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Rede de distribuição em
PVC com junta elástica
7
Ligações prediais
Ouro Preto
http://www.saneouro.com.br/ligacao-de-agua-e-esgoto/
Rua Direita, 05/07/2021 (Fonte: Jornal Voz Ativa)
Tipos de rede de distribuição de água
Tipos de condutos
❑ Conduto Principal
Tubulações com maiores diâmetros
com a finalidade de abastecer as
canalizações secundárias
❑ Condutos Secundários
Tubulações com menores diâmetros
com a finalidade de abastecer todos os
pontos de consumo
❑Rede Ramificada
❖ Abastecimento de água é feito a partir de uma tubulação tronco que distribui
diretamente para as tubulações secundárias
❖ Rede é alimentada por um só ponto
Rede Ramificada em
espinha de peixe
❑ Rede malhada
constituída por tubulações principais que formam anéis ou blocos ➔ permite abastecer
qualquer ponto por mais de um caminho (maior flexibilidade operacional)
❑ Rede Mista
constituída pela associação de redes ramificadas e malhadas
Esforço deve ser feito para que as pressões reinantes na rede de distribuição estejam
dentro dos limites de 10 e 50 mca ➔ visando sobretudo a redução das perdas de água
Estabelecimento das Zonas de pressão
Importante!
❑ Considerar os locais para a implantação dos reservatórios de distribuição ➔ a
quem cabe, em cada zona de pressão, comandar as pressões que nela irão prevalecer
❑ Fatores que devem ser considerados para a locação do reservatório:
✔ Localização mais próxima do centro de massa do consumo
✔ Topografia e geologia do terreno
✔ Possibilidade de aproveitar reservatórios existentes
✔ Custo mais alto dos reservatórios elevados
❑ Amplitude altimétrica das zonas de pressão não precisa ser uniformemente
distribuída ➔ dependerá da localização dos reservatórios
❑ Reservatório apoiado ➔ posicionado em cota altimétrica que supere 10 m a cota do
terreno mais elevado da zona de pressão abastecida + perda de carga
Localização dos reservatórios no sistema
(ii) Enterrados
❖ Construídos abaixo da cota do terreno
❖ Vantagem de ser isolado termicamente | instalações de entrada de saída
(iv) Apoiados
❖ menos de um terço da altura está abaixo do nível do solo
Condição da
Vantagens Desvantagens
velocidade
Distribuição da vazão ao longo dos trechos devem ser de forma simplificada 🡺 não se
considera cada ligação (milhares em uma rede) individualmente no cálculo (são
concentradas em nós da rede)
Alternativas para a distribuição da vazão:
❑ Levantamento da quantidade de economias e em potenciais como lotes atendidos em cada
quadra e a quantidade média de habitantes em cada um
❑ Distribuição em marcha (vazão específica por comprimento de ruas e av.; L/s/km) ➔
concentra-se metade da vazão obtida em cada trecho em cada nó de extremidade (com o
ajuste no caso de redes duplas)
❑ Vazão específica por unidade de área (L/s/ha) para as áreas de influência de cada nó ➔
ajustadas conforme áreas de densidades diferentes
❑ Acrescidas as vazões concentradas para consumidores especiais (ex. indústrias)
Tubulações de redes
❑ Recomendações da ABNT 12218/94 para o diâmetro:
▪ Tubulação secundária ➔ diâmetro interno mínimo de 50 mm
▪ Tubulação primária ➔ não define
Norma anterior (PNB 594/77): (a) 150 mm para áreas comerciais e residenciais (> 150 hab/ha); (b)
100 mm para demais áreas urbanas com população > 5000 hab e; (c) 75 mm para áreas
urbanizadas com população < 5000 hab
PVC - DEFoFo
Tubulações de redes
Cálculos iniciais
1. Cálculo do comprimento total das ruas (L) – trechos de consumo de água
L = 965 m
2. Cálculo da vazão total de distribuição (QD)
QD = P.q.k1.k2 / 86.400 ➔ QD = 800x200x1,2x1,5 / 86.400 ➔ QD = 3,33 L/s
3. Cálculo da vazão específica de distribuição por metro de tubulação (qm)
qm = QD / L ➔ qm = 3,33 / 965 ➔ qm = 0,00345 L/s.m
4. Numeração dos trechos
Como o cálculo das vazões é cumulativo ➔ numeração dos trechos deve ser feita de trás
para frente (na mesma sequência em que as vazões se acumulam)
Exemplo – rede ramificada
Método adotado: dimensionamento trecho-a-trecho
5. Dimensionamento dos trechos
(i) Comprimentos dos trechos ➔ Colunas (1) a (3): valores retirados da planta da rede
(ii) Vazões distribuídas ➔ Colunas (4) e (5): vazões correspondentes ao produto do respectivo comprimento
de tubulação pelo valor da vazão específica por metro de tubulação (qm)
(iii) Vazões distribuídas médias ➔ Coluna (6): vazão de jusante (col.4) + metade da vazão do trecho (col.5)
(iv) Diâmetros Coluna (7): Diâmetro de referência (Tab.14.4) em função da vazão distribuída média (col.6)
(v) Velocidade no trecho ➔ coluna (8): calculada por v = (4 x Q) / (π x D2)
(vi) Perda de carga nos trechos ➔ coluna (10): Hazen-Williams / C = 130
(vii) Cota piezométrica a montante ➔ coluna (9): preenchida de trás para frente com o valor NA mínimo do
reservatório (linha T11-RNF); a partir daí, os valores são tirados da coluna (11), pois a pressão de montante
de um trecho é a pressão de jusante do trecho imediatamente anterior, conforme sequência indicada na
planta da rede
(viii) Cota piezométrica a montante ➔ coluna (11): valor da col. (9) menos valor da col. (10)
(ix) Cotas do terreno ➔ colunas (12) e (13): valores tirados da planta topográfica
(x) Pressão disponível jusante ➔ coluna (14): valor da col. (11) menos valor da col. (12)
(xi) Pressão disponível montante ➔ coluna (15): valor da col. (9) menos valor da col. (13)
Exemplo
Cota Cota
Comp. (m) Vazão (l/s) D V Perda de Cota terreno Pressão disponível
piezométrica piezométrica
Trecho
Jusante Trecho Montante Jusante Trecho Média (mm) (m/s) montante (m) carga (m) Jusante (m) Jusante (m) Montante (m) Jusante (m) Montante (m)
Col. (1) Col. (2) Col. (3) Col. (4) Col. (5) Col. (6) Col. (7) Col. (8) Col. (9) Col. (10) Col. (11) Col. (12) Col. (13) Col. (14) Col. (15)
T1-T2 0 105 105 0 0,36 0,18 50 0,1 459,46 0,04 459,42 435,7 433,4 23,72 26,06
T3-T4 0 75 75 0 0,26 0,13 50 0,1 459,22 0,01 459,21 442,0 437,1 17,21 22,12
T4-T2 75 120 195 0,26 0,41 0,47 50 0,2 459,46 0,23 459,22 437,1 433,4 22,12 26,06
T5-T2 0 80 80 0,00 0,28 0,14 50 0,1 459,46 0,02 459,44 435,7 433,4 23,74 26,06
T2-T6 380 95 475 1,31 0,33 1,48 50 0,8 461,02 1,56 459,46 433,4 431,6 26,06 29,42
T7-T6 0 115 115 0,00 0,40 0,20 50 0,1 461,02 0,05 460,97 433,8 431,6 27,17 29,42
T6-T10 590 120 710 2,04 0,41 2,25 75 0,5 461,61 0,59 461,02 431,6 430,3 29,42 31,31
T8-T10 0 105 105 0,00 0,36 0,18 50 0,1 461,61 0,04 461,58 431,9 430,3 29,68 31,31
T9-T10 0 70 70 0,00 0,24 0,12 50 0,1 461,61 0,01 461,60 432,0 430,3 29,60 31,31
T10-T11 885 80 965 3,06 0,28 3,20 75 0,7 462,37 0,76 461,61 430,3 440,8 31,31 21,57
T11-RNF 965 100 1065 3,33 0,00 3,33 75 0,8 463,40 1,03 462,37 440,8 463,4 21,57 0,00*
total - 1065 - - 3,33 - - - - 4,33 - - - ok ok
* Pressão na superfície do solo situado na saída do reservatório (ponto sem distribuição); na tubulação, que estará 0,60 m abaixo da
superfície do terreno, a pressão será de 0,60 m
a) Método de dimensionamento trecho-a-trecho
❑ Redes malhadas
❑ Para efeito de cálculo a rede malhada é transformada em ramificada ➔ por meio de pontos
de seccionamento fictício que deem origem a extremidades hipoteticamente livres ao longo dos
diversos trechos ramificados
❑ Orientações para a localização e a utilização dos pontos de seccionamento fictício:
1. Rede de tubulações sob pressão, a água percorre preferencialmente os caminhos mais largos (com
diâmetro maior) e os caminhos mais curtos (com menor comprimento) ➔ o que privilegia as tubulações
tronco e os trechos mais curtos de tubulações secundárias
2. Pontos de seccionamento fictício ➔ aqueles que a água pode acessar por dois ou mais percursos
distintos (pontos de encontro de duas ou mais setas indicadoras do percurso da água na planta da rede)
3. Pontos de seccionamento fictício ➔ são geralmente localizados nos cruzamentos das ruas, de
modo a utilizarem-se as cotas altimétricas que são geralmente identificados nos levantamentos topográficos
4. Seccionamento fictício é considerado como tendo sido corretamente realizado quando a maior
diferença entre as pressões calculadas para cada ponto de seccionamento, segundo cada um dos possíveis
percursos da água até esse ponto, for inferior a 10% da média das pressões obtidas para o ponto em
consideração (na situação real não há diferença entre essas pressões)
Exemplo – Rede malhada
Dimensionar a pequena rede de distribuição com tubulações formando malhas,
destinada a um condomínio constituído de prédios pequenos de apartamentos,
cujo arruamento, que se inicia no ponto 7, está representado na Figura 14.18,
sendo dados os seguintes valores relativos ao alcance do projeto: população =
1.300 hab; consumo per capita médio macromedido = 200 L/hab.dia; k1 = 1,2 e
k2 = 1,5; NA máximo do reservatório = 854,0 m; NA mínimo do reservatório =
851,5 m.
Cota Cota
Comp. (m) Vazão (l/s) D V Perda de Cota terreno Pressão disponível
piezométrica piezométrica
Trecho
Jusante Trecho Montante Jusante Trecho Média (mm) (m/s) montante (m) carga (m) Jusante (m) Jusante (m) Montante (m) Jusante (m) Montante (m)
Col. (1) Col. (2) Col. (3) Col. (4) Col. (5) Col. (6) Col. (7) Col. (8) Col. (9) Col. (10) Col. (11) Col. (12) Col. (13) Col. (14) Col. (15)
T1-T2 0 80 80 0 0,40 0,20 50 0,1 848,65 0,03 848,61 823,7 829,2 24,91 19,45
T3-T2 0 80 80 0 0,40 0,20 50 0,1 848,65 0,03 848,61 836,0 829,2 12,61 19,45
T2-T4 160 100 260 0,80 0,50 1,05 50 0,5 849,52 0,88 848,65 829,2 830,8 19,45 18,72
T1-T5 0 100 100 0 0,50 0,25 50 0,1 849,19 0,06 849,13 823,7 824,9 25,43 24,29
T5-T4 100 80 180 0,50 0,40 0,70 50 0,4 849,52 0,33 849,19 824,9 830,8 24,29 18,72
T3-T6 0 100 100 0 0,50 0,25 50 0,1 849,19 0,06 849,13 836,0 835,1 13,13 14,09
T6-T4 100 80 180 0,50 0,40 0,70 50 0,4 849,52 0,33 849,19 835,1 830,8 14,09 18,72
T4-T7 620 100 720 3,11 0,50 3,36 75 0,8 850,57 1,04 849,52 830,8 831,4 18,72 19,17
T5-T8 0 100 80 0 0,50 0,25 50 0,1 850,24 0,06 850,17 824,9 826,7 25,27 23,54
T8-T7 100 80 180 0,50 0,40 0,70 50 0,4 850,57 0,33 850,24 826,7 831,4 23,54 19,17
T6-T9 0 100 80 0 0,50 0,25 50 0,1 850,24 0,06 850,17 835,1 834,6 15,07 15,64
T9-T7 100 80 180 0,50 0,40 0,70 50 0,4 850,57 0,33 850,24 834,6 831,4 15,64 19,17
T7-RNF 1080 150 1230 5,42 0,00 5,42 100 0,7 851,50 0,93 850,57 831,4 851,5 19,17 0,00*
total - 1230 - - 5,42 - - - - 4,50 - - - ok ok
* Pressão na superfície do solo situado na saída do reservatório (ponto sem distribuição); na tubulação, que estará 0,60 m abaixo da
superfície do terreno, a pressão será de 0,60 m
Método computacional:
Método LENHSNET de dimensionamento econômico (Gomes, 2021; Gomes et
al, 2009)
❑ algoritmo iterativo de dimensionamento otimizado de um sistema de abastecimento
pressurizado de distribuição de água, composto pela rede de abastecimento, com o seu
dispositivo de impulsão (ex. reservatórios ou bomba)
❑ Dimensionamento ➔ diâmetro de todos os trechos e a cota perizométrica da impulsão
de forma a obter o menor custo total do sistema (rede + energia)
❑ Programa LENHSNET desenvolvido na interface do Epanet: algoritmo incorporado
ao software de simulação hidráulica Epanet
1. inicia-se com os diâmetros mínimos admitidos (50 mm) ➔ acarretando no custo mínimo de
implantação da rede, porém apresenta perdas de cargas excessivas, logo as pressões
disponíveis nos nós geralmente são insuficientes
2. logo após, ocorre processo iterativo de modo que a cada solução obtida, dependerá da
solução anterior ➔ dessa forma aumentam-se os diâmetros de cada trecho de maneira que
o custo associado seja o menor possível
3. processo de otimização finaliza quando ➔ rede atende às restrições hidráulicas pré-
estabelecidas em detrimento dos diâmetros otimizados
a) método LENHSNET de dimensionamento econômico (Gomes, 2021;
Gomes et al, 2009)
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2 1
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parâmetros do
nó
BIBLIOGRAFIAS BÁSICA E COMPLEMENTAR DO PLANO DE ENSINO
❑ HELLER, L.; PÁDUA, V, L. (Organizadores). Abastecimento de água para consumo humano. Vol. 1 e 2. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
❑ TSUTIYA, Milton Tomoyuki. Abastecimento de água. 3. ed. São Paulo: USP, 2006. 659 p.
❑ BRASIL, Fundação Nacional de Saúde. Manual de saneamento. 4. ed. rev. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2015. Disponível em: <
http://www.funasa.gov.br/biblioteca-eletronica/publicacoes/engenharia-de-saude-publica/-/asset_publisher/ZM23z1KP6s6q/content/manual-de-
saneamento?inheritRedirect=false >
❑ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12211: Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de
água. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.
❑ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12217: Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento
público. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
❑ COPASA. Volume V – Projetos básicos: Tomo I - sistema de abastecimento de água. Diretrizes para elaboração de estudos e projetos.
COPASA: DTE / SPDT / DVPR. Belo Horizonte, 2016.
❑ COPASA. Norma Técnica T. 104 / 1 – Projeto de Sistema de distribuição de água para loteamento e conjuntos habitacionais. COPASA:
DTE / SPDT / DVPR. Belo Horizonte, 2012.
❑ Ministério da Saúde. Manual de orientação para cadastramento das diversas formas de abastecimento de água para consumo
humano. Ministério da Saúde. Brasília, 2007. Disponível em < http://www.cvs.saude.sp.gov.br/up/manual_orientacao.pdf >
❑ ROSSMAN, L.A. EPANET 2 user’s manual. EPA/600/R-00/057. National Risk Management Research Laboratory. Office Of Research And
Development - U.S. Environmental Protection Agency. EPANET 2.0 - Manual do Usuário (Tradução e Adaptação Laboratório de Eficiência
Energética e Hidráulica em Saneamento Universidade Federal da Paraíba). Cincinnati, U.S.A., 2000.
OUTRAS REFERÊNCIAS
❑ Pasta no google drive “URB114 – Sistemas de Abastecimento de Água”
https://drive.google.com/drive/folders/1Pvolmksjq2x9ghi-TYqoKQM64InKJ31e?usp=sharing
SITES E CANAIS DO YOUTUBE
ABES - http://abes-dn.org.br/ - https://www.youtube.com/channel/UC0GbTGoftG_Nk983GDutS2Q
ONDAS - https://ondasbrasil.org/ - https://www.youtube.com/channel/UC4Pcp06l8ROkuCKi448w1OQ
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [contemplados]
https://www.ipea.gov.br/ods/index.html
ODS 3 - Saúde e Bem-estar
Meta 3.3 - Até 2030 acabar, como problema de saúde pública, com as epidemias de AIDS, tuberculose, malária,
hepatites virais, doenças negligenciadas, doenças transmitidas pela água, arboviroses transmitidas pelo aedes
aegypti e outras doenças transmissíveis.
Meta 3.9 - Até 2030, reduzir substancialmente o número de mortes e doenças por produtos químicos perigosos,
contaminação e poluição do ar e água do solo.