Você está na página 1de 169

INSTALAÇÕES

PREDIAIS
HIDRÁULICAS
Eng. Felipe Soares

Eng. Civil - CESMAC 2014


Especialista em estruturas de concreto
armado e fundações – INBEC 2016
Eletrotécnico – Portal Educação 2016
Especialização gerenciamento de
obras
Instalações prediais de água fria
Concepção e dimensionamento
▶ Tipos de abastecimento e sistemas de distribuição. Reservatórios: capacidade;

▶ Instalações de recalque: seleção das bombas de recalque, golpe de aríete;

▶ Rede de distribuição: barriletes, colunas de distribuição (prumadas), ramais e subramais;

▶ Dimensionamento das tubulações;

▶ Proteção sanitária das instalações: retrossifonagem, conexão cruzada, sobrealtura, separação


atmosférica, ventilação de colunas, dispositivos quebradores de vácuo;

▶ Características construtivas e principais exigências e recomendações da NBR 5626.

4
Sistemas de Abastecimento
▶ Sistema Público: A alimentação da edificação é feita
através de água da concessionária.

▶ Sistema Particular: A alimentação é feita através de fontes,


como poços artesianos, etc.

▶ Misto: Utiliza-se do sistema de abastecimento público e


particular ao mesmo tempo.

5
Sistemas de distribuição de água
▶ Sistema direto
▶ Sem bombeamento
▶ Com bombeamento

▶ Sistema indireto
▶ Sem bombeamento
▶ Com bombeamento

▶ Sistema misto

6
Sistemas de distribuição de água

7
Sistema Direto

8
Sistemas de distribuição de água

9
Sistemas de distribuição de água

10
Sistema Indireto

11
Sistema Indireto Hidropneumático

12
Sistemas de distribuição de água

13
Partes Componentes de
um sistema Hidráulico
Instalações Prediais de Água Fria

▶ Definição: As instalações prediais de água fria são o conjunto de


tubulações, conexões, peças, aparelhos sanitários e acessórios
existentes a partir do ramal predial, que permitem levar a água
da rede pública até os pontos de consumo ou utilização dentro
da edificação.

15
Instalações Prediais de Água Fria
▶ As instalações prediais de água fria se constituem em
subsistema do sistema de abastecimento de água.

▶ É considerada como a “extremidade” última do sistema público


de abastecimento onde concretamente se estabelece o elo de
ligação com o usuário final.

16
Sistemas Prediais de Água Fria

17
Sistema Hidrossanitário

▶ Objetivo Geral: Fazer a distribuição da água, em quantidade e


Sistema Hidrossanitário qualidade suficiente, e promover o
afastamento adequado das águas servidas, criando, desta
forma, condições favoráveis ao conforto e segurança dos
usuários.

18
Partes componentes de um
sistema hidráulico
▶ O abastecimento de água às edificações é feito a partir do
encanamento do distribuidor público por meio de um ramal
predial que compreende:

A) Ramal predial propriamente dito ou ramal externo: É


o trecho do encanamento compreendido entre o distribuidor
público de água e a instalação predial caracterizada pelo
aparelho medidor (hidrômetro).

19
A) RAMAL PREDIAL
▶ Ramal predial é a ligação do domicílio à rede de distribuição, o
qual é ligado a um medidor de vazão onde finalmente se dá
início as instalações prediais de água.

▶ Ligação com a rede: Fechar o registro registro do distribuidor e


atarraxar um colar de tomada, e rosquear um adaptador que
fará a conexão com o tubo do ramal predial.

20
A) RAMAL PREDIAL

21
B) ALIMENTADOR PREDIAL
▶ Alimentador predial ou ramal interno: é o trecho do encanamento
que se estende a partir do aparelho medidor até a primeira derivação
ou até a torneira de bóia, localizada da entrada do reservatório.

22
RAMAL PREDIAL E ALIMENTADOR
PREDIAL

23
C) HIDRÔMETRO
▶ O ramal externo termina no hidrômetro.

24
C) HIDRÔMETRO

25
D) RESERVATÓRIOS
▶ São destinados a acumulação de água. Quanto ao local de instalação,
distinguem-se os seguintes tipos de reservatório: superior, inferior e
intermediário.

▶ Reservatório Superior: É a distribuição propriamente dita, a partir do qual é


abastecida a rede predial. Devem ser impermeabilizados.

▶ Reservatório Intermediário: São reservatórios feitos quando a pressão


estática é superior ao recomendado pela norma de 40 m.c.a, servindo para
aliviar a norma de 40 m.c.a, servindo para aliviar a pressão.

▶ Reservatório Inferior: Fica localizado entre o alimentador predial e a


instalação elevatória. Próprio para prédios com mais de dois pavimentos.

26
D) RESERVATÓRIOS
▶ O reservatório deve ser um recipiente estanque com vedação que
impeça a entrada de líquidos, poeiras, insetos e outros animais no seu
interior.

▶ O interior do reservatório deve ser facilmente inspecionado e limpo.

▶ O material do reservatório deve ser resistente à corrosão ou ser


provido internamente de revestimento anticorrosivo.

27
D) RESERVATÓRIOS

28
D) RESERVATÓRIOS
▶ Os reservatórios com capacidade acima de 4.000l deve ser dividido em
dois compartimentos iguais, interligados por barrilete (possuir
também registro de gaveta para facilitar a limpeza ou conserto de um
dos compartimentos).

▶ A tampa e porta de acesso do reservatório deve ser projetado de


modo a ter resistência mecânica suficiente para atender sua função,
sem apresentar deformações que comprometam seu funcionamento.

29
D) RESERVATÓRIOS
▶ O reservatório deve ser instalado sobre uma base estável, capaz
de resistir aos esforços sobre ela atuantes.

▶ A superfície do fundo do reservatório deve ter uma ligeira


declividade no sentido da entrada da tubulação de limpeza, de
modo a facilitar o escoamento da água e a remoção de detritos
remanescentes.

30
D) RESERVATÓRIOS: Operação
▶ Toda a tubulação que abastece o reservatório deve ser equipada com
torneira de bóia.

▶ Para facilitar as operações de manutenção, recomenda-se que seja


instalado na tubulação de alimentação, externamente ao reservatório,
um registro de fechamento.

▶ Em todos os reservatórios devem ser instaladas tubulações:


▶ Tubulação de Extravasão (ladrão);
▶ Tubulação de Limpeza.

31
D) RESERVATÓRIOS

32
RESERVATÓRIO INFERIOR

33
RESERVATÓRIO INFERIOR

34
RESERVATÓRIO SUPERIOR

35
36

BARRILETE OU COLAR
Barrilete é a tubulação que interliga as duas seções do reservatório superior e
alimentam as colunas de distribuição.

▶ Concentrado ou Unificado:
Concentra todas as colunas, e os seus respectivos registros em uma mesma
região ( facilitando o controle).

▶ VANTAGEM: Isolamento, controle e a manobra de abastecimento, das


diversas colunas são feitos num único local da cobertura.

▶ DESVANTAGEM: Exige um área maior na cobertura.

37
Barrilete concentrado

38
Barrilete ou colar
▶ Ramificado:
Da tubulação que interliga as duas seções, saem ramais, que dão
origem a derivações secundárias para as colunas de alimentação.

▶ VANTAGEM: Espalha muito os registros, no entanto é mais econômico.

39
Barrilete ramificado

40
Coluna
▶ É a canalização vertical destinada a alimentar os ramais da instalação
predial. Tem sua origem no barrilete.

41
42
Ramal

▶ É a canalização compreendida entre a coluna e os sub-ramais.

▶ Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar


os sub-ramais.

43
44
SUB-RAMAL

▶ É a canalização que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação


do aparelho sanitário.

▶ Sub-ramal: Tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização.

45
46
47
MATERIAIS
Tubos e conexões

PVC para Água

▶ Função: Água nas instalações prediais de água.

▶ Tipologia
▶ Conduzir Tubos e conexões de pvc rígido soldável;
▶ Tubos e conexões de pvc rígido roscável.

49
Tubos e conexões PVC soldável
▶ Constituem tubos e conexões de PVC (cloreto de polivinila) utilizados
em linhas hidráulicas com junta soldável.

▶ Cor: Marrom

▶ Pressão máxima de serviço: 7,5 kgf/cm² (750 kPa) à temperatura de


20ºC.

50
Tubos e conexões PVC soldável

51
Tubos e conexões PVC roscável
▶ Constituem tubos e conexões de PVC (cloreto de polivinila) utilizados
em linhas hidráulicas com junta roscável.
▶ Cor: Branca
▶ Pressão de serviço (a 20ºC): 7,5 Kgf/cm² (75 m.c.a.);

52
Tubos e conexões PVC roscável

53
Tubos e conexões - TUBO CPVC
▶ Componentes da linha fabricados de CPVC (policloreto de vinila
clorado) (idem aquatherm – Tigre).

54
PEX

55
Reservatórios

56
Reservatório Modular

57
Sistema de bombeamento e
pressurização
▶ Sistema de Pressurização
Inteligente com Inversor de
Frequência Operação automática
com vazão ajustada para consumo
ideal instantâneo, mantendo a
pressão constante -Alta economia
de energia com baixa manutenção.

58
Válvulas redutoras de pressão
▶ Destinada a reduzir a pressão nas colunas de distribuição.
▶ Sempre que ultrapassar 40mca deve ser instalada!

59
Válvula de Retenção
▶ Válvula de sentido único colocada na tubulação de recalque para
evitar o golpe de aríete.

60
Dimensionamento
Consumo
▶ Taxa de ocupação de acordo com a natureza do local

▶ Estimativa de consumo diário

62
Recalque
▶ Pela NBR 5626: Q> 0,15.CD ou Q=CD/h, sendo h>6,6 horas.
▶ A NBR 5626 recomenda o uso da fórmula de Forschheimmer para
dimensionar tubulação de recalque.

63
Elevatória
▶ Sucção
A tubulação de sucção não é dimensionada. Adota-se para ela o
diâmetro comercial disponível, imediatamente superior ao diâmetro de
recalque.

▶ Extravasores
O extravasor, tanto do RS quanto do RI, não precisa ser
dimensionado. Adota-se para os mesmos um diâmetro imediatamente
superior ao diâmetro da alimentação dos reservatórios.

64
Potência do Motor

65
Elevatória

66
Perda de carga localizada

67
Dimensionamento do Sistema de
Distribuição
▶ As tubulações são dimensionadas para funcionar como condutos
forçados.

▶ Parâmetros necessários no dimensionamento do sistema de


distribuição:

▶ Vazão;
▶ Velocidade;
▶ Pressão;
▶ Perda de carga.

68
Dimensionamento do Sistema de
Distribuição

69
Dimensionamento do Sistema de
Distribuição
VAZÃO EM RAMAIS, COLUNAS E BARRILETES
▶ A determinação das vazões de projetos dos ramais, colunas e
barriletes pode ser feita de duas maneiras:

▶ Soma das vazões de todos os aparelhos ligados ao ramal (vazão


máxima possível).

▶ Incorporação de fatores de simultaneidade a vazão máxima


possível, obtendo-se a vazão máxima provável ou então,
simplesmente, soma das vazões dos aparelhos ligados ao ramal e
que se julga estarem em funcionamento simultâneo.

70
Dimensionamento do Sistema de
Distribuição
Consumo máximo possível:

▶ Macintyre (1990 ) recomenda que se utilize esse critério para casas


em cuja cobertura exista apenas um ramal alimentando as peças dos
banheiros, cozinha e área de serviço, pois é possível que, por exemplo,
a descarga do vaso sanitário, a pia da cozinha e o tanque funcionem
ao mesmo tempo.

71
Dimensionamento do Sistema de
Distribuição
Consumo máximo provável:

▶ Esta hipótese baseia-se no fato de ser pouco provável uso simultâneo


de todas os aparelhos de um mesmo ramal e que a probabilidade
diminui com o aumento do número de aparelhos. Roy Hunter fez um
estudo de probabilidade de ocorrência de uso simultâneo das peças e
atribuiu pesos às mesmas e estabeleceu a dependência entre as
descargas nos aparelhos e a soma dos pesos de todos os aparelhos.
Esses pesos são estabelecidos por comparação dos efeitos relativos
produzidos por diferentes tipos de aparelhos.

▶ A vazão final é dada por: Q = 0,3 Σ P.

72
Dimensionamento do Sistema de
Distribuição
Velocidade

▶ A velocidade de escoamento é limitada em função do ruído, da


possibilidade de corrosão e também para controlar o golpe de aríete.
▶ A NBR 5626/98 recomenda que a velocidade da água, em qualquer
trecho da tubulação, não atinja valores superiores a 3,0m/s.

73
Dimensionamento do Sistema de
Distribuição
Pressão

▶ A NBR 5626/98 recomenda os seguintes valores máximos e mínimos


para pressão em qualquer ponto da rede:

▶ Máxima estática: 400kpa (40mca).


▶ Mínima Dinâmica: 5,0kpda (0,5mca).

74
Dimensionamento do Sistema de
Distribuição
▶ A distribuição de água de um prédio: reservatório superior, barrilete,
colunas, ramais e sub-ramais.

▶ Dimensionamentos de sub-ramais;
▶ Dimensionamento dos ramais;
▶ Dimensionamento das colunas;
▶ Dimensionamento de barrilete.

75
76
Dimensionamento do Sistema de
Distribuição
▶ As primeiras informações que precisamos saber para o
dimensionamento das tubulações de água fria são:

▶ O número de peças de utilização que esta tubulação irá atender;

▶ A quantidade de água (vazão) que cada peça necessita para


funcionar perfeitamente.

77
Dimensionamento do Sistema de
Distribuição
Dimensionamento dos sub-ramais e ramais:

▶ Cada sub-ramal serve a uma peça de utilização ou aparelho sanitário


apenas.

▶ Um ramal leva água para mais de uma peça sanitária.

78
Dimensionamento do Sistema de
Distribuição

79
Dimensionamento do Sistema de
Distribuição

80
Perspectiva Isométrica

81
Perspectiva Isométrica

82
Dimensionamento dos sub-ramais:

▶ Os sub-ramais são dimensionados para atendimento da vazão


mínima requerida pelo ponto de utilização. A tabela a seguir
indica o diâmetro mínimo exigido em função do tipo de
aparelho a ser conectado ao ponto de utilização.

83
▶ OBS: Para os chuveiros a
norma recomenda
utilizar o D.E de 25 mm.

84
Dimensionamento das tubulações

85
Dimensionamento das tubulações

86
Dimensionamento de ramais:
Ramais: Derivam das colunas e alimentam os subramais.

▶ O dimensionamento do ramal será feito considerando o consumo


máximo provável.

▶ Considerar o consumo simultâneo de alguns aparelhos – CONSUMO


MÁXIMO PROVÁVEL.

87
Dimensionamento de ramais:
▶ A vazão é determinada pela fórmula:

▶ Procedimento de cálculo: Determina-se as duas peças de maior peso.


Para determinação do diâmetro externo dos ramais, lembre-se: é
considerado apenas as peças de maior peso. A vazão e o respectivo
diâmetro do trecho é obtido através do ábaco da soma dos pesos. (O
ábaco fornece o diâmetro do ramal de alimentação em função da
vazão calculada).

88
Dimensionamento de ramais:

89
Dimensionamento de ramais:

90
Ábaco

91
92
Dimensionamento das tubulações

93
Dimensionamento da coluna:
Procedimento:

▶ Ter em mãos o corte vertical do edifício;

▶ Somar os pesos de baixo para cima do edifício;

▶ Determinar o diâmetro dos tubos consultando o ábaco de soma dos


pesos.

94
Dimensionamento das tubulações

95
Dimensionamento do barrilete:

Procedimento:

▶ Somar o peso de todas as colunas e determinar o diâmetro do


barrilete através do ábaco de soma de pesos.

96
Dimensionamento do barrilete:

97
Planilha

98
Taxa de ocupação

99
100
Água Quente
Instalações prediais de água quente
Concepção e dimensionamento

▶ Fontes energéticas e geração de água quente. Aquecedores centrais x


individuais;

▶ Sistemas de distribuição. Rede de distribuição: Barrilete, colunas,


ramais e subramais;

▶ Recirculação: Circuitos abertos e fechados; seleção das bombas de


circulação;

▶ Dimensionamento das tubulações e de aquecedores;

102
Instalações prediais de água quente
Concepção e dimensionamento

▶ Proteção sanitária e prevenção contra refluxos de água quente na rede


de água fria;

▶ Movimentação térmica das tubulações: Avaliação, juntas e elementos


de expansão;

▶ Conservação de energia: Isolamento térmico e estimativa de perdas


térmicas;

▶ Características construtivas e principais exigências e recomendações


da NBR 7198.

103
Instalações prediais de água
quente

▶ O fornecimento de água quente representa uma necessidade


nas instalações de determinados aparelhos e equipamentos ou
uma conveniência para melhorar as condições de conforto e
higiene em aparelhos sanitários de uso comum.

104
Instalações prediais de água
quente
▶ A temperatura com que a água deve ser fornecida depende do
uso a que se destina (Tabela 3.1). Quando uma mesma
instalação deve fornecer água em temperaturas diferentes nos
diversos pontos de consumo, faz-se o resfriamento com um
aparelho misturador de água fria ou o aquecimento com um
aquecedor individual no local de utilização.

105
Instalações prediais de água
quente

106
SISTEMAS DE AQUECIMENTO
▶ O abastecimento de água quente é feito em encanamentos separados
dos de água fria e pode ser de três tipos:

▶ Sistema individual ou local;

▶ Sistema central privado (domiciliar);

▶ Sistema central coletivo.

107
Sistema individual ou local
▶ Nesta modalidade se produz água quente para um único aparelho ou
no máximo, para aparelhos do mesmo ambiente. São aparelhos
localizados no próprio banheiro ou na área de serviço. Como exemplo
pode-se citar o chuveiro elétrico.

▶ Para este sistema não existe a necessidade de uma rede de tubulações


para água quente, visto que os aparelhos estão geralmente nos
ambientes em que são utilizados. Os aquecedores são instantâneos
(de passagem).

▶ Este sistema é mais utilizado em edificações de baixa renda, pois o


investimento inicial é baixo. A instalação da rede de água quente
aumenta o custo da edificação.

108
Sistema central privado
(domiciliar)
▶ Neste sistema se produz água quente para todos os aparelhos de uma
unidade residencial (casa ou apartamento). Esta modalidade se torna
vantajosa em prédios de apartamentos onde exista dificuldade de
rateio na conta de energia e manutenção, que será de
responsabilidade de cada condômino. O sistema central privado utiliza
basicamente os seguintes tipos de fontes de energia: eletricidade,
óleo combustível, gás combustível, lenha e energia solar.

109
Sistema central privado
(domiciliar)

▶ Os aparelhos de aquecimento para este sistema podem ser


instantâneos (ou de passagem), onde a água vai sendo aquecida
à medida que passa pelo aparelho (sem reservação) ou de
acumulação, onde a água é reservada e aquecida para posterior
uso.

110
Sistema central privado
(domiciliar)

111
Sistema Central Coletivo
▶ Neste sistema, se produz água quente para todos os parelhos ou
unidades da edificação.

▶ O aparelho de aquecimento é, normalmente situado no térreo ou


subsolo, para facilitar a manutenção e o abastecimento de
combustível.

▶ O abastecimento de água neste caso também é feito através de uma


prumada exclusiva.

▶ Estes aparelhos (comumente denominados de caldeiras) podem


apresentar dispositivos para a troca do energético alimentador
(sistema de backup); assim tem-se caldeira a gás e eletricidade num
mesmo aparelho, proporcionando a alternância da fonte de energia.

112
Sistema Central Coletivo

113
Sistema Central Coletivo

114
Sistema Central Coletivo

115
Sistema Central Coletivo

116
Tipos de Aquecedores

▶ Para o aquecimento da água na edificação dispõe-se basicamente de


três fontes:

a) Energia solar;
b) Combustão de sólidos (madeira, carvão, etc), líquidos (óleo,
querosene, álcool, etc) ou gases (gás natural, GLP, etc);
c) Eletricidade.

▶ Na prática, estas fontes podem ser associadas, sendo uma a fonte


principal e a outra a fonte suporte (o que comumente é chamado de
backup).

117
Aquecimento com energia solar
▶ Vantagens:

a) Não é poluidora.
b) É auto-suficiente.
c) É completamente silenciosa.
d) É uma fonte alternativa de energia.
e) Geralmente está disponível no local do consumo.
f) Um bom aquecedor consegue elevar a temperatura da água acima de
80°C.

118
Aquecimento com energia solar
▶ Desvantagens:

a) Encontra limitações do ponto de vista arquitetônico e também de


espaço nas coberturas das edificações.
b) Apresenta-se na forma disseminada, não concentrada, portanto de
difícil captação.
c) Apresenta disponibilidade descontínua (dia / noite, inverno / verão).
d) Apresenta variações casuais (céu nublado, chuva).
e) Pode haver necessidade de um aquecedor auxiliar que utilize energia
convencional para suprir os períodos ou momentos de carência.

119
Aquecimento com energia solar

▶ O equacionamento do problema deveria ser a utilização de


energia solar como aquecimento normal da água onde e
sempre que possível, e o aquecimento elétrico ou com
combustível auxiliar, e não o inverso.

120
Aquecimento com energia solar
▶ O sistema de geração de água quente à base de energia solar se
compõe de (Figuras 3.6 e 3.7):

a) Coletores de energia (placas coletoras), que absorvem energia dos


raios solares aquecendo-se e transferindo o calor para a água contida
em um conjunto de tubos que constituem uma espécie de serpentina.
b) Acumulador de energia (reservatório de água quente com
revestimento térmico, boiler, storage).
c) Rede de distribuição (tubulações e acessórios).
d) Bomba de circulação, quando a circulação por convecção for
suficiente para alcançar a temperatura desejada.

121
Aquecimento com energia solar

122
Aquecimento com energia solar

123
Aquecimento com energia solar
▶ Os coletores devem ser montados de acordo com as seguintes
prescrições:

a) Orientação: deverá ser orientado para o norte verdadeiro.

b) Inclinação: a inclinação com a horizontal deverá ser igual à latitude


do local mais 5 a 10º.

c) Nível: para que ocorra a circulação normal (fluxo ascendente de água


com temperatura mais elevada), deverá haver um desnível de 60 cm ou
mais entre a saída do coletor e o fundo do reservatório de água quente.

124
Circulação Natural ou Termossifão
▶ É a forma de instalação mais utilizada em residências. A circulação da água
acontece apenas pela diferença de densidade da água quente em relação à
água fria.

▶ A água quente naturalmente menos densa tende a “subir” formando assim


um circuito de circulação de água entre o boiler e as placas coletoras sem a
necessidade de bombeamento.

▶ Mais importante ainda do que o armazenador estar próximo aos pontos de


consumo, é o conjunto de placas coletoras estar próximo a ele.

▶ Além do boiler trabalhar "afogado" pela caixa de água fria, o conjunto de


placas coletoras deverá ser instalado, em nível vertical, abaixo do boiler.

125
126
Circulação Forçada ou bombeada
▶ Este tipo de instalação é geralmente utilizado em instalações de grande
porte ou quando os desníveis e distâncias necessárias entre coletores
solares e boiler não puderem ser respeitados.

▶ Neste caso, o conjunto de placas poderá ficar até mesmo acima do


reservatório de água fria. Uma motobomba fará com que a circulação da
água se proceda normalmente.

▶ Juntamente com a motobomba, será necessária a instalação de um


termostato diferencial de temperatura, o qual tem por função ligar e
desligar a motobomba sempre que a temperatura do coletor solar estiver
mais aquecida que a temperatura da água no interior do boiler.

127
Circulação Forçada ou bombeada

128
Circulação Forçada ou bombeada
▶ A utilização de coletores solares em edifícios residenciais com a
finalidade de assistir a um sistema convencional de aquecimento de
água (sistema de pré-aquecimento da água), pode ser realizada de
maneira relativamente simples.

▶ A figura 3.11. ilustra uma instalação de água, em edifício, com


aquecimento elétrico ou à gás e previsão para o pré-aquecimento por
energia solar.

▶ Essa medida pode resultar em uma economia de combustível ou


eletricidade de até 50%.

129
Circulação Forçada ou bombeada

130
Área de Coletores
▶ A área de coletores necessária é calculada pela Equação 3.1:

▶ Onde:
A = área dos coletores (m²);
Q = calor necessário (kcal / dia);
I = intensidade de radiação solar (kWh/m² ou kcal x h/m²);
R = rendimento dos coletores (geralmente 50%).

131
Área de Coletores
▶ Radiação solar incidente:

I= Ri (0,24 + 0,58p) Equação 3.2

▶ Onde:
Ri = radiação solar recebida no topo da atmosfera no 15º dia do
mês considerado, em função da latitude do lugar;
p = relação entre o número de horas diárias de insolação e a
duração máxima da insolação no mês considerado.

132
133
134
Instalações prediais de água
quente
▶ Ligação dos coletores: Há três maneiras de se ligarem os coletores:

a) Ligação em paralelo

Nesta ligação, a circulação normal funciona bem. Todos os


coletores funcionam na mesma temperatura e têm a mesma eficiência.
Conforme a Figura 3-13, considerando-se C1, C2 e C3 os coletores; T1,
T2 e T3 as temperaturas dos coletores e E1, E2 e E3 as eficiências dos
coletores, se verifica que:
▶ T1 = T2 = T3 e E1 = E2 = E3.
▶ Usando-se mais coletores, aumenta-se o volume de água quente mas
não aumenta a temperatura.

135
Instalações prediais de água
quente

136
Instalações prediais de água
quente
b) Ligação em série

Nesta ligação a circulação deve ser forçada. Para isto utiliza-se


bombas de circulação ou pressurizadores, que apresentam potências
variadas, a depender do tamanho da instalação. Para residências e
pequenas instalações, esta potência geralmente fica entre 1/6 CV e 1/2
CV.

Conforme a Figura 3-14, considerando-se C1, C2 e C3 os


coletores; T1, T2 e T3 as temperaturas dos coletores e E1, E2 e E3 as
eficiências dos coletores, se verifica que: T1 < T2 < T3 e E1 >E2 > E3.

137
Instalações prediais de água
quente
▶ A água passa em todos os coletores, e em cada coletor há um ganho
de temperatura. Usando mais coletores, aumenta a temperatura da
água, porém não aumenta o volume.

138
Instalações prediais de água
quente
c) Ligação em série/paralelo

É uma combinação da ligações anteriores e a circulação deve


ser forçada. Utiliza-se esta modalidade quando se deseja aumentar
quanto o volume quanto a temperatura da água. A Figura 3-15
apresenta o esquema típico de instalação deste tipo de ligação.

139
Instalações prediais de água
quente

140
Instalações prediais de água
quente

141
Instalações prediais de água
quente

142
Aquecimento elétrico

▶ O aquecimento elétrico é feito por meio de resistências elétricas


ligadas automaticamente pelo fluxo de água. A figura 3.16 mostra
aquecedores elétricos instantâneos ou de passagem. As figuras 3.17 a
3.19 mostram aquecedores do tipo boiler, de acumulação, onde a
água é aquecida lentamente nas horas sem consumo, para que nas
ocasiões de uso, a água já esteja na temperatura adequada.

143
Aquecimento elétrico

144
Aquecimento elétrico

145
146
147
Aquecimento a gás
Nas grandes cidades, é mais comum o uso do gás natural, ou
GLP. O aquecedor a gás, normalmente, é instalado no banheiro, na
cozinha ou na área de serviço. Nas figuras 3.20 e 3.21 vemos
aquecedores a gás.

148
Aquecimento a gás

149
Dimensionamento
▶ Consumo de água quente

Em países de clima frio, o consumo de água quente chega a ser


igual a 1/3 do consumo total de água dos aparelhos. As previsões
atingem, portanto, valores muito grandes. Para hotéis e apartamentos,
por exemplo, chegam a ser previstos 150 L/pessoa.dia. Como base para
o dimensionamento do aquecedor e do reservatório de acumulação de
água quente, pode usar a Tabela 3.2.

150
Dimensionamento

151
Dimensionamento

152
Dimensionamento
Pressões
▶ As pressões mínimas de serviço nas torneiras e nos chuveiros são,
respectivamente, de 0,5 e 1,0 mca, ou seja, 5 e 10 kPa.
▶ A pressão estática máxima nas peças de utilização, assim como nos
aquecedores, é de 40,0 mca, ou seja, 400 kPa.

Velocidade máxima de escoamento da água


▶ A velocidade da água nas tubulações não deve ser superior a 3 m/s.
Nos local onde o nível de ruído possa perturbar o repouso ou o
desenvolvimento das atividades normais, a velocidade da água deve
ser limitada a valores compatíveis com o isolamento acústico.

153
Dimensionamento
Perdas de carga

▶ O cálculo das perdas de carga deve ser feito do mesmo modo que o
indicado para a instalação de água fria. Pode ser utilizada a fórmula de
Fair-Whipple_Hsiao para Tubo de cobre, latão e plástico conduzindo
água quente, Equação 3.3.

154
Dimensionamento
Dimensionamento dos aquecedores
▶ No cálculo do consumo diário de água quente, pode-se utilizar a
clássica equação das misturas de líquidos em temperaturas diversas
(Equação 3.4).

▶ Onde:
VM = volume de mistura (Tabela 3.2);
TM = temperatura de mistura (Tabela 3.1);
VAF = volume de água fria;
TAF = temperatura da água fria;
VAQ = volume de água quente;
TAQ = temperatura da água quente (70oC). 155
Dimensionamento

156
MATERIAIS E RECOMENDAÇÕES
GERAIS
Cobre
▶ O cobre apresenta as seguintes características:
▶ Apresenta uma vida útil bastante longa (durabilidade).
▶ Baixos custos de manutenção.
▶ Resiste à pressão de serviço e a elevações de temperatura acima do
mínimo exigido. Apresenta também resistência ao golpe de aríete.
▶ Não forma incrustações por oxidação.
▶ Apresenta resistência à corrosão interna e externa.
▶ A execução das tubulações exige mão-de-obra especializada (pode ser
utilizada solda).
▶ Requer isolamento térmico, coeficiente de dilatação térmica linear:
1,65 x 10-2 mm/m°C.

157
MATERIAIS E RECOMENDAÇÕES
GERAIS
Ferro

▶ Apresenta custo elevado, embora menor que o do cobre. Devido às


incrustações e corrosões, pode apresentar vida útil mais reduzida se
comparado ao cobre. Apresenta coeficiente de dilatação alto, em
torno de 1,2 x 10-5 m/ºC. A instalação requer isolamento térmico. As
juntas são rosquedas, exigindo mão-de-obra especializada.

158
MATERIAIS E RECOMENDAÇÕES
GERAIS
CPVC
▶ Termoplástico semelhante ao PVC, porém com maior percentual de
cloro, o policloreto de vinila clorado é o material que apresenta o
menor custo.

▶ Apresenta vida útil longa, baixo coeficiente de dilatação e baixa


condutividade térmica, o que dispensa o uso de isolamento térmico.

▶ As juntas são soldáveis, exigindo mão-de-obra treinada.

▶ A principal limitação quanto ao uso de CPVC é o limite de temperatura,


que é de 80º C, o que exige a instalação de termoválvula com
termoelemento.
159
MATERIAIS E RECOMENDAÇÕES
GERAIS
A termo-válvula é utilizada para impedir que a água ultrapasse
a temperatura de 80º C através da mistura com água fria. A
termoválvula deve ser instalada entre o aquecedor e a tubulação de
água quente. Deve se ter cuidado na observação da vida útil da
termoválvula.

160
MATERIAIS E RECOMENDAÇÕES
GERAIS
▶ Polipropileno
O polipropileno é uma resina poliolefínica cujo principal componente é
o petróleo. Por sua versatilidade apresenta várias aplicações, e dentre elas se
destaca o uso nas instalações de água quente.
Apresenta coeficiente de dilatação térmica aproximada de 10 x 10-5
cm/cmºC, não requer isolamento térmico. Permitem operar à temperatura de
serviço de 80ºC, a 60 m.c.a, mas suportam picos de até 95º C, a 60 m.c.a,
ocasionados por eventuais desregulagens do aparelho de aquecimento.
Sua instalação é relativamente fácil, não existe união entre tubos e
conexões. As conexões e emendas são soldadas por termofusão, a 260 ºC,
ambos os materiais fundemse molecularmente formando uma tubulação
contínua.

161
162
MATERIAIS E RECOMENDAÇÕES
GERAIS
▶ PEX (polietileno reticulado)
O polietileno é uma resina termoplástica composta de
macromoléculas lineares constituídas de Hidrogênio e Carbono em
ligações alternadas. A RETICULAÇÃO nada mais é que expulsar o
Hidrogênio do sistema fazendo com que as novas ligações espaciais
formadas de Carbono mais Carbono, gerem ao novo produto suas
principais qualidades.

163
MATERIAIS E RECOMENDAÇÕES
GERAIS

164
Recirculação de água quente
▶ Para evitar o resfriamento de água nas tubulações (casos em que
existe uma paralisação temporária no consumo e a água, por
convecção, radiação ou condução, esfria nas tubulações) é comum o
uso de sistema de recirculação, que consiste basicamente na
interligação dos pontos mais distantes da rede ao equipamento de
aquecimento. A recirculação pode ser natural (pela diferença de
temperatura e por conseqüência, de densidade dos líquidos) ou
forçada (através do uso de bombas).

165
Isolamento
▶ O calor é transmitido, por condução pela parede, do interior das
tubulações de água quente para o meio. A fim de dificultar esta perda
de calor e, com isso, aumentar a eficiência do sistema de distribuição
de água quente, são utilizados isolantes que constituem-se,
basicamente, em materiais com baixa condutividade térmica (figura
3.27).

▶ Em tubulações embutidas, os isolantes mais utilizados são as


canaletas, normalmente de materiais plásticos e a massa de amianto e
nata de cal.

▶ Por outro lado, nas tubulações aparentes são freqüentemente


empregadas as canaletas de lã de vidro e de silicato de cálcio,
conforme a Figura 3.28.

166
Isolamento

167
Dilatação
▶ As instalações de água quente, em função das tensões internas,
provocam empuxos nas tubulações que, podem atingir valores
consideráveis e causar danos às tubulações. Em trechos longos e
retilíneos deve-se usar cavaletes, liras ou juntas de dilatação especiais
que permitam a dilatação. A Figura 3.29 ilustra um exemplo de lira e
outro de cavalete. O espaçamento para execução destes elementos
deverá ser consultado junto aos fabricantes.

168
Dilatação

169

Você também pode gostar