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Porto Alegre
2022
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E MEIO AMBIENTE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
Porto Alegre
2022
DEDICATÓRIA
Dedico a meus pais, irmão, Bete, Judite e a meus avós que já se foram, mas
que, sem pisar em uma faculdade, me ensinaram a mais pura filosofia de vida.
AGRADECIMENTOS
Confúcio.
LISTA DE FIGURAS
® - marca registrada
ALB - albumina
ALT - alanina aminotransferase
BD - bilirrubina direta
BID - bis in die; duas vezes ao dia; a cada 12 horas
BT - bilirrubina total
COL - colesterol
EDTA - etilenodiaminotetracético
EPF - exame parasitológico de fezes
EPO - exame parasitológico de ouvido
EPP - exame parasitológico de pele
EQU - exame qualitativo de urina
FA - fosfatase alcalina
FRUTO - frutosamina
GGT - gama glutamil transferase
GLC - Granuloma Lepróide Canino
K - potássio
mL - mililitro
Na - sódio
P - fósforo
PCR - reação em cadeia da polimerase
pH - potencial de hidrogênio
POP’s - Procedimentos Operacionais Padrão
RPCU - relação proteína/creatinina urinária
rpm - rotações por minuto
SID - semel in die; uma vez ao dia; a cada 24 horas
TG - triglicerídeos
TP - tempo de protrombina
TTPa - tempo de tromboplastina parcial ativada
UniRitter - Centro Universitário Ritter dos Reis
uL - microlitro
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………….. 9
1 INTRODUÇÃO
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Figura 1 - Porta de entrada do Hospital Pet Support Zona Norte e, em destaque, o logotipo do
Laboratório Zelle.
Figura 3 - Interior do Laboratório Zelle. Computador para emissão de laudos e acesso ao sistema. Na
parede, o quadro de avisos utilizado pelos funcionários do local.
anotações, ponteiras e pipetas (Figura 6). Por fim, na parte direita do laboratório,
localizava-se a bancada para o microscópico óptico, contador hematológico para
diferencial celular e frigobar para refrigeração de amostras (Figura 7). Todos os
aparelhos eram de alta qualidade e devidamente calibrados.
Figura 5 - Extensão da pia contendo os materiais: lâminas, extensora, régua de descanso, vela,
isqueiro e corante. A área era destinada às confecções de lâmina sanguínea, análises de urinálise e
usada também para lavagem de materiais.
Figura 7 - Interior do Laboratório Zelle. Bancada destinada ao espaço para o microscópico óptico,
contador hematológico e frigobar para conservar amostras. À esquerda, lixeiras destinadas ao
descarte de lixo infectante e reciclável.
Figura 8 - Interior do Laboratório Central. A bancada da pia era o espaço destinado à confecção das
lâminas sanguíneas e coloração. Aqui também eram realizados exames urinários e parasitológicos.
Figura 9 - Interior do Laboratório Zelle Central. Mesa reservada aos microscópios ópticos com seus
respectivos contadores hematológicos manuais.
Figura 10 - Interior do Laboratório Zelle Central. À esquerda, geladeira utilizada para armazenamento
de amostras e reagentes bioquímicos. À direita, máquina contadora automática de células
sanguíneas.
Figura 11 - Interior do Laboratório Zelle Central. Mesa destinada à aparelhagem bioquímica com seu
respectivo computador para emissão de laudos e acesso ao sistema, frascos, ponteiras e pipetas. Na
extrema direita da imagem, o banho maria.
A análise de urina também era um setor que tinha muita demanda de exames
e, visto o tempo de viabilidade da amostra, os mesmos deveriam ser analisados o
quanto antes. Neste setor, a aluna acompanhou ativamente todos os processos para
a execução do exame qualitativo de urina (EQU). Ela ficava responsável
primeiramente por fazer a análise física da amostra, a qual constitui-se basicamente
em avaliar a quantidade de urina em mL (mililitro), a coloração, o aspecto (turvo,
discretamente turvo ou límpido) e o método de coleta (cistocentese, sondagem ou
micção natural). Em seguida, a amostra era submetida ao exame químico, realizado
através de fitas reagentes específicas para urinálises. Tais fitas avaliam parâmetros
como: urobilinogênio, proteínas, pH (potencial de hidrogênio), sangue, corpos
cetônicos, bilirrubinas e glicose. Após, 10 mL de amostra era centrifugado a 1.500
rpm (rotações por minuto) durante 10 minutos em um tubo de Falcon. Após o
processo, a aluna ficava responsável por medir a densidade urinária por meio do
método de refratometria com o sobrenadante. Já com o sedimento, 10 uL
(microlitros) era disposto em uma lâmina de microscopia sob uma lamínula de vidro
para ser avaliado no microscópio óptico na objetiva de 40x pela aluna. Nesta parte
de sedimentoscopia, avaliava-se a presença e quantidade de células inflamatórias
ou descamativas, bactérias, cilindros, cristais, eritrócitos, entre outros.
Caso a mesma amostra de urina fosse submetida a exames complementares,
como relação proteína/creatinina urinária (RPCU) ou urocultura (neste caso, antes
do processamento para evitar contaminação), uma parcela da amostra era guardada
para o devido fim. Todos os processos eram supervisionados pelo médico veterinário
responsável.
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Figura 12 - Ilustração gráfica da casuística acompanhada no Laboratório Zelle Central de acordo com
a espécie e sexo dos animais.
pacientes (37,4%), dos quais 189 eram cães e 155, gatos. Este dado ocorre devido
ao fato de que a maioria dos animais possuíam raças misturadas e sem uma origem
conhecida, como os animais adotados e resgatados.
A aluna foi capaz de acompanhar diversos exames dos setores laboratoriais,
sendo que o setor de análises clínicas foi o qual ela teve maior contato. O
Laboratório Zelle possui o formato de “combos” para agrupar seus exames
hematológicos e bioquímicos - os exames mais solicitados pelos clínicos
correspondiam a esse formato. Os combos que a aluna pôde acompanhar em
ambas as unidades foram: check-up 1 (hemograma, albumina (ALB), alanina
aminotransferase (ALT), creatinina, fosfatase alcalina (FA) e ureia), check-up 2
(hemograma, ALB, ALT, creatinina, gama glutamil transferase (GGT) e ureia),
check-up 3 (hemograma, ALB, ALT, creatinina, FA, ureia e potássio (K)), check-up 4
(hemograma, ALB, ALT, creatinina, GGT, ureia e K), combo coagulação (tempo de
protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA)), combo diário
(hemograma, creatinina e K), combo endócrino 1 (hemograma, ALB, colesterol
(COL), creatinina, FA, sódio (Na), K e triglicerídeos (TG)) e combo endócrino 2
(hemograma, ALB, creatinina, EQU, FA, frutosamina (FRUTO), glicose e K). O
combo hepático era composto por hemograma, ALB, ALT, bilirrubina direta (BD),
bilirrubina total (BT), creatinina, FA, GGT, ureia e K. O combo internação 1 era
constituído por hemograma, ALT, creatinina e K. Já os combos pré cirúrgicos eram
PRE1 (hemograma, ALB, ALT e creatinina) e o PRE2 (hemograma, ALT e
creatinina). Os combos renais eram: renal 1 (hemograma, ALB, creatinina, fósforo
(P), K, Na e ureia) e renal 2 (hemograma, ALB, creatinina, P, K, Na, ureia, EQU e
RPCU)
Conforme descrito a seguir na tabela 1, os combos representaram grande
parte dos exames. Dentre eles, destacou-se o check-up 1 em ambas as sedes
(44,9% dos combos solicitados), por ser um exame de custo acessível e capaz de
apresentar um panorama geral de triagem da saúde do paciente, ele foi o combo
mais solicitado pelos clínicos.
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4 RELATO DE CASO
4.1 Introdução
Figura 14A - Pavilhão auricular externo da paciente. Figura 14B - Ao exame clínico da orelha externa,
foram constatados 5 pequenos nódulos (de aproximadamente 1 centímetro) e outros 2 maiores
ulcerados (aproximadamente 3 centímetros), todos macios, alopécicos e não aderidos.
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Figura 15 - Citologia corada com Panótico® e estruturas bacilares intracitoplasmáticas não coradas
(seta vermelha). Aumento de 100x com óleo de imersão.
Figura 16 - Na amostra corada com Ziehl Neelsen, ao centro, são visualizadas estruturas bacilares
eosinofílicas. Aumento de 100x com óleo de imersão.
4.3 Discussão
4.4 Conclusão
4.5 Referências
PEREIRA M.A.A., V. Nowosh, P.N. Suffys, G.B. Queiroz, K.M.O. Silva, M.C.S.
Lourenço, A.C.P. Vicente, A.N.B. Fontes, S. Morgado, R.C.S.M. Neves - PCR-based
identification of Mycobacterium murphy causing Canine Leproid Granuloma
Syndrome in Niterói, southeast Brazil ˗ case report, SciELO Brasil, 70, ed. 6,
2018. DOI 10.1590/1678-4162-10079.
RASKIN, Rose E. Skin and Subcutaneous Tissues. In: RASKIN, Rose E. and Denny
J. Meyer. Canine and Feline Cytology: a color atlas and interpretation guide. 3.
ed. UK: Saunders, 2015. cap. 3, p. 43-45. ISBN 1455740837.
WURSTER, F., Bassuino, D. M., Silva, G., Oliveira-Filho, J. P., Borges, A.S.,
Pavarini, S. P.,Driemeier, D., Luciana Sonne, L. Canine leproid granuloma: study
of 27 cases, SciELO Brasil, 37, ed 11, 2017. DOI 10.1590/0100-7362017001100017.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio curricular supervisionado foi visto pela aluna como uma etapa de
grandes oportunidades, pois, mesmo em um curto período de tempo, a acadêmica
foi capaz de aproveitar e desfrutar com muito êxito dos desafios que lhe foram
propostos. Desse modo, reuniu conhecimentos e experiências importantes para
seus objetivos de carreira, combinando a parte teórica aprendida ao longo da
graduação às atividades práticas do laboratório. Diante disso, a aluna reconheceu o
estágio curricular como uma das portas de entrada para o mercado de trabalho.
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Por ter mais afinidade com a área da patologia clínica, a acadêmica escolheu
seguir na área durante o estágio curricular - na qual já havia realizado estágios
extracurriculares ao longo da faculdade, por cerca de 3 anos. Visando isso, ela
escolheu o Laboratório Zelle, onde não havia trabalhado antes. Logo, por se tratar
de um local inédito em sua carreira, conheceu novos profissionais e novas maneiras
de trabalho, experiências as quais, consequentemente, contribuíram com sua
trajetória acadêmica.
A construção do relatório de estágio foi de grande valor para organizar tais
conhecimentos adquiridos, além de aprimorar as habilidades de desenvolvimento de
escrita. Ao final do estágio curricular, a aluna sentiu-se apta a coletar amostras
citológicas e auxiliar em todas as análises laboratoriais de rotina, bem como
desenvolver laudos em conjunto com o profissional - parte importante neste período
final do curso.