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1ª.

Edição
2018
Copyright © Renata R Corrêa
Todos os direitos reservados.
Criado no Brasil.
Edição Digital: Criativa TI
Esta é uma obra de ficção. Seu intuito é entreter as pessoas. Nomes,
personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da
autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera
coincidência.
Esta obra segue as regras da Nova Ortografia da Língua Portuguesa.
Todos os direitos reservados. São proibidos o armazenamento e/ou a
reprodução de qualquer parte dessa obra, através de quaisquer meios — tangível
ou intangível — sem o consentimento escrito da autora.
Criado no Brasil. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido
na lei n°. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
1
Desde criança, sempre tive o hábito de escrever cartinhas de Natal. No
início elas eram direcionadas ao Papai Noel, mas depois que descobri que o bom
velhinho não existia de fato, passei a endereçá-las aos meus pais. Na verdade, as
escrevia e as colocava no quarto deles para que pudessem encontrá-las, livrando-
me assim do constrangimento de entregá-las pessoalmente.
Passada a infância, continuei com esse velho hábito e ao invés de desejar
brinquedos ou coisas do tipo, passei a pedir que determinados sonhos de
realizassem. Foi quando as cartinhas se tornaram mais profundas e passaram a
ser escritas para Deus. Meditava antes e depois de escrever, a melhor forma que
encontrei de me conectar com Ele e com o Universo. Logo que terminava a
meditação, fazia uma oração em silêncio e, então queimava a carta.
É difícil abandonar velhos costumes, esse foi um que nunca abandonei.
Mesmo aos vinte e cinco anos de idade, continuava escrevendo meus pedidos
mais íntimos a cada véspera de Natal. Por incrível que pareça, aquilo de alguma
forma funcionava e meus desejos foram se realizando.
Fui uma garota tímida, com poucos amigos e nenhum namoro sério, os
anos não melhoraram em nada essa minha dificuldade de me relacionar.
Percebendo que isso me atrapalhava, na cartinha do último ano, pedi para
Deus e o Universo que me ajudassem a encontrar o amor verdadeiro. Desejei ter
um namorado, alguém por quem eu pudesse suspirar, que me correspondesse e
fosse uma pessoa boa, trabalhadora e, principalmente, que me amasse com a
mesma intensidade que eu esperava amá-lo.
Desejei uma paixão avassaladora que aos poucos se transformasse em um
amor profundo e sereno. Sei que o pedido foi bem ousado e que talvez tenha sido
o mais difícil de todos que eu já fiz, contudo era o que me faltava, meu desejo
mais intenso, urgente e sincero. Todo mundo merece um amor correspondido,
achava minha vez de ter isso também.
Meditei, rezei e queimei a cartinha com o coração cheio de esperança e
fé.
Os dias, semanas e meses passaram em uma velocidade impressionante e
nada da minha cara metade aparecer. Cheguei a ficar triste e a duvidar de que
conseguiria realizar meu pedido. Mas é bem quando estamos para desistir que as
coisas costumam acontecer, não é mesmo? Foi exatamente assim.
Em uma noite de sábado fria e chuvosa, decidi ficar em casa. Leila,
minha melhor amiga, me chamou para uma festinha do pessoal do serviço dela,
só que sem ânimo algum, declinei do convite.
— Tem certeza de que não quer ir, amiga? — Olhou-me com carinho e
preocupação. Leila era linda, morena, cabelos longos e pretos, da mesma cor de
seus olhos, bondosos e profundos. Passou na minha casa antes de ir, mesmo eu já
tendo dito antes que não iria.
— Tenho sim, querida. Estou cansada e essa chuvinha me deu uma
preguiça danada. Vá e se divirta! Depois me conte como foi. — Pisquei para ela
tentando disfarçar minha tristeza.
— Estou te achando tristinha. Não gosto de te ver assim. Está
acontecendo alguma coisa? — Sustentou o olhar no meu me analisando.
— Fica tranquila, estou bem. Amanhã a gente conversa e quem sabe
programamos alguma coisa.
— Está certo. Já vou, então! — Minha amiga, a irmã que nunca tive,
beijou meu rosto e nos despedimos com um abraço carinhoso.
Minha vida era um pouco solitária. Filha única, meus pais moravam a
milhares de quilômetros de distância e não nos visitávamos com tanta
frequência. Cursei Economia e comecei a me preparar para concursos públicos.
Acabei passando em um bom concurso em Brasília. Quando o resultado saiu e
fui convocada para assumir o cargo, deixei minha querida Natal, no Rio Grande
do Norte e me aventurei sozinha no Planalto Central.
Conheci Leila nos meus primeiros dias na cidade, moramos no mesmo
prédio. A amizade aconteceu de forma natural. A primeira vez que nos vimos
buscávamos nossas correspondências. Ela puxou papo e a identificação foi
imediata. Acredito em vidas passadas e penso que devemos ter tido algum bom
relacionamento em outra encarnação. Foi assim que a vida me deu uma irmã de
presente.
Logo que Leila saiu, peguei meu notebook e deitei com ele na cama.
Naveguei pela internet e de repente uma ideia me ocorreu.
E se eu entrasse em um desses sites de namoro?
— Meu Deus, que besteira a minha! O que estou pensando que vou
encontrar num lugar desses? — repreendi-me em voz alta, segundos depois.
Mesmo assim o pensamento não me abandonou.
O que é que tem? Que mal pode haver?
A curiosidade venceu o bom senso e quando dei por mim já procurava
sobre o assunto no Google. Depois de decidir qual site parecia melhor e mais
confiável, fiz meu cadastro, escolhi uma foto atual em que aparecia bonitinha e
sorridente. Meu cabelo castanho claro estava solto e descia em ondas até pouco
abaixo dos meus ombros. Os olhos cor de mel pareciam mais verdes por conta
da maquiagem e da luminosidade. O sorriso era algo que eu gostava
especialmente nessa foto, pois estava mesmo feliz quando ela foi tirada, na
última visita que eu fiz aos meus pais.
Precisei criar um nome de usuário, fiz várias tentativas, mas todas
estavam indisponíveis. Aquilo começou a me irritar, então apelei e escrevi
“claracomoanoite”, era ridículo, eu sei, porém adivinhem só? Foi aceito!
— Está tudo bem! Respire fundo e fique calma — disse para mim mesma
e obedeci meus comandos.
Para minha surpresa, logo alguém curtiu meu perfil. Curti de volta e
começamos a conversar.
“Olá! Sem nada mais interessante para fazer?”
Gostei da pergunta do tal “romanticopornatureza”. O codinome era bem
brega, contudo diante das dificuldades que eu tive em encontrar um disponível,
pensei que o tal carinha pudesse ter enfrentado a mesma coisa. Sua foto, tirada
de longe, pouco revelava. Ele usava óculos escuros, não deu para perceber bem
se era bonito.
“Olá! Até tinha uma festinha para ir, só que o cansaço e a preguiça não
deixaram”. Confessei, sincera.
“Entendo. Tem dias que também fico do mesmo jeito. Na verdade, me
sinto assim mais vezes do que gostaria. Estou nessa mesma vibe hoje. O que
costuma fazer nesses dias, além de bater papo com desconhecidos na internet?
Hahaha. Desculpe a brincadeira! ;)”
— Hum, pelo visto o carinha tem bom humor! — falei comigo mesma.
Aquilo estava sendo mais interessante do que eu podia imaginar.
“Engraçadinho! Não que lhe deva alguma satisfação, mas é a primeira
vez que entro aqui. Na verdade, é a primeira vez que entro num site desses.”
“Já que estamos sendo sinceros, pelo menos estou acreditando em você,
é minha primeira vez também...”
É claro que ele poderia estar mentindo e até ser algum tarado do mundo
virtual, mesmo assim acreditei nele e de alguma forma estranha, ele me pareceu
um cara fofo.
“Uau! Gostei de saber disso.”
“Não quero que me interprete mal, gostaria de conversar com você fora
daqui. Tem Skype?”
“Tenho.” Respondi sem parar para pensar.
Trocamos nossos endereços do Skype e mal saí do site de namoro, ele me
chamou.
Hugo chamando... — Uma chamada de vídeo apareceu na minha tela.
Apesar de um pouco receosa, descabelada e de pijama de flanela, resolvi aceitar.
Assim que a imagem dele apareceu na tela, meu coração acelerou.
Hugo era lindo. Tinha o cabelo castanho claro, da cor do meu, liso, com
um corte mais compridinho, que descia um pouco abaixo das orelhas e estava
bagunçado, como se ele tivesse passado a mão nele várias vezes. Seus olhos
verde-esmeralda me deixaram embasbacada, a barba por fazer e o sorriso eram
de derreter corações. Usava uma camiseta preta um pouco colada ao corpo,
exibindo um peitoral malhado, sensual, sem ser vulgar.
— Uau! — a admiração escapuliu dos meus lábios me deixando
constrangida. Desviei meus olhos momentaneamente e quando voltei a olhar, ele
sorria travesso.
— Então “claracomoanoite”, se chama Ana Clara?
— É isso aí, Hugo! — Tentei soar descolada, ainda um pouco aturdida
com tanta beleza. E a voz, o que era aquilo? Grave e melodiosa, parecia uma
canção para meus ouvidos.
— Mesmo descabelada e de pijama de flanela você é linda! — o elogio
foi dito num tom sério e sensual. Uau!
— Obrigada... — respondi encabulada, acho mesmo que corei, porque
meu rosto afogueou.
— Ei — chamou minha atenção — não precisa ficar com vergonha.
— Está certo... Você também é lindo! — não consegui encarar a tela ao
dizer.
— O que faz da vida? Prefere que eu te chame de Ana, Clara, ou Ana
Clara mesmo? — mudou de assunto com naturalidade.
— Pode me chamar de Clara. A maioria das pessoas me chama assim.
Sou economista, concursada pública. E você? O que faz da vida?
— Nossa, que coincidência! Eu também fiz Economia. Até prestei alguns
concursos públicos, mas acabei conseguindo emprego em uma multinacional e
desisti de tentar.
— Está satisfeito com seu trabalho? — quis saber, já mais à vontade com
a conversa.
— Estou sim, o trabalho é bom, as pessoas me respeitam e me valorizam
e o salário é melhor do que eu podia esperar, então não tenho do que reclamar. E
você? Gosta do que faz?
— Gosto sim! Sempre adorei números. A estabilidade do emprego
público é algo que me tranquiliza e o salário é muito bom também.
— Onde você mora? Se não quiser responder vou entender, ok? — Acho
que naquele momento ele se deu conta de que éramos dois completos
desconhecidos para estarmos conversando tão à vontade daquele jeito.
Hesitei antes de responder, contudo algo nele me passava confiança e
decidi que não havia motivos para não dizer a cidade onde morava ou inventar
mentiras sobre mim.
— Moro em Brasília, mas sou de Natal, Rio Grande do Norte.
— Que legal! Mas você não tem sotaque nordestino.
— Se reparar bem, perceberá que tenho sim, apesar de ter perdido um
pouco ao longo dos anos.
— Acho gostoso o sotaque do povo do Nordeste.
— Ah, todo mundo diz isso! Só porque falamos devagar e parece que
estamos cantando — carreguei no sotaque ao dizer tais palavras — as pessoas
acham fofo, ou algo do tipo, não é isso? — falei divertida.
— Agora sim! — Deu uma gargalhada gostosa. — É bem isso mesmo!
Gostoso e fofo!
Ficamos, por um instante, calados, sorrindo e nos encarando. Meu
coração falhou uma batida. Será que o Universo estava conspirando ao meu
favor? Será que meu pedido de Natal seria atendido? Um pouco atordoada,
respirei fundo para me acalmar.
— Acho que você está sentindo o mesmo que eu... — sua declaração me
surpreendeu e me deixou curiosa.
— Ah, é? E como você está se sentindo? — Arqueei a sobrancelha,
interessadíssima na resposta.
— Estranhamente bem e confortável conversando com você, como se já
nos conhecêssemos há muito tempo.
Acho que cheguei a prender a respiração. Aquilo foi tão... incrível!
— Tem razão. Estou me sentindo mesmo assim.
Ficamos por cerca de mais uma hora conversando e só quando
desligamos, me dei conta de que não tinha perguntado onde ele morava.
Ah meu Deus! Será que é ele? Encarei o teto, relembrando nossa
conversa, empolgadíssima.
2
Acordei me sentindo empolgada como há muito não me sentia. Estava
pensando em Hugo enquanto tomava meu café da manhã quando a campainha
tocou. Como ninguém interfonou antes, só podia ser a Leila.
— Bom dia, amiga! — Leila me cumprimentou com um beijo no rosto e
já foi entrando.
Sorri, fechei a porta e fui atrás dela, que já se acomodava na cozinha.
— Como foi a festa ontem? — perguntei não muito interessada na
resposta, na verdade, estava louca para contar a ela sobre Hugo.
— Foi bacana, o mesmo pessoal e as mesmas piadinhas de sempre. —
Pegou uma torrada e passou geleia nela. — Você parece bem melhor que ontem!
— Parou por um instante para me analisar.
— Estou me sentindo ótima!
— Ah, que maravilha, Clarinha! Aconteceu alguma coisa que ainda não
estou sabendo? — Olhava-me intrigada e confusa.
— Então... — Arregalei os olhos e fiz uma pausa dramática. Sabia que
aquilo aguçaria ainda mais a curiosidade dela.
— Ah meu Deus! Não faça isso comigo! Conte logo: o que aconteceu?
Aliás, como aconteceu alguma coisa, você não ficou em casa?
— Fiquei sim! — Dei uma gargalhada gostosa. — Você não vai acreditar
no que aconteceu.
— Conta logooo! — Interrompeu-me, angustiada.
— Estou contando. Calma! É que entrei num desses sites de namoro...
— O quê??? — Leila me encarou de olhos arregalados e boquiaberta.
— Imagino que muita gente deva mentir pra caramba nesses lugares,
mas quis arriscar. Logo um rapaz começou a conversar comigo. A conversa
estava natural e interessante, então ele pediu para falarmos pelo Skype, disse que
era a primeira vez dele ali também.
— Aiaiaiaiai! — Franziu a testa, preocupada. — E você conversou com
ele pelo Skype?
— Conversei siiim! Aaaahhh! — Dei um gritinho e levei a mão à boca.
— Amiga, o cara é lindo de morrer, tem um bom senso de humor, um papo
interessante e preciso confessar que fiquei louca por ele! — Arregalei os olhos,
divertida.
— Ah meu Deus! Você enlouqueceu de vez, só pode! — Minha amiga
além de incrédula, parecia mesmo preocupada com minha sanidade mental.
— Calma! Nós não fizemos nada de mais. Apenas conversamos e fiquei
interessada, só isso.
— Sei... Vá com calma, hein!? E me prometa não marcar nenhum
encontro a sós com ele em lugares com pouco movimento.
— Ei, não tenho mais quinze anos. Fica tranquila!
— Está certo! Só fiquei preocupada, mas desejo que o cara seja mesmo
uma boa pessoa. Você merece encontrar alguém assim!
— Estou louca para falar com ele outra vez. Combinamos de
conversarmos hoje à noite.
— Então, não vai querer sair de novo?
— Não, amiga. Preciso mesmo saber mais sobre o gatinho. O nome dele
é Hugo, é economista, como eu. Quero ver se conversar com ele hoje vai mexer
tanto comigo como foi ontem, entende?
— Entendo sim! Eu já vou, amiga, preciso fazer uma faxina em casa e
colocar umas roupas para lavar. Depois a gente se fala mais. Boa sorte hoje à
noite!
— Obrigada!
Ela levantou e a acompanhei até a porta.
Assim como Leila, passei a manhã cuidando de faxinar a casa e lavar
roupas. Na hora do almoço preparei uma sopa em quantidade suficiente para que
sobrasse para o jantar.
Depois de comer, tomei um banho e tirei um cochilo. Quando acordei fui
até o mercado mais próximo, que ficava a duas quadras de casa, para comprar
algumas coisas. Um pouco agitada e aérea, com a expectativa para a noite, tentei
ocupar minhas horas para ver se elas passavam mais rápido.
Combinamos de conversar de novo pelo Skype às 20h00. Por volta das
19h00 eu já tinha jantado, tomado banho e me arrumava como se fosse sair para
um encontro. Lavei e sequei o cabelo deixando-o solto. Coloquei um vestido
preto, de alças finas com um decote bonito na frente, com detalhes em renda, e
fiz uma maquiagem suave.
Liguei o computador e fiquei aguardando a chamada, com o coração
acelerado, as mãos frias e trêmulas.
Ai que ridículo! Pra quê ficar tão nervosa? Repreendi-me em
pensamento. Respirei profunda e lentamente, procurando me acalmar.
Quando a chamada dele apareceu, atendi de imediato.
— Boa noite, Clara! Uau, você está linda! — seu elogio mais uma vez
me desconcertou. Um pouco encabulada, mexi no cabelo, desviando o olhar da
tela por um instante.
— Boa noite, Hugo! Como foi seu dia? — Ao encará-lo, o achei ainda
mais bonito que na noite anterior. Fez a barba e o cabelo estava molhado, como
se também estivesse acabado de tomar banho. Usava uma camiseta polo preta.
Lindo!
— Foi tranquilo. Aproveitei para arrumar algumas coisas em casa.
— Jura? Você não tem faxineira?
— Até tem uma moça que vem uma vez na semana para arrumar meu
apartamento, só que ela faltou essa semana, então aproveitei o dia de folga para
dar uma ajeitada aqui.
— Onde você mora? Esqueci de perguntar na nossa conversa ontem.
— Moro em Berlim, na Alemanha.
— Como??? — Fiquei em estado de choque. Aquilo só podia ser uma
brincadeira de muito mau gosto do destino.
— Longe, né? — Ele pareceu ler meus pensamentos.
— Sim... — minha voz saiu fraca, desanimada. — O que faz aí?
— Lembra que te contei ontem que consegui um emprego bacana numa
multinacional?
— Lembro sim... — Ainda estava incrédula com aquilo.
— A multinacional é uma montadora de carro alemã. Trabalho para a
empresa há cinco anos e há dois me transferiram para Berlim, com a promessa
de que me devolveriam para o Brasil tão logo pudessem.
— Nossa! — Não sabia bem o que dizer. — Já te deram alguma previsão
de quando te mandarão de volta?
— Provavelmente esse ano ainda. — A resposta reacendeu minha
esperança e melhorou imediatamente meu ânimo. — Estão abrindo algumas
novas filiais e devo ser mandado para ajudar a organizar o processo, ficando
como gerente de alguma delas aí no Brasil.
— Que maravilha! Quero dizer... — Fiquei sem graça com minha
empolgação e notei um sorriso travesso se formar no rosto dele. — Que bom...
Deve ser difícil morar tão longe da família e dos amigos.
— É sim! Já estou louco para voltar.
— Quantas horas são aí agora? — Fiquei preocupada, pois deveria ser
bem mais tarde lá.
— Meia noite e dez. — Sorriu, entendendo minha preocupação.
— Nossa, já é tarde. Está cansado?
— Nem um pouco. Passei o dia todo esperando a hora de te ver outra
vez.
Sorri lisonjeada.
Como na noite anterior, conversamos por mais de uma hora, muito
naturalmente. Falamos das nossas bandas preferidas, as comidas que mais
gostamos, sobre amizades, sobre a adolescência e como amadurecer exigia
escolhas nem sempre fáceis.
Quando nos despedimos, algo em mim tinha mudado. Não havia mais
dúvidas: estava apaixonada por Hugo!
3
Nos dias que se seguiram, conversamos todas as noites. Para facilitar a
vida dele, preocupada que não fosse dormir tão tarde, combinei um novo
horário: 19h00. As conversas cada vez eram mais fáceis e gostosas. Ansiava por
aquele momento desde a hora que acordava.
Depois de dois meses nos encontrando virtualmente todos os dias,
começamos a falar de assuntos mais íntimos. Foi quando Hugo me fez uma
proposta:
— Linda, quero muito fazer uma coisa com você, mas estou com medo
de te assustar.
— Ai meu Deus! O que é? — Arregalei os olhos, curiosa e preocupada.
— Estou louco por você, Clara. Penso em você a cada minuto do meu dia
e confesso que tenho me masturbado pensando em como seria tê-la em meus
braços.
Engoli em seco. Eu também andava desejando-o, tendo sonhos eróticos
com ele, e inclusive já havia me tocado imaginando que fossem suas mãos a me
dar prazer, só que não esperava ouvir aquilo.
— Você também não sai do meu pensamento... — as palavras
escapuliram.
— O que acha de fazermos sexo virtual? — Arqueou a sobrancelha e fez
careta, com medo da resposta.
Fiquei chocada por apenas um instante, então comecei a rir.
— Uau! Adoraria isso!
— Jura? — Um sorriso enorme estampou o rosto dele.
— Juro. Mas adianto que nunca fiz isso antes.
— Nem eu — confessou sem receios. — Mesmo assim acho que pode
dar certo.
— Quer agora?
— Quero! — Ajeitou-se na cadeira parecendo excitado.
— O que quer que eu faça?
— Tire a roupa e fique só de lingerie. Ajuste a câmera para que eu possa
te ver de corpo inteiro. — A voz dele saiu mais baixa, rouca e sensual.
Extremamente excitada, levantei e posicionei o notebook de forma que
Hugo pudesse me ver como pediu. Coloquei uma música romântica e sexy para
tocar no celular. Então, desabotoei lentamente a camisa que vestia, acariciando
meu próprio corpo, imaginando que fossem as mãos dele a me tocar. Depois
retirei a calça e dei uma voltinha, exibindo-me. Ao sentar e encará-lo, pude ver
seu semblante sério, tomado pelo desejo.
— Isso foi incrível! Você me deixou duro de tesão. Gostosa!
Sorri satisfeita.
— Agora é sua vez, bonitão. Mostre esse corpo delicioso que esconde
debaixo das roupas.
Ele me olhou sedutor, levantou e retirou a camisa, depois a calça, ficando
apenas de cueca boxer preta, exibindo seu peitoral malhado e barriga de
tanquinho. Delicioso! A ereção visível me deixou ainda mais enlouquecida.
Quando ele sentou, minha pulsação estava acelerada e o corpo todo
pegando fogo. Minha intimidade latejava, implorando por alívio.
— Você é muito gostoso! Fiquei muito excitada. Queria muito que
estivesse aqui.
— Imagine que estou, linda! Estou aí com você. Minhas mãos passeiam
pelo seu corpo. Agora estou retirando seu sutiã e apertando seus seios.
Fiz o que ele dizia e retirei a peça acariciando meus seios. Fechei os
olhos, deixando escapar um gemido. Quando voltei a olhá-lo, ele se tocava,
ainda sobre a cueca.
— Retire a cueca e se masturbe para mim — pedi ofegante. Aquilo
estava sendo muito prazeroso e extremamente excitante. — Imagine que são
minhas mãos a te tocar.
Ele obedeceu e fechou os olhos enquanto envolvia com a mão aquela
generosa extensão de seu membro, num vai e vem enlouquecedor.
Quase gozei ao ouvi-lo gemer.
Então, ele abriu os olhos, parecia um predador.
— Quero te ver gozar, linda! Se masturbe para mim. — A voz grave e
rouca me fez obedecer imediatamente.
Mais uma vez ajeitei a câmera do notebook, para que ele conseguisse ver
o que eu fazia e comecei a tocar minha intimidade, ainda por cima do fino tecido
da calcinha preta de renda. Fechei os olhos e imaginei que era ele. Toquei-me
lentamente no início, já sentia o quanto estava molhada. Depois afastei minha
calcinha de lado, tinha me depilado toda, pensando nele.
Ouvi sua respiração pesada e forte, o som dele ainda se masturbando,
provavelmente deliciado com a cena que assistia. Mantive meus olhos fechados
e intensifiquei os movimentos no meu ponto mais sensível, deixando gemidos
enlouquecidos escaparem, ao arfar de prazer. Sentindo que o clímax se
aproximava, introduzi o indicador e o dedo médio em mim, enquanto o polegar
continuava a acariciar meu clitóris. Quando o ápice do prazer me atingiu, senti o
corpo todo retesar num espasmo muscular violento. Depois relaxei devagar. Foi
maravilhoso.
Quando abri os olhos Hugo se masturbada com vigor e gozou instantes
depois de mim.
***
Após aquela noite louca de prazer, passamos a fazer sexo virtual pelo
menos uma vez por semana. Apesar de muito gostoso, para mim já não era mais
o suficiente, queria muito tê-lo de verdade.
— Vocês o quê??? — Leila quase engasgou quando contei para ela o que
andava fazendo há semanas com Hugo pelo Skype.
— Exatamente o que ouviu! — Tentei fingir naturalidade diante da cara
dela de espanto, mas sem conseguir me conter, acabei gargalhando e ela
gargalhou junto.
— Vocês são muito loucos! Precisam logo dar um jeito de se
encontrarem!
— Você tem razão. Não aguento mais namorar apenas pela internet.
Quero tê-lo ao meu lado.
— Ele já disse quando se mudará de volta para o Brasil? — Minha amiga
perguntou, depois de se recuperar do susto.
— Disseram que até o final do ano o mandarão de volta, segundo ele. —
Uni as mãos em sinal de prece e olhei para o alto, implorando mentalmente que
tudo desse certo.
— Que ótimo! Já estamos em outubro, logo, logo vocês poderão se
encontrar, então!
— Não vejo a hora disso acontecer, amiga!
— Por falar em final de ano, vai passar o Natal e o Ano Novo com sua
família?
— Vou sim. Vou para Natal. Estou só esperando Hugo saber quando
estará aqui para programar alguma forma de nos encontrarmos. A família dele é
de São Paulo, vamos precisar dar um jeito na logística para agradar nossas
famílias e ficarmos juntos.
— Estou muito feliz por você! Juro que não achei que isso fosse dar certo
no começo, mas agora vejo que está mesmo apaixonada e estou pondo fé nesse
tal de Hugo!
— E você, amiga, alguma novidade? Como foi o encontro com Pedro?
— Um colega dela do trabalho.
— Ah, foi ótimo, amiga! Conversamos muito, temos muita coisa em
comum, sabe?
— Sei bem como é. — Sorri cúmplice, sustentando o olhar dela no meu.
— Estamos querendo tentar. Quero dizer... ele me pediu em namoro
ontem!
— Que maravilha! Fico muito feliz por você também, amiga! Pelo visto
o Universo anda mesmo conspirando a nosso favor!
— Que continue assim!
Gargalhamos juntas enquanto terminávamos nosso café da manhã de
domingo.
***
— Oi linda! Tenho uma notícia boa para te dar! — Foi a primeira coisa
que Hugo me disse naquela noite.
— Ah meu Deus, conta logo! — Senti o coração golpear meu peito,
queria muito que a novidade fosse a transferência dele para uma cidade próxima
de Brasília.
— Autorizaram meu retorno ao Brasil e já definiram para qual filial que
será aberta eu irei... — Fez uma pausa dramática, fazendo-me prender a
respiração. — Vou para Brasília!
Expirei aliviada e fechei os olhos. A emoção foi tanta que comecei a rir e
a chorar ao mesmo tempo.
— Eu não acredito, meu lindo! Não acredito! — minha voz saiu
embargada pelas lágrimas de emoção. De tão feliz, não soube lidar com aquela
notícia.
— Em breve estaremos na mesma cidade, Clara! Mal posso esperar por
isso. — Ele também estava com lágrimas nos olhos, emocionado tanto quanto
eu.
4
Nos dias que se seguiram fizemos mil planos. Hugo poderia escolher um
apartamento, que a empresa alugaria para ele. Então me pediu que olhasse
alguns imóveis que ficassem em uma localização que fosse boa tanto para ele ir
para o trabalho, quanto para que pudesse ir até minha casa.
E quando eu achava que tudo já estava bom demais para ser verdade, ele
me deu outra notícia que me deixou sem ar.
— Linda, minha família decidiu viajar para passar o Natal e Ano Novo
juntos. Vão meus pais, irmãos, cunhados, sobrinhos e até alguns tios e meus vós.
— E para onde vocês vão? — perguntei um pouco preocupada, pois
mesmo sabendo que em breve moraríamos na mesma cidade, gostaria muito de
poder estar com ele no fim de ano.
— Vamos todos para Natal!
— O quê??? — Fiquei incrédula e achei que pudesse ter entendido mal o
que ele quis dizer.
— Vamos passar as festas de fim de ano na sua cidade, em Natal, minha
linda!
— Meu Deus! — Levei as mãos ao rosto e comecei a rir e chorar. Aquilo
era lindo demais! Naquele momento entendi que meu pedido, feito na minha
cartinha do ano anterior, tinha mesmo sido atendido. Fechei os olhos e agradeci
mentalmente: “Obrigada Senhor!”.
— Clara, está tudo bem? — Hugo chamou minha atenção e quando
nossos olhos se encontraram vi que ele parecia preocupado.
— Não poderia estar melhor!
***
Os dias que se seguiram pareceram voar. A lembrança que tenho deles é
quase um borrão. O único pensamento que dominava meus dias era que em
breve eu estaria nos braços de Hugo.
Viajei para Natal dia vinte e três de dezembro. Combinei que passaria a
noite com minha família e depois da ceia iria ao encontro dele.
Vesti um vestido vermelho justo, elegante, que favoreceu minhas curvas.
Por baixo usava uma lingerie minúscula de renda, que não deixava muito para a
imaginação.
Em casa, costumávamos jantar por volta das 23h00 e à meia noite nos
cumprimentávamos e trocávamos presentes. Minha mãe já sabia sobre Hugo.
Apesar de no início ter ficado um pouco receosa com essa história de namoro a
distância, pela internet, com o tempo acabou percebendo que eu estava feliz. De
tanto ouvir sobre Hugo, se conformou com a situação. Combinei com ela que
passaria a noite com ele. Deixei o nome do hotel, para que se sentisse mais
segura. Depois de abraçar meus pais, tios e primos, despedi-me deles e fui me
encontrar com Hugo.
O percurso pareceu mais longo do que era de fato. Mesmo com o som do
carro ligado, eu podia ouvir meu coração batendo forte, descompassado.
Esperei tanto por aquele momento, era difícil acreditar que ele enfim
tinha chegado.
Assim que parei no estacionamento do hotel em que a família de Hugo
estava hospedada, liguei para ele:
— Já estou aqui, no estacionamento — a voz saiu falha.
— Oi linda! Que bom que já chegou!
— Quer que eu vá para a recepção?
— Sim, vá para lá, estou indo te encontrar.
Desci do carro e o tranquei, caminhei até ao saguão de entrada do hotel
com dificuldade, tonta, atordoada pelas emoções. Quando o avistei de longe, não
consegui me conter, comecei a sorrir e a chorar. Achei Hugo ainda mais lindo
pessoalmente, usava bermuda branca e camiseta polo azul claro.
Quando ele estava a poucos metros de mim, não me aguentei e saí
correndo, em disparada, na direção dele, jogando-me em seus braços!
— Esperei tanto por isso! — sussurrei ao seu ouvido.
— Eu também! — disse simplesmente e me beijou, ali no meio do salão,
sem se preocupar com as pessoas.
Foi um beijo apaixonado, urgente, quente e delicioso. Nossas bocas eram
o encaixe perfeito uma para a outra.
— Desejei tanto isso, Clara! — disse quando nossos lábios se
desgrudaram. — Mas por melhor que seus beijos fossem em minha imaginação,
não chegavam nem perto disso. — Sorriu malicioso. — Você é muito mais
gostosa — falou ao meu ouvido.
— Eu também sonhei com esse momento, Hugo! E tenho que concordar
com você que a realidade superou todas as minhas expectativas.
Ficamos nos encarando por alguns instantes, observando os detalhes do
rosto um do outro, sorrindo apaixonados.
— Venha, quero que conheça minha família!
Assenti e o acompanhei. Seguimos de mãos dadas.
Hugo me levou até a área das piscinas, onde acontecia uma linda festa
natalina e me apresentou a seus familiares.
— Pai, mãe, esta é Ana Clara, minha namorada de quem tanto já falei. —
Ouvir as palavras dele aqueceu meu coração.
Namorada! Não era ilusão da minha cabeça, Hugo mesmo tendo acabado
de me conhecer pessoalmente, já me considerava assim, e já tinha falado de mim
para sua família. Meus olhos marejaram. Sem sombras de dúvidas aquele seria
um Natal inesquecível.
— Quer dançar? — Convidou depois de algum tempo.
Estar ali na presença de sua família foi natural, como tudo conosco,
desde o início.
— Quero sim!
Tocava “Dia dos namorados”, do Asa de Águia.
“Só você me deixa encabulado, só você me deixa feliz de papo pro ar,
depois da festa.”
Sorrimos e dançamos coladinhos, mesmo que a música fosse agitada.
— Reservei um quarto especialmente para nós. — A voz rouca,
sussurrada ao meu ouvido, fez minha pele arrepiar. — Passa a noite comigo?
— Adorarei isso, pode ter certeza! — Minhas palavras soaram
carregadas de segundas intenções.
— Que tal se sairmos de fininho? Assim não precisamos nos despedir de
ninguém... — Apertou minha cintura. O olhar dele era puro desejo.
— Só se for agora — a voz custou para sair. Eu também estava
extremamente excitada. Enquanto dançávamos agarradinhos, de forma sensual,
seu corpo colado ao meu, seus lábios beijavam meu pescoço, mordiscando,
atiçando, prometendo uma noite que sabíamos que seria inesquecível.
Então saímos de fininho, conforme planejamos. Hugo me guiou até a
suíte que reservou para nós.
Assim que paramos à porta do quarto e ele a abriu, de surpresa me pegou
no colo, me fazendo rir.
— Enfim sós! — Carregou-me até a cama e me colocou nela com
cuidado.
Sentei e fiquei observando tudo ao meu redor. Parecia que eu tinha sido
transportada para um conto de fadas. O quarto estava todo decorado com pétalas
de rosas e velas aromáticas. De frente à cama havia uma porta de vidro dupla,
com vista para o mar. Perfeito! Tudo estava perfeito!
— Gostou? Sentou ao meu lado, passando o braço sobre meus ombros.
— Adorei! — Virei-me para ele e o beijei lentamente, explorando seus
lábios, sua língua bailando com a minha.
— Você é perfeita! — Segurou meu rosto entre as mãos, assim que o
beijo terminou. O olhar grudado ao meu.
— Você também é! Pelo menos perfeito pra mim! — Sorrimos
cúmplices.
— Sei que pode parecer precipitado, e não quero te assustar, mas...
— O que foi? — Olhei para ele, preocupada.
— Eu já te amo, Clara! — seus olhos marejaram.
— Também te amo, Hugo! Não tenho a menor dúvida disso!
A confissão de ambos só afirmou o que já sabíamos e sentíamos há
algum tempo. Sem pensar em mais nada, atirei-me sobre ele, e nos beijamos com
desejo, intensidade, urgência e amor. Amor! Eu não poderia estar mais feliz!
***
Você deve estar se perguntando o que pedi na minha cartinha de Natal
desse ano, ou até mesmo se cheguei a escrever uma. Escrevi sim. Sabe o que
pedi? Que o que estava vivendo no mundo virtual, fosse tão real como eu sentia.
Que fosse correspondido, como eu acreditava, e que durasse por muitos e muitos
anos. Sendo apenas o início de um relacionamento feliz e duradouro. Naquele
instante soube que meu desejo seria realizado mais uma vez. Nossa história
estava apenas começando a ser escrita, mas não tinha dúvidas que mesmo
enfrentando dificuldades, saberíamos lidar com elas e que ficaríamos juntos para
sempre.
Se o sexo foi bom? Foi maravilhoso! Intenso e prazeroso, como se já
tivéssemos feito aquilo milhares de vezes, ao mesmo tempo excitante, incrível e
delicioso, como tem que ser a descoberta da primeira vez juntos.
Mensagem final
Desejo a todos um Feliz Natal, um próspero Ano Novo e boas festas!
Que seus desejos mais íntimos e importantes se realizem!
Grande abraço.
Obrigada pela leitura!
Renata
Biografia

Pisciana, dramática e chocólatra assumida. Renata dos Reis Corrêa


nasceu em 04/03/1981 em Guimarânia, interior de Minas Gerais, e atualmente
mora em Uberlândia-MG com o marido e os dois filhos, um casal de gêmeos. É
médica oftalmologista por formação e uma apaixonada pela escrita, pelas
histórias de amor e principalmente pelos finais felizes. Ama ler e é uma leitora
voraz. Romântica incorrigível, procura sempre passar uma mensagem de
esperança com suas histórias e gosta de destacar o poder da figura feminina. Já
escreveu quatro romances e um livro de contos, sendo que “Contra todas as
probabilidades”, seu romance de estreia, seu livro de contos “Amores e
desamores” e “Um ano sabático”, foram publicados de forma independente, em
ebook na Amazon. Seu segundo romance, “As coisas não são bem assim”, foi
lançado pela editora Pandorga, em junho de 2017. Lançou ainda um livro de
contos, “Sob os fogos de Copacabana”, juntamente com três outros escritores,
em dezembro de 2017. Lançou um novo romance pela editora Pandorga, “De
repente, tudo muda” em agosto de 2018 e em novembro deste mesmo ano um
romance, de forma independente pela Amazon: “Impossível não te amar”.
Redes sociais
Fanpage no Facebook: Renata R. Corrêa –
https://www.facebook.com/escritoraRenataRCorrea/
Instagram: Renata R. Corrêa (@renata_rcorrea):
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Grupo: Leitores da Renata R. Corrêa
https://www.facebook.com/groups/leitoresdaRenataRCorrea/
Site: https://www.autorarenatarcorrea.com/
Conheça outras obras da autora

A vida profissional de Ana, uma jovem e solitária decoradora de interiores,


órfã de pai e mãe, estava ótima, já sua vida pessoal andava de mal a pior. Até
que um certo dia, após ouvir uma bela canção de amor no rádio, começou a se
sentir diferente, quando teve um pressentimento de que sua vida estava prestes a
mudar, como se aquela melodia, cantada por uma incrível voz rouca, tivesse
tocado seu coração. Ela se apaixona então, platonicamente, pelo músico Marcus,
o vocalista da banda que tocava na rádio, e acaba o conhecendo de uma forma
inusitada. Depois desse encontro, sua vida nunca mais será a mesma.
Contra todas as probabilidades faz referência à improbabilidade da história
de amor entre Ana e Marcus, por viverem em realidades diferentes, cidades
diferentes, estarem envolvidos em relações diferentes e, mesmo assim, unirem
seus corações. É uma história bonita de amor, de dor, de sofrimento, mas
principalmente de aprendizado e de recomeços. O livro inspira esperança porque
permite ao leitor acreditar que tudo pode melhorar desde que não se desista,
mesmo contra todas as probabilidades.
http://bit.ly/CTProbabilidades
Nesta coletânea de 11 contos curtos, a autora narra de forma delicada,
característica da sua escrita, histórias de amores que deram certo e de outros que
não terminaram bem, dividindo com o leitor a angústia, o sofrimento e o medo
de seus personagens, bem como seus sonhos e suas alegrias.
http://bit.ly/AmoresEDesamores
Clarice, uma jovem estudante de medicina, perde seu namorado, que
acreditava ser o grande amor de sua vida, às vésperas da formatura, após sofrem
um grave acidente de carro. Morre com Guilherme um pouco da alegria de viver
de Clarice, da sua esperança e do seu futuro.
Depois de mais de um ano do falecimento do seu amado, o destino coloca
na vida de Clarice, Henrique, um jovem advogado viúvo e pai da Duda, uma
linda menininha loira, muito esperta e amorosa. Envolvidos por um amor
sincero, terão que enfrentar grandes dificuldades e um sofrimento inesperado.
É uma bonita e delicada história sobre recomeços, fé, esperança e sobre o
poder do amor.
http://bit.ly/ACNSBAAmazon
Quando os sonhos de Rafaela, uma jovem fisioterapeuta, se transformam
em pesadelos, ela é diagnosticada com Síndrome de Burnout. De repente, nada
mais em sua vida parece fazer sentido, e na busca de si mesma e da felicidade
perdida ela precisará ter coragem para recomeçar do zero.
No seu ano sabático, um tempo de descanso, aprendizado e recomeços,
ela se redescobrirá, encontrando coisas que se perderam com o tempo e tentará
resgatar a simplicidade dos valores importantes da vida. No meio dessa
encruzilhada, que definirá o rumo do seu destino, ela conhecerá o amor
verdadeiro. Tudo isso serão pilares fundamentais para sua recuperação e, quem
sabe, para encontrar a verdadeira felicidade.
http://bit.ly/UmAnoSabatico

Em "Sob os Fogos de Copacabana", você conhecerá histórias sobre


encontros, desencontros, amizades, dramas familiares e, principalmente, amor.
Talvez o destino seja capaz de influenciar em nossas decisões, traçar nossos
caminhos e determinar quem deve entrar em nossas vidas, e até quando. Ou
seremos nós, capazes de mudar o rumo do que está por vir?
Apaixonem-sem por essas contagiantes histórias, recomendadas para quem
não tem medo de ser feliz.
http://bit.ly/SFCopacabana
Cristina, uma jovem enfermeira, batalhadora, que lutou para conquistar seus
sonhos, é baleada e fica entre a vida e a morte, justamente quando tudo parecia
ter entrado nos eixos e havia conhecido o amor verdadeiro.
Ela sobreviverá para desfrutar o que conquistou?
O destino é imprevisível e muitas vezes o mal se sobrepõe ao bem. É
preciso ter fé e acreditar que de repente, tudo pode mudar.
Conheça os caminhos que levaram a personagem até o fatídico dia em que
foi alvejada. Uma história sensual e cheia de reviravoltas.
Link para adquirir o livro físico ou ebook (ele também pode ser lido
gratuitamente pelo Kindle Unlimited):
http://bit.ly/Derepentetudomuda
Conrado, um jovem estudante de engenharia elétrica, tímido e nerd, sofre
uma desilusão amorosa que o deixa desolado. Ele então se transforma tanto
fisicamente, quanto no seu comportamento, em busca de se proteger. Passa a
usar uma máscara de homem forte, decidido e garanhão e declara que nenhuma
mulher o fará sofrer novamente. Entretanto, com a chegada de uma nova colega
de trabalho, que também carrega consigo seus traumas, ele vê sua máscara cair
por terra. Com Lavínia, Conrado não precisa de disfarces e os dois acabam se
apaixonando. Mas um erro pode por toda essa felicidade a perder. Poderia um
erro mudar um destino?
Envolvente e sensual, o romance aborda temas delicados e desperta nos
leitores e leitoras o questionamento de até que ponto é possível perdoar quem se
ama. Uma reflexão que vale a pena ser feita.
https://amzn.to/2ONBfEK
Table of Contents
1
2
3
4
Mensagem final

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