadro
30 Valores de IDH 1991, 2000 e 2010, médias e diferença atribuídos aos 65
munícipios sede e munícipios emancipado

Quadro
31 Municípios Sede com seus respectivos IDH e suas variações dos anos 1991,2000 e 2010 68

Quadro
32 Municípios Sede com Maior e Menor IDH nos anos 1991, 2000 e 2010 69

Quadro Municípios Emancipados com seus respectivos IDH e suas variações dos anos 1991, 2000
33 e 2010. 70

Quadro
34 Municípios Emancipados com Maior e Menor IDH nos anos 1991, 2000 e 2010 71

Quadro
35 Média anual de IDH para os Municípios Sede e Emancipados: 1999/2000/2010 73
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CF Constituição Federal
IDG Índice de Desigualdade de Gênero
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
IDHAD Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade
IDHM Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
IPM Índice de Pobreza Multidimensional
ONU Organização das Nações Unidas
PIB Produto Interno Bruto
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PPP Poder de Paridade de Compra
RDH Relatório de Desenvolvimento Humano
SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO 15
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA 15
1.2 OBJETIVOS 18
1.2.1 Objetivo Geral 18
1.2.2 Objetivos Específicos 18
1.3 JUSTIFICATIVA 18
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO 19
2.0 REFERENCIAL TEÓRICO 20
2.1 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO 20
2.1.1 Estado e seus elementos constitutivos 20
2.1.1.1 Incorporação, subdivisão, fusão e desmembramento . 22
2.1.1.2 Histórico da Emancipação dos Municípios no Brasil 23
2.2 INDICADORES NA GESTÃO PÚBLICA 26
2.2.1 Indicadores 26
2.2.2 Indicadores Socioeconômico 28
2.2.3 Índice de Desenvolvimento Humano 30
2.2.4 O Índice de Desenvolvimento Humano no Brasil 33
2.2.5 O Relatório do Desenvolvimento Humano 35
2.3 O ESTADO DE SANTA CATARINA 36
3.0 METODOLOGIA 38
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 38
3.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA 39
3.3 UNIVERSO E AMOSTRA............................................................................................................... 40
3.4 TÉCNICA DE COLETA E DE ANÁLISE DE DADOS 40
3.5 LIMITAÇÕES DO ESTUDO............................................................................................................ 42
4.0 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS.............................................................................. 42
4.1 O ESTADO DE SANTA CATARINA............................................................................................. 42
4.1.1 Breve história de Santa Catarina...................................................................................................... 46
4.2 CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS SEDES E EMANCIPADOS....................................... 50
4.2.1 Dados Referenciais entre Municípios Sede e Municípios Emancipados......................................... 52
4.3 IDH DOS MUNICÍPIOS SEDES E RESPECTIVOS MUNICÍPIOS EMANCIPADOS.................. 58
4.3.1 Posição dos municípios sede em relação ao IDH de 1991, 2000 e 2010........................................... 58
4.3.2 Posição dos municípios emancipados em relação ao IDH de 1991, 2000 e 2010.............................. 62
4.3.3 Relação entre o IDH dos municípios emancipados e dos respectivos municípios sede..................... 63
4.3.3.1 Análise dos resultados e dos dados obtidos...................................................................................... 64
5.0 CONCLUSÃO.................................................................................................................................. 76
5.1 SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS 78
REFERÊNCIAS 80
APÊNDICE A 85
Municípios de Santa Catarina, seus desmembramentos e datas de criação
15

1. INTRODUÇÃO

Neste capítulo serão apresentados: contextualização do tema, apresentação do


problema, objetivos, justificativa e estrutura de elaboração deste trabalho.

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA DE


PESQUISA

A criação de novos municípios tem historicamente vários elementos que são


favoráveis e desfavoráveis, tanto na apresentação de soluções das problemáticas de políticas
públicas sociais às populações, quanto na estruturação de uma postura equilibrada de gestão
das implicações políticas partidárias, com as políticas de gestão executiva dos mandatos para
os quais foram eleitos, ou almejam conquistar oportunamente. Conforme considerações de
Ferrer (2009, p. 136):

O tema é por demais complexo e não deve ser discutido sob o calor das emoções,
mesmo porque existem diversos interesses políticos de grupos familiares que
procuram manter o status quo ou criar novos cenários de liderança local e estadual.
Esse viés, sob a ótica estritamente política, é um fato insofismável. Não podemos
simplesmente responder se somos favoráveis ou não à emancipação dos distritos. A
questão central é: a emancipação acarretará efeitos positivos tanto para o emancipado
quanto para o Município-mãe? A resposta não pode ser dada sob a ótica política local,
mas sim por critérios objetivos e financeiros (FERRER, 2009, p. 136).

É necessário que haja um ponto de equilíbrio entre a compreensão do que vai fazer
bem na relação da arrecadação e distribuição das receitas e aparelhos públicos versus a
descentralização pela emancipação municipal. Para Bercovici (2008, p. 8): “o debate, portanto,
não deve ser entre descentralização e centralização, mas qual descentralização e para que (e
para quem) descentralizar, para que se evite o desequilíbrio das condições sociais de vida
regionalmente”
Emancipar pode significar inchar a máquina pública simplesmente por criar mais
uma estrutura administrativa, ou emancipar significará customizar receitas com as necessidades
populacionais, aproximando ainda mais a gestão da clientela a ser atendida. Distritos com
grande extensão territorial tendem a ter dificuldades na divisão da receita, bem como a
precarizar seus serviços públicos, tornando-os em muitos casos impraticáveis no que tange ao
desenvolvimento e atendimento das necessidades básicas da população.
16

Apesar deste cenário oportuno e quase de maturidade, onde a população junto com
gestores, tem em suas mãos uma característica física territorial que aponta grandes dificuldades
de uma gestão centralizada, é necessário refletir sobre outros aspectos não menos importantes.
É salutar que seja questionado o modo, a quem, quanto, onde e porque se vai investir em um
processo difícil e longo como este. Se há reclamações que motivem este processo, certamente
existe demanda, mas ao iniciar um processo emancipatório deve-se entender que, o que recebe
com escassez no momento; possa parar de vir. Por outro lado, deverá haver uma mobilização
organizada, objetiva e bem-intencionada dos vários níveis da população, dos políticos em cada
instância de governo da federação, da sociedade organizada local e nos níveis adjacentes.
Em um artigo escrito por Luiz (2009), é introduzida uma reflexão sobre
emancipação a partir de elementos históricos, abordando as questões inerentes a emancipação
de novos territórios, fazendo uma alusão etimológica interessante na seguinte direção: a
sociedade, para compreender e enfrentar as questões e desafios contemporâneos, precisa de uma
constante reconstrução, temáticas da Modernidade, pois seus apelos e desdobramentos são
determinantes das conjunturas e configurações sócio políticas contemporâneas. Esta fórmula
nos torna capazes de identificar processos históricos, enfrentar paradigmas estáticos e a renovar
a certeza da centralidade da razão, como uma das alternativas no processo de busca da
emancipação humana. Ou seja, é imprescindível sentir segurança no porto da razão, mas ainda
assim, apor o inconformismo das revoluções que desencadeiam desenvolvimento.
Hassler (2009) trabalha numa perspectiva de Geógrafo onde a análise se atém aos
fatos concretos, onde a equação emancipatória se dá em criar uma futura cidade fantasma ou
trazer a logística do aparelhamento social à cidade que, por processos de êxodo rural ou falta
de atividade econômica, vem perdendo população e com este caminho trazer de volta
desenvolvimento e pujança às cidadelas.
Com tão grande diversidade de desafios no que tange a encontrar ferramentas de
medidas ou ainda contemplar territorialmente num país de proporções continentais como o
Brasil, qualquer tentativa de generalizar, pode ser fracassada. Assim, conhecendo o fato de que
nas últimas duas décadas 11 municípios se emanciparam em Santa Catarina, as grandes dúvidas
são: como aconteceu, em quantos deles os objetivos da emancipação foram atingidos, quais os
aparelhos legais e institucionais foram usados e decisivos nos resultados.
A ideia central a ser desenvolvida ao longo desta pesquisa consistirá em analisar a
área de desenvolvimento humano no ambiente público, através de algum índice representativo
da referida esfera para os municípios que passaram nas últimas décadas pelo processo de
emancipação. Foi selecionado o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), por ser este o
17

índice que diferente do PIB e o PIB per capito que levam em consideração apenas aspectos de
evolução econômica. O IDH tem uma abordagem que avalia questões humanas e sociais, dando
uma perspectiva também com base em aspectos como saúde e educação.
Discussões acerca da qualidade de vida da população, espelhada em seus
indicadores, se fortaleceram a partir das discussões sobre o seu real significado e de seus
conceitos, como: prosperidade, progresso e principalmente, desenvolvimento. Para isso, os
governantes devem enfrentar inúmeros desafios e limitações, na busca pelo aumento da
qualidade de vida de seus governados. Gomes (2009, p.44) afirma que, “uma função essencial
da administração pública ou das políticas públicas de gestão é mitigar tais limitações com vistas
ao aumento de eficiência, seu objetivo primordial”. Assim, para obter o sucesso nas políticas
públicas, os governantes devem incessantemente buscar pelo efetivo cumprimento das funções
primordiais da Administração Pública: o aumento da eficiência e eficácia.
Nesse contexto, a gestão pública municipal (com a corrente da administração gerencial
sendo cada vez mais colocada em prática), já não pode mais apenas ser correta por análises
exclusivamente de marketing político. O gestor municipal e os demais prestadores de serviços
públicos, não podem apenas se ater a uma performance baseada em obras de aparência ou não
figurar em situações de corrupção ou possuir um bom marketing pessoal, devem preocupar-se
principalmente com resultados efetivos de gestão, na qualidade de vida e economia da
população. Assim, se torna cada dia mais importante e efetivo, tanto no acompanhamento de
gestão, quanto na mensuração do desenvolvimento, facilitar o efetivo controle pelos órgãos de
fiscalização e auditoria de resultados, os índices e suas correlações.
O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano ainda é um dos principais índices que
refletem o direcionamento da Administração Pública brasileira e mundial. Os relatórios
referentes ao índice de desenvolvimento humano são elaborados pela ONU através do Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD.
As políticas públicas do Brasil, que recentemente o classifica na octogésima quarta (84ª)
posição do IDH, denotam a resistência em desconsiderar fatores como aumento da expectativa
de vida da população, nível de saúde e taxa de alfabetização como norteadores da administração
pública. Deve-se melhorar a base da política pública, fortalecendo pontos como educação e
saúde para se colher resultados sólidos.
Diante do exposto pretende-se investigar a seguinte questão: Os municípios
emancipados tiveram avanços no seu IDH, comparados com os respectivos municípios sedes?
18

1.2 OBJETIVOS

Serão apresentados a seguir: Objetivo Geral e os Objetivos Específicos da proposta de


pesquisa.

1.2.1 Objetivo Geral

Comparar o IDH dos Municípios emancipados com dos respectivos Municípios sedes.

1.2.2 Objetivos Específicos

a) Caracterizar os municípios sede e emancipados objeto desse estudo.


b) Apresentar o IDH dos Municípios emancipados e dos respectivos Municípios sedes.
c) Levantar as diferenças do IDH dos Municípios emancipados quando comparados com
os respectivos Municípios sedes.

1.3.JUSTIFICATIVA

Neste trabalho pretende-se a partir do levantamento dos números resultantes dos índices
apontados pelo IBGE do IDH, nos municípios catarinenses que tiveram seus territórios
diminuídos a partir da emancipação de seus distritos, bem como dos novos municípios verificar
se houve avanço ou prejuízo na relação com seus municípios sedes.
A pesquisa foi realizada no Estado de Santa Catarina, um dos que junto com os demais
da região sul tiveram os melhores índices de IDH apontados do Brasil, caracterizado
principalmente pelas nossas particularidades na relação com outros estados de geografia,
desenvolvimento industrial, clima e demais elementos que fazem Santa Catarina ser comparada
a países europeus.
Mas, ainda que tendo em vista estas diferenças acredita-se que o que foi produzido com
esta pesquisa será uma ferramenta para novos trabalhos que tenham a intenção de aprofundar o
saber e os caminhos mais seguros para as decisões futuras que virem de encontro a perguntas
como emancipar é a solução para meu distrito?
Escolheu-se este tema principalmente por vivenciar a pouco a transição e
consolidação de um novo município distrito da cidade Içara, o novo município do Balneário
Rincão que nesta oportunidade não foi incluso na pesquisa pela falta de dados.
19

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

Capítulo 1: Introdução do trabalho. Na introdução destaca-se a contextualização do


tema e problema de pesquisa, os objetivos sobre o tema que será tratado o estudo, apresentação
dos seus objetivos (geral e específico), declaração da justificativa do estudo, sua importância
acadêmica e apresentação da estrutura do trabalho.
Capítulo 2: Fundamentação Teórica. Apresenta a coleta de referenciais teóricos,
buscando conceitos relacionados com o tema do estudo, bem como dá relevância ao assunto
“emancipação municipal”, com uma abordagem analítica, sua historicidade e efeitos na vida
das comunidades objeto deste estudo, com base nos índices do IDH. Faz a análise teórica sobre
o índice IDH, seus componentes e aspectos que o compõe.
Capítulo 3: Metodologia do Estudo. Descrição sobre o método de estudo/pesquisa
utilizado, definição do seu universo e amostragem, análise de dados e exposição das limitações
do estudo.
Capítulo 4: Resultados da Pesquisa. Retrata a análise e interpretação dos resultados
obtidos após a coleta dos dados junto aos municípios pesquisados.
Capítulo 5: Considerações Finais e recomendações para futuros trabalhos acadêmicos.
São propostas sugestões de melhorias aos processos emancipatórios, assim como uma direção
no sentido de sugerir elementos para nortear futuros trabalhos acadêmicos em relação ao caso
estudado.
20

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo será abordada a organização do Estado Brasileiro, apresentando os


elementos que o define, os entes da Federação e a emancipação do Brasil. Na sequência, serão
explanados os indicadores utilizados na Gestão Pública.

2.1 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO

2.1.1 Estado e seus elementos constitutivos

Na análise de aspectos teóricos da formação do Estado, tem-se a noção de Estado segundo


a qual ele é formado por três elementos. Conforme Maluf (2003): território, população e governo,
mantendo sobre esta sua comprovada soberania. Território é definido como a base física, o
âmbito geográfico, onde ocorre a validade jurídica. População entendida como o conjunto
formado entre povo e estrangeiros residentes, no entendimento de suas importâncias na
constituição do Estado e na justificação das Organizações Sociais. O Governo é uma delegação
de soberania nacional, a conceituação de governo depende da posição doutrinária, mas em
resumo sempre exprime o exercício do poder soberano. O Estado representa tudo o que é público
dentro de um país, incluindo uma série de instituições, tais como as escolas, os hospitais, as
forças armadas, as prisões, a polícia, os órgãos de fiscalização, as empresas estatais, entre outras.
Segundo Dellari (2003), a primeira forma da sociedade humana é a família, de que depende a
conservação do gênero humano e segunda forma é o estado, de que depende o bem comum dos
indivíduos.
Dispõe o artigo 1º da Constituição Federal (BRASIL, 1988) que a República Federativa
do Brasil, é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito, porém não se pode esquecer a união descrita
ali, não é apenas uma descrição teórica de como se relacionam os Estados, Municípios e Distrito
Federal, mas trata-se de um dos entes federativos do Brasil (TEMER, 2007).
Fernandes (2011) ao discorrer sobre o princípio federativo escreve:
O princípio federativo é responsável por definir a nossa forma de Estado, qual seja a
Federação, caracterizada pela união indissolúvel de organizações políticas dotadas de
autonomia, com fim de criação e manutenção do Estado Federal. (FERNANDES,
2011, p. 222).

Os “entes federados” têm sua personalidade característica e possuem autonomia política,


desde que respeitada a Constituição Federal. Ainda segundo Fernandes, ideia de Federação
relaciona-se com a noção de território, que é o fator limitante espacialmente, do exercício da
21

soberania estatal, assim, encontra-se no Estado Federativo, o governo central e vários outros
governos locais, que exercem uma ondem jurídica parcial.
O Brasil é composto de Estados Federados ou Estados Membros que gozam de
autonomia. Para Fernandes (2011), nos encontramos em processo de descentralização, gerando
assim “unidades parciais” que exercem sua autonomia política na forma da lei, concedida pela
Constituição. Estas unidades parciais são as “unidades federadas” de que trata Bonavides (2000)
e exercem um “sistema completo de poder, com legislação, governo e jurisdição própria”, sem
com isso, no entanto interferir na competência federal. Corroborando para a ideia de
descentralização, Fernandes (2011) comenta sobre as devidas competências em cada instância:
Por isso mesmo, para que tal descentralização se efetive na prática, é necessária uma
repartição rígida de competências entre o órgão de poder central – União – e as demais
expressões regionais – via de regra, os Estados-membros, mas no caso brasileiro
também os Municípios. (FERNANDES, 2011, p. 222).

Nesta mesma linha, Ramos (2017), cita,

A expressão “Estado-membro” qualifica as entidades regionais de um Estado do tipo


federal. Nas Federações, os Estados-membros são peças indispensáveis do arranjo
institucional federativo, o que justifica a expressão de largo uso. São eles, de fato e de
direito, membros da Federação, compondo união indissolúvel com a coletividade
central e, eventualmente, com unidades menores, de perfil comunitário. ( RAMOS,
2017, p.)

A autonomia dos Estados apresenta algumas características, como a capacidade de editar uma
Constituição própria e poder de produzir leis estaduais: Auto-organização e Normatização
própria., segundo Campanini (2011); que continua com o Autogoverno – quando o povo do
Estado escolhe seus representantes nos Executivos e Legislativos locais, por voto direto. A CF
prevê nos artigos números 27, 28 e 125, no âmbito do estado, os três poderes: Legislativo,
Executivo e Judiciário. Os Estados membros devem ainda possuir o poder de
Autoadministração no exercício de suas competências administrativas, legislativas e tributária.
O Distrito Federal também é um ente federativo (art. 1º e 18º CF de 1988),
apesar de não ser Estado-membro ou município, o DF tem competências legislativas e
tributárias reservadas aos Estados e municípios (art. 32, § 1º, e 147 da CF de 1988), com a
exceção do art. 22, XVII da CF de 1988 (o Poder Judiciário no DF é organizado pela União,
havendo assim uma diminuição da autonomia desse ente federativo). (CAMPANINI, 2011).
No artigo 18, parágrafo 1, da Constituição Federal do Brasil, encontramos que “A
organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal. ”
Os Municípios fazem parte da Federação como entidades federativas indispensáveis
22

e indivisíveis, tendo plena autonomia (ver art. 1º; 18; 29; 30 e 34, VII, alínea “c” da CF de
1988). (CAMPANINI, 2011)
Em análise as Constituições contemporâneas, nenhuma outra no mundo tem uma
tão distinta atenção ao Município (CAMPANINI, 2011). A autonomia dos municípios
caracteriza-se de forma semelhante à autonomia dos Estados, segundo Campanini (2011),
conforme os seguintes aspectos:
a) Capacidade de auto-organização e normatização própria: Lei Orgânica Municipal
(artigos 29 e 30 da CF de 1988) e edição de leis municipais;
b) Autogoverno: eleição de prefeito, vice-prefeito e vereadores sem ingerência da
União ou do Estado.
c) Autoadministração: realiza autonomamente as competências administrativa,
tributária e legislativa.

2.1.1.1 Incorporação, subdivisão, fusão e desmembramento

O artigo 18 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), define:

Art. 18 A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil


compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos,
nos termos desta Constituição. § 1º Brasília é a Capital Federal. § 2º Os Territórios
Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração
ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. § 3º Os Estados podem
incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
complementar. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei
complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (BRASIL, 1988)

Conforme mencionado acima, a criação, incorporação, fusão e desmembramento


de municípios será preconizada por leis estaduais. No entanto, para melhor compreensão destes
termos, Campanini (2011) oferece uma sintética explanação a respeito do assunto em cada uma
das alternativas:
a) Incorporação ou fusão: onde dois ou mais Estados com nova denominação se
unem. Extinguem-se as personalidades jurídicas dando início uma nova.
b) Subdivisão: o Estado originário subdivide-se em duas ou mais partes,
extinguindo-se a personalidade jurídica primitiva e criando-se novas (novos Estados).
c) Desmembramento:
23

– Anexação: consiste em separar-se uma parcela do território e da população de


um Estado, porém ele não perde denominação e a personalidade jurídica. Neste caso um Estado
perde para outro Estado parte do seu território e população. Assim, não há o que mudar nas
personalidades de ambos.
– Formação: neste caso um Estado perde parte de sua população e território, sem
perder sua personalidade originária. Diferentemente da anexação, neste caso forma-se um novo
Estado ou território com a parcela desmembrada e este com nova personalidade.
Assim, o Estado originário permanece como antes, com diminuição em seu
território e população, surgindo então um novo Estado, criando-se uma nova personalidade
jurídica. Foi o que ocorreu com o Estado de Tocantins (art. n. º 13, ADCT).
Na questão da criação de novos municípios, Campanini (2011) menciona:

A Constituição Federal prevê em seu art. 18, §4º, as formalidades para a formação de
municípios. Procedimento: 1. Criação de Lei Complementar Federal que estabeleça de
forma geral o período possível para a formação de novos municípios. Tal lei ainda não
foi editada, portanto a norma constitucional do § 4º do art. 18 tem eficácia limitada,
dependendo de complementação. 2. Lei ordinária federal que determine os requisitos
genéricos exigíveis, bem como a apresentação e publicação dos Estudos de viabilidade
Municipal. 3. Consulta prévia, mediante plebiscito, da população diretamente
interessada, ou seja, da população do distrito que se emancipa e se torna município,
bem como da população do município desmembrado. 4. Lei ordinária estadual criando
especificamente o novo município (CAMPANINI, 2011 p. 20).

2.1.1.2 Histórico da Emancipação dos Municípios no Brasil

A Emancipação dos municípios no Brasil ocorreu conforme o viés político de


determinada época. Magalhães (2007), temporiza estes processos na seguinte ordem
cronológica:
• Década de 1930: início do processo de emancipação
• Década entre 1970 e 1980: restringido pelos governos militares, após o término do
regime militar, as emancipações se intensificaram novamente.
• No ano de 1988, com a promulgação Constituição Federal os municípios passaram a ser
considerados “entes federativos” e a desempenhar um papel mais relevante na
administração pública brasileira.

“De 1984 a 2000 foram instalados [...] 1.405 municípios no país, sendo as regiões Sul
e Nordeste as que mais contribuíram em termos absolutos para esse crescimento.
Como, em 1984, existiam 4.102 municípios no Brasil, os novos municípios
correspondem a um aumento de 34,3%”. (MAGALHÃES, 2007, p.1).
24

• Já em 1996, conforme a legislação para a criação de municípios, a Emenda


Constitucional nº 15, de 12/10/1996, alterou o texto do § 4º do Art. 18 da Constituição
Federal de 1988, e passou a proibir a criação de novos municípios por leis estaduais,
podendo ocorrer apenas por meio de autorização em lei complementar federal. Ficando
assim estabelecido,
Art. 8. § 4º. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios
far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar
federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após a divulgação de Estudos de Viabilidade Municipal
apresentados e publicados na forma da lei. ’ (BRASIL, 1996).

• Nova mudança em 2008: Projeto de Lei Complementar 416/08, a esfera estadual volta
a ter autonomia de legislar quanto às emancipações:

‘Art. 2º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios


dependerão da realização de Estudos de Viabilidade Municipal - EVM e de consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, e far-se-ão por
lei estadual, obedecidos os prazos, procedimentos e condições estabelecidos nesta Lei
Complementar. ’ (BRASIL, 2008).

• Em 2015 foi criado o Projeto de Lei Complementar PLP 137/15 - Criação De


Municípios Projeto De Lei Complementar Nº 137, de 2015 que:

Dispõe sobre o procedimento para a criação, a incorporação, a fusão e o


desmembramento de Municípios, nos termos do § 4º do art. 18 da Constituição
Federal, altera a Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, e dá outras providências.
(Projeto de Lei Complementar PLP137/15 )

Caso esta seja a nova lei a regulamentar os trâmites de emancipação dos municípios; serão dois
os critérios principais para a efetivação do desmembramento: a viabilidade municipal
(econômico-financeiro, político-administrativo e socioambiental e urbano) e o número de
habitantes. A quantidade mínima de habitantes exigida para a criação de um município nas
regiões Sul e Sudeste será de 20 mil; no Nordeste, o mínimo 12 mil habitantes; e nas regiões
Centro-Oeste e Norte, 6 mil habitantes. Ainda, segundo os novos critérios, o primeiro passo
para a criação de um novo município é o pedido na Assembleia Legislativa, assinado por 20%
dos eleitores residentes na área geográfica diretamente afetada, no caso da criação ou
desmembramento. A Assembleia deverá em seguida coordenar um "estudo de viabilidade" do
novo município, caso haja viabilidade financeira e populacional, será realizado o plebiscito que
definirá a criação ou não do novo município. Caso a população rejeite a criação da nova cidade,
25

só poderá haver outro plebiscito com a mesma finalidade, no prazo de 12 anos.


O estabelecimento de critérios rígidos para emancipação dos municípios se faz
necessário, sob o risco de serem criadas duas comunidades desassistidas.
Lima (2007, p. 55) afirma que a excelência “pressupõe atenção prioritária ao
cidadão e à sociedade na condição de usuários do serviço público”. A sociedade como um todo
está atenta as atividades administrativas e públicas e está abastecida de critérios capazes de lhe
dar discernimento quanto à qualidade, eficiência e efetividade dos serviços públicos que recebe
e por isso mesmo, clama por maiores índices de satisfação no que tange os serviços prestados à
população. Isto posto temos o processo emancipatório como uma opção de melhorar a
performance de ação da governança em face aos recursos oferecidos para efetiva prestação do
serviço público (MAGALHÃES, 2007). Se assim não o for, de nada valerá a criação de um novo
município onde não poderão ser oferecidos serviços públicos de qualidade à sua população, para
que possam viver em melhores condições que as anteriores ao desmembramento. Neste sentido,
Bremaeker (1993) oferece um argumento bastante forte “aliás, não é de nosso conhecimento, até
hoje, que a comunidade de algum novo município tenha manifestado a vontade de retornar à
situação anterior (...), muito pelo contrário”.
Bremaeker (1993) realizou uma pesquisa questionando os prefeitos dos novos
municípios em 1992, com o intuito de identificar os motivos que os levavam a desejar sua
emancipação. Das setenta e duas respostas, foram compilados os seguintes dados:
• 54,2%: descaso por parte da administração do município de origem
• 23,6%: existência de forte atividade econômica local
• 20,8%: grande extensão territorial do município de origem
• 1,4%: aumento da população local
Em 1993, O IBAM (Instituto Brasileiro de Administração Municipal) divulgou, na
sua Revista de Administração Municipal, os resultados de uma pesquisa em que se procurou
identificar – perguntando diretamente aos novos prefeitos – quais os motivos que levam à
criação do município. A resposta mais frequente foi a alegação de “descaso por parte da
administração do município de origem”, apontada por 62,9% dos prefeitos dos novos
municípios (Bremaeker, 1993, pág. 90). Já a pesquisa realizada por Cigolini (1999) com 22
municípios do Paraná emancipados na década de 1990, as respostas foram:
• 60% condições econômicas favoráveis,
• 22% desejo da comunidade da comunidade local
• 18% plebiscito
Noronha (1996), na mesma revista cita o desenvolvimento social como causa para
26

a emancipação: “o desmembramento de cidades vem, geralmente, para melhorar a vida dos


cidadãos dos distritos que se emanciparam”. Além disso, “o processo de criação de municípios
muitas vezes provoca efeitos colaterais positivos que não são facilmente detectados. Isto ocorre,
por exemplo, em relação ao êxodo rural” (idem.). Existem outras características de
comportamento social (difíceis de mensurar) mas que podem ser observadas nas atitudes dos
moradores dos novos municípios, como um sentimento de apropriação, de pertencer a um lugar,
o que leva esta comunidade a trabalhar como que para si próprios, ajudando assim no
desenvolvimento local.
A argumentação de que o processo emancipatório traz desenvolvimento, uma vez
que a administração estando mais próxima à sua população e não a deixaria cair em “descaso”,
parece ser ainda bastante efetiva, uma vez que há 22 distritos pleiteando emancipação em Santa
Catarina, incluindo Santa Cruz do Timbó, em Porto União, segundo um levantamento do Jornal
Diário Catarinense. No entanto, o Distrito do Rio Maina, em Criciúma é o único com pedido
na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina “ALESC” que atende aos requisitos
básicos para virar município. O Distrito do Monte Alegre, em Camboriú, não tem proposta em
tramitação na ALESC mas oferece as condições necessárias para a emancipação.

2.2 INDICADORES NA GESTÃO PÚBLICA

Este capítulo irá discorrer sobre a definição de indicadores, indicadores sociais,


Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) Brasil, o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) e sua
relevância, e IDH no Estado de Santa Catarina.

2.2.1. Indicadores

Os indicadores são os elementos de apuração e mensuração, tanto para as escolhas


e avaliação de resultados, quanto para efetiva aplicação programática das políticas públicas,
como afirma Januzzi (2001):
No campo aplicado das políticas públicas, os indicadores sociais são medidas usadas
para permitir a operacionalização de um conceito abstrato ou de uma demanda de
interesse programático. Os indicadores apontam, indicam, aproximam, traduzem em
termos operacionais as dimensões sociais de interesse definidas a partir de escolhas
teóricas ou políticas realizadas anteriormente (JANUZZI, 2001 p.2).
27

Dada a importância do uso de indicadores para a Administração Pública, Guimarães


(2008) assegura que ter conhecimento claro a respeito do funcionamento da administração
pública, ajuda no desenvolvimento de políticas públicas efetivas quanto a administração de seus
recursos e custos, bem como torna a gestão pública mais confiável.
Kayano e Caldas (2002) definem indicadores como sendo os instrumentos de
controle da gestão, bem como de sua verificação quanto a eficiência tanto na administração
privada, quanto na pública. Na questão da gestão pública, estes instrumentos permitem
comparação desta ou daquela medida, neste ou naquele espaço territorial, que podem ser os
bairros do município, quanto também sua aplicabilidade e resposta da população em
determinado espaço de tempo. E ainda mais, para Kayano e Caldas (2002), no caso da
administração pública, os indicadores aumentam a transparência da gestão, facilitam o diálogo
com a sociedade envolvida, recuperando com esta, a confiabilidade no uso e gestão dos recursos
públicos.
A visibilidade das ações na gestão pública na atualidade é percebida em tempo real,
uma vez que a população tem acesso através dos mais diversos meios de comunicação e das
redes sociais, bem como acesso as mais diversas opiniões, imbuindo-se de mecanismos que a
torna de capaz de discernir a qualidade e efetividade na relação com os demais entes da
federação. Cada dia mais tem-se apresentado uma condição imprescindível ao gestor público,
a necessidade da compreensão das demandas, dos conteúdos programáticos, das aplicações e
seus resultados, assim a transparência e a prestação de contas com a publicidade de seus atos,
implicando então na escolha e aplicação das práticas de accountability através de indicadores
que sejam precisos nos seus resultados e claros para aqueles que queiram fiscalizar e comprovar
a efetividade de sua gestão (LIMA, 2007). Razão porque, conforme Januzzi (2001), é necessário
“racionalizar na construção e escolha dos indicadores adequados” para que estes possam ser
construídos a partir da demanda de interesse público, como afirma Januzzi (2002), que podem
estar centralizadas na melhoria do atendimento à saúde de um determinado local, ou a
implantação de programa habitacionais em outro.

2.2.2 Indicadores Socioeconômicos

Os indicadores, como o próprio nome já diz, indicam medidas para determinados


parâmetros que podem ser de ordem social, econômica e ambiental. Através da identificação
destes é possível mensurar aspectos relacionados a uma determinada realidade; estes
28

indicadores têm a intenção de apontar as características básicas do desenvolvimento das


sociedades. Segundo Nohlen e Nuscheler (1993), a discussão em torno de indicadores de
desenvolvimento socioeconômico ganhou força na década de 70 com os trabalhos da ONU,
Unrisd e da Unesco. Sentiu-se a necessidade de uma abordagem social ao lado de indicadores
econômicos para que assim a análise sobre o desenvolvimento de uma região ou país, se
configurasse em dados reais. No entanto, a “escolha” destes parâmetros pode ser bastante
subjetiva quanto aos seus resultados. “Em função disso, a questão essencial não está relacionada
ao fato de como mensurar algo, mas, sobretudo, se aquilo que está sendo mensurado realmente
expressa aspectos relevantes do processo de desenvolvimento que está sendo analisado”
(Nohlen; Nuscheler, 1993).
Apesar da inconsistência de qualquer indicador, pois cada região ou país têm seus
aspectos distintos, será destes indicadores que as políticas públicas se valerão para aplicar
recursos no desenvolvimento desta ou daquela região, neste ou naquele momento.
Os indicadores sociais se prestam a subsidiar as atividades de planejamento público e
formulação de políticas sociais nas diferentes esferas de governo, possibilitam o
monitoramento das condições de vida e bem-estar da população por parte do poder
público e sociedade civil e permitem aprofundamento da investigação acadêmica
sobre a mudança social e sobre os determinantes dos diferentes fenômenos sociais.
(JANUZZI, 2001 p.2).

Citando novamente Nohlen e Nuscheler (1993), os indicadores sociais são “parciais


e substituíveis”.
Os indicadores socioeconômicos têm a intenção de ser representativos a ponto de
qualificarem e ao mesmo tempo, quantificarem parâmetros que dentro de um consenso,
forneçam dados referentes ao desenvolvimento de uma região ou país. Enfatizando sempre que
estes indicadores não existem de forma isolada e devem ser analisados em conjunto para
expressem resultados satisfatórios. Para Aristóteles “... a riqueza não é manifestamente o bem
que buscamos; pois ela é meramente utilitária, em vista de outra coisa”. (Aristóteles, séc. IV
a.C.), logo, como afirma McGranahan, (1974) “indicadores de desenvolvimento são, na melhor
das hipóteses, apenas variáveis representativas de aspectos parciais de determinados processos
de desenvolvimento em contextos bem específicos”.
Os principais indicadores socioeconômicos utilizados na atualidade e que têm a
intenção de “medir” o desenvolvimento são o PIB, a renda per capita, o IDH, o Coeficiente de
Gini, o nível de desemprego e a oferta de serviços públicos à população.
• PIB: Produto Interno Bruto “valor agregado de todos os bens e serviços finais
produzidos dentro do território econômico de um país, independentemente da
nacionalidade dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços”
29

(Sandroni, 1987, p. 234)


• Renda Per Capta: Renda per capita é uma expressão em latim que significa "renda por
cabeça". É o valor da renda média por pessoa no país.
• IDH: Índice de Desenvolvimento Humano.
a) a Renda Bruta per capita da população
b) a Expectativa de Vida
c) o Acesso à educação
• Coeficiente de Gini: mede o índice de desigualdade social
• Taxa de Desemprego
• Oferta de Serviços Públicos

Os indicadores socioeconômicos precisam ser parâmetros capazes de mensurar o


desenvolvimento social e humano. Difícil é, determinar até que ponto a interferência dos
gestores públicos pode influenciar na qualificação e na quantificação destes resultados. Ainda
que haja políticas públicas eficientes, é um impasse mensurar o quanto esta ou aquela área ou
atividade influenciará no desenvolvimento social. Os gestores públicos têm esta ambição, a de
buscar parâmetros capazes de mensurar sua performance.

Segundo Slomski (1999, p. 36), o cidadão, no papel de principal, não sabe com
certeza se o seu gestor público, no papel de agente, está maximizando o retorno de seu capital,
como ele desejaria, na produção de bens e serviços, gerando, assim, uma assimetria
informacional.
Alcançar os objetivos por meio de um planejamento visando aumentar os índices
de desenvolvimento humano vem se mostrando uma tendência para o futuro da governança. A
gestão por resultados, baseada no aumento dos indicadores econômicos e sociais, já é aplicada
atualmente em muitos governos. Gomes (2009), considera que a Gestão por Resultados deve
“focar na efetividade ou no que de fato interessa ao cidadão e a sociedade” A gestão por
resultados não é apenas a aplicação das melhores práticas de gestão com o intuito de equalizar
os investimentos e recursos do município, mas como Gomes (2009) propõe, é elemento
importante até para propor a construção de um projeto de governo:

É importante reforçar que um modelo de Gestão por Resultados implica, tendo em


vista os mecanismos de coordenação discutidos, a formulação clara de objetivos e sua
tradução em resultados em todos os momentos em que se toma decisão, inclusive na
definição dos projetos e das formas como sua implantação será avaliada. (GOMES,
2009, p.75).

Para o IBGE, a Síntese de Indicadores Sociais – SIS, faz uma análise sobre a
qualidade de vida e nível de bem-estar da população, bem como da efetivação de seus direitos
humanos e sociais. O estudo busca informações concretas para mapear as desigualdades e seus
30

efeitos sobre a realidade social brasileira, com o objetivo de incorporar políticas públicas
adequadas, que sejam efetivas na eliminação das desigualdades sociais, de gênero, cor, raça ou
grupos de idade.

2.2.3 Índice de Desenvolvimento Humano

O IDH é um indicador social criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do


economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998. (PNUD,
2015), representa uma medida conjunta de três dimensões do desenvolvimento humano: viver
uma vida longa e saudável, medida pela esperança de vida; ter estudos, calculado pela taxa de
alfabetização de adultos e pelas matrículas dos níveis primário, secundário e superior; e ter um
padrão de vida digno, medido pelo rendimento de paridade do poder de compra. (SILVA;
SOUZA-LIMA, 2010)
A partir dos anos 1990 conforme artigo explicativo do PNUD no site da ONU, o
IDH ficou mais difundido e usado e começou a compor o Relatório de Desenvolvimento
Humano (RDH), produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento -
PNUD, e baseia-se em indicadores de: Taxa de alfabetização de adultos (%)- Taxa de
escolarização bruta combinada (%)- PIB per capita (US$), -Esperança de vida à nascença (anos)
O Índice varia de 0 a 1. Sendo 1 o melhor ranking indicativo.
• IDH menor que 0,550: baixo desenvolvimento humano;
• IDH entre 0,551 e 0,699: médio desenvolvimento humano;
• IDH entre 0,700 e 0,799: alto desenvolvimento humano;
• IDH acima de 0,800: muito alto desenvolvimento humano
O IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. No
entanto, democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos
do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH. Embora não contemple esses
quesitos, o IDH tem o grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar
o debate acerca dos temas sociais para a qualidade da vida das pessoas e por influenciar as
políticas públicas. (PNUD, 2015)
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede o progresso de uma nação a partir
de três dimensões: renda, saúde e educação. Esses três pilares que constituem o IDH são
mensurados da seguinte forma (PNUD, 2015):
a) qualidade de vida e saúde é medida pela expectativa de vida;
b) nível da educação das populações, medido da seguinte forma:
31

- Média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação


recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e
- Expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar,
que é o número total de anos de escolaridade que uma criança na idade de iniciar a vida escolar
pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade
permanecerem os mesmos durante a vida da criança;
c) padrão de vida na perspectiva da renda é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB)
per capita expressa em poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005
como ano de referência.
Em 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano completou 20 anos, novas
metodologias foram incorporadas para o cálculo do IDH (PNUD, 2015). Indicadores
complementares ao de desenvolvimento humano foram também utilizados para os estudos (IDH
– IDHAD, IPM e IDG). O Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade
(IDHAD). Esse índice parte do conceito que o IDH é uma medida média das conquistas de
desenvolvimento humano básico em um país. Como todas as médias, o IDH mascara a
desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano entre a população no nível de país.
O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que leva em consideração a
desigualdade em todas as três dimensões do IDH “descontando” o valor médio de cada
dimensão de acordo com seu nível de desigualdade.
Com a implementação do IDHAD, o índice do IDH tradicional pode ser visto, por
se tratar de uma média, como um índice de desenvolvimento humano “potencial” e o IDHAD
como um índice do desenvolvimento humano “real”. As distorções no desenvolvimento
humano potencial devido à desigualdade são dadas pela diferença entre o IDH e o IDHAD e
podem ser expressas por um percentual. O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG). Ele reflete
disparidades com base no gênero em três segmentos – da saúde reprodutiva, da autonomia e da
atividade econômica (PNUD, 2015).

A saúde reprodutiva é medida pelas taxas de mortalidade materna e de fertilidade entre


as adolescentes; a autonomia é medida pela proporção de assentos parlamentares
ocupados por cada gênero e a obtenção de educação secundária ou superior por cada
gênero; e a atividade econômica é medida pela taxa de participação no mercado de
trabalho para cada gênero (PNUD, 2015).

Esse índice substitui dois índices anteriores a ele: Índice de Desenvolvimento


relacionado ao Gênero e Índice de Autonomia de Gênero. Ele identifica as perdas no
desenvolvimento humano devido à desigualdade entre as conquistas femininas e masculinas
32

nas três dimensões do IDG (saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica). Além destes
o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM). O IDH 2010 introduziu o Índice de Pobreza
Multidimensional (IPM), que identifica privações múltiplas em educação, saúde e padrão de
vida nos mesmos domicílios. Estes elementos, educação e saúde baseiam-se em dois
indicadores cada, enquanto a dimensão do padrão de vida se baseia em seis indicadores. Todos
os indicadores necessários para elaborar o IPM para um domicílio são obtidos pela mesma
pesquisa domiciliar (PNUD, 2015).
Os indicadores são ponderados e os níveis de privação são computados para cada
domicílio na pesquisa. Um corte de 33,3%, que equivale a um terço dos indicadores ponderados,
é usado para distinguir entre os pobres e os não pobres. Se o nível de privação domiciliar for
33,3% ou maior, esse domicílio (e todos nele) é multidimensionalmente pobre. Os domicílios
com um nível de privação maior que ou igual a 20%, mas menor que 33,3%, são vulneráveis
ou estão em risco de se tornarem multidimensionalmente pobres (PNUD, 2015).
O Índice de pobreza multidimensional é um indicador complementar de
acompanhamento do desenvolvimento humano e tem como objetivo acompanhar a pobreza que
vai além da pobreza de renda, medida pelo Banco Mundial através do percentual da população
que vive abaixo da linha de pobreza, PPP US$1,25 por dia. Ela mostra que a pobreza de renda
relata apenas uma parte da história. (PNUD, 2015).
Na perspectiva da Organização das Nações Unidas, a compreensão do conceito de
desenvolvimento humano é a forma de compreendermos seu indicador. Ele nasceu definido
como um processo de ampliação das escolhas das pessoas para que elas tenham capacidades e
oportunidades para serem aquilo que desejam ser. (PNUD, 2015)
Diferente da visão apenas econômica, que considera o bem-estar de uma sociedade pelos
recursos ou pela renda que ela pode gerar, a forma como se percebe o desenvolvimento humano
foca-se diretamente nas pessoas, suas oportunidades e capacidades. A renda é importante nesse
sentido, mas como um dos meios do desenvolvimento e não como seu fim. É uma mudança de
perspectiva: com o desenvolvimento humano, o foco é transferido do crescimento econômico,
ou da renda, para o ser humano. (PNUD, 2015)
Em relação às questões de natureza externa, é possível identificar com maior clareza,
por intermédio do IDH, os abismos que separam nações desenvolvidas, em desenvolvimento e
subdesenvolvidas (SILVA; SOUZA-LIMA, 2010).
A base conceitual IDH ainda prevê que para aferir o avanço na qualidade de vida de
uma população é patente ir além do viés puramente econômico e observar outras características
sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana (PNUD,
33

2015).
Em função de sua simplicidade e facilidade de entendimento, os governos e as
instituições públicas passaram a adotar o IDH como uma alternativa para medir o próprio
desempenho. (SILVA; SOUZA-LIMA, 2010)
Esses são os conceitos que encabeçam o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
e também o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicados anualmente pelo PNUD
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2015).

2.2.4 O Índice de Desenvolvimento Humano no Brasil

Conhecer o IDH facilita a mensuração do desenvolvimento humano em todas as


esferas das comunidades, apesar de neste trabalho focarmos mais a questão sob a ótica dos
municípios, e especialmente os envolvidos em processos emancipatórios, o IDH transcende
indo em sua mensuração onde a humanidade e suas comunidades estão. O Brasil obteve uma
experiência pioneira ao desenvolver o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDH-
M, em parceria com o PNUD, o IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, e a Fundação
João Pinheiro, de Minas Gerais. Dessa forma, o IDH foi adaptado para retratar, em termos de
desenvolvimento humano, as diferentes realidades dos municípios brasileiros (SILVA;
SOUZA-LIMA, 2010).
O desenvolvimento e a aplicação do IDH e do IDH-M em diversos estudos no Brasil
possibilitaram uma maior aproximação no que se refere ao entendimento e a utilização do índice
por toda a sociedade, em especial no desenvolvimento de políticas públicas. Atualmente, no
Brasil, esses índices tornaram-se referências nacionais, possibilitando uma avaliação mais
abrangente do nível de desenvolvimento humano do País e das precárias condições sociais que
afligem boa parte da população, principalmente nas regiões menos desenvolvidas (SILVA;
SOUZA-LIMA, 2010). O Programa para as Nações Unidas de Desenvolvimento no Brasil,
“PNUD”, é uma das 22 agências, fundos e programas presentes no Brasil, dos quais 20 são
residentes e 2 não-residentes. O PNUD é o organismo das Organização das Nações Unidas –
ONU, que reúne a experiência técnica e os subsídios necessários para coordenar as atividades
de desenvolvimento entre as agências que formam o Sistema das Nações Unidas. Para a ONU,
melhorar os níveis de desenvolvimento humano, principal mandato do PNUD, é um elemento-
chave na criação de condições para a paz e segurança internacional.
Baseado no desenvolvimento e implementação de projetos de cooperação técnica
em parcerias com instituições nacionais, o PNUD (2015) visa apoiar:
34

Implementação de políticas para fortalecer setores críticos para o desenvolvimento


humano;
Promoção dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio;
Desenvolvimento de capacidades institucionais nos governos federal, estaduais e
municipais;
Fortalecimento do papel da sociedade civil e do setor privado na busca do
desenvolvimento humano e sustentável.

Nesse sentido, estas parcerias têm se desenvolvido em diversas áreas temáticas,


como políticas sociais, governança democrática, segurança pública e meio ambiente, buscando
responder aos desafios específicos do Brasil e às demandas do país dentro de uma visão
integrada de desenvolvimento. Entre as atividades do PNUD está a busca em auxiliar os países
a elaborar e compartilhar soluções e ações positivas para os desafios que representam as
seguintes questões:
Governabilidade democrática e governança
Redução da pobreza
Prevenção e recuperação frente a crises
Energia e Meio Ambiente
HIV/AIDS
Empoderamento das mulheres
Desenvolvimento de capacidade

Em cada uma dessas esferas temáticas, o PNUD defende a proteção dos direitos
humanos e especialmente a igualdade entre todos. O PNUD (2015) acredita que:

Para reduzir a pobreza, melhorar a igualdade e gerar empregos o crescimento


econômico precisa ser inclusivo. Crescimento inclusivo é também essencial para o
alcance dos ODM. O processo de globalização, quando bem gerenciado, torna-se um
ingrediente importante para o crescimento com inclusão social. Neste contexto, o
PNUD trabalha para promover melhorias reais na vida das pessoas, dando a elas
acesso a oportunidades e a suas próprias escolhas (PNUD, 2015).

Portanto, na totalidade de suas atividades, o PNUD busca encorajar a proteção dos


direitos humanos e a igualdade de gênero e raça. Desde 2000, o programa fomenta também o
comprometimento e a discussão em prol do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio (ODM) (PNUD, 2015).
Presente no Brasil desde a década de 60, a atuação do PNUD no país tem tido como
temas centrais o desenvolvimento de capacidades, ciência e tecnologia, a modernização do
Estado e o fortalecimento de suas instituições, o combate à pobreza e à exclusão social, a
conservação ambiental e uso sustentável de recursos naturais (PNUD, 2015), sendo um
35

programa que representa a organização da ONU, que promove pesquisa e troca de informações
conectando os países através dos conhecimentos, da experiência e dos recursos que a
organização possui e que são fundamentais para ajudar os governantes a proporcionar uma vida
melhor aos seus cidadãos. O PNUD está presente em 166 países e territórios, trabalhando
diretamente com os governos, instituições e pessoas a fim de ajudá-los a encontrar suas próprias
soluções para as dificuldades mundiais e nacionais de desenvolvimento (PNUD, 2015). Para
além da atuação dentro do país, o PNUD Brasil tem colaborado na implementação da
cooperação horizontal (sul-sul) do governo brasileiro. (PNUD, 2015).

2.2.5 O Relatório do Desenvolvimento Humano

O primeiro Relatório de Desenvolvimento Humano foi publicado em 1990, com as


informações obtidas pelo recém-criado IDH. Seus autores tinham no centro das suas intenções
demonstrar para a humanidade que os verdadeiros valores que uma nação é seu povo. Sua
premissa, naquela época, remontava a uma elegante simplicidade: um índice que representasse
não somente a riqueza material de um grupo de pessoas, mas também sua esperança de vida,
alfabetização, e outros fatores sociais (PNUD, 2015).
Hoje, já não há como uma imaterial teoria o RDH, mas um relatório que com suas
medições e dados oferecem verdadeiramente elementos tangíveis para mensurar em todos os
níveis a qualidade de vida e vivencia das nações e povos ao redor de nosso planeta. Desde então,
esta nova abordagem sobre o desenvolvimento humano influenciou e ainda vem influenciando
toda uma geração de gestores políticos e especialistas em desenvolvimento mundiais.
Analisando os dados obtidos disponíveis neste relatório, pode-se concluir que ainda existe
muito a ser feito para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Baseado nesses números,
muitos países puderam propor e implementar ações que melhoraram a qualidade de vida e
geração de riqueza em seus países; obtiveram ganhos expressivos na saúde e educação, apesar
de não terem obtido significativo crescimento econômico. (PNUD, 2015)
Por outro lado, também, países de grande desenvolvimento econômico obtiveram
baixo progresso nos padrões de vida em geral. O mundo avançou desde 1990. Tem havido
muitos ganhos (na alfabetização, por exemplo), mas a abordagem do desenvolvimento humano
está empenhada em concentrar-se no que permanece por fazer – o que exige mais atenções no
mundo contemporâneo – da pobreza e da privação à desigualdade e à insegurança. (PNUD,
2015).
36

O Relatório também mostra que muitos países apresentaram progressos


significativos em muitas áreas, com a agradável surpresa de que os países mais pobres
apresentaram ganhos maiores. Embora haja resultados bem positivos desde então, nem todas as
notícias são boas. Infelizmente, alguns países recuaram nos valores do IDH desde o primeiro
Relatório, publicado em 1990. São reflexos de má implementação de políticas públicas, de
carências e de falhas nos combates às doenças e conflitos armados (PNUD, 2015).

2.3 O ESTADO DE SANTA CATARINA

O estado de Santa Catarina produziu por sua Secretaria de Estado de Educação um


relatório denominado Santa Catarina no IDH, com dados que demonstram a performance
atingida pelo estado na aferição do IDH 2013 pelo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
documento produzido na parceria pelo PNUD, IPEA e a Fundação João Pinheiro.
Santa Catarina está em 3º lugar no IDHM 2010 entre os Estados brasileiros. Os fatores
utilizados como referência par ao cálculo do IDH entre os Estados:
a) Expectativa de vida ao nascer
b) Educação
c) Renda per capita.
São consideradas cinco escalas de valores que conceituam em Muito Baixo, Baixo,
Médio, Alto e Muito Alto., como já foi citado no item 2.2.3:
• Muito Baixo: de zero (0) a 0,499
• Baixo: de 0,5 e 0,599
• Médio: entre: 0,6 a 0,699
• Alto de: 0,7 a 0,799
• Muito alto, variando entre 0,8 a 1,00.

Santa Catarina teve um crescimento de 15,35% entre o IDH do ano 2000 e 2010,
superando os índices dos demais Estados da Região Sul.
O Estado catarinense obteve nota 0,774, sendo que o IDHM varia numa escala de 0
a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do município ou Estado.
37

Gráfico 1- Demonstrativo de IDH de Santa Catarina nos anos 1991, 2000 e 2010

IDH Santa Catarina 1991, 2000, 2010

0,77

0,67

0,54

0
2010 ALTO
0
2000 MÉDIO
0
1991 BAIXO
IDH SC

1 2

IDH SC 1991 BAIXO 2000 MÉDIO 2010 ALTO

Fonte: IBGE 2010 – Dados compilados pelo autor

Dentro do Estado catarinenses., foi observado um crescimento de IDH, cuja


variação ficou entre 7,19 e 45,67%, nos anos de 2000 para 2010. Destacando-se o município
Calmon, que alcançou o maior (45,67%): passando de IDH Baixo (0,427) em 2000 para Médio
em 2010 (0,622).
O município de Chapadão do Lajeado ultrapassou três faixas, indo de IDH Muito
Baixo (0,490) para Elevado (0,704).
Esta mesma tendência não foi observada nos grandes municípios. A capital
Florianópolis, por exemplo, cresceu apenas 10.57%, Blumenau, 10,57%, Joinville, 13,8%.
No IDH de 2010 Santa Catarina não registrou nenhum município com IDH entre
muito baixo e baixo. Já no anterior, IDH 2000, foram 9 municípios com IDH muito baixo e 103
municípios com IDH Baixo. (Dados trabalhados na ASEST/SED/SC)
38

3 METODOLOGIA

O trabalho científico deve apresentar uma metodologia que atenda aos


objetivos que se pretenda alcançar.

“Pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada,


desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela ciência”
(RUIZ, 1991. p.44).

Sendo assim, nesta fase do trabalho será apresentada a metodologia que será utilizada
como referência para esta pesquisa. De forma mais minuciosa, serão descritas sua
caracterização e classificação, seguido pelo universo e amostragem a ser consideradas, as
técnicas de coleta e análise de dados, perspectiva de estudo e, por fim, as limitações do
método de pesquisa.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

De acordo com Fonseca (2002), a pesquisa possibilita uma aproximação e um entendimento da


realidade a investigar, como um processo permanentemente inacabado.
A pesquisa pode ser qualitativa ou quantitativa quanto a sua abordagem e por se adequar aos
objetivos deste trabalho, a pesquisa será a do tipo quantitativa.
De acordo com Fonseca (2002, p. 20),
" os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as
amostras
geralmente são grandeseconsideradas representativas da população, os result
ados são tomados como
se constituíssem um retrato real de todaa população alvo da pesquisa.
A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. [...]A pesquisa quantitativa
recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno,
as relações entre variáveis, etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa
e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia
conseguirisoladamente." ( FONSECA. 2002, p. 20)

A pesquisa quantitativa expressa em númerosa realidade dos fenômenos abordados neste


estudo, com resultados seguros de que os índices apurados mensuraram de fato o que aconteceu
nos municípios pesquisados.
Conforme os ensinamentos de Richardson (1989), este método caracteriza-se pelo emprego da
quantificação, tanto na coleta de informações, quanto no processamento destas através de
técnicas estatísticas, desde aquelas que são básicas no processo quanto as mais importantes.
Conforme foi mencionado, possui como diferencial a intenção de garantir precisão na forma
39

de coletar e de buscar dados, conduzindo a um resultado de mínimas distorções. Ainda que


apresente dados quantitivos capazes de “numerar”, através dos indices de IDH e da classificção
que estes números oferecem; a pesquisa tem também caráter qualitativo, uma vez que a
classificação numérica do IDH é também conceitual. Exemplificando: O IDH apresenta-se
com valores numéricos entre 1 e 0, que representam conceitualmente indíces de
desenvolvimento entre “Muito elevado e baixo”.
Nestes conceitos estão envolvidos parâmetros de qualidade de vida, que mesmo podendo ser
quantiifcados ( como expectativa de vida, grau de escolaridade), representam muito mais que
números, representando o quanto os municípios sede e emancipados, influenciaram no
desenvolvimento de seus habitantes através das políticas públicas aplicadas ( ou a falta delas)!

3.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa realizada neste trabalho tem caráter descritivo. Pesquisa descritiva,


como o próprio nome já diz, tem o objetivo de “descrever com exatidão os fatos e
fenômenos de determinada realidade” (TRIVIÑOS, 1987, p. 1000. A estatística descritiva
representa “umconjunto de técnicas que têm por finalidade descrever, resumir, totalizar e
apresentar graficamente dados de pesquisa” (IATROS, 2007).
Como fonte de pesquisa foi necessário recorrer à literatura, sendo assim, o
trabalho apresentado apresenta também caráter de pesquisa bibliográfica, que tem como
base material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e
material disponibilizado na Internet. A literatura consultada auxilia a fundamentar os
fenômenos estudados.
Esta pesquisa se caracteriza também por ser documental, pois foi elaborada a
partir de materiais que não receberam tratamento analítico. Quanto aos documentos
utilizados como base de dados. Através de sites do PNUD (Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento), IPEA, SED / SC, Fundação João Pinheiro / FJP; foram obtidas
informações que foram agregadas à pesquisa, tanto na busca dos índices mais adequados,
quanto no universo dos municípios.
A pesquisa realizada neste trabalho tem caráter descritivo, como já mencionado. Por
que “caráter descritivo”? Considerando que a descrição retrata um momento único e não uma
seqüência de acontecimentos ao longo dos tempos, mas sim, dentro de um peíodo de tempo
determinado. Esta pesquisa pode ser carcterizada como descritiva, pois visa descrever os fatos
40

que levaram às suas conclusões com base em dados reais e numéricos, (tornando-a por este
motivo, também uma pesquisa quantitativa.) Este tipo de pesquisa faz um diagnóstico do
momento atual, baseado em dados fornecidos pelo momento experenciado e limitado pelo
pesquisador. Uma descrição, para ser substancialmente confiável, deve apresentar dados tanto
quantitativos quanto qualitativos, oferencendo assim confiabilidade aos dados descritos:
chegando ao ponto de ser “visível”o que se quer descrever, como uma iamgem, uma foto
“verbalizada”. O trabalho que segue faz este tipo de levantamendo de dados, oferecendo-os de
forma “visível”, baseado na pesquisa documental apresentada pelos municípios, obejtos deste
estudo. Estes documentos são comprobatórios da sequencia operacional entre a tomada de
decisão pela emancipação até a concretização do fato.
Outros documentos de ordem menos específica, foram consultados como de
comparação e fundamentação de dados e fatos levantados. Um levantamento bibliográfico, de
dados genéricos sobre o assunto foi feito com o intuito de se obter maior conhecimento e
enriquecer a pesquisa através de conceitos já pré definidos e experienciados por diversos autores

3.3 UNIVERSO E AMOSTRA

A amostragem foi eleita de forma intencional o Estado de Santa Catarina (universo


da pesquisa) nos municípios cuja fundação se registrou nas últimas duas décadas. Os municípios
que vão compor a amostra são: Alto Bela Vista, Paial, Treviso, Palmeira, São Bernardino, Jupiá,
Bom Jesus, Entre Rios, Bom Jesus do Oeste, Saltinho, Santa Terezinha do Progresso, Frei
Rogério, Ibiam, Iomerê, Cunhataí, Tigrinhos, Flor do Sertão, Princesa, Bandeirante, Chapadão
do Lajeado, Luzerna, Zortéa, Barra Bonita, Brunópolis, Balneário Gaivota e Balneário Arroio
do Silva. Sendo assim, esta pesquisa aconteceu a partir de análise dos municípios que se
emanciparam nas últimas duas décadas a partir de 1995 no Estado de Santa Catarina. Cabe
salientar que não foram incluídos os municípios de Praia Brava e Balneário Rincão em face de
que suas emancipações se consolidarem em 2013 e assim sem condições de inseri-los pela falta
de dados.

3.4 TÉCNICA DE COLETA E DE ANÁLISE DE DADOS

A coleta de dados se deu por meio do levantamento documental, leitura de artigo científicos,
41

relatórios dos diversos órgãos de controle e divulgação de gestões.Foi realizada uma busca de
dados dos municípios emancipados e suas sedes em relação aos índices de desenvolvimento
humano constantes do IDH municipal, nos levantamentos de 1991, 2000 e 2010.
Com os dados levantados e processados, criou-se uma correlação entre os
municípios sede e seus emancipados. Desta forma foram acompanhados os números através
dos índices, determinando-se quais municípios obtiveram desenvolvimentos distintos.
O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados, no caso os dados de IDH
fornecidos pelo IBGE e Ministério das Cidades.
Inicialmente como já estabelecido, foi levantado o número de municípios
catarinenses que haviam passado nos últimos vinte anos por processo de emancipação, no site
do IBGE elencando aqueles com data de fundação dentro do período proposto.
Os dados relativos ao IDH dos municípios foi o próximo passo. Conhecendo-se o
ranking do IDH, o melhor e pior resultados no índice foram analisados para fazer um
comparativo do ano 2010 nas questões de resultados estatísticos econômicos. O ano de 2010
foi escolhido em razão de ser o último ano de relatório IDH disponível no site IBGE.
Usou-se documentos oferecidos pelos sites do PNUD (Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento), IPEA, SED / SC, Fundação João Pinheiro / FJP.
Foram localizados 28 processos de municípios que haviam, a partir de 1995,
passado por processos de emancipação. Alguns municípios sede envolvidos em mais de um
processo, onde dele derivaram-se mais de um município.
Na sequência, em uma rápida análise foram descartados dois processos que ficariam
prejudicados pela falta de historicidade: O município de Laguna que derivou de si o município
de Praia Brava e de Içara que de si emancipou-se Balneário Rincão. Por questões de processos
na justiça vieram a ter efetiva emancipação em sua primeira gestão no pleito de 2012, com
governos estabelecidos em 2013, e assim sem os dados de IDH publicados necessários para
análise.
Conhecendo os municípios a serem analisados, iniciou-se a coleta dos índices de
IDH dos municípios sede e seus emancipados.
Finalmente tendo os processos cujos municípios tiveram em seus resultados
maiores e menores índices, buscou-se um quadro comparativos dos mesmos em alguns itens de
resultados econômicos efetivos.
Como já mencionado, a base desta pesquisa foi o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),
comparativo entre os municípios recém-formados e seus munícipios sede. Como estes dados
são quantificados, pode-se mensurá-los e através da elaboração de tabela obter dados
42

estatísticos de forma a comparar os números, podendo-se analisar a situação anterior e atual


de cada município.

3.5 LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O universo de amostras se limitou na esfera temporal de duas décadas compreendidas entre


os anos de 1995 e 2015, e no aspecto espacial, o Estado de Santa Catarina. Nos dados relativos
aos números dos índices estudados, limitou-se as apurações de IDH do IBGE, oferecidos para
os anos de 1991, 2000 e 2010.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

Esta pesquisa pretende apresentar uma abordagem objetiva de caracterização do


Estado de Santa Catarina e seus municípios, que nas últimas duas décadas passaram pelo
processo de emancipação, assim como criar uma relação entre os municípios sedes e seus
respectivos novos municípios levando em conta os índices de IDH e suas correlações nos
números apresentados pelo relatório do IBGE para os anos 1991, 2000 e 2010.

4.1 O ESTADO DE SANTA CATARINA

Santa Catarina é o menor Estado do Sul do Brasil e fica no centro geográfico das
regiões de maior desempenho econômico do país, Sul e Sudeste, e em uma posição estratégica
no Mercosul. O Estado faz fronteira com o Paraná (ao Norte), Rio Grande do Sul (ao Sul),
Oceano Atlântico (Leste) e Argentina (Oeste). A região do Planalto Serrano, com altitudes que
atingem 1.820 metros, é onde há a maior ocorrência de neve no Brasil, a vegetação do Estado é
formada por mangues, restingas praias, dunas e Mata Atlântica.
43

Figura 1 - Mapa Região Sul do Brasil

Fonte: IBGE adaptado pelo autor

Quadro 1 - Dados gerais, Econômicos e Sociais de Santa Catarina


Dados Gerais Dados econômicos e sociais
Capital Florianópolis Produto Interno Bruto (PIB) R$ 249,073bilhões
**/2015
Região Sul Renda per Capta/ 2015 R$ 36.525
Sigla SC Expectativa de vida em 79,1 anos (em 2016)
anos/2016

Área (em km²): 95.733,978 Analfabetismo/ 2017-IBGE 2,6% ( 2017 IBGE)


7.075.494 habitantes
População (estimativa de julho de 2018 - Mortalidade Infantil Antes 9,8 por mil( 2015)
IBGE) / de completar 1 ano
6.248.436 (Censo 2010)
Densidade 73,90 (estimativa 2018) Índice de Desenvolvimento
Demográfica Humano (IDH): 2010 0,774
(habitantes por km²):
Cidade menos Santiago do Sul 1450 hab. Menor extensão territorial Bombinhas com 36 km²
populosa
Lages ultrapassa os 2644
Cidade mais populosa Joinville 492.101 hab. Maior extensão territorial km²
Catarinense Barriga-
Número de 295 Gentílico verde
municípios
** O PIB de Santa Catarina é de R$ 249 bilhões (2015), sendo cerca de 10% superior à média nacional.
Santa Catarina tem o maior PIB per capita do sul do Brasil
Fonte: IBGE /SANTA CATARINA, 2016
44

O Estado de Santa Catarina atualmente compreende 295 municípios. Uma


pesquisa da Revista EXAME 2017, elegeu as 100 melhores cidade do Brasil para fazer
negócios, sendo que 11 destas cidades estão entre os 295 municípios de Santa Catarina:
Florianópolis, Balneário Camboriú, Tubarão, Itajaí, Criciúma, Joinville, Blumenau, Chapecó,
São José, Brusque e Jaraguá do Sul. A partir de 1880 Santa Catarina adere ao capitalismo
brasileiro, inspirando-se no exemplo de São Paulo (GOULARTI FILHO, 2002). Pode-se
identificar os seguintes períodos no desenvolvimento econômico do Estado de Santa Catarina:
Capitalismo mercantil de pequena propriedade entre 1880 a 1945; Diversificação e expansão
produtiva entre 1945 a 1962;Fortalecimento do capital industrial e sua integração ao mercado
internacional entre 1962 a 1990; Reestruturação econômica do período pós1990 (GOULARTI
FILHO, 2002).
O Estado apresenta uma economia diversificada, podendo ser observada em cada uma das sete
mesorregiões do Estado, produções características. Estas mesorregiões compreendem: Oeste
Catarinense, Região Serrana, Grande Florianópolis, Norte Catarinense, Vale do Itajaí e Sul
Catarinense.

Meso Regiões de Santa Catarina:


1- Região litorânea central: Florianópolis – polo de tecnologias, com destaque a UDESC e
UFSC, e turismo.
2- Norte e Nordeste: Joinville – principal polo industrial com destaque para a produção de
tubos e conexões, confecções e metal mecânico. Jaraguá do Sul – destaque para confecções
e motores elétricos. São Bento do Sul e Rio Negrinho – destaque para móveis e cerâmica.
São Francisco do Sul – economia portuária e turismo.
3- Oeste catarinense: Destaque para Videira, Concórdia, Chapecó e Seara com agropecuária,
frigoríficos e indústria alimentícia.

4- Região do Planalto Serrano: Lages – centro madeireiro, papel e celulose e pecuária

5- Sul: Criciúma – destaque para a extração do carvão mineral, pisos e revestimentos


cerâmicos. Laguna – centro histórico e pesqueiro. Imbituba – economia portuária

6- Vale do Itajaí: Blumenau - destaque para o polo de confecções. Itajaí – economia portuária,
processamento da pesca e fabricação de embarcações de pequeno e médio porte. Camboriú
– turismo.
45

Figura 2 - Mapa Mesorregiões de Santa Catarina

Fonte IBGE

Mapa 3 - Regiões Econômicas de Santa Catarina

Fonte Prof. Carlos Rabello . Disponívle em < https://carlosrabello.org/geografia/geografia-de-sc/>

Santa Catarina conta ainda com três portos: Um deles fica na cidade mais antiga do Estado,
cujo porto leva o mesmo nome: São Francisco do Sul. Este porto, amparado pela Lei
8.630/1993, foi privatizado em 1996 e permanece até os dias atuais, com o Terminal Babitonga
e o Terlogs. Os outros dois portos localizam-se nas cidades de Itajaí e Imbituba: O porto de
Itajaí desde 1995 é administrado pela Prefeitura Municipal através da autarquia municipal
46

AHDOC. Já o porto de Imbituba, é o único porto privado do país e é administrado por


delegação, pelo Estado de Santa Catarina, por intermédio da empresa SC Par Porto de Imbituba
S.A., subsidiária integral da holding estadual, SC Participações e Parcerias S.A.

4.1.1 - BREVE HISTÓRIA DE SANTA CATARINA

O litoral catarinense era habitado por índios carijós, do grupo tupi-guarani.


Juan Dias Solis, em 1515 chegou a primeira expedição e denominou o local de
“Baía dos Perdidos”, por ter havido o naufrágio de uma embarcação. Sebastião Caboto
denominou a Ilha de Santa Catarina de "Porto dos Patos", era o ano de 1526. Diego Ribeiro, em
1529 foi o primeiro a denominar o Estado de Santa Catarina em seu mapa mundi, mas há
divergências quanto ao responsável pela denominação de Santa Catarina, atribuindo-se a
Sebastião Caboto, em homenagem à sua esposa, Catarina Medrano ou que tenha sido em
homenagem a Santa Catarina de Alexandria, festejada pela igreja católica em 25 de novembro.
Era o ano de 1637 quando Santa Catarina começou efetivamente a ser povoada.
Em 1660, foi fundada a vila de Nossa Senhora da Graça, hoje São Francisco do Sul e em 1714,
foi criado o segundo município de Santa Catarina, Santo Antônio dos Anjos da Laguna, hoje
Laguna.
A ilha foi invadida em 1777 pelos espanhóis pois tornou-se fonte de cobiça, por
ser o posto português mais avançado da América do Sul e acabou sendo a ilha devolvida para
Portugal após o Tratado de Santo Idelfonso naquele mesmo ano A colonização do Estado foi
predominantemente europeia.
No século XVIII os portugueses açorianos colonizaram o litoral,
os alemães colonizaram o Vale do Itajaí. Os imigrantes alemães chegaram na região em 1829 e
foi instalada em São Pedro de Alcântara, a primeira colônia europeia de Santa Catarina. Eram
523 colonos católicos vindos de Bremem, Alemanha. A colônia de Blumenau, no Vale do Itajaí,
foi fundada em 1850 por Hermann Blumenau. O oeste catarinense foi colonizado
por gaúchos de origem italiana e alemã na primeira metade do século XX.
Em 1839 houve um movimento denominado Revolução Farroupilha, cujo objetivo
era separar Santa Catarina do restante do país, em 1845, os farrapos foram derrotados. (Fonte:
http://www.sc.gov.br/index.php/conhecasc/historia)
O primeiro governador do Estado de Santa Catarina, nomeado por Deodoro da
Fonseca, foi o tenente Lauro Severiano Müller. A primeira Constituição de Santa Catarina foi
47

adotada em 1891 e a atual Constituição do Estado, foi adotada em 1989. O Poder Executivo
de Santa Catarina está centralizado no governador, que é eleito pelo voto direto e secreto, pela
população para mandatos de até quatro anos de duração.
A maior corte do Poder Judiciário do Estado é o Tribunal de Justiça do Estado
Santa Catarina, composta por 50 juízes diferentes denominados desembargadores.
Florianópolis é a capital de Santa Catarina desde 1823, a cidade recebeu o nome
de Nossa Senhora do Desterro, em referência à sua padroeira. O nome Florianópolis refere-se
a Floriano Peixoto, ex-presidente da República. Na trajetória do Estado de Santa Catarina,
muitos municípios já se emanciparam e alguns que ora são municípios sede, faziam outrora,
parte de outros municípios. Florianópolis, a capital, fazia parte de Laguna e foi a primeira cidade
desmembrada do estado, no ano de 1726. A tabela abaixo demonstra todos os 295 municípios
do Estado, com suas respectivas datas de fundação/emancipação e o município de onde se
desmembraram.

Quadro 2 – Municípios sede de Santa Catarina e seus respectivos desmembramentos ao longo


da história do Estado.

Municípios Sede de Santa Municípios Emancipados dos Municípios


Catarina Atualmente Sede no decorrer da história do Estado

Lages Curitibanos, São Joaquim, Anita Garibaldi,


Capão Alto, Campo Belo do Sul, São José do Cerrito,
Correia Pinto, Painel, Otacílio Costa, Bocaina do Sul

Curitibanos Campos Novos, Canoinhas, Santa Cecília,


Lebon Régis, Ponte Alta, Ponte Alta do Norte,
São Cristóvão do Sul, Frei Rogério

Campos Novos Caçador, Erval Velho, Abdon Batista, Monte Carlo,


Vargem, Zortéa, Brunópolis

Caçador Videira, Rio das Antas, Macieira

Videira Tangará, Arroio Trinta, Salto Veloso, Iomerê

Tangará e Videira Pinheiro Preto

Curitibanos e Videira Fraiburgo

Campos Novos e Joaçaba Capinzal

Campos Novos e Concórdia Piratuba


48

Mafra Itaiópolis
Itaiópolis Santa Terezinha
Joaçaba Concórdia, Herval D’Oeste, Água Doce, Ponte
Serrada,
Catanduvas, Jaborá, Irani

Herval d'Oeste Ibicaré


Ibicaré Treze Tílias
Porto Belo Tijucas, Itajaí, Bombinhas, Itapema
Tijucas Canelinha, Nova Trento, São João Batista
Itajaí Blumenau, Brusque, Camboriú, Ilhota, Luis Alves,
Penha, Navegantes
Blumenau Rio do Sul, Ibirama, Gaspar., Indaial, Timbó,
Pomerode
São Francisco do Sul Porto Belo, Joinville, Araquari, Garuva
Joinville São Bento do Sul, Jaraguá do Sul, Guaramirim
Vidal Ramos Presidente Nereu
Dionísio Cerqueira Palma Sola, Guarujá do Sul
Santo Amaro da Imperatriz Anitápolis, Águas Mornas
Taió Salete, Rio do Campo, Mirim Doce
Sombrio São João do Sul, Santa Rosa do Sul,
Balneário Gaivota
Benedito Novo Rodeio
Alfredo Wagner Bom Retiro
Morro Grande Meleiro
Itá Paial
Siderópolis Treviso
Otacílio Costa Palmeira
Galvão Jupiá
Xanxerê Abelardo Luz, Faxinal dos Guedes, Bom Jesus
Marema Entre Rios
Modelo Serra Alta, Sul Brasil, om Jesus do Oeste
Maravilha Tigrinhos, Flor do Sertão, São Miguel da Boa Vista
Papanduva Monte Castelo
Porto União Matos Costa, Irineópolis
Rio Fortuna Santa Rosa de Lima
Presidente Getúlio Dona Emma, Witmarsum
49

Ouro Presidente Castelo Branco, Lacerdópolis


Indaial Ascurra, Apiúna
Benedito Novo Doutor Pedrinho
Coronel Freitas Ipuaçu, União do Oeste, Águas Frias
Descanso Santa Helena, Belmonte
Piratuba Peritiba, Ipira
Capinzal Ouro
Trombudo Central Agrolândia, Braço do Trombudo
Ituporanga Petrolândia, Imbuia, Atalanta, Chapadão do Lageado
Imaruí São Martinho
Nova Trento Leoberto Leal
Xaxim São Domingos, Galvão, Marema, Lajeado Grande
Araranguá Criciúma, Turvo, Sombrio, Maracajá,
Balneário Arroio do Silva
Criciúma Nova Veneza, Içara, Forquilhinha
Içara Baln. Rincão
Biguaçu Antônio Carlos, Governador Celso Ramos
Penha Baln. Piçarras
São Francisco do Sul Garuva
Faxinal dos Guedes Vargeão
Guerra do Contestado1 Chapecó, Joaçaba, Mafra, Porto União
Saudades Nova Erechim
Santa Cecília Timbó Grande
Campo Belo do Sul Cerro Negro
São João do Sul Passo de Torres
Itapiranga Tunápolis, São João do Oeste
Caxambu do Sul Planalto Alegre

1 Guerra do Contestado: conflito armado entre a população cabocla e os representantes dos poderes estadual e
federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, disputada entre o do Paraná e Santa Catarina
50

Ponte Serrada Passos Maia


Urubici Rio Rufino
Quilombo Formosa do Sul, Irati, Santiago do Sul
Matos Costa Calmon
Abelardo Luz Ouro Verde
Camboriú Balneário Camboriú
Jardinópolis União do Oeste
São João do Itaperiú Barra Velha
Coronel Martins São Domingos
Sangão Jaguaruna
Catanduvas Vargem Bonita
Fonte: IBGE São Francisco do Sul

4.2 CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS SEDES E EMANCIPADOS


Utilizando a base de dados do IBGE/ Cidades (2017), cujas informações datam de 2010, foram
obtidos os dados para elencar os municípios sede e emancipados do quadro 3.

Quadro 3– Municípios Sede e Municípios Emancipados entre os anos de 1995 e 2015 em SC

Fonte: IBGE Cidades (2017). Legenda: Os destaques em azul correspondem aos municípios sede que deram origem a mais de
um município emancipado.
51

Observando a Tabela – Municípios Sede e Municípios Emancipados entre os anos de 1995 e


2015 em SC – é possível observar que de 21 municípios desmembrados, surgiram 26 municípios
emancipados, isso se deve ao fato de que de alguns municípios sede, surgiram mais de um
município emancipado. Como nos casos de:
• Campo Erê que originou atrês municípios: São Bernardino, Saltinho e Santa Terezinha
do Progresso
• Campos Novos desmembrou-se em Brunópolis e Zortéa
• Maravilha deu origem a dois novos municípios: Tigrinhos e Flor do Sertão.

4.2.1 Dados Referenciais entre Municípios Sede e Municípios Emancipados


Foram compilados alguns dados comparativos entre todos os municípios sede e seus
respectivos emancipados e estão sendo apresentados a seguir.

Quadro 4- Dados dos os municípios: Concórdia e Alto Bela Vista – Oeste de Santa Catarina
Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Concórdia Alto Bela Vista
Fundação 29/07/1934 04/07/1995
População 68.621 habitantes(*) 2005 habitantes
Extensão territorial 799,449 km² 103,980 km²
Índice de alfabetização 89% 90,27%
Renda per capta Rural R$ 550,00 R$ 510,00
Renda per capta Urbana R$ 760,00 R$ 822,50
Gentílico Concordense/concordiense Bela-vistense
Fonte: IBGE2010

Quadro 5-Dados dos municípios: Itá e Paial– Oeste de Santa Catarina


Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Itá Paial
Fundação 07/01/1930 04/07/1995
População 6426 habitantes (*) 1763 habitantes
Extensão territorial 165,869 km²(**) 85,757 km²
Índice de alfabetização 87,97% 85,65%
Renda per capta Rural R$ 515,00 R$ 510,00
Renda per capta Urbana R$ 656, 67 R$ 750,00
Gentílico Itaense Paialense
Fonte: IBGE2010
52

Quadro 6 -Dados dos municípios: Siderópolis e Treviso – Sul de Santa Catarina


Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Siderópolis Treviso
Fundação 19/12/1958 08/07/1995
População 12998 habitantes 3527 habitantes
Extensão territorial 261,664km². 157,084 km²,
Índice de alfabetização 88,72% 92,1%
Renda per capta Rural R$ 637,50 R$ 575,00,
Renda per capta Urbana R$ 700,00 R$ 805,00.
Gentílico Sideropolitano Trevisano
Fonte: IBGE2010

Quadro 7 - Dados dos municípios Otacílio Costa e Palmeira - Região Central do Estado
Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Otacílio Costa Palmeira
Fundação 10/05/1982 18/08/1995
População 16337 habitantes 2373 habitantes
Extensão territorial 845,009km² 289,297km².
Índice de alfabetização 84,55% 81,50%.
Renda per capta Rural R$ 357,50 R$ 400,00
Renda per capta Urbana R$ 570,00 R$ 500,00
Gentílico Otacilienses Palmeirense
Fonte: IBGE2010

Quadro 8- Dados dos municípios: Campo Erê / São Bernardino, Saltinho e Santa Terezinha
do Progresso- Oeste do Estado
Munícipio
Parâmetros Sede Município Emancipado
Campo Erê São Saltinho Sta Terezinha
Bernardino do Progresso
Fundação 27/07/1958 19/07/1995 19/07/1995 19/07/1995
População habitantes 9370 2677 3961 2896
Extensão territorial 479,093 km² 149,02 km² 156,531 km² 118,805 km²
Índice de 80,30% 84,16% 81,94% 82%
Renda per capta Rural R$ 402,25 R$ 405,00 R$ 333,00 R$ 409,00
Renda per capta R$ 510,00. R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00
Gentílico Campoerenses Bernardienses Saldinhense Terezinhano
Fonte: IBGE2010
53

Quadro 9- Dados dos municípios: Galvão e Jupiá- Oeste do Estado


Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Galvão Jupiá
Fundação 07/04/1963 19/07/1995
População habitantes 3472 2148
Extensão territorial km² 139,341 92,055km²
Índice de alfabetização 80,18% 83,56%
Renda per capta Rural R$ 550,00 R$ 324,00
Renda per capta Urbana R$ 510,00. R$ 510,00
Gentílico Galvonense , Galvãoense Jupiaense
Fonte: IBGE2010

Quadro 10 - Dados dos municípios: Xanxerê e Bom Jesus- Oeste do Estado


Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Xanxerê Bom Jesus
Fundação 27/02/1954 19/07/1955
População habitantes 44128 2526
Extensão territorial km² 377,764 63,469km²,
Índice de alfabetização 87,27% 83,49%
Renda per capta Rural R$ 583,00 R$ 426,80
Renda per capta Urbana R$ 650,00. R$ 632,50
Gentílico Xanxerense Bonjesuenses
Fonte: IBGE2010

Quadro11 - Dados dos municípios: Marema e Entre Rios- Oeste do Estado


Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Marema Entre Rios
Fundação 11/06/1988 19/07/1995
População habitantes 2203 3018
Extensão territorial km² 104,066 104,549
Índice de alfabetização 95,46% 79,55%
Renda per capta Rural R$ 740,00 R$ 333,00
Renda per capta Urbana R$ 510,00 R$ 500,00
Gentílico Maremense Entrerriense

Fonte: IBGE2010
54

Quadro 12 - Dados dos municípios: Modelo e Bom Jesus do Oeste - Oeste do Estado
Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Modelo Bom Jesus do Oeste
Fundação 30/12/1961 19/07/1995
População habitantes 4045 2130
Extensão territorial km² 91,106 67,093
Índice de alfabetização 86,84% 85%
Renda per capta Rural R$ 627,14 R$ 590,00
Renda per capta Urbana R$ 634,17 R$ 590,00.
Gentílico Modelenses Bonjesuense
Fonte: IBGE2010

Quadro 13-Curitibanos e Frei Rogério – Dados dos municípios: Curitibanos e Frei Rogério-
Região Serrana do Estado
Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Curitibanos Frei Rogério
Fundação 11/06/1869 20/07/1995
População habitantes 37748 2474
Extensão territorial km² 948,738 159,216
Índice de alfabetização 84,24% 86,33%
Renda per capta Rural R$ 295,00 R$ 345,00
Renda per capta Urbana R$ 510,00. R$ 340,00.
Gentílico Curitibanense Frei Rogeriense
Fonte: IBGE2010

Quadro 14- Dados dos municípios: Tangará e Ibiam -Região Centro-Oeste do Estado
Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Tangará Ibiam
Fundação 30/12/1948 20/07/1995
População habitantes 8674 1945
Extensão territorial km² 388,384 146,72
Índice de alfabetização 86,86% 89%
Renda per capta Rural R$ 560,00, R$ 510,00,
Renda per capta Urbana R$ $ 700,00. R$ 605,00.
Gentílico Tangaraense. Ibianense.
Fonte: IBGE2010
55

Quadro 15- Dados dos municípios: Videira e Iomerê - Região Central do Estado
Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Videira Iomerê
Fundação 01/03/1944 19/03/1995
População habitantes 47188 2739
Extensão territorial km² 384,521km². 113,754km
Índice de alfabetização 88,66% 91,45%
Renda per capta Rural R$ 562,50 R$ 762,50
Renda per capta Urbana R$ R$ 715,00. R$ 866,67
Gentílico Videirenses Iomerenses
Fonte: IBGE2010

Quadro 16- Dados dos municípios: São Carlos e Cunhataí - Região Oeste do Estado
Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
São Carlos Cunhataí
Fundação 21/02/1954 29/09/1995
População habitantes 10291 1882
Extensão territorial km² 161,292 55,768
Índice de alfabetização 88,84% 90,43%
Renda per capta Rural R$ 580,00. R$ 740,00,
Renda per capta Urbana R$ 681,50 R$ 633,33.
Gentílico São-Carlense Cunhataiense.
Fonte: IBGE2010 https://cidades.ibge.gov.br/

Quadro 17- Dados dos municípios Maravilha, Tigrinhos e Flor do Sertão


Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Maravilha Tigrinhos Flor do Sertão
Fundação 27/07 /1958 29/09/1995 29/09/1995
População habitantes 22101 1757 1588
Extensão territorial Km² 171,284 57,944 59
Índice de alfabetização 88,50% 85,88% 83,37%.
Renda per capta Rural R$ 630,00 R$ 523,33 R$ 510,00
Renda per capta Urbana R$ 666,67 R$ 510,00 R$ 728,00
Gentílico Maravilhense Tigrinhense Flor-Sertanense
Fonte: IBGE2010
56

Quadro 18- Dados dos municípios São José do Cedro e Princesa – Extremo Oeste de Santa
Catarina
Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
São José do Cedro Princesa
Fundação 27/07/1958 29/09/1995
População habitantes 13684 2758
Extensão territorial km² 281,253 86,18km²
Índice de alfabetização 88% 84,77%.
Renda per capta Rural R$ 510,00 R$ 510,00
Renda per capta Urbana R$ 692,50. R$ 500,00
Gentílico Cedrense Princesense
Fonte: IBGE2010

Quadro 19 - Dados dos municípios de São Miguel do Oeste/ Bandeirante e Barra Bonita -
Extremo Oeste de Santa Catarina
Parâmetros Município sede Município Emancipado
S. Miguel D’Oeste Bandeirante Barra Bonita
Fundação 15/02/1954 29/09/1995 29/09/1995
População habitantes 36306 2906 1878
Extensão territorial Km² 234,036 148 93,108
Índice de alfabetização 88,91% 85,92% 81,41%.
Renda per capta Rural R$ 520,00 R$ 510,00 R$ 510,00
Renda per capta Urbana R$ 775,00 R$ 500,00 R$ 510,00
Gentílico Miguel-Oestino Bandeirantense Barra-Bonitense
Fonte: IBGE2010 /

Quadro 20 -Dados dos municípios Ituporanga e Chapadão do Lajeado


Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Ituporanga Chapadão do Lageado
Fundação 14/02/ 1949. 29/11/ 1995
População habitantes 22250 2762
Extensão territorial km² 336,929 124,758
Índice de alfabetização 87,45%. 84,47%.
Renda per capta Rural R$ 510,00 R$ 380,50
Renda per capta Urbana R$ 700,00. R$ 654,50
Gentílico Ituporanguense. lageadense
Fonte: IBGE2010
57

Quadro 21 - Dados dos municípios Joaçaba e Luzerna


Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Joaçaba Luzerna
Fundação 25/08/ 1917 29/12/1995
População habitantes 27020 5600
Extensão territorial km² 242,110 118
Índice de alfabetização 90,22%. 93,14%
Renda per capta Rural R$ 625,00 R$ 625,00.
Renda per capta Urbana R$ 863,33 R$ 833,33
Gentílico Joaçabense. Luzernense
Fonte: IBGE2010

Quadro 22 -Dados dos municípios de Campos Novos /Zortéa e Brunópolis


Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado

Campos Novos Zortéa Brunópolis


Fundação 30/03/1881 01/01/1997 29/12/1995
População habitantes 32824 2991 2850
Extensão territorial Km² 1719,37 189,717 337,044
Índice de alfabetização 85% 84,38%. 81,19%
Renda per capta Rural R$ 420,00 R$ 750,00 R$ 328,00
Renda per capta Urbana R$ 590,00 R$ 660,00 R$ 382,50
Gentílico Campos-Novense. Zorteense. Brunopolitense.
Fonte: IBGE2010 https://cidades.ibge.gov.br/

Quadro 23 - Dados entre dos municípios de Sombrio e Balneário Gaivota- Sul Do Estado
Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Sombrio Balneário Gaivota
Fundação 30/12/ 1953 29/12/1995
População habitantes 26613 8234
Extensão territorial km² 143,329 145,762
Índice de alfabetização 86,90% 86,24%
Renda per capta Rural R$ 503,33 R$ 510,00
Renda per capta Urbana R$ 633,33 R$ 600,00
Gentílico Sombriense .. Gaivotense
Fonte: IBGE2010
58

Quadro 24 - Dados dos municípios de Araranguá e Balneário Arroio do Silva- Sul Do Estado
Parâmetros Munícipio Sede Município Emancipado
Araranguá Balneário Arroio do Silva
Fundação 03/04/1880 01/01/1997.
População habitantes 61310 9586
Extensão territorial km² 303,299 95,259
Índice de alfabetização 87,92%. 87,41%.
Renda per capta Rural R$ 525,00 R$ 610,00
Renda per capta Urbana R$ 630,00 R$ 570,0.
Gentílico Araranguaense Arroio-Silvense
Fonte: IBGE2010

4.3 IDH DOS MUNICÍPIOS SEDES E RESPECTIVOS MUNICÍPIOS EMANCIPADOS


4.3.1- Posição dos municípios sede em relação ao IDH de 1991, 2000 e 2010.

Quadro 25– Ranking comparativo dos municípios sede IDH 1991,2000 e 2010
MUNICÍPIO POSIÇÃO POSIÇÃO POSIÇÃO
SEDE IDH IDH IDH
1991 2000 1991 2010 2000 2010
Araranguá 6 9 6 10 9 10
Campo Erê 21 21 21 21 21 21
Campos Novos 15 19 15 14 19 14
Concórdia 3 2 3 3 2 3
Curitibanos 96 18 18 9
17 19 18 19
Galvão 20 17 17 20
10 20 17 20
Itá 17 10 10 17
13 14 7 10 7
Ituporanga 14 13 1 14 12 13 12
Joaçaba 1 1 4 1 1 1 1
Maravilha 8 4 12 8 4 4 4
Marema 19 4
12 14 19 13 12 13
Modelo 12 14 11 12 11 14 11
Otacilio Costa 10 11 3 10 15 11 15
S. Miguel do Oeste 2 3 7 2 2 3 2
São Carlos 11 7 15 11 8 7 8
São José do Cedro 18 15 8 18 17 15 17
Siderópolis 5 8 16 5 6 8 6
Sombrio 16 16 20 16 18 16 18
Tangará 13 20 5 13 16 20 16
Videira 4 5 6 4 9 5 9
Xanxerê 7 6 7 5 6 5
Fonte: IBGE, adaptado pelo autor, 2016
LEGENDA: Amarelo: para: Vermelho: perdeu posição
Amarelo: para: Verde: permaneceu
Amarelo: para: Azul: ganhou posição
59

Utilizando-se como critério os dados da tabela acima, pode-se observar que:


A) Aumentaram seu IDH a cada senso realizado:
Posições respectivamente a cada ano: 1991,2000, 2010
• Xanxerê: 7ª, 6ª, 5ª ;
• Maravilha: 8ª, 4ª, 4ª;
• Ituporanga: 14ª, 13ª, 12ª;
• Itá: 17ª, 10ª, 7ª;

B) Na contramão, perdendo posições a cada ano: 1991,2000, 2010:


• Videira :4ª. 5ª. 9ª ;
• Araranguá :6ª. 9ª. 10ª. ;

• Curitibanos :9ª, 18ª, 19ª;


• Otacilio Costa :10ª, 11ª, 15ª ;

C) Permaneceram na mesma posição, a cada ano: 1991,2000, 2010:


• Joaçaba, com o maior índice, permanecendo sempre em primeiro no ranking
• Campo Erê estagnou na última colocação

D) Recuperam-se de 2000 para 2010:


• São Miguel do Oeste: de 3ª para 2ª posição;
• Siderópolis: de 8ª para 6ª;
• Modelo: de 14ª para 11ª ;
• Tangará: de 20ª para 16ª ;
• Campos Novos: de 19ª para 14ª. Sendo que estas três últimas tiveram um expressivo
aumento em sua classificação, considerando as três comparações.

Quadro 26– Número, percentual e tipo de oscilação do IDH dos municípios sede anos 1991, 2000 e 2010

IDH dos Municípios 1991 /2000 1991 / 2010 2000 /2010


Sede em relação a % Municípios % Municípios % Municípios
sua posição
Ganharam 42,86 9 52,38 11 38,10 8
Perderam 42,86 9 28,57 6 47,12 10
Permaneceram 14,28 3 19,05 4 14,28 3

Fonte: IBGE, adaptado pelo autor, 2016


60

Gráfico 2 - Desempenho de IDH dos munícipios sede nos anos 2010,2000 e 1991

Desempenho de IDH dos munícipios sede nos anos


2010,200 e 1991

Araranguá
Sombrio
Campos Novos
São Miguel do Oeste
Campos Novos
Joaçaba
Ituporanga
São Miguel do Oeste
São José do Cedro
Maravilha
Maravilha
São Carlos
Videira
Tangará
Curitibanos
Campo Erê
Campo Erê
Modelo
Marema
Xanxerê
Galvão
Campo Erê
Otacílio Costa
Siderópolis
Itá
Concórdia

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90

IDH 2010 IDH 2000 IDH 1991

Fonte: IBGE, adaptado pelo autor, 2016


61

4.3.2- Posição dos municípios emancipados em relação ao IDH de 1991, 2000 e 2010.

Quadro 27- Ranking comparativo


Estagnaram 14.4% dos municípios emancipados IDH 1991,
23,9% 9,5% 2000 e 2010

MUNICÍPIO POSIÇÃO POSIÇÃO POSIÇÃO


SEDE IDH IDH IDH
1991 2000 1991 2010 2000 2010
Araranguá 6 9 6 10 9 10
Campo Erê 21 21 21 21 21 21
Campos Novos 15 19 15 14 19 14
Concórdia 3 2 3 3 2 3
Curitibanos 6
9 18 18 9
17 19 18 19
Galvão 20 17 17 20
10 20 17 20
Itá 17 10 10 17
13 14 7 10 7
Ituporanga 14 13 1 14 12 13 12
Joaçaba 1 1 4 1 1 1 1
Maravilha 8 4 12 8 4 4 4
Marema 19 4
12 14 19 13 12 13
Modelo 12 14 11 12 11 14 11
Otacilio Costa 10 11 3 10 15 11 15
S. Miguel do Oeste 2 3 7 2 2 3 2
São Carlos 11 7 15 11 8 7 8
São José do Cedro 18 15 8 18 17 15 17
Siderópolis 5 8 16 5 6 8 6
Sombrio 16 16 20 16 18 16 18
Tangará 13 20 5 13 16 20 16
Videira 4 5 6 4 9 5 9
Xanxerê 7 6 7 5 6 5
Fonte: IBGE, adaptado pelo autor, 2016
Fonte: IBGE, adaptado pelo autor, 2016
LEGENDA: Amarelo: para: Vermelho: perdeu posição
Amarelo: para: Verde: permaneceu
Amarelo: para: Azul: ganhou posição

Quadro 28– Comparativo em percentual do desempenho de IDH nos anos 1991, 2000 e 2010, nos municípios
emancipados estudados
IDH dos Municípios 1991 /2000 1991 / 2010 2000 /2010
Sede em relação a sua
posição
% No. % No. % No.
Municípios Municípios Municípios
Ganharam Posição 13 46,15 12 46,15 12
Perderam Posição 50,00
34,61 9 34,61 9 34,61 9
50,00
Permaneceram 4 19,23 5 19,23 5
Fonte: IBGE, adaptado pelo autor
15,39(2016).
62

Gráfico 3 - Desempenho de IDH dos munícipios emancipados nos anos 2010,2000 e 1991

Desmpenho de IDH dos Municípios Emancipados em Santa Catariana


-leituras dos anos 1991- 2000 -2010
Balneário Arroio do Silva
Balneário Gaivota
Brunópolis
Barra Bonita
Zortéa
Luzerna
Chapadão do Lageado
Bandeirante
Princesa
Flor do Sertão
Tigrinhos
Cunhataí
Iomerê
Ibiam
Frei Rogério
Santa Terezinha do Progresso
Saltinho
Bom Jesus do Oeste
Entre Rios
Bom Jesus
Jupiá
São Bernardino
Palmeira
Treviso
Paial
Alto Bela Vista
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90

IDH 2010 IDH 2000 IDH 1991

Fonte: IBGE, adaptado pelo autor (2016).

Durante a construção desta tabela de ranking, foi possível observar que houve certa relação entre a
variação do número de habitantes do município emancipado e seu IDH.

Quadro 29- População e Posição de IDH dos municípios emancipados que sofreram queda no ranking
IDH de 2000 para 2010

Fonte: Censo2010/IBGE PNUD, 2015 apud IPEA 2016


63

Os dados do quadro 29 indicam que, dos nove municípios que regrediram em suas
posições no IDH do ano 2000 para 2010, houve queda no número de habitantes em seis
municípios (cerca 66,7%), sendo que o município de Cunhataí permaneceu com o mesmo
número de habitantes e perdeu duas posições no ranking IDH.
Não se pode afirmar com precisão que o aumento da população seria também um
parâmetro para melhorar a posição no ranking de IDH. Podendo-se também fazer uma análise
de efeito inverso: uma melhor classificação de IDH pode atrair a população em busca de melhor
qualidade de vida. Este seria um bom tema para um estudioso iniciar uma nova pesquisa (PNUD,
2015).

4.3.3- Relação entre o IDH dos municípios emancipados e dos respectivos municípios
sedes
O cotidiano está impregnado dos saberes e fazeres próprios da cultura. A todo instante,
os indivíduos estão comparando, classificando, quantificando, medindo, explicando,
generalizando, inferindo e de algum modo, avaliando, usando os instrumentos
materiais e intelectuais que são próprios de sua cultura (D’Ambrósio, 2001, apud
FERNANDES, p. 8, 2006)

A relação entre os IDHS foi calculando utilizando-se do recurso estatístico da


Média Aritmética. Para Carvalho (2011), o conceito de média aritmética é simples e sua
“formulação matemática consiste em somar todos os valores da variável e dividir pelo número
de observações, ou seja, o tamanho do conjunto de dados” e completa que é possível, “encontrar
mais de dez medidas que representam o centro de um conjunto de dados, mas a média aritmética
é a mais utilizada” (CARVALHO, 2011, p.19).
Representação matemática da equação de cálculo aritmético

Fonte: Introdução à Estatística, Júlio César de C. Balieiro. 2008. p.11


64

4.3.3.1 Análise dos resultados e dos dados obtidos

Após apurar vários dados e números relacionados aos municípios estudados, foi
possível agregá-los e analisa-los. Assim sendo, utilizou-se o cálculo estatístico para mensurar
as diferenças de IDH entre os municípios sede e seus respectivos emancipados, por ser um dos
métodos mais utilizados em análises estatísticas, por sua simplicidade e objetividade. Assim a
média de índice IDH de cada município foi obtida a partir do somatório os valores de IDH
dos anos 1991,2000, valores e 2010, este somatório ∑ foi divido por três (n);

Araranguá: x1991= 0,55


x2000= 0,67
x2010= 0,66

∑ x i = (0,55 + 0,67 + 0,76) = 1,98


Se, = ∑/n e n =3 Logo: = 1,98/3 = 0,66

Média IDH Araranguá (sede) para os anos de 1991, 2000 e 2010 = 0,66

Balneário do Silva: x1991= 0,47


x2000= 0,65
x2010= 0,75

∑ x i = (0,47 + 0,65 + 0,75) = 1,87


Se, = ∑/n e n=3 Logo: = 1,87/3 = 0,6

Média IDH Baln. Arroio do Silva (emancipado) para os anos de 1991, 2000 e 2010 = 0,62

Cálculo da diferença de IDH= C


C (diferença) = A –B
IDH 1991 IDH 2000 IDH 2010 MÉDIA

(A) Araranguá 0,55 0,67 0,76 0,66


65

(B) Arroio do Silva 0,47(*) 0,65 0,75 0,62

(C) Diferença (*) 0,08 0,02 0,01 0,04

(*) 0,55 – 0,47 = 0,08

0,67 - 0,65 = 0,02

0,76 – 0,75 = 0,01

0,66 - 0,62 = 0,04

Os dados coletados oferecem ainda uma visão do desempenho entre cada município sede e
emancipado e as variações de IDH que sofreram nas três coletas de dados: 1991, 2000 e 2010.
Os dados estão configurados em ordem alfabética dos nomes dos municípios sede.

Quadro 30 -Valores de IDH 1991, 2000 e 2010, médias e diferença atribuídos aos municípios
sede e munícipios emancipados

IDH IDH IDH MÉDIA


1 1991 2000 2010
Município Sede Araranguá 0,55 0,67 0,76 0,66
Município Emancipado Baln. Arroio do Silva 0,47 0,65 0,75 0,62
DIFERENÇA 0,08 0,02 0,01 0,04
2
Município Sede Campo Erê 0,38 0,56 0,69 0,54
Município Emancipado São Bernardino 0,33 0,52 0,68 0,51
DIFERENÇA 0,05 0,04 0,01 0,03
3
Município Sede Campo Erê 0,38 0,56 0,69 0,54
Município Emancipado Saltinho 0,31 0,54 0,65 0,50
DIFERENÇA 0,07 0,02 0,04 0,04
4
Município Sede Campo Erê 0,38 0,56 0,69 0,54
Município Emancipado Sta Terezinha do Progresso 0,34 0,55 0,68 0,52
DIFERENÇA 0,04 0,01 0,01 0,02
5
Município Sede Campos Novos 0,48 0,62 0,74 0,61
Município Emancipado Zortéa 0,40 0,59 0,76 0,58
DIFERENÇA 0,08 0,03 -0,02 0,03
6
Município Sede Campos Novos 0,48 0,62 0,74 0,61
Município Emancipado Brunópolis 0,38 0,48 0,66 0,51
DIFERENÇA 0,10 0,14 0,08 0,10
66

7
Município Sede Concórdia 0,56 0,71 0,8 0,69
Município Emancipado Alto Bela Vista 0,46 0,62 0,76 0,61
DIFERENÇA 0,10 0,09 0,04 0,08
8
Município Sede Curitibanos 0,51 0,62 0,72 0,62
Município Emancipado Frei Rogério 0,47 0,53 0,68 0,56
DIFERENÇA 0,04 0,09 0,04 0,06
9
Município Sede Galvão 0,42 0,63 0,71 0,59
Município Emancipado Jupiá 0,38 0,58 0,72 0,56
DIFERENÇA 0,04 0,05 -0,01 0,03
10
Município Sede Itá 0,48 0,66 0,77 0,64
Município Emancipado Paial 0,40 0,55 0,72 0,56
DIFERENÇA 0,08 0,11 0,05 0,08
11
Município Sede Ituporanga 0,49 0,63 0,75 0,62
Município Emancipado Chapadão do Lajeado 0,40 0,49 0,7 0,53
DIFERENÇA 0,09 0,14 0,05 0,09
12
Município Sede Joaçaba 0,64 0,74 0,83 0,74
Município Emancipado Luzerna 0,52 0,7 0,79 0,67
DIFERENÇA 0,12 0,04 0,04 0,07
13
Município Sede Maravilha 0,52 0,69 0,78 0,66
Município Emancipado Tigrinhos 0,31 0,54 0,72 0,52
DIFERENÇA 0,21 0,15 0,06 0,14
14
Município Sede Marema 0,46 0,63 0,74 0,61
Município Emancipado Entre Rios 0,37 0,49 0,66 0,51
DIFERENÇA 0,09 0,14 0,08 0,1
15
Município Sede Modelo 0,50 0,63 0,76 0,63
Município Emancipado Bom Jesus do Oeste 0,41 0,57 0,71 0,56
DIFERENÇA 0,09 0,06 0,05 0,07
67

16
Município Sede Otacílio Costa 0,51 0,64 0,74 0,63
Município Emancipado Palmeira 0,36 0,54 0,67 0,52
DIFERENÇA 0,15 0,1 0,07 0,11
17
Município Sede São Carlos 0,50 0,67 0,77 0,65
Município Emancipado Cunhataí 0,46 0,65 0,75 0,62
DIFERENÇA 0,04 0,02 0,02 0,03
18
Município Sede São José do Cedro 0,48 0,63 0,73 0,61
Município Emancipado Princesa 0,35 0,54 0,71 0,53
DIFERENÇA 0,13 0,09 0,02 0,08
19
Município Sede São Miguel do Oeste 0,56 0,71 0,80 0,69
Município Emancipado Bandeirante 0,35 0,55 0,67 0,52
DIFERENÇA 0,21 0,16 0,13 0,17
20
Município Sede São Miguel do Oeste 0,56 0,71 0,80 0,69
Município Emancipado Barra Bonita 0,36 0,54 0,70 0,53
DIFERENÇA 0,20 0,17 0,10 0,16
21
Município Sede Siderópolis 0,55 0,67 0,77 0,66
Município Emancipado Treviso 0,46 0,61 0,77 0,61
DIFERENÇA 0,09 0,06 0,00 0,05
22
Município Sede Sombrio 0,48 0,63 0,73 0,61
Município Emancipado Balneário Gaivota 0,47 0,63 0,73 0,61
DIFERENÇA 0,01 0,00 0,00 0,00
24
Município Sede Tangará 0,49 0,59 0,74 0,61
Município Emancipado Ibiam 0,38 0,59 0,73 0,57
DIFERENÇA 0,11 0,00 0,01 0,04
25
Município Sede Videira 0,56 0,68 0,76 0,67
Município Emancipado Iomerê 0,46 0,71 0,8 0,66
DIFERENÇA 0,10 -0,03 -0,04 0,01
26
Município Sede Xanxerê 0,53 0,67 0,78 0,66
Município Emancipado Bom Jesus 0,38 0,55 0,72 0,55
DIFERENÇA 0,15 0,12 0,06 0,11
Fonte: IBGE (2016), adaptado pelo autor
68

Os dados da tabela 30 oferecem uma rica de fonte de dados para o estabelecimento de


relações entre os municípios sede e os emancipados, entre os municípios sede entre sí e entre
os municípios emancipados entre sí.
Considerando-se as três apurações IDH dos municípios sede em relação aos
municípios emancipados, as diferenças das médias de IDH calculadas, o maior índice foi 0,17.
Comparando-se, caso a caso, é possível perceber que em alguns municípios emancipados o IDH
foi superior ao do município sede (Videira e Iomerê, por exemplo)

Quadro 31 -Municípios Sede com seus respectivos IDH e suas variações dos anos 1991,2000 e
2010
Municípios IDH IDH IDH IDH
Sede 1991 2000 Variação 2000 2010 Variação
1 Araranguá 0,55 0,67 21,82% 0,67 0,76 13,43%
2 Campo Erê 0,38 0,56 47,37% 0,56 0,69 23,21%
3 Campos Novos 0,48 0,62 29,17% 0,62 0,74 19,35%
4 Concórdia 0,56 0,71 26,79% 0,71 0,80 12,68%
5 Curitibanos 0,51 0,62 21,57% 0,62 0,72 16,13%
6 Galvão 0,42 0,63 50,00% 0,63 0,71 12,70%
7 Itá 0,48 0,66 37,50% 0,66 0,77 16,67%
8 Ituporanga 0,49 0,63 28,57% 0,63 0,75 19,05%
9 Joaçaba 0,64 0,74 15,63% 0,74 0,83 12,16%
10 Maravilha 0,52 0,69 32,69% 0,69 0,78 13,04%
11 Marema 0,46 0,63 36,96% 0,63 0,74 17,46%
12 Modelo 0,50 0,63 26,00% 0,63 0,76 20,63%
13 Otacílio Costa 0,51 0,64 25,49% 0,64 0,74 15,63%
14 São Carlos 0,50 0,67 34,00% 0,67 0,77 14,93%
15 São José do Cedro 0,48 0,63 31,25% 0,63 0,73 15,87%
16 São Miguel do Oeste 0,56 0,71 26,79% 0,71 0,80 12,68%
17 Siderópolis 0,55 0,67 21,82% 0,67 0,77 14,93%
18 Sombrio 0,48 0,63 31,25% 0,63 0,73 15,87%
19 Tangará 0,49 0,59 20,41% 0,59 0,74 25,42%
20 Videira 0,56 0,68 21,43% 0,68 0,76 11,76%
21 Xanxerê 0,53 0,67 26,42% 0,67 0,78 16,42%
Fonte: IBGE (2016), adaptado pelo autor
69

Quadro 32- Municípios Sede com Maior e Menor IDH nos anos 1991, 2000 e 2010
IDH MAIOR IDH MENOR

Municípios Conceito Valor Ano Municípios Conceito Valor Ano

Joaçaba Médio 0,64 1991 Campo Erê Muito Baixo 0,38 1991

Joaçaba Alto 0,74 2000 Campo Erê Baixo 0,56 2000


Muito Alto
Joaçaba 0,83 2010 Campo Erê Médio 0,69 2010
Fonte: IBGE (2016), adaptado pelo autor

Observando os dados da tabela 32, pode-se perceber que os municípios sede obtiveram
ascensão progressiva de IDH nas três leituras 1991, 2000 e 2011. Ainda que Campo Erê tenha
permanecido em última posição nos três anos consecutivos, apresentou uma variação positiva
em seu índice de IDH, passando de 0,38 para 0,56 e depois, 0,69. Comparando-se o IDH médio
de todos os municípios sede, a variação foi de conceito baixo, a médio e alto.

Gráfico 4- Média de IDH Municípios Sede nos anos 1991, 2000 e 2010

Média IDH Mnicípios Sede


1991/2000/2010

0,76

0,65

0,8 0,51

0,6 IDH 2010


0,4
IDH 2000
0,2
IDH 1991
0
1

IDH 1991 IDH 2000 IDH 2010

Fonte: IBGE (2016), adaptado pelo autor


70

Em um mesmo município sede, do ano de 1991 para 2000, a maior variação de IDH ficou em 50%
para o município de Galvão e a menor ficou com Joaçaba ,15,63%. Na comparação entre os IDHs de
2000 e 2010, a maior variação girou em torno dos 25%, para Tangará e a menor, para Videira, em
torno dos 12%.

Quadro 33 - Municípios Emancipados com seus respectivos IDH e suas variações


dos anos 1991,2000 e 2010

Municípios IDH IDH IDH IDH


Emancipados 1991 2000 Variação 2000 2010 Variação
1 Baln. Arroio do Silva 0,47 0,65 38,30% 0,65 0,75 15,38%
2 São Bernardino 0,33 0,52 57,58% 0,52 0,68 30,77%
3 Saltinho 0,31 0,54 74,19% 0,54 0,65 20,37%
4 Sta Terezinha do Progresso 0,34 0,55 61,76% 0,55 0,68 23,64%
5 Zortéa 0,40 0,59 47,50% 0,59 0,76 28,81%
6 Brunópolis 0,38 0,48 26,32% 0,48 0,66 37,50%
7 Alto Bela Vista 0,46 0,62 34,78% 0,62 0,76 22,58%
8 Frei Rogério 0,47 0,53 12,77% 0,53 0,68 28,30%
9 Jupiá 0,38 0,58 52,63% 0,58 0,72 24,14%
10 Paial 0,40 0,55 37,50% 0,55 0,72 30,91%
11 Chapadão do Lajeado 0,400 0,49 22,50% 0,49 0,70 42,86%
12 Luzerna 0,52 0,70 34,62% 0,70 0,79 12,86%
13 Tigrinhos 0,31 0,54 74,19% 0,54 0,72 33,33%
14 Flor do Sertão 0,34 0,59 73,53% 0,59 0,71 20,34%
15 Entre Rios 0,37 0,49 32,43% 0,49 0,66 34,69%
16 Bom Jesus do Oeste 0,41 0,57 39,02% 0,57 0,71 24,56%
17 Palmeira 0,36 0,54 50,00% 0,54 0,67 24,07%
18 Cunhataí 0,46 0,65 41,30% 0,65 0,75 15,38%
19 Princesa 0,35 0,54 54,29% 0,54 0,71 31,48%
20 Bandeirante 0,35 0,55 57,14% 0,55 0,67 21,82%
21 Barra Bonita 0,36 0,54 50,00% 0,54 0,70 29,63%
22 Treviso 0,46 0,61 32,61% 0,61 0,77 26,23%
23 Balneário Gaivota 0,47 0,63 34,04% 0,63 0,73 15,87%
24 Ibiam 0,38 0,59 55,26% 0,59 0,73 23,73%
25 Iomerê 0,46 0,71 54,35% 0,71 0,80 12,68%
26 Bom Jesus 0,38 0,55 44,74% 0,55 0,72 30,91%
Fonte: IBGE (2016), adaptado pelo autor
71

Quadro 34 -Municípios Emancipados com Maior e Menor IDH nos anos 1991, 2000 e 2010
IDH MAIOR IDH MENOR

Municípios Conceito Valor Ano Municípios Conceito Valor Ano

Luzerna Baixo 0,52 1991 Saltinho Muito Baixo 0,31 1991

Iomerê Alto 0,71 2000 Brunópolis Muito Baixo 0,48 2000


Alto
Iomerê 0,80 2010 Saltinho Médio 0,65 2010
Fonte: IBGE (2016), adaptado pelo autor

Gráfico 5 - Municípios Emancipados em SC com Maior IDH nos anos 1991, 2000 e 2010

Fonte: IBGE (2016), adaptado pelo autor


72

Gráfico 6- Municípios Emancipados em SC com Menor IDH nos anos 1991, 2000 e 2010

Fonte: IBGE (2016), adaptado pelo autor

Observando os dados da tabela 34, pode-se perceber que os municípios emancipados tiveram
ascensão progressiva de IDH nas três leituras 1991, 2000 e 2011. Mesmo aqueles com IDH
classificado como baixo, sofreram significativo crescimento de IDH, passando de 0,31 na
primeira leitura a 0,65 na última.
Em um universo de vinte e seis processos emancipatórios, resultaram apenas dois
(Bandeirante e Barra Bonita) com relação de índices menores de IDH comparados a sua
respectiva sede, o que parece demonstrar que a emancipação não impediu ou dificultou o
desenvolvimento dos novos municípios.
73

Gráfico 7- Média de IDH dos Municípios Emancipados nos anos 1991, 2000 e 2010

Fonte: IBGE (2016), adaptado pelo autor

A média IDH 2010 dos municípios sede foi de 0,76 enquanto dos municípios emancipados foi
0,70, um dado positivo que demonstra uma tendência de crescimento dos municípios
emancipados, sem prejuízo para os municípios sede, uma vez que estes também tiveram
aumento progressivo de IDH.

Quadro 35 – Média anual de IDH para os Municípios Sede e Emancipados: 1999/2000/2010


IDH Médio
ANUAL
Município 1991 2000 2010
Emancipado 0,40 0,57 0,70
Sede 0,51 0,65 0,76
Fonte: IBGE (2016), adaptado pelo autor
74

Gráfico 8 -Relação de IDH 1991, 2000 e 2010 entre Municípios Sede e Emancipados de
SC

Média IDH 1991/2000/2010


Municípios Sede x Municípios
Emancipados
Sede;
Emancipado; 0,76
0,7

Sede;
0,65
Emancipado;
0,8 0,57
0,7
0,6 Sede;
0,51
0,5 Emancipado; 0,4
0,4 IDH
Médio 2010
0,
3 IDH Médio
2000
0,
2 IDH Médio 1991
0,
Emancipado Sed
e
Fonte: IBGE (2016), adaptado pelo autor
75

5 CONCLUSÃO

Esta pesquisa buscou, à luz do índice de desenvolvimento humano (IDH),


coletar dados para a partir deles, analisar o comportamento dos municípios envolvidos na
problemática da “emancipação municipal”.
No decorrer deste estudo foi possível, além de mensurar alguns indicadores,
observar que o assunto pode ser analisado sob os mais variados aspectos.
Este trabalho pode ser utilizado como fonte para futuras pesquisas, não apenas
pelos dados ora apresentados, como também pelo poder de encantar o pesquisador pela
variedade de elementos envolvidos a serem estudados ou aprofundados.
O limite de abrangência desta pesquisa, delimitou geograficamente como
espaço, o Estado de Santa Catarina e como tempo, as últimas duas décadas. Foram
constatadas 28 emancipações, sendo que os municípios de Praia Brava e Balneário Rincão
não foram incluídos na pesquisa pela falta de dados, pois seus processos se consolidaram
no ano 2013 e a base de dados desta pesquisa foram os dados dos anos de 1991, 2000 e
2010.
Os parâmetros pelos quais uma emancipação pode ser analisada são
demasiadamente diversos e amplos, por isso, procurou-se escolher um indicador que
pudesse, não apenas mensurar dados relacionados ao custo financeiro do processo
emancipatório, mas a relação de custo e benefícios que este novo município produziria na
vida de seus habitantes.
O IDH foi escolhido como base por abranger vários aspectos da condição e
da qualidade de vida das comunidades envolvidas na pesquisa. Os índices de IDH’s
auferidos e oferecidos pelo IBGE dos anos 1991, 2000 e de 2010, permitiram relacionar
os resultados dos municípios sedes e emancipados, com uma análise precisa e conclusiva
sobre o desenvolvimento apresentado pelos mesmos.
Os dados de IDH coletados foram tabelados e calculados, procurando-se
quantificar o real resultado da criação dos novos municípios, para eles próprios e para as
cidades que os originaram. Foram apresentados dados na forma de quadros, tabelas e
gráficos que relacionados, possibilitaram descartar definitivamente a ideia sobre prejuízo
no desenvolvimento da qualidade de vida das populações envolvidas nos processos, pois
tanto as sedes quanto os municípios emancipados mostraram claro e efetivo
desenvolvimento a nível do esperado para as regiões do estado em que estão localizados.
76

Os índices de IDH dos municípios apresentaram equiparação. Calculando-se as médias de


IDH dos municípios emancipados e suas sedes, as diferenças foram muito pequenas, chegando
a casos onde a média do emancipado superou a da sede.
Para a criação de um novo município, toda uma estrutura pública deve ser
estabelecida e isso gera custos e no caso de alguns emancipados, os fundos recebidos pelo
governo federal e estadual, bem como sua arrecadação local, podem não ter superado aquelas
despesas da emancipação. Ainda assim, observou-se que em todos os anos da pesquisa IDH, a
grande maioria dos municípios veio crescendo no valor de IDH após a descentralização da sede.
Foi observado também que em alguns municípios houve evasão, diminuindo a
população e este fato pode ser um limitador, tanto no crescimento do município já emancipado,
como para futuras emancipações. O fato do ranking IDH refletir a performance dos municípios
cujas populações aumentaram ou diminuíram pode ou não ter correspondência, mas foi o fato
verificado nesta pesquisa.
O processo de descentralização da gestão é benéfico e na administração pública
quanto mais autonomia os municípios tiverem e forem capazes de gerir seus serviços, quanto
melhor.
Em uma análise comparativa, os municípios de melhores resultados IDH (Joaçaba
sede e Luzerna emancipado), os números apresentados são diretamente proporcionais a estas
posições de destaque. Exemplificando:
• Custo de serviços per capta: R$ 2.481,16 para sede e R$ 2.340,11 para o novo
município,
• Investimento per capta: R$ 425,92 sede e para o emancipado R$ 254,64
• Endividamento para sede :15,84% e para o emancipado 1,63%,
Por estes números, não houve prejuízos ao novo município e sua gestão foi mais
conservadora, mantendo endividamento baixo.
No caso dos municípios de piores resultados IDH (Campo Erê sede e Saltinho,
Santa Terezinha do Progresso e São Bernardino emancipados), os números apresentados
demonstram:
• Custo de serviços per capta tendo R$1.979,27 para sede
• Custo de serviços per capta para os novos municípios média de R$
2.904,06,
• Investimento per capta sede R$ 400,56 e para os emancipados a
média R$ 374,11,

Nível de endividamento para sede 2,26% e a média dos emancipados 5,04%


77

Analisando estes dados, percebemos que tanto os municípios que não foram tão
efetivos na melhora dos índices IDH, nas questões econômicas mantém-se com
valores razoáveis de custos, investimento e endividamento, sem muita distância
daqueles com melhores avaliações IDH. Desta forma, esta pesquisa, pelos dados
coletados e pelas leituras feitas, concluiu que emancipar não acarretou prejuízo para
os emancipados ou para suas respectivas sedes. A aproximação da gestão com a
população trouxe benefícios, concluindo-se então que para estes municípios,
emancipar-se foi positivo. Mesmo concluindo que a emancipação foi “boa”, para os
municípios estudados, vale ressaltar que este trabalho apresentou dados onde se
observou certa dificuldade de crescimento para alguns emancipados e até mesmo
evasão da população, deixando estas cidades com menos de 2000 habitantes. Outros
casos como Tangará, que já possuía uma população de apenas 8674 pessoas, teve
Ibiam emancipado com 1945 habitantes. A abordagem desta pesquisa não seguiu por
este sentido, mas estes dados foram observados e podem servir para futuras
investigações quanto aos critérios de emancipação.

5.1 SUGESTÃO DE TRABALHOS FUTUROS

Vale ressaltar aqui, que o presente estudo não objetiva o levantamento de


hipóteses, mas oferecer informações ainda que com sua limitação de tempo e
território, onde futuros estudos acadêmicos possam levar em considerações os dados
e reflexões apresentados. Este trabalho poderá servir de fonte para aqueles municípios
que pretendem iniciar o processo ou leis que visem emancipações municipais.
Existe uma variedade quase infinita de ponderações a serem feitas sobre o
processo de emancipar ou não um município e que podem servir como fonte de
pesquisa para futuros trabalhos. Como por exemplo, sobre o Fundo de Participação
dos Municípios (FPM) que se constitui de 22,5% da arrecadação líquida do Imposto
sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza e do Imposto sobre Produtos
Industrializado. Sendo que distribuição deste recurso aos municípios leva em
consideração a população, estabelecido o coeficiente individual mínimo de 0,6 para
municípios com até 10.188 habitantes e o máximo é 4,0 para aqueles acima 156 mil.
Assim sendo, cabe aqui uma sugestão para uma nova pesquisa: Como estes pequenos
78

municípios sobrevivem? Com geração de recursos próprios ou são dependentes dos


municípios sede? Para os municípios analisados o IDH foi gradativamente
aumentando, mas será viável constituir um município como Marema com 2203 e tem
status de “sede”, tendo seu emancipado Entre Rios 3018 habitantes? Ou o caso de
Xanxerê, com 44mil; habitantes, emancipou Bom Jesus com 2526 pessoas? Quem
perdeu mais???
Finalizando, cito mais uma vez Bremaeker (1993) quanto a emancipar ou não: “aliás, não
é de
nosso conhecimento, até hoje, que a comunidade de algum novo município tenha
manifestado
a vontade de retornar à situação anterior (...), muito pelo contrário.
79

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84

Apêndice A Municípios de Santa Catarina, seus desmembramentos e datas de sua criação

Nº Município ( emancipado) Desmembrado de (sede) Criação


1 São Francisco do Sul — 1658
2 Laguna — 1676
3 Florianópolis Laguna 23 de março de 1726
4 Lages — 4 de setembro de 1770
Porto Belo São Francisco do Sul 13 de outubro de 1832
6 Biguaçu Florianópolis 1 de março de 1833
7 São José Florianópolis 1 de março de 1833
8 Tijucas Porto Belo 4 de outubro de 1858
9 Itajaí Porto Belo 15 de junho de 1860
10 Joinville São Francisco do Sul 15 de março de 1866
11 Curitibanos Lages 11 de junho de 1869
12 Tubarão Laguna 27 de maio de 1870
13 Araquari São Francisco do Sul 5 de abril de 1876
14 Blumenau Itajaí 4 de fevereiro de 1880
15 Araranguá Tubarão 3 de abril de 1880
16 Brusque Itajaí 23 de março de 1881
17 Campos Novos Curitibanos 30 de março de 1881
18 São Bento do Sul Joinville 21 de maio de 1883
19 Camboriú Itajaí 5 de abril de 1884
20 São Joaquim Lages 28 de agosto de 1886
21 Imaruí Laguna 27 de agosto de 1890
22 Jaguaruna Laguna 6 de janeiro de 1891
23 Nova Trento Tijucas 8 de agosto de 1892
24 Palhoça São José 24 de abril de 1894
25 Campo Alegre São Bento do Sul 17 de outubro de 1896
26 Urussanga Tubarão 6 de outubro de 1900
27 Canoinhas Curitibanos 3 de setembro de 1911
28 Orleans Tubarão 30 de agosto de 1913
29 Chapecó Guerra do Contestado 25 de agosto de 1917
30 Joaçaba Guerra do Contestado 25 de agosto de 1917
31 Mafra Guerra do Contestado 25 de agosto de 1917
32 Porto União Guerra do Contestado 25 de agosto de 1917
33 Itaiópolis Mafra 28 de outubro de 1918
34 Bom Retiro Palhoça 4 de outubro de 1922
35 Criciúma Araranguá 4 de novembro de 1925
36 Rio do Sul Blumenau 10 de outubro de 1930
37 Ibirama Blumenau 17 de fevereiro de 1934
38 Gaspar Blumenau 17 de fevereiro de 1934
85

39 Indaial Blumenau 28 de fevereiro de 1934


40 Timbó Blumenau 28 de fevereiro de 1934
41 Caçador Campos Novos 25 de março de 1934
42 Jaraguá do Sul Joinville 26 de março de 1934
43 Concórdia Joaçaba 12 de julho de 1934
44 Rodeio Timbó 22 de outubro de 1936
45 Videira Caçador 31 de dezembro de 1943
46 Capinzal Campos Novos e Joaçaba 30 de dezembro de 1948
47 Ituporanga Bom Retiro e Rio do Sul 30 de dezembro de 1948
48 Massaranduba Blumenau, Itajaí e Joinville 30 de dezembro de 1948
49 Piratuba CamposNovos e Concórdia 30 de dezembro de 1948
50 Taió Rio do Sul 30 de dezembro de 1948
51 Tangará Videira 30 de dezembro de 1948
52 Turvo Araranguá 30 de dezembro de 1948
53 Guaramirim Joinville 18 de agosto de 1949
54 Herval d'Oeste Joaçaba 30 de dezembro de 1953
55 Sombrio Araranguá 30 de dezembro de 1953
56 Presidente Getúlio Ibirama 30 de dezembro de 1953
57 Seara Concórdia 30 de dezembro de 1953
58 Papanduva Canoinhas 30 de dezembro de 1953
59 Xanxerê Chapecó 30 de dezembro de 1953
60 Xaxim Chapecó 30 de dezembro de 1953
61 Dionísio Cerqueira Chapecó 30 de dezembro de 1953
62 Mondaí Chapecó 30 de dezembro de 1953
63 São Miguel do Oeste Chapecó 30 de dezembro de 1953
64 São Carlos Chapecó 30 de dezembro de 1953
65 Palmitos Chapecó 30 de dezembro de 1953
66 Itapiranga Chapecó 30 de dezembro de 1953
67 Rio Negrinho São Bento do Sul 30 de dezembro de 1953
68 Braço do Norte Tubarão 22 de outubro de 1955
69 Descanso Mondaí 12 de setembro de 1956
70 Itá Seara 13 de novembro de 1956
71 Vidal Ramos Brusque 3 de dezembro de 1956
72 Lauro Müller Orleans 6 de dezembro de 1956
73 Urubici São Joaquim 6 de dezembro de 1956
74 Santo Amaro da Imperatriz Palhoça 4 de junho de 1958
75 Abelardo Luz Xanxerê 21 de junho de 1958
76 Água Doce Joaçaba 21 de junho de 1958
77 Campo Erê Chapecó 21 de junho de 1958
78 Corupá Jaraguá do Sul 21 de junho de 1958
79 Cunha Porã Palmitos 21 de junho de 1958
86

80 Faxinal dos Guedes Xanxerê 21 de junho de 1958


81 Grão Pará Orleans 21 de junho de 1958
82 Imbituba Laguna 21 de junho de 1958
83 Ilhota Itajaí 21 de junho de 1958
84 Luiz Alves Itajaí 21 de junho de 1958
85 Jacinto Machado Turvo 21 de junho de 1958
86 Maravilha Palmitos 21 de junho de 1958
87 Nova Veneza Criciúma 21 de junho de 1958
88 Penha Itajaí 21 de junho de 1958
89 Ponte Serrada Joaçaba 21 de junho de 1958
90 Pouso Redondo Rio do Sul 21 de junho de 1958
91 Praia Grande Turvo 21 de junho de 1958
92 Rio das Antas Caçador 21 de junho de 1958
93 Rio Fortuna Braço do Norte 21 de junho de 1958
94 Rio do Oeste Rio do Sul 21 de junho de 1958
95 Santa Cecília Curitibanos 21 de junho de 1958
96 São João Batista Tijucas 21 de junho de 1958
97 São José do Cedro Dionísio Cerqueira 21 de junho de 1958
98 São Lourenço do Oeste Chapecó 21 de junho de 1958
99 Trombudo Central Rio do Sul 21 de junho de 1958
100 Pomerode Blumenau 19 de dezembro de 1958
101 Siderópolis Urussanga 19 de dezembro de 1958
102 Lebon Régis Curitibanos 19 de dezembro de 1958
103 Armazém Tubarão 19 de dezembro de 1958
104 Três Barras Canoinhas 23 de dezembro de 1960
105 Major Vieira Canoinhas 23 de dezembro de 1960
106 Anita Garibaldi Lages 17 de julho de 1961
107 Campo Belo do Sul Lages 17 de julho de 1961
108 Guaraciaba São Miguel do Oeste 20 de julho de 1961
109 Major Gercino São João Batista 3 de outubro de 1961
110 Coronel Freitas Chapecó 6 de outubro de 1961
111 Quilombo Chapecó 6 de outubro de 1961
112 Meleiro Turvo 27 de novembro de 1961
113 Barra Velha Araquari 7 de dezembro de 1961
114 São José do Cerrito Lages 7 de dezembro de 1961
115 Saudades São Carlos 7 de dezembro de 1961
116 Pinhalzinho São Carlos 7 de dezembro de 1961
117 Modelo São Carlos 7 de dezembro de 1961
118 Angelina São José 7 de dezembro de 1961
119 Presidente Nereu Vidal Ramos 12 de dezembro de 1961
120 Salto Veloso Videira 15 de dezembro de 1961
87

121 Arroio Trinta Videira 15 de dezembro de 1961


122 Palma Sola Dionísio Cerqueira 18 de dezembro de 1961
123 Guarujá do Sul Dionísio Cerqueira 18 de dezembro de 1961
124 Anitápolis Santo Amaro da Imperatriz 19 de dezembro de 1961
125 Águas Mornas Santo Amaro da Imperatriz 19 de dezembro de 1961
126 Lontras Rio do Sul 19 de dezembro de 1961
127 Rio dos Cedros Timbó 19 de dezembro de 1961
128 Garopaba Palhoça 19 de dezembro de 1961
129 Içara Criciúma 20 de dezembro de 1961
130 Fraiburgo Curitibanos e Videira 20 de dezembro de 1961
131 Paulo Lopes Palhoça 20 de dezembro de 1961
132 Salete Taió 20 de dezembro de 1961
133 Rio do Campo Taió 20 de dezembro de 1961
134 São João do Sul Sombrio 20 de dezembro de 1961
135 Gravatal Tubarão 20 de dezembro de 1961
136 Treze de Maio Tubarão 20 de dezembro de 1961
137 Pedras Grandes Tubarão 20 de dezembro de 1961
138 Benedito Novo Rodeio 20 de dezembro de 1961
139 Alfredo Wagner Bom Retiro 21 de dezembro de 1961
140 Itapema Porto Belo 28 de fevereiro de 1962
141 Ibicaré Herval d'Oeste 30 de março de 1962
142 Morro da Fumaça Urussanga 30 de março de 1962
143 Pinheiro Preto Tangará e Videira 4 de abril de 1962
144 Monte Castelo Papanduva 23 de abril de 1962
145 Matos Costa Porto União 23 de abril de 1962
146 Irineópolis Porto União 23 de abril de 1962
147 Guabiruba Brusque 7 de maio de 1962
148 Botuverá Brusque 7 de maio de 1962
149 Santa Rosa de Lima Rio Fortuna 10 de maio de 1962
150 Dona Emma Presidente Getúlio 17 de maio de 1962
151 Witmarsum Presidente Getúlio 17 de maio de 1962
152 Navegantes Itajaí 30 de maio de 1962
153 São Ludgero Braço do Norte 12 de junho de 1962
154 Laurentino Rio do Sul 12 de junho de 1962
155 Agrolândia Trombudo Central 12 de junho de 1962
156 Petrolândia Ituporanga 26 de julho de 1962
157 Imbuia Ituporanga 23 de agosto de 1962
158 São Bonifácio Palhoça 23 de agosto de 1962
159 Rancho Queimado São José 8 de novembro de 1962
160 São Martinho Imaruí 14 de novembro de 1962
161 Canelinha Tijucas 3 de dezembro de 1962
88

162 Leoberto Leal Nova Trento 12 de dezembro de 1962


163 São Domingos Xaxim 14 de dezembro de 1962
164 Galvão Xaxim 14 de dezembro de 1962
165 Caxambu do Sul Chapecó 14 de dezembro de 1962
166 Águas de Chapecó Chapecó 14 de dezembro de 1962
167 Catanduvas Joaçaba 22 de janeiro de 1963
168 Ouro Capinzal 23 de janeiro de 1963
169 Anchieta Guaraciaba 29 de março de 1963
170 Ipumirim Concórdia 29 de março de 1963
171 Ascurra Indaial 1 de abril de 1963
172 Treze Tílias Ibicaré 29 de abril de 1963
173 Peritiba Piratuba 14 de junho de 1963
174 Ipira Piratuba 14 de junho de 1963
175 Erval Velho Campos Novos 18 de junho de 1963
176 Jaborá Joaçaba 11 de setembro de 1963
177 Irani Joaçaba 11 de setembro de 1963
178 Antônio Carlos Biguaçu 6 de novembro de 1963
179 Governador Celso Ramos Biguaçu 6 de novembro de 1963
180 Presidente Castelo Branco Ouro 11 de novembro de 1963
181 Lacerdópolis Ouro 11 de novembro de 1963
182 Balneário Piçarras Penha 19 de novembro de 1963
183 Romelândia São Miguel do Oeste 9 de dezembro de 1963
184 Xavantina Seara 9 de dezembro de 1963
185 Garuva São Francisco do Sul 20 de dezembro de 1963
186 Vargeão Faxinal dos Guedes 16 de março de 1964
187 Aurora Rio do Sul 8 de abril de 1964
188 Agronômica Rio do Sul 8 de abril de 1964
189 Balneário Camboriú Camboriú 8 de abril de 1964
190 Schroeder Guaramirim 4 de junho de 1964
191 Ponte Alta Curitibanos 22 de julho de 1964
192 Nova Erechim Saudades 4 de dezembro de 1964
193 Atalanta Ituporanga 4 de dezembro de 1964
194 Caibi Palmitos 29 de março de 1965
195 Bom Jardim da Serra São Joaquim 29 de janeiro de 1967
196 Timbé do Sul Turvo 11 de maio de 1967
197 Maracajá Araranguá 12 de maio de 1967
198 Correia Pinto Lages 10 de maio de 1982
199 Otacílio Costa Lages 10 de maio de 1982
200 Iporã do Oeste Mondaí 4 de janeiro de 1988
201 Apiúna Indaial 4 de janeiro de 1988
202 Doutor Pedrinho Benedito Novo 4 de janeiro de 1988
89

203 União do Oeste Coronel Freitas 4 de janeiro de 1988


204 Urupema São Joaquim 4 de janeiro de 1988
205 Santa Rosa do Sul Sombrio 4 de janeiro de 1988
206 Marema Xaxim 11 de junho de 1988
207 Iraceminha Cunha Porã 26 de abril de 1989
208 Lindóia do Sul Concórdia e Irani 26 de abril de 1989
209 Vitor Meireles Ibirama 26 de abril de 1989
210 José Boiteux Ibirama 26 de abril de 1989
211 Timbó Grande Santa Cecília 26 de abril de 1989
212 Serra Alta Modelo 26 de abril de 1989
213 Tunápolis Itapiranga 26 de abril de 1989
214 Abdon Batista Campos Novos 26 de abril de 1989
215 Celso Ramos Anita Garibaldi 26 de abril de 1989
216 Itapoá Garuva 26 de abril de 1989
217 Forquilhinha Criciúma 26 de abril de 1989
218 Cerro Negro Campo Belo do Sul 26 de setembro de 1991
219 Santa Terezinha Itaiópolis 26 de setembro de 1991
220 Passo de Torres São João do Sul 26 de setembro de 1991
221 Monte Carlo Campos Novos 26 de setembro de 1991
222 Cocal do Sul Urussanga 26 de setembro de 1991
223 Sul Brasil Modelo 26 de setembro de 1991
224 Nova Itaberaba Chapecó 26 de setembro de 1991
225 Braço do Trombudo Trombudo Central 26 de setembro de 1991
226 Mirim Doce Taió 26 de setembro de 1991
227 Arabutã Concórdia 12 de dezembro de 1991
228 São João do Oeste Itapiranga 12 de dezembro de 1991
229 Planalto Alegre Caxambu do Sul 12 de dezembro de 1991
230 Águas Frias Coronel Freitas 12 de dezembro de 1991
231 Lajeado Grande Xaxim 12 de dezembro de 1991
232 Riqueza Mondaí 12 de dezembro de 1991
233 Passos Maia Ponte Serrada 12 de dezembro de 1991
234 Rio Rufino Urubici 12 de dezembro de 1991
235 Guatambu Chapecó 12 de dezembro de 1991
236 Vargem Campos Novos 12 de dezembro de 1991
237 Balneário Barra do Sul Araquari 9 de janeiro de 1992
238 Formosa do Sul Quilombo 9 de janeiro de 1992
239 São Miguel da Boa Vista Maravilha 9 de janeiro de 1992
240 Arvoredo Seara 9 de janeiro de 1992
241 Calmon Matos Costa 9 de janeiro de 1992
242 Santa Helena Descanso 9 de janeiro de 1992
243 Belmonte Descanso 9 de janeiro de 1992
90

244 Irati Quilombo 9 de janeiro de 1992


245 Ouro Verde Abelardo Luz 9 de janeiro de 1992
246 Novo Horizonte São Lourenço do Oeste 9 de janeiro de 1992
247 Ipuaçu Coronel Freitas 9 de janeiro de 1992
248 Paraíso São Miguel do Oeste 9 de janeiro de 1992
249 Jardinópolis União do Oeste 20 de março de 1992
250 São João do Itaperiú Barra Velha 29 de março de 1992
251 Coronel Martins São Domingos 30 de março de 1992
252 Sangão Jaguaruna 30 de março de 1992
253 Vargem Bonita Catanduvas 30 de março de 1992
254 Ponte Alta do Norte Curitibanos 30 de março de 1992
255 São Cristóvão do Sul Curitibanos 30 de março de 1992
256 Capivari de Baixo Tubarão 30 de março de 1992
257 Cordilheira Alta Chapecó 30 de março de 1992
258 Bombinhas Porto Belo 30 de março de 1992
259 Morro Grande Meleiro 30 de março de 1992
260 Macieira Caçador 30 de março de 1992
261 Ermo Turvo 29 de dezembro de 1993
262 São Pedro de Alcântara São José 16 de abril de 1994
263 Santiago do Sul Quilombo 16 de abril de 1994
264 Bela Vista do Toldo Canoinhas 16 de abril de 1994
265 Bocaina do Sul Lages 16 de julho de 1994
266 Painel Lages 7 de agosto de 1994
267 Capão Alto Lages 29 de setembro de 1994
268 Alto Bela Vista Concórdia 4 de julho de 1995
269 Paial Itá 4 de julho de 1995
270 Treviso Siderópolis 8 de julho de 1995
271 Palmeira Otacílio Costa 18 de julho de 1995
272 São Bernardino Campo Erê 19 de julho de 1995
273 Jupiá Galvão 19 de julho de 1995
274 Bom Jesus Xanxerê 19 de julho de 1995
275 Entre Rios Marema 19 de julho de 1995
276 Bom Jesus do Oeste Modelo 19 de julho de 1995
277 Saltinho Campo Erê 19 de julho de 1995
278 Sta Terezinha do Progresso Campo Erê 19 de julho de 1995
279 Frei Rogério Curitibanos 20 de julho de 1995
280 Ibiam Tangará 20 de julho de 1995
281 Iomerê Videira 20 de julho de 1995
282 Cunhataí São Carlos 29 de setembro de 1995
283 Tigrinhos Maravilha 29 de setembro de 1995
284 Flor do Sertão Maravilha 29 de setembro de 1995
91

285 Princesa São José do Cedro 29 de setembro de 1995


286 Bandeirante São Miguel do Oeste 29 de setembro de 1995
287 Chapadão do Lageado Ituporanga 29 de novembro de 1995
288 Luzerna Joaçaba 29 de dezembro de 1995
289 Zortéa Campos Novos 29 de dezembro de 1995
290 Barra Bonita São Miguel do Oeste 29 de dezembro de 1995
291 Brunópolis Campos Novos 29 de dezembro de 1995
292 Balneário Gaivota Sombrio 29 de dezembro de 1995
293 Balneário Arroio do Silva Araranguá 29 de dezembro de 1995
294 Balneário Rincão Içara 3 de outubro de 2003
295 Pescaria Brava Laguna 25 de outubro de 2003
Fonte
Biblioteca do IBGE São Francisco do Sul

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