Você está na página 1de 29

ATUALIDADES

Os Estados Unidos Hoje

Livro Eletrônico
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

SUMÁRIO
Os Estados Unidos Hoje................................................................................3
1. A Eleição de Donald Trump e o “Rust-Belt”..................................................3
1.1. O Manufacturing-Belt (Rust-Belt) nos EUA................................................5
2. A Economia Americana Hoje......................................................................6
3. A Pax Americana x Isolacionismo...............................................................8
3.1. Tentativa de Fechar as Fronteiras dos EUA a 7 Países.................................9
3.2. A Saída do Acordo de Paris.....................................................................9
3.3. Saída da Unesco................................................................................. 10
4. A Questão do Tratado de Associação Transpacífico e o Nafta........................ 11
5. A Questão Supremacista......................................................................... 12
Exercícios ................................................................................................ 18
Gabarito................................................................................................... 22
Gabarito Comentado.................................................................................. 23

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

OS ESTADOS UNIDOS HOJE

A eleição de Donald Trump, em fins de 2016, assombrou o mundo e sur-

preendeu até os mais experientes analistas políticos. Como foi possível um

iniciante na política, de trejeitos histriônicos e pele alaranjada, um bilionário que

sempre declarou à imprensa ter mais dinheiro do que realmente tinha, “persona”

rejeitada até por parcela considerável de cabeças de dentro de seu próprio partido

(Republicano), levar para si a presidência da maior potência global?

Nesta nossa segunda aula, caro(a) aluno(a), nós iremos explorar os principais

temas acerca de Atualidades que envolvem os Estados Unidos. Falaremos sobre o

contexto da eleição de Donald Trump, também um pouco sobre o tamanho da

economia americana e seus dados relacionados, para, em seguida, tratarmos

das medidas de cunho isolacionista, e excêntricas, de certa forma, tomadas

ao longo destes dois primeiros anos de mandato (iniciado nos primeiros dias de

janeiro 2017) por Donald Trump (como a saída do Acordo do Clima de Paris, entre

outras). Por fim, trataremos nesta aula sobre a eclosão de movimentos separa-

tistas neste primeiro ano completo de mandato de Trump (2017) nos EUA e seus

efeitos práticos. Então vamos lá!

1. A Eleição de Donald Trump e o “Rust-Belt”

Eleito por meio um sistema eleitoral complexo, do tipo indireto, e com menos

votos populares que a tarimbada senadora por Nova York, sua rival Hilary Clinton

(algo em torno de 2,8 milhões de diferença de votos pró-parlamentar), o bilionário

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

se valeu da vitória em estados-chaves do chamado manufacturing- belt. Este cintu-

rão está Nordeste dos EUA e foi, por décadas, o motor pulsante da indústria global

e da pujança financeira. Contudo, atualmente, a economia dessa região se encontra

esfacelada por perdas relativas à transferência de plantas fabris para países com

melhores vantagens competitivas (leia-se salários bem mais baixos, leis ambien-

tais frouxas e sindicatos fracos ou inexistentes), tais como a China principalmente,

além da Índia, Tailândia, Indonésia e parte da América Latina, especialmente o

México, entre outros.

Tal retrocesso econômico é resultado direto da nova estruturação econômica

global pós-fordista (a partir dos anos 1970), intensificado pelo processo de globa-

lização recente e pela a abertura da China em definitivo para o mundo (década de

1990), a qual impactou essa grande área a Nordeste EUA. Com perdas econômicas

e empobrecimento de perspectivas, associadas a uma depressão urbana, a qual

cidades como Detroit, em Michigan, perderam algo em torno de 2/3 de sua popu-

lação desde a década de 1970, o pujante epicentro da produção industrial global,

outrora conhecido como sendo o cinturão da manufatura, passou a receber a

pesada alcunha de “rust-belt”, ou cinturão da ferrugem.

Caro(a) aluno(a), veja a seguir a área compreendida pelo Rust-Belt (oficialmen-

te, Manufacturing-Belt), e, no segundo mapa, como se deu a vitória de Trump em

parte dos estados compreendidos (estão marcados em vermelho os Estados onde

os Republicanos venceram).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

1.1. O Manufacturing-Belt (Rust-Belt) nos EUA

Disponível em: <https://www.google.com.br/searchq=eua+rust+belt&source=lnms&tbm=isch&-


sa=X&ved=0ahUKEwjbqcfQiNnaAhUEC5AKHVWTA_AQ_AUICigB&biw=1152&bih=758#imgrc=x-
vWblJ1Ly5gKsM>.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

Assim, Donald Trump evocou um discurso, em sua campanha, em defesa fer-

renha dessa população desacreditada e empobrecida do Nordeste dos EUA, de

origem americana por excelência (em contraste com a população dos Sul dos EUA,

em parte de origem hispânica), calcado no lema “America First”, convocando a que

fossem às urnas, no dia 8 de novembro de 2016, e o elegessem. Ele venceu, por-

tanto, alavancado pelos votos de Estados pertencentes ao manufacturing-belt, os

quais votaram nas eleições anteriores no candidato Democrata, tais quais Wiscon-

sin, Ohio e Pensilvânia.

2. A Economia Americana Hoje

Os EUA são a maior economia do mundo. Falar sobre este país obriga-nos, ini-

cialmente, a comentarmos o atual contexto econômico, bastante positivo, porém

com peculiaridades inerentes a este gigante global que detém quase 25% das ri-

quezas produzidas no globo em 2017 (mais precisamente, 24,3% de um PIB global

de 74 trilhões de dólares em 2017).

Alguns dados recentes da economia dos EUA:

• saldo da balança comercial: deficit de US$ 734 bilhões (em 2016);

• crescimento do PIB em 2017: 2,3%;

–– crescimento do PIB em 2018: 3,0%;

• taxa de desemprego: 4,7% (em fevereiro de 2017);

• taxa de inflação: 1,3% (de janeiro a dezembro de 2017).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

Divisão percentual do PIB global em 2017:

No gráfico anterior, ainda são latentes a presença global americana e a sua van-

tagem frente aos outros países do globo. É interessante notar que havia uma pre-

visão, a qual esteve em franco vigor no início da década passada (ou seja, há uns

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

15 anos), de que, entre os anos 2015-2018, a ultrapassagem do tamanho da eco-

nomia chinesa frente à americana, um evento histórico, iria acontecer sem dúvida

nenhuma. Contudo, tal fato não ocorreu conforme previsto pelos analistas. Isso

se deve, principalmente, ao fato de que, nos últimos anos, o vigor do crescimento

econômico chinês esteve arrefecido. O país oriental saiu de um quadro em que os

números anuais de crescimento econômico estiveram em torno de 11% a 13% ao

ano para, atualmente, crescer apenas na casa dos 7%. Na outra ponta, os EUA vêm

recentemente recuperando o vigor de seu crescimento econômico, perdido, de cer-

ta forma, na década anterior. Sendo assim, neste ano de 2017/2018, a economia

chinesa perfaz ainda apenas 60% da economia americana.

3. A Pax Americana x Isolacionismo

Com uma plataforma eleitoral com a atenção voltada para as necessidades eco-

nômicas dos EUA, xenófoba por excelência, por ser ideologicamente repulsiva aos

imigrantes, Donald Trump destilou, já em seu discurso de posse, em 20 de janeiro de

2017, sua pegada afinada à projeção dos negócios nos EUA (com sua forma peculiar

de perceber o papel dos EUA) e como se pautaria a partir dali a atuação de seu país.

Ressaltou que “o poder estava de volta ao povo”, deixando claro que não iria esmo-

recer frente ao lema “America First”, tão propalado em seus discursos de campanha.

Colocando o discurso em prática, já nos primeiros dias de governo, Trump de-

monstrou nitidamente que não caberia mais a promoção de escalas globalizadas,

nem de comércio multilateral, direcionando assim seu mandato, inclusive, em fran-

ca colisão ao que fora levado a cabo por seu antecessor, Barack Obama, em oito

anos de governo (2008-2015), e outros presidentes americanos, tais como George

Bush (pai e filho) e Bill Clinton.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

Se por décadas os EUA imprimiram a chamada pax americana, corolário que

buscava sinalizar, claramente, que quem os acompanhasse ideologicamente sai-

ria privilegiado nas cartas do jogo de forças geopolítico e econômico global, com

Trump no poder ascendeu uma mudança. Sua plataforma é escancaradamente

isolacionista e, dessa forma, relega arranjos e acordos com países, a não ser que

tais costuras sejam de extrema necessidade e ultravantajosas aos EUA.

Outras medidas de cunho isolacionista foram tomadas por Trump ao longo do

ano de 2017. Vejamos, a seguir, três das mais importantes.

3.1. Tentativa de Fechar as Fronteiras dos EUA a 7 Países

Logo em seu primeiro mês de governo, Donald Trump solicitou que fossem fe-

chadas por completo, e por tempo indeterminado, as fronteiras dos EUA à entrada

de cidadãos de sete países: Síria, Líbia, Irã, Sudão, Iêmen, Somália e Iraque. A

Suprema Corte barrou que tal fechamento fosse feito de forma tão radical, tal qual

preconizara o líder norte-americano, mas determinadas restrições permaneceram

à entrada desses estrangeiros nos EUA desde então.

3.2. A Saída do Acordo de Paris

Primeiramente, vale-nos compreender que o Acordo de Paris foi o mais robusto

acordo climático em termos de número de países participantes da história. Fechado

na 21ª Conferência do Clima, realizada em dezembro de 2015 (ainda com Barack

Obama no comando da Presidência dos EUA), o acordo, embora não vincule os pa-

íses ao cumprimento de metas de redução de gases de efeito estufa, como foi feito

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

pelo Protocolo de Kyoto, contribuiu para que 195 países assumissem o compro-

misso de manter o aumento da temperatura média global em bem menos

de 2°C acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços para limitar

o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Pois bem, com a justificativa de tornar a América grande novamente e com o

“dever solene de proteger os Estados Unidos e os seus cidadãos, os Estados Unidos

vão se retirar do acordo climático de Paris”, diz assim Trump em discurso de junho

de 2016, retirando-se deste importante Tratado. Se em Barack Obama o mundo

possuía um defensor deste tipo de participação norte-americana mais ativa em

questões globais, o isolacionismo de Trump vem fazer água nesta questão climática

e em várias outras de relevância global, nas quais a participação dos EUA faz-se

necessária.

3.3. Saída da Unesco

Em outubro de 2017, Trump anunciou a saída dos EUA da Unesco, a agência de

educação e cultura da Organização das Nações Unidas (ONU). A decisão foi tomada

e, logo depois, Israel declarou que seguiria o mesmo passo. Ambos apontam uma

acompanhada postura anti-israelense por parte da organização.

A decisão americana, válida a partir de 2019, não surpreende: em 2011, ainda

sob o governo Barack Obama, os EUA já haviam cancelado sua contribuição finan-

ceira para a Unesco em protesto contra decisão da agência de conceder aos

palestinos o status de membros plenos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

4. A Questão do Tratado de Associação Transpacífico e o Nafta

O isolacionismo econômico teve como primeira medida de governo a retirada

norte-americana do Tratado de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês)

por parte de Trump, o qual, durante a campanha, fez questão de denunciar com

veemência o que chamou de um acordo “terrível” e que “viola”, segundo ele, os

interesses dos trabalhadores norte-americanos.

Negociado pelo governo de Barack Obama e visto como um contrapeso à cres-

cente influência econômica e política da China, depois que Trump retirou os Estados

Unidos do acordo em janeiro do ano passado (2017), Austrália, Brunei, Canadá,

Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietnã ajustaram

as pontas e agora assinam uma nova parceria, renomeada como Acordo Progressi-

vo e Compreensivo para a Parceria Transpacífico (TPP11).

Outra medida de impacto, e que dá mais uma dimensão deste isolacionismo

comercial promovido por Trump, foi anunciada dias depois da sua retirada do TPP.

Para o NAFTA, Trump disse que seu país só seguiria dentro da Aliança de Li-

vre Comércio dos países da América do Norte, iniciada em 1994, se Canadá

e México aceitassem reiniciar rodadas de renegociação comercial (enten-

da-se tarifárias), com vistas a reduzir o saldo negativo do comércio norte-ameri-

cano com os dois países parceiros no acordo. Pressionados, e com medo de perder

o parceiro comercial, mesmo a contragosto, Canadá e México iniciaram, em 2017,

de forma tímida, novas negociações, visando atender ao interesse dos EUA. Assim,

em fins de 2018, foi anunciado que o NAFTA (North American Free Trade Agree-

ment) terá uma nova rodada de negociações diferenciadas para ambos países. Os

EUA conseguiram adequar, ao menos em tese, o bloco norte americano de livre

comércio a seus interesses.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

Por fim, recentemente (em março de 2018), Donald Trump anunciou uma

taxa de 25% sobre a importação de aço e de 10% sobre a de alumínio pe-

los Estados Unidos.

Usando a ferramenta virtual de comunicação Twitter, tal qual se acostumou a

fazer desde o início de seu mandato, mandou dizer virtualmente que “guerras

comerciais são boas e fáceis de ganhar”. O mercado reagiu negativamente, com

queda das bolsas ao redor do mundo.

Foi uma decisão inesperada, porque havia quem especulasse sobre uma nor-

malização da Presidência Trump após sua participação em Davos (o Fórum Mun-

dial Econômico mais relevante, realizado na Suíça, anualmente, todo mês de de-

zembro). Tal medida protecionista joga exatamente para a plateia do meio-oeste

americano (do antigo manufacturing-belt, atual rust-belt), território enormemente

responsável por elegê-lo.

5. A Questão Supremacista

Os Estados Unidos são o país no mundo com a maior quantidade absoluta de

imigrantes inseridos na população. Residem hoje por lá em torno de 40 milhões de

estrangeiros, para um contingente total de 330 milhões de habitantes.

Vale destacar que os EUA, desde a década de 1960, até a entrada deste século,

promoveram, de certa forma, políticas tendentes a facilitar a entrada de imigran-

tes. Porém, tal processo teve fim, de certa maneira, com os ataques terroristas

de 11 de setembro de 2001. Assim, ao longo da década passada, e desta década

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

também, políticas com o objetivo de dificultar a entrada de imigrantes tomaram

corpo no país. Com Donald Trump no comando da Presidência, se encrudesceram

radicalmente tais iniciativas.

Além das questões relacionadas ao tecido social promovidas pela massa de

imigrantes constantes na população americana (tais quais a questão do mercado

de trabalho, dinamismo econômico e também aspectos legais e jurídicos), os EUA

atravessam tempos em que também o tecido racial vem rasgando, e, para con-

sertá-lo, em nada colabora o modelo xenófobo e abertamente racista de Trump de

se perceber a política e a sociedade americana. Muito pelo contrário.

O ano de 2017, o primeiro completo de Donald Trump à frente dos EUA,

foi marcado por sucessivos distúrbios, principalmente no interior dos EUA,

confrontando posições de grupos de defesa dos imigrantes e negros e os grupos

denominados supremacistas.

Em Charlotteville, Virginia, uma passeata, em agosto de 2017, de cunho antirra-

cista se transformou em tragédia. De posse de seu veículo Dodge, o jovem James

Alex Fields, declaradamente um defensor da supremacia americana, matou uma

pessoa e feriu outras 19 ao avançar com seu bólido sobre a multidão. Pelas cidades

do país, de norte a sul, o que se percebeu ao longo do ano foi a mesma situação.

Uma série de distúrbios e um aumento considerável de mortes em função do con-

fronto étnico-racial. Se, por um lado, os EUA, ao longo dos últimos tempos, vêm di-

minuindo suas taxas de homicídios por causas econômicas ou pelo uso drogas, por

outro, aumentou consideravelmente, após a eleição de Trump, o número de mortes

por causa de questões raciais e étnicas.

Os supremacistas são a parte da população norte-americana que consi-

dera indesejável, e de estirpe inferior, os imigrantes, os judeus e também

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

os negros. Preconizam um país livre dessas minorias e reivindicam ao menos que

possam bradar livremente seus discursos, colocando a frente de tudo, sobretudo,

a superioridade branca. Estima-se haver algo em torno de 920 organizações deste

tipo no EUA, em 2017.

A verdade é que, com Trump a frente dos rumos da nação, tais grupos sentem-se

à vontade para sair em defesa dos mais radicais ideários e discursos supremacistas.

Não que tais grupos tenham nascido a partir da eleição de Trump, pelo contrário,

são enraizados nos EUA há tempos, mas, na medida em que um presidente ameri-

cano se identifica claramente com a xenofobia, chegando a se referir aos grupos de

latinos de El Salvador e Nicarágua como oriundos de “shit-countries”, ou países de

merda, e se apoia para ter sido eleito exatamente neste eleitorado mais radical, o

qual não vinha participando ativamente dos pleitos anteriores (principalmente das

duas eleições de Brack Obama), há evidentemente um cenário francamente aberto

a ação destes grupos, sendo isso que vem acontecendo ao longo do mandato de

Donald Trump.

Bom, chegamos ao fim desta aula de Atualidades sobre os EUA.

Como complemento didático, disponibilizo uma matéria on-line do renomado pe-

riódico português Diário de Noticiais, apresentada em sua versão on-line de 12 de

janeiro de 2018 (link: <https://www.dn.pt/mundo/interior/seis-meses-depois-trum-

p-nao-exclui-voltar-a-acordo-de-paris-9041264.html>), a qual versa sobre o anda-

mento dessa tratativa de retirada dos EUA do Acordo de Paris e da possibilidade de

haver uma flexão por parte da geopolítica norte-americana em torno desse impor-

tante tratado climático global.

MATÉRIA

Seis meses depois, Trump não exclui voltar a Acordo de Paris

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

Acordo de Paris sobre alterações climáticas é “um mau acordo”, mas os Estados

Unidos poderão voltar atrás na decisão de se desvincularem do documento adotado

numa cimeira na capital francesa em final de 2015.


“Honestamente, não tenho qualquer problema com esse acordo em geral, mas
tenho um problema com o acordo que foi assinado”, afirmou o presidente Donald
Trump, falando numa conferência de imprensa com a primeira-ministra noruegue-
sa, Erna Solberg, em Washington na noite de quarta-feira.
O que o presidente dos EUA quis dizer, na peculiar formulação de frases que
é um dos seus traços característicos, é que está contra disposições específicas do
Acordo de Paris que, em sua opinião e da indústria mineira americana, são pre-
judiciais para o setor no seu país. “Somos ricos em gás, carvão, petróleo”, entre
outras fontes de energia, e “as nossas empresas saíram muito maltratadas” nas
negociações. E culpou a presidência de Barack Obama: “como sempre, assinaram
um mau acordo” em que os EUA “foram tratados de forma muita injusta”. A serem
possíveis novas negociações, “podemos perfeitamente voltar atrás” e Washington
regressar ao acordo.
Não é a primeira vez que Trump deixa em aberto a possibilidade dos EUA rein-
tegrarem o Acordo de Paris, em que as metas são estabelecidas pelos próprios paí-
ses e sem data limite para a sua concretização. Mas têm-no feito sempre de forma
evasiva. Os EUA anunciaram a saída em junho de 2017, mas a retirada efetiva só
produz efeitos em novembro de 2020. Washington comprometeu-se a reduzir entre
26% e 28% as suas emissões de gases de efeito estufa até 2025, tendo como re-
ferência o valor daquelas emissões em 2005. Trump sempre disse, e isto de forma
clara, que aqueles valores eram exagerados face ao que fora definido pela China,
que o presidente também sempre tem dito ser o principal (e “desonesto”) adver-
sário econômico dos EUA. E que as empresas e contribuintes americanos estavam

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

a ser penalizados pelos compromissos assumidos pela administração Obama. Na


época em que foi formalizado o anúncio, a Casa Branca deixara subentendido que a
saída só se concretizaria se não fossem identificadas “alternativas mais favoráveis”
para o país.

O fato do presidente americano ter feito estas declarações ao lado da governan-

te norueguesa, país que tem importantes reservas de petróleo e gás natural, mas

foi o primeiro a ratificar o acordo (e que aposta nas energias alternativas), estava

ontem a ser interpretado como resultado das explicações de Erna Solberg sobre

o valor econômico das novas energias. Após a Casa Branca ter anunciado a deci-

são de sair do Acordo de Paris, o multimilionário Michael Bloomberg, crítico frontal

de Trump na questão, afirmou que era o melhor que podia suceder às indústrias

americanas, pois as empresas iriam empenhar-se, de livre vontade, em cumprir as

metas.

Durante a conferência de imprensa, a chefe do governo de Oslo martelou a

ideia de que, com leis rigorosas para fazer cumprir as metas de Paris, “criamos

também uma atmosfera muito favorável para as tecnologias amigas do ambiente

e do clima”. No registo já tradicional de proferir declarações num sentido e outras

no oposto das primeiras, Trump elogiou a “espantosa indústria hidroelétrica norue-

guesa” e disse que “gostaria que pudéssemos fazer algo semelhante”. Noutro ponto

da conferência de imprensa dissera algo contraditório: “sou totalmente a favor do

recurso ao petróleo, ao gás e a tudo o mais que produza o máximo de energia”.

A conferência de empresa não foi só sobre questões energéticas, Trump referiu

o início da entrega de novos aviões de combate “F-52 e F-35” à Noruega, cometen-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

do neste anúncio um sério deslize: os F-52 só existem no jogo Call of Duty!

Noutro plano, falando sobre a investigação do procurador especial Robert Muel-

ler e a hipótese de ser ouvido por este, Trump insistiu não existir qualquer conluio

entre a sua campanha e personalidades russas. E quase afastou taxativamente a

realização de uma conversa com Mueller. “Quando não há qualquer conluio e não

há provas de qualquer conluio, acho difícil termos sequer uma entrevista”. Mais

uma vez, os media recordavam que há meses, em junho de 2017, se mostrara

“mais do que feliz” em falar com o procurador. As negociações entre a equipe do

procurador e os advogados do presidente prosseguem para estabelecer os termos

da eventual entrevista.
Disponível em: <https://www.dn.pt/mundo/interior/seis-meses-depois-trump-nao-exclui-voltar-
-a-acordo-de-paris-9041264.html>.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

EXERCÍCIOS

1. O atual Presidente dos EUA, Donald Trump, possui laços estreitos com o Partido

Republicano, isto desde a sua idade adolescente, para, finalmente ter sido eleito

como presidente dos Estados Unidos pelo próprio partido, aos 70 anos de idade, em

fins de novembro de 2016.

2. Os EUA possuem um sistema democrático de eleições majoritárias do tipo bipar-

tidário; neste apenas dois partidos, o Republicano e o Democrata, são as agremia-

ções permitidas a participar dos pleitos máximo para eleição do chefe do Executivo.

3. Os republicanos foram os grandes vencedores nas eleições de 2016, levando a maioria

das cadeiras na Câmara e no Senado, além de eleger Donald Trump como Presidente.

4. A eleição de Donald Trump em 2016 para a Presidência dos EUA esteve marca-

da pela exposição de suas posições pessoais xenófobas, as quais fizeram que seu

próprio partido, o Republicano, se posicionasse de forma praticamente unânime em

completa refração frente a sua proposta eleitoral antissemita e radicalizada.

5. Outro ponto controverso percebido na eleição de Donald Trump de 2016 se dera pela

suspeita de haver um suposto auxílio de hackers russos frente a disseminação de notícias

falsas sobre sua a opositora democrata, a senadora Hillary Clinton, em redes sociais.

6. Logo em seus primeiros dias de mandato, em 2017, Donald Trump sucumbe

às pressões liberais, anunciando ter desistido de suas posições isolacionistas

propaladas em campanha.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

7. O ano de 2017, o primeiro completo de Donald Trump à frente do Governo dos

Estados Unidos, foi marcado por discussões acerca da possibilidade de ser instalado

um processo de impeachment no Congresso dos EUA contra o mandatário norte-

-americano, à medida que acusações sobre o uso das redes sociais com vistas a

disseminar notícias falsas e prejudicar seus opositores, ao que tudo indica, fora um

expediente utilizado comumente em sua campanha presidencial.

8. Os votos de estados ao Norte dos Estados Unidos, reduto em eleições anteriores

dos Democratas, pesaram favoravelmente à eleição de Trump

9. A plataforma isolacionista e de ruptura comercial de Trump mostra a sua face ao

longo do ano de 2017, com seu afastamento em relação à China e o rompimento

do bloco que os dois países costuravam: o Tratado Transpacífico.

10. Os Estados Unidos possuem o maior orçamento bélico do planeta, auxiliando re-

gimes como o de Bashar al-Assad, na Síria, e outros redutos xiitas no Oriente Médio.

11. A saída dos Estados Unidos da Unesco em julho de 2017 foi pauta ventilada

pelo governo anterior, de Barack Obama, à medida que a agência de fomento da

ONU a patrimônios culturais era percebida como franca apoiadora dos palestinos.

12. Com praticamente um quarto da economia global, os Estados Unidos são ainda

a maior potência econômica do planeta, seguidos bem de perto por China Alema-

nha e Japão.

13. Rivalidade econômica entre Estados Unidos e Japão perdeu força à medida que

a partir da década de 80 os americanos ultrapassam os japoneses no ranking de

maior economia global.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

14. As políticas econômicas de Trump para América Latina têm, no México, uma

intensidade maior. Para o vizinho do Sul e fronteiriço, busca-se claramente ampliar

as relações econômicas e estreitar os laços no Nafta – o Tratado de Livre Comércio

dos Países da América do Norte.

15. Um ponto fundamental em relação os Estados Unidos, em atualidades, reside

na depressão urbana que determinadas áreas vêm passando, principalmente nos

prósperos estados da Califórnia e do Texas.

16. Na contramão do protecionismo de Trump, há a decisão por parte do próprio

presidente norte-americano em diminuir a taxação a entrada do aço estrangeiro no

país, com vistas a estimular a produção industrial, principalmente automobilística

e de construção civil.

17. O Vale do Silício perdeu nesta década a supremacia na liderança na produção

de tecnologia de ponta global, sendo superado pela China.

18. O modelo de empresas do tipo startups nasce nos Estados Unidos, e possui

suas bases em grandes ideias nos setores, principalmente de informática e de tec-

nologia em comunicação. Via de regra, são empresas nascidas com pequeno capital

em meio a centro de ensinos avançados.

19. O crescimento acelerado nos EUA leva a um tipo de sentimento e de grupos

que propagam a superioridade branca e o antissemitismo, denominado de:

a) Superioridade Ariana

b) Bloco dos Confederados

c) Supremacistas

d) Hoko Baram

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

20. Uma passeata em AGO/2017, de cunho antirracista, se transforma em tragé-

dia. De posse de seu veículo Dodge, o jovem James Alex Fields, declaradamente

um defensor da supremacia americana, mata uma pessoa e fere outras 19 ao avan-

çar com seu bólido sobre a multidão. Onde seu deu tal fato?

a) Gary, Indiana

b) Los Angeles, Califórnia

c) Reno, Nevada

d) Miami, Florida

e) Charlottesville, Virginia

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

GABARITO

1. E

2. E

3. C

4. E

5. C

6. E

7. C

8. C

9. E

10. E

11. C

12. E

13. E

14. E

15. E

16. E

17. E

18. C

19. c

20. e

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

GABARITO COMENTADO

1. O atual Presidente dos EUA, Donald Trump, possui laços estreitos com o Partido

Republicano, isto desde a sua idade adolescente, para, finalmente ter sido eleito

como presidente dos Estados Unidos pelo próprio partido, aos 70 anos de idade, em

fins de novembro de 2016.

Errado.

Trump não esteve atrelado historicamente ao Partido Republicano. Ele foi, inclusive,

filiado ao Partido Democrata, e cogitou tentar uma candidatura independente, ten-

do em vista que não obtinha, dentre os próprios republicanos, apoio sólido.

2. Os EUA possuem um sistema democrático de eleições majoritárias do tipo bipar-

tidário; neste apenas dois partidos, o Republicano e o Democrata, são as agremia-

ções permitidas a participar dos pleitos máximo para eleição do chefe do Executivo.

Errado.

Há outros partidos, mas sem expressão, tais quais o Libertário, Verde e Comunista.

Em 2016, na eleição de Trump, em terceiro lugar ficou Gary Johnson do Partido

Libertário, com algo em torno de 3% dos votos.

3. Os republicanos foram os grandes vencedores nas eleições de 2016, levando

a maioria das cadeiras na Câmara e no Senado, além de eleger Donald Trump

como Presidente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

Certo.
Dos 100 parlamentares que compõem o Senado, 51 são correligionários de Trump,
contra 49 do Partido Democrata. Já na Câmara dos Deputados (chamada de Câ-
mara dos Representantes), são 435 representantes: o Partido Republicano elegeu
239, contra 193 representantes democratas.

4. A eleição de Donald Trump em 2016 para a Presidência dos EUA esteve marca-
da pela exposição de suas posições pessoais xenófobas, as quais fizeram que seu
próprio partido, o Republicano, se posicionasse de forma praticamente unânime em
completa refração frente a sua proposta eleitoral antissemita e radicalizada.

Errado.
Trump expôs sua pegada antissemita durante a campanha de 2016, mas seu partido,
com quadros conservadores (e os Republicanos são a parte conservadora nos EUA), em
parte o apoiou, embora sua candidatura tenha promovido rachas partidários internos.

5. Outro ponto controverso percebido na eleição de Donald Trump de 2016 se dera pela
suspeita de haver um suposto auxílio de hackers russos frente a disseminação de notí-
cias falsas sobre sua a opositora democrata, a senadora Hillary Clinton, em redes sociais.

Certo.
Há essa mácula de fato (e acusação) frente a eleição de Trump.

6. Logo em seus primeiros dias de mandato, em 2017, Donald Trump sucumbe


às pressões liberais, anunciando ter desistido de suas posições isolacionistas

propaladas em campanha.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

Errado.
Trump, ao assumir, nos primeiros dias de 2017, a presidência dos EUA, não retroa-
ge, e promove um compêndio de ações com vistas a dar ensejo a um isolacionismo
nunca visto na história republicana dos EUA.

7. O ano de 2017, o primeiro completo de Donald Trump à frente do Governo dos


Estados Unidos, foi marcado por discussões acerca da possibilidade de ser instalado
um processo de impeachment no Congresso dos EUA contra o mandatário norte-
-americano, à medida que acusações sobre o uso das redes sociais com vistas a
disseminar notícias falsas e prejudicar seus opositores, ao que tudo indica, fora um
expediente utilizado comumente em sua campanha presidencial.

Certo.
Trump e seus correligionários se associaram a redes russas, muito provavelmente co-
mandadas por Putin, inclusive, para promover, nos meses de campanha, uma série de
disseminações de notícias falsas e semear discórdia no sistema político dos EUA.

8. Os votos de estados ao Norte dos Estados Unidos, reduto em eleições anteriores


dos Democratas, pesaram favoravelmente à eleição de Trump

Certo.
Principalmente Wisconsin e Pensylvania, áreas do já referido Rust Belt.

9. A plataforma isolacionista e de ruptura comercial de Trump mostra a sua face ao


longo do ano de 2017, com seu afastamento em relação à China e o rompimento
do bloco que os dois países costuravam: o Tratado Transpacífico.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

Errado.
A China não consta no Tratado Transpacífico e os EUA se retiraram em 2017.

10. Os Estados Unidos possuem o maior orçamento bélico do planeta, auxiliando re-
gimes como o de Bashar al-Assad, na Síria, e outros redutos xiitas no Oriente Médio.

Errado.
São, disparados, o maior orçamento global armamentista, mas apoiam alguns su-
nitas no Oriente Médio, como a Arábia Saudita e Turquia e o Egito, até a queda de
Hosni Mubarak, em 2011, e não xiitas.

11. A saída dos Estados Unidos da Unesco em julho de 2017 foi pauta ventilada

pelo governo anterior, de Barack Obama, à medida que a agência de fomento da

ONU a patrimônios culturais era percebida como franca apoiadora dos palestinos.

Certo.

Essa é a percepção norte-americana há tempos, de que a Unesco vinha deli-beran-

do em posições pró-Palestina, o que ia contra a visão norte-americana e de Israel

de subjugar o pseudo-estado árabe.

12. Com praticamente um quarto da economia global, os Estados Unidos são


ainda a maior potência econômica do planeta, seguidos bem de perto por China
Alemanha e Japão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

Errado.
Somadas as três economias atrás do EUA chega-se ao tamanho da economia dos
EUA, tal qual quadro apresentado logo no início da aula 2.

13. Rivalidade econômica entre Estados Unidos e Japão perdeu força à medida que
a partir da década de 80 os americanos ultrapassam os japoneses no ranking de
maior economia global.

Errado.
Não houve essa ultrapassagem em momento algum.

14. As políticas econômicas de Trump para América Latina têm, no México, uma

intensidade maior. Para o vizinho do Sul e fronteiriço, busca-se claramente ampliar

as relações econômicas e estreitar os laços no Nafta – o Tratado de Livre Comércio

dos Países da América do Norte.

Errado.

Os EUA, recentemente, anunciaram que visam, na verdade, rever as bases dos

acordos do Nafta com o México, por se considerarem amplamente prejudicados,

não havendo intenções de estreitamento comercial, como afirma o item.

15. Um ponto fundamental em relação os Estados Unidos, em atualidades, reside

na depressão urbana que determinadas áreas vêm passando, principalmente nos

prósperos estados da Califórnia e do Texas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

Errado.

Há uma depressão urbana, mas assola Estados ao Norte e não os ensolarados Ca-

lifórnia e Texas. É a área do chamado Rust Belt, em cidades como Detroit.

16. Na contramão do protecionismo de Trump, há a decisão por parte do próprio

presidente norte-americano em diminuir a taxação a entrada do aço estrangeiro no

país, com vistas a estimular a produção industrial, principalmente automobilística

e de construção civil.

Errado.

A recente decisão foi por sobretaxar o aço, sendo medida protecionista.

17. O Vale do Silício perdeu nesta década a supremacia na liderança na produção


de tecnologia de ponta global, sendo superado pela China.

Errado.
Ainda são líderes.

18. O modelo de empresas do tipo startups nasce nos Estados Unidos, e possui
suas bases em grandes ideias nos setores, principalmente de informática e de tec-
nologia em comunicação. Via de regra, são empresas nascidas com pequeno capital
em meio a centro de ensinos avançados.

Certo.
Esse é o conceito de startups.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 29
ATUALIDADES
Os Estados Unidos Hoje
Prof. Luis Felipe

19. O crescimento acelerado nos EUA leva a um tipo de sentimento e de grupos

que propagam a superioridade branca e o antissemitismo, denominado de:

a) Superioridade Ariana

b) Bloco dos Confederados

c) Supremacistas

d) Hoko Baram

Letra c.

Os americanos defensores da superioridade branca anglo-saxã são chamados de

supremacistas.

20. Uma passeata em AGO/2017, de cunho antirracista, se transforma em tragé-

dia. De posse de seu veículo Dodge, o jovem James Alex Fields, declaradamente

um defensor da supremacia americana, mata uma pessoa e fere outras 19 ao avan-

çar com seu bólido sobre a multidão. Onde seu deu tal fato?

a) Gary, Indiana

b) Los Angeles, Califórnia

c) Reno, Nevada

d) Miami, Florida

e) Charlottesville, Virginia

Letra e.

A passeata foi realizada em agosto de 2017, na Virgínia.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Matheus Soares - 87742257157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 29

Você também pode gostar