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Prevenção e Controle de Riscos: Caldeiras e Vasos de

Pressão

Prof. Eng. Welton Pedro Vinhal


Objetivo do curso

O objetivo deste curso é fornecer ao aluno o conhecimento básico dos


riscos em trabalhos com caldeiras e vasos de pressão. Ao final deste
curso o aluno deverá possuir espírito crítico para avaliar tais riscos e
apresentar sistemas de proteção coletiva e individual, bem como
propor medidas de controle para prevenir acidentes durante a
execução de trabalhos em caldeiras e vasos de pressão.

NOTA:
I - Os assuntos tratados nesta apostila tem caráter didático para orientação dos alunos.
II - Toda e qualquer medida proposta pelo profissional aqui orientado deverá ser previamente planejada
obedecendo rigidamente tudo o que está normatizado em leis, normas, resoluções, instruções
técnicas federais, estaduais e municipais.
III – Cabe ao profissional de Engenharia de Segurança manter-se atualizado quanto a toda a legislação
vigente para sua área de atuação.
Calor
 Calor é o resultado da agitação de moléculas dentro dos corpos.
É uma forma de energia que se transfere de um corpo para
outro quando há diferença de temperatura entre eles. Essa
transferência de calor se dá de três maneiras:
 por radiação,

 Por condução,

 Por convecção.

 No primeiro século da era cristã um estudioso


chamado Eron de Alexandria construiu uma
espécie de turbina a vapor, chamada eolípia.
Pressão
 Toda força, quando aplicada sobre uma área tem como
resultado uma grandeza física chamada de pressão. Isso quer
dizer que pressão é a força distribuída por uma determinada
área.

P = F / A ; onde P é a pressão, F é a força e A é a área.


Unidade: [N/m2 = Pa (Pascal)]

“ Caldeiras são equipamentos destinados a produzir e acumular


vapor a uma pressão maior do que a pressão da atmosfera.
Para produzir o vapor, uma fonte de calor aquece água sob
condições controladas.”
Pressão – [unidades]

 UNIDADES: bar
kgf/cm²
psi
Pascal

01 Kg/cm² ~ 01 bar = 14,22 PSI


01 bar = 105 Pa
01 Pa = 01 N/m²
Coluna de Água
10 m.c.a
metro água
coluna

FORÇA
PRESSÃO = 15 m
ÁREA
10 m
FORÇA = Peso da coluna de água

Peso específico X volume 1m


1m
1.000 kgf/m3 X 10 m3 = 10.000 kgf

10.000 kgf
P= = 1 kgf/cm2
(100 X 100) cm2 = 10 m.c.a = 1 bar
Aplicações do vapor de água?

 Aquecimento direto;
 Aquecimento indireto;
 Geração de potência;
 Produção de vácuo.
Porque se utiliza vapor de água?

 Gerado a partir da água;


 Permite ajuste da temperatura pela pressão;
 Facilidades no transporte;
 Transporta muita energia com pouca massa.
Vapor na indústria

 Indústria têxtil;
 Indústria alimentícia;
 Indústria de cigarros;
 Beneficiamento de couros e peles;
 Hospitais;
 Entre outros.
Transferência de calor nas caldeiras
Produção de vapor
Produção de vapor
Produção de vapor
Tipos de vapor

 VAPOR SATURADO: Vapor em contato com a parte líquida e em


equilíbrio térmico com a mesma;

 VAPOR SUPERAQUECIDO: Vapor que se encontra a qualquer


temperatura acima da temperatura de saturação.
Calor sensível, latente e total
Definições e unidades:

 VOLUME ESPECÍFICO: É o volume ocupado por um determinado


fluido por unidade de massa.
Unidade: m³/kg

 DENSIDADE: É a massa ocupada por um determinado fluido por


unidade de volume.

 Unidade: kg/m³

 A densidade é o inverso do volume específico


Definições e unidades:

 VAZÃO VOLUMÉTRICA: É a taxa de transporte de um volume de


fluido por unidade de tempo.

Unidade: m³/h, litros/segundo, CFM

Q = V (m³) / t (hora)
Q = V(m/s) x A (m²)
= m³/h , litros/seg, etc
Definições e unidades:

 VAZÃO MÁSSICA: É a taxa de transporte de uma quantidade de


massa por unidade de tempo. É também igual ao produto da
vazão volumétrica pela densidade.

M = Q (m³/h) x ρ (Kg/m³)
= Kg/h, ou Kg/s, ton/hora, etc
Definições e unidades:

 PODER CALORÍFICO: É a quantidade de energia liberada pela


combustão de um Kg de determinado combustível. (Kcal/Kg,
KJ/Kg).
 PCI (Poder Calorífico Inferior): Considera-se que a umidade do
combustível está na forma de vapor da saída dos gases e não
há considerável troca de calor.
 PCS (Poder Calorífico Superior): Quando há água na fase líquida
nos produtos de combustão.
 PCI do Bagaço de Cana:
 1.850 Kcal/Kg a 50% de umidade
 PCI do Óleo Combustível (BPF1A): 9.800 Kcal/Kg
Utilizações
 VAPOR SATURADO
Utilizado para processos de aquecimento
Motivos: melhor aproveitamento térmico
menor custo de geração

 VAPOR SUPERAQUECIDO
Utilizado para movimentação de máquinas
Motivos: necessidade de vapor isento de
condensado
Subdivisões de um sistema de vapor
• GERAÇÃO DE VAPOR: Caldeiras, coletores, sistemas de
alimentação, tratamento e estocagem de água e combustível,
descargas, controle ambiental, etc.

• DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR: Tubulações de distribuição em


geral, sistema de drenagem de rede e válvulas e acessórios de
segurança e controle.

• UTILIZAÇÃO DO VAPOR: Equipamentos consumidores de


vapor para aquecimento e Turbo equipamentos ou turbo
geradores de energia elétrica.

• RETORNO DE CONDENSADO: Rede de retorno de condensado,


sistema de vapor re-evaporado (vapor “flash”), sistemas de
bombeamento e descarga, desaeradores e tratamento químico.
TIPOS DE CALDEIRAS
Caldeira fogotubular
Caldeira fogotubular
Switch de presión
Manômetro commáxima
tubo sifão Nivel de agua
Manómetro
Válvulas de seguridad
Switch de modulación
Seguridad adicional
Aros de suspensión
Placa de identificación

Puertas frontales
Cámara de reversión
delantera Tres espejos
independientes
Cámara de reversión
Quemador trasera
con Hornalla ondulada
ventilador

Panel de comando

1er paso
2dopaso
3er paso
Bomba de agua
Detalhes de uma Caldeira Fogo
Tubular:

Passos da Caldeira Tubo de Fogo

Bocal do Queimador
Caldeira aquatubular
Caldeira Aquatubular:
conexão para válvula de segurança

queimador

Painel
externo
Separador de
fuligem
Parede da caldeira
tubos de Ladrilhos
coletor de ( parede de água)
refratários
coletor de vapor convexão
isolação
vapor saturado superaqueci térmica
do
Caldeira Aquatubular:
CONFIGURAÇÃO TÍPICA DE UMA CALDEIRA A BIOMASSA:

SUPERAQUECEDOR
FEIXE TUBULAR

PAREDE D´ÁGUA

ALIMENTAÇÃO
DE COMBUSTÍVEL
PRÉ AQUECEDOR
E ECONOMIZADOR

GRELHA

Cortesia: HBP Sermatec


CALDEIRA COM FORNALHA EM LEITO FLUIDIZADO:

Cortesia: HBP Sermatec


NR 13 – Caldeiras e Vasos de
Pressão
NR 13 - Disposições Gerais

Definição de Caldeiras

Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob


pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia,
excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades
de processo.

Definição de Vasos de Pressão

Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou
externa.
NR 13 - Disposições Gerais

Profissional habilitado - NR

“Para efeito da NR13, considera-se "Profissional Habilitado" aquele que tem


competência legal para o exercício da profissão de engenheiro na atividades
referentes a projeto de construção, acompanhamento operação e manutenção,
inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em
conformidade com a regulamentação profissional vigente no País.”
NR 13 - Disposições Gerais

Profissional habilitado - CONFEA

De acordo com a deliberação do CONFEA, publicado em 9 de fevereiro de 2007,


que revogou deliberações anteriores, é considerado profissional habilitado
somente aqueles que tenham curso superior em engenharia mecânica.
NR 13 - Disposições Gerais

Pressão máxima de trabalho permitida – PMTP ou


Pressão máxima de trabalho admitida – PMTA

Maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a resistência


dos materiais utilizados, as dimensões do equipamento e seus parâmetros
operacionais.
NR 13 - Disposições Gerais

Equipamentos indispensáveis para evitar riscos graves e iminentes -


Caldeiras e Vasos de Pressão

Válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou


inferior a PMTA

Instrumento que indique a pressão do vapor acumulado/pressão de operação


NR 13 - Disposições Gerais

Equipamentos indispensáveis para evitar riscos graves e iminentes


- Caldeiras

Injetor ou outro meio de alimentação de água, independente do sistema


principal, em caldeiras combustível sólido;
sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras de recuperação de
álcalis;

Sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que


evite o superaquecimento por alimentação deficiente.
NR 13 - Disposições Gerais

Equipamentos indispensáveis para evitar riscos graves e


iminentes - Vasos de Pressão

Dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula quando


esta não estiver instalada diretamente no vaso;
NR 13 - Disposições Gerais

Placa de identificação obrigatória para ambos

Deve ser afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, com
as seguintes informações (mínimas)

fabricante;
número de ordem dado pelo fabricante da caldeira / numero de
identificação do vaso;
ano de fabricação;
PMTA;
código de projeto e ano de edição.
NR 13 - Disposições Gerais

Placa de identificação obrigatória - Caldeiras

Pressão de teste hidrostático;

Capacidade de produção de vapor;

Área de superfície de aquecimento;


Documentação necessária no local de instalação

Deve ser apresentada pelo proprietário quando exigido pela


autoridade competente do órgão regional do Ministério do Trabalho
Documentação necessária no local de instalação

a) Prontuário da caldeira/vaso de pressão contendo: *

Código de projeto e ano de edição;


Especificação dos materiais;
Procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção final e
determinação da PMTA;
Conjunto de desenhos e demais dados necessários para o
monitoramento da vida útil;
Características funcionais;
Dados dos dispositivos de segurança;
Ano de fabricação;
Categoria da caldeira/vaso de pressão;
Documentação necessária no local de instalação

b) Registro de Segurança
Constituído de livro próprio, com páginas numeradas, ou outro
sistema equivalente onde serão registradas:

1) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas


condições de segurança;
2) as ocorrências de inspeções de segurança – para caldeiras:
periódicas e extraordinárias, devendo constar o nome legível e
assinatura de "Profissional Habilitado", e de operador de
caldeira presente na ocasião da inspeção
Documentação necessária no local de instalação

Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso, o


"Registro de Segurança" deve conter tal informação e receber
encerramento formal

c) Projeto de Instalação

d) Projetos de Alteração ou Reparo *

e) Relatórios de Inspeção *
Documentação necessária no local de instalação

Devem estar sempre à disposição para consulta dos operadores, do


pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos
trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes - Cipa, devendo o proprietário assegurar pleno acesso
a essa documentação
Classificação das caldeiras

Categoria A - pressão de operação é igual ou superior a 1960 KPa (19.98


Kgf/cm2) - deverão possuir painel de instrumentos instalados em sala de
controle, construída segundo o que estabelecem as Normas Regulamentados
aplicáveis

Categoria C - pressão de operação é igual ou inferior a 588 KPa (5.99


Kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100 (cem) litros;

Categoria B - todas as caldeiras que não se enquadram nas categorias


anteriores.
Classificação dos vasos de pressão

Classificados segundo o tipo de fluido e potencial de risco, em 5 categorias

Ver anexo IV da NR13


Instalação

Projeto é de responsabilidade de profissional habilitado (Caldeiras e Vasos)

Caldeiras - Devem ser instaladas em "Casa de Caldeiras" ou em local


específico para tal fim, denominado "Área de Caldeiras".
Instalação em ambientes abertos (Ambos)

A “área de caldeiras”/vasos de pressão deve satisfazer aos


seguintes requisitos:

***a) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas,


permanentemente desobstruídas e dispostas em direções
distintas;

b) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à


manutenção da caldeira,sendo que, para guarda-corpos vazados,
os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;

**c) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;

***d) ter sistema de iluminação de emergência (caso operar à noite


para Caldeiras).
(constitui risco grave e iminente o não atendimento dos requisitos)
*para caldeiras
**para vasos de pressão
*** para caldeiras e vasos de pressão
Instalação em ambientes abertos (Caldeiras)

A “área de caldeiras” deve satisfazer aos seguintes requisitos:

e) estar afastada de, no mínimo, 3,00m (três metros) de:


outras instalações do estabelecimento;
de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para
partida com até 2000 (dois mil) litros de capacidade;
do limite de propriedade de terceiros;
do limite com as vias públicas;

*f) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material


particulado, provenientes da combustão, para fora da área de
operação atendendo às normas ambientais vigentes;

(constitui risco grave e iminente o não atendimento dos requisitos)

*para caldeiras
Instalação em ambientes abertos (Vasos de Pressão)

O local do vaso de pressão deve satisfazer aos seguintes requisitos:

**g)Ter ventilação permanente com entrada de ar que não possam ser


bloqueadas

(constitui risco grave e iminente o não atendimento dos requisitos)

**para vasos de pressão


Instalação em ambientes confinados (Ambos)

A “casa de caldeiras” / local do vaso deve satisfazer aos seguintes


requisitos:

a) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente


desobstruídas e dispostas em direções distintas;

b) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não


possam ser bloqueadas;

c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à


manutenção, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem
ter dimensões que impeçam a queda de pessoas

d) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter


sistema de iluminação de emergência;
Instalação em ambientes confinados (Caldeiras)

A “casa de caldeiras” deve satisfazer aos seguintes requisitos:


e) constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo,
podendo ter apenas uma parede adjacente a outras instalações do
estabelecimento, porém com as outras paredes afastadas de, no mínimo,
3.00m (três metros) de outras instalações, do limite de propriedade de
terceiros, do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis,
excetuando-se reservatórios para partida com até 2 (dois) mil litros de
capacidade; - A

f) dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar de


caldeira a combustível gasoso; - A- B - C
Instalação em ambientes confinados (Caldeiras)

A “casa de caldeiras” deve satisfazer aos seguintes requisitos:

g) não ser utilizada para qualquer outra finalidade; - A- B – C

h) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado,


provenientes da combustão para fora da área de operação, atendendo às
normas ambientais vigentes; - A- B - C
Instalação em ambientes confinados

Quando o estabelecimento não puder atender ao requisitos dispostos acima,


deverá ser elaborado "Projeto Alternativo de Instalação", com medidas
complementares de segurança que permitam a atenuação dos riscos. Este
projeto alternativo deve ser apresentado pelo proprietário da caldeira/Vaso
para obtenção de acordo com a representação sindical da categoria
profissional predominante no estabelecimento. Quando não houver acordo, a
intermediação do órgão regional do MTb poderá ser solicitada por qualquer
uma das partes, e, persistindo o impasse, a decisão caberá a esse órgão.
Segurança na operação das caldeiras e
Unidades de Processo

Toda caldeira/Vaso deve possuir "Manual de Operação" atualizado,


em língua portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores,
contendo no mínimo:

a) procedimentos de partidas e paradas;

b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;

c) procedimentos para situações de emergência;

d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio


ambiente.
Segurança na operação das caldeiras e
Unidades de Processo

Instrumentos e controles devem ser mantidos calibrados e em boas


condições operacionais, constituindo condição de risco grave e iminente o
emprego de artifícios que neutralizem sistemas de controle e segurança
Segurança na operação das caldeiras

A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser


implementados, quando necessários para compatibilizar suas propriedades
físico-químicas com os parâmetros de operação da caldeira

Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle


de operador de caldeira, sendo que o não - atendimento a esta exigência
caracteriza condição de risco grave e iminente.
Segurança na operação de unidades de Processos

Operação de unidades que possuam vasos de pressão de categoria I ou II


(ver anexo IV) deve ser efetuada por profissional com treinamento de
segurança na operação de unidade de processo (não atendimento constitui
risco grave e iminente)
Segurança - Operador de caldeira e
Unidades de Processo

1) possuir certificado de "Treinamento de Segurança na Operação de


Caldeiras / Vasos de Pressão" e comprovação de estágio prático (Anexo I
- A e B, respectivamente);

2) Para Caldeiras - possuir comprovação de pelo menos 3 (três) anos de


experiência nessa atividade, até 08 de maio de 1984.

3) Para Vasos - Possuir experiência comprovada na operação de vasos de


pressão das categorias I ou II de pelo menos 2 anos antes da vigência
da NR13
Segurança - Operador de caldeiras

Deve cumprir um estágio prático, na operação da própria caldeira


que irá operar, o qual deverá ser supervisionado, documentado
e com duração mínima de:

a) caldeiras da categoria A: 80 (oitenta) horas;

b) caldeiras da categoria B: 60 (sessenta) horas;

c) caldeiras da categoria C: 40 (quarenta) horas


Segurança - Operador de Unidades de Processo

Deve cumprir um estágio prático, supervisionado, com duração


mínima de:

300 Hrs – categorias I e II

100 Hrs – categorias III, IV e V


Segurança - Operador de caldeira e
Unidades de Processo

O estabelecimento onde for realizado o estágio prático


supervisionado, deve informar previamente à representação
sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento:

a) período de realização do estágio;

b) entidade, empresa ou profissional responsável pelo"Treinamento de


Segurança na Operação de Caldeiras";

c) relação dos participantes do estágio.


O pré-requisito mínimo para participação como aluno, no "Treinamento de
Segurança na Operação de Caldeiras/Unidades de processo" é o atestado
de conclusão do 1° grau
Segurança - Operador de caldeira e
Unidades de Processo

O "Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras/Unidades de


Processo" deve, obrigatoriamente:

a) ser supervisionado tecnicamente por "Profissional Habilitado

b) ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim;

c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no Anexo I-A / I-B desta NR


Segurança - Operador de caldeira e
Unidades de Processo

Responsáveis pelo promoção do Treinamento de Segurança na operação de


caldeiras / Unidades de processo estarão sujeitos ao impedimento de
ministrar novos cursos, bem como a outras sanções legais cabíveis em caso
de inobservância dos anteriores
Segurança - Operador de caldeira e
Unidades de Processo

Condição de risco grave e iminente a operação de qualquer


caldeira/Vasos de pressão em condições diferentes das
previstas no projeto original, sem que:

a) seja reprojetada levando em consideração todas as variáveis envolvidas


na nova condição de operação;

b) sejam adotados todos os procedimentos de segurança decorrentes de sua


nova classificação no que se refere a instalação, operação, manutenção e
inspeção.
Segurança na manutenção de caldeiras /Vasos

Devem respeitar o respectivo código do projeto de construção e as


prescrições do fabricante

Projetos de Alteração ou Reparo devem ser concebidos previamente,


por profissional habilitado, e determinar materiais, procedimentos
de execução, controle e qualificação de pessoal (Vasos – ser
divulgado para funcionários do estabelecimento que possam estar
envolvidos com o equipamento) nas seguintes situações:

• sempre que as condições de projeto forem modificadas;


• sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a
segurança.
Segurança na manutenção de caldeiras /Vasos

Caldeiras: intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem em partes


que operem sob pressão devem ser seguidas de teste hidrostático, com
características definidas pelo "Profissional Habilitado.

Vasos de Pressão: pequenas intervenções superficiais podem ter o teste


hidrostático dispensado, a critério do profissional habilitado

Os sistemas de controle e segurança das caldeiras/ Vasos de Pressão devem


ser submetidos à manutenção preventiva ou preditiva
Inspeção de segurança de caldeiras / Vasos de Pressão

Responsável: "Profissional Habilitado" ou "Serviço Próprio de Inspeção de


Equipamentos”

“Relatório de Inspeção" passa a fazer parte da sua documentação

Para Caldeiras - Cópia do "Relatório de Inspeção" deve ser encaminhada pelo


"Profissional Habilitado", num prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar
do término da inspeção, à representação sindical da categoria profissional
predominante no estabelecimento.

Se os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados da placa de


identificação, a mesma deve ser atualizada
Dados do relatório de inspeção (Caldeiras / Vasos)

a) dados constantes na placa de identificação;


b) categoria da caldeira / vaso (e fluido de serviço);
c) tipo da caldeira / Vaso;
d) tipo de inspeção executada;
e) data de início e término da inspeção;
f) descrição das inspeções e testes executados;
g) resultado das inspeções e providências;
h) relação dos itens da NR 13 ou de outras exigências legais que não
estão sendo atendidas;
i) conclusões;
j) recomendações e providências necessárias;
k) data prevista para a nova inspeção;
l) nome legível, assinatura e número do registro no conselho
profissional do "Profissional Habilitado" e nome legível e
assinatura de técnicos que participaram da inspeção.
Inspeção de segurança de caldeiras / Vasos de Pressão
INICIAL

Deve ser feita em caldeiras/vasos novas, antes da entrada em


funcionamento, no local de operação, devendo compreender exames
interno e externo, teste hidrostático e, para caldeiras, de acumulação.
Inspeção de segurança de caldeiras
PERIÓDICA

Interna e externa, nos seguintes prazos:

a) 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A, B e C;


A pode ser de 30 meses* ; B e C pode ser de 18 meses*
(*Se estabelecimento possuir Serviço Próprio de Inspeção de
Equipamentos)

b) 12 (doze) meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer


categoria;

c) 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria A, desde que aos


12 (doze) meses sejam testadas as pressões de abertura das válvulas de
segurança;

d) 40 (quarenta) meses para caldeiras especiais


Inspeção de segurança de Vasos
PERIÓDICA

a)Estabelecimento sem Serviço Próprio de inspeção de


equipamentos*

b)Estabelecimentos com Serviço Próprio de inspeção de


equipamentos*

*Tabelas da NR13 – itens 13.10.3 - A e B, respectivamente


Inspeção de segurança de Vasos
PERIÓDICA

Vasos com enchimento interno ou catalisador podem ter a


periodicidade de exame interno ou teste hidrostático ampliada de
forma a coincidir com a época da substituição de enchimentos ou
catalisador, desde que esta ampliação não ultrapasse 20% do
prazo estabelecido acima.
Vasos com revestimento interno higroscópicos devem ser testados
hidrostaticamente antes da aplicação do mesmo, sendo os testes
subseqüentes substituídos por técnicas alternativas.
Vasos com temperatura de operação inferior a 0°C e condições em
que não ocorra a deterioração– dispensa de teste hidrostático –
exame interno obrigatório a cada 20 anos e externo a cada 2.
Inspeção de segurança de caldeiras especiais
EXTRAORDINÁRIA

Quando operam de forma contínua e que utilizam gases ou resíduos das


unidades de processo como combustível principal para aproveitamento de
calor ou para fins de controle ambiental
Requisitos

a) Estabelecimentos deve possuir "Serviço Próprio de Inspeção de


Equipamentos“

b) teste, a cada 12 (doze) meses, do sistema de intertravamento e a pressão de


abertura de cada válvula de segurança;

c) não apresentem variações inesperadas na temperatura de saída dos gases e


do vapor durante a operação;
Inspeção de segurança de caldeiras especiais
EXTRAORDINÁRIA

d) análise e controle periódico da qualidade da água;

e) controle de deterioração dos materiais que compõem as principais partes


da caldeira;

f) seja homologada como classe especial mediante:

Acordo entre a representação sindical da categoria profissional predominante


no estabelecimento e o empregador;
- intermediação do órgão regional do MTb, solicitada por qualquer uma das
partes quando não houver acordo;
- decisão do órgão regional do MTb quando persistir o impasse.
Inspeção de segurança de caldeiras especiais
EXTRAORDINÁRIA

Após 25 (vinte e cinco) anos de uso*, na próxima inspeção, rigorosa


avaliação de integridade para determinar a vida remanescente e novos
prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso

*pode ser alterado caso haja Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos


Inspeção das válvulas - Caldeiras

a) pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento manual


da alavanca, em operação, para caldeiras das categorias B e C;

b) desmontando, inspecionando e testando em bancada as válvulas


flangeadas e, no campo, as válvulas soldadas, recalibrando-as
numa freqüência compatível com a experiência operacional da
mesma

Testes de Acumulação
c) na inspeção inicial da caldeira;
d) quando forem modificadas ou tiverem sofrido reformas
significativas;
e) quando houver modificação nos parâmetros operacionais da
caldeira ou variação na PMTA;
f) quando houver modificação na sua tubulação de admissão ou
descarga.
Inspeção de segurança de caldeiras / Vasos de Pressão
EXTRAORDINÁRIA

a) sempre que a caldeira/vaso for danificada por acidente ou outra


ocorrência capaz de comprometer sua segurança;

b) quando a caldeira/vaso for submetida à alteração ou reparo importante


capaz de alterar suas condições de segurança;

c) antes de a caldeira/vaso ser recolocada em funcionamento, quando


permanecer inativa por mais de 6 (seis) meses;

d) quando houver mudança de local de instalação da caldeira/vaso.


Obrigado!

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