Você está na página 1de 5

O que é Religião:

Religião é uma fé, uma devoção a tudo que é considerado sagrado. É um culto que
aproxima o homem das entidades a quem são atribuídos poderes sobrenaturais. É uma
crença em que as pessoas buscam a satisfação nas práticas religiosas ou na fé, para
superar o sofrimento e alcançar a felicidade.

Religião é também um conjunto de princípios, crenças e práticas de doutrinas


religiosas, baseadas em livros sagrados, que unem seus seguidores numa mesma
comunidade moral, chamada Igreja.

Todos os tipos de religião têm seus fundamentos, algumas se baseiam em diversas


análises filosóficas, que explicam o que somos e porque viemos ao mundo. Outras se
sobressaem pela fé e outras em extensos ensinamentos éticos.

Catolicismo:
A Bahia não é somente o primeiro estado brasileiro, é também a origem para o cenário
religioso atual no país.

Na Bahia, o último censo realizado pelo IBGE sobre o tema em 2010, mostrou que mais
da metade da população baiana, cerca de 65%, é católica. A pesquisa também
apresentou que Salvador está em quarto lugar entre as capitais brasileiras onde há o
maior crescimento de evangélicos.

Durante o período colonial, primeiro chegaram os jesuítas, instituindo o catolicismo.

Que é o conjunto de costumes da religião católica. A Igreja Católica, a quem pertence


essa religião, influenciou o mundo desde a era antiga até a Idade Média, quando se
tornou instituição em Roma, no ano de 392, durante o império de Constantino.

Existem dois grupos oficiais dentro do catolicismo: os romanos e os ortodoxos. A


divisão aconteceu há séculos atrás, depois da Igreja ter se formado como uma
instituição. Houve divergência desde a separação. Mas hoje, mesmo com as diferenças
institucionais, há uma relação de paz.

A expansão da Igreja levou ao crescimento e ao mesmo tempo a divisão dela. A Igreja


cresceu para o lado oriente do império e esse mesmo lado passou a ter uma visão
diferente dos credos e costumes dos romanos, acreditando que a igreja do ocidente
havia deixado de lado os verdadeiros ideais. Ambas se excomungaram (expulsaram)
uma da outra criando assim dois tipos de catolicismo: o romano, do ocidente e o
ortodoxo, do oriente.

Depois de séculos de separação as igrejas consentiram em um acordo em que


deixaram o rompimento no passado selando uma nova união, mas mantendo as
diferenças. Veja na tabela abaixo algumas delas:
Igreja Católica Ortodoxa Igreja Católica Romana
Não tem um papa O papa é a maior autoridade
A cruz tem apenas uma barra
A cruz de Cristo tem três barras horizontais
horizontal
Não utiliza estátuas de santos, apenas
Utiliza estátuas de santos
quadros
O purgatório não existe O purgatório existe

Religião evangélica:
Logo, nas grandes embarcações de franceses e holandeses, veio o protestantismo, que
deu início às igrejas evangélicas. Atualmente a religião católica e a evangélica são as
com maior número de fiéis em todo o Brasil.

O protestantismo é, ao lado do catolicismo, um dos grandes ramos do cristianismo. O


nome “protestante” provém dos protestos dos cristãos do século XVI contra as práticas
da Igreja Católica. Em alguns países, especialmente no Brasil, o termo “protestante” foi
substituído por “evangélico”, retirando a conotação polêmica da palavra e dando uma
característica mais positiva e universal."

Os protestantes defendem a crença de que a única autoridade a ser seguida é a


“Palavra de Deus", presente na Bíblia Sagrada. De acordo com esse ponto de vista, pela
ação do Espírito Santo, os cristãos, ao lerem a Bíblia, teriam uma maior harmonia com
Deus. Por esse motivo, a partir da Reforma Protestante, a Bíblia foi traduzida para
diversas línguas e distribuída sem restrições para as pessoas.

O protestantismo pode ser subdividido em ramos, como luteranismo, calvinismo,


anglicanismo, etc. Atualmente, costuma-se classificar as igrejas protestantes em
pentecostais e neopentecostais."
Candomblé:
A Bahia também é o estado brasileiro com maior número de praticantes de
candomblé. A religião que só existe no Brasil.

O Candomblé, religião de matriz africana, Religião dos Orixás, foi estabelecido pelos
negros escravizados trazidos ao Brasil de forma legal, entre 1549 e 1850, continuando,
entretanto, até 1888, quando foi abolida a escravatura. O Candomblé teve sua
estruturação real, no final do século XVII e início do século XIX, estruturação mantida
até hoje pelos Terreiros tradicionais.
Portanto uma religião antiga na Bahia, também praticada, muitas vezes, por pessoas
que se dizem católica.

Inicialmente restrita aos escravos durante muito tempo, sua prática foi proibida pela
Igreja Católica e perseguida pela polícia de inúmeros governos.

O candomblé é muitas vezes confundido com Umbanda e Macumba e é considerado


uma religião anímica, ou seja, que cultua a alma (anima) da Natureza, representada
por seus reis e deuses.
No estado da Bahia, existem cerca de 4.560 terreiros registrados na Federação Baiana
de Cultos Afro-brasileiros.

Os negros trazidos de Angola e do Congo foram os primeiros escravos a chegarem à


Bahia.

Em seguida vieram também do Golfo do Benin, região conhecida pela triste


denominação de Costa dos Escravos. Eram das regiões habitadas pelos Dahomeanos
(os Jêjês) e pelos Ioruba, em sua maioria da nação Ketu (os Nagôs). Os Jêjês e Nagôs e
seus rituais de adoração aos deuses, parecem ter servido de modelo às etnias já
instaladas na Bahia.

Representados aqui no Brasil pelos candomblés Kétu, possuem a religião como


elemento central de suas vidas. Apesar de todos os problemas, “É Deus quem está no
controle da situação, durante nascimento, vida e morte”.Os Nagô-ou Ioruba
estabeleceram uma rica cultura, sobretudo religiosa, nas terras da Baía de Todos os
Santos.

Os negros escravizados tinham religião própria, o candomblé; música própria, a chula,


o lundu; dança própria, praticada no samba de roda; culinária própria, que deu origem
à culinária baiana, inventando diversos pratos com base no azeite de dendê e leite de
coco (tudo com muita farinha de guerra dos índios tupinambá e tapuia), e sobremesas,
desenvolvendo o que veio de Portugal; luta própria, a capoeira, e a brincadeira, o
maculelê; vestimenta própria, aliando as já tradicionais indumentárias africanas aos
tecidos portuguesas e à "moda" da corte, além de uma mistura de línguas, mesclando
Ioruba com português.

Para que não deixassem de praticar seus cultos e rituais, diversos aspectos da religião
afro-brasileira foram camuflados pelos negros desde o início. Os Orixás – Deuses ou
entidades cultuadas no candomblé - eram ocultados com nomes e imagens de santos
católicos com os quais buscavam similitude com as características, história ou
elementos representativos. As festas eram realizadas nos mesmos dias, entre outras
coisas. Daí surgiu o sincretismo religioso.

Os negros escravos que vieram para o Brasil saíram de vários pontos do continente
africano: da costa ocidental, entre o Cabo Verde e o da Boa Esperança; da costa
oriental, de Moçambique; e mesmo de algumas regiões do interior. Por isso, possuíam
os mais diversos estágios de civilização.

O grupo mais importante introduzido no Brasil foi o sudanês, que, dos mercados de
Salvador, se espalhou por todo o Recôncavo. Desses negros, os mais notáveis foram os
iorubas ou nagôs e os gêgês, seguindo-se os minas.

Mas o maior símbolo de religiosidade, do sincretismo religioso e talvez o maior ícone


cultural de Salvador e da Bahia é a "baiana" tradicional, reconhecida como patrimônio
cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em
2005.

Umbanda:
A Umbanda é uma religião monoteísta e afro-brasileira, surgida em 1908, fundada por
Zélio Fernandino de Moraes. Baseia-se em três 3 conceitos fundamentais: Luz,
Caridade e Amor.

A palavra "umbanda" pertence ao vocabulário quimbundo, de Angola, e quer dizer


"arte de curar". A umbanda é uma religião surgida nos subúrbios do Rio de Janeiro.

Em 15 de novembro de 1908, Zélio Fernandino de Moraes, nascido em São


Gonçalo/RJ, teria incorporado o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Este espírito o teria
ajudado a criar a religião de Umbanda.

Rapidamente, ela se espalhou por todo Brasil e outros países da América Latina.

Suas crenças misturam elementos do candomblé, do espiritismo e do catolicismo. Por


isso, para muitos estudiosos, a Umbanda seria uma espécie de candomblé sem
sacrifícios de animais, algo que seria mais aceito pela população branca e urbana da
época.

Ainda adquiriu conceitos do kardecismo, que estava chegando ao país, como o de


“evolução” e “reencarnação”.

Também tem Jesus como referência espiritual e é possível encontrar sua imagem em
lugar destacado nos altares das casas ou de terreiros de umbanda.

O local para a realização das cerimônias da umbanda chama-se Casa, Terreiro ou


Barracão. Igualmente, são feitas várias celebrações ao ar livre, junto à natureza, em rios,
cachoeiras ou na praia.
Essas cerimônias são presididas por um “pai” ou “mãe”, um sacerdote que dirige os
ritos e comanda a casa. Também é responsável por ensinar a doutrina e os segredos da
umbanda aos seus discípulos.

Você também pode gostar