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Análise de riscos

industriais (HAZOP)

Abril/2022
HAZOP

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2
@bvtreinamento

Bureau Veritas Brasil

Bureau Veritas Certifi-


cation Brasil

Bureau Veritas Brasil

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28.06.2022

Abril
2022

Líder global em testes, inspeções e


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28.06.2022

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2
28.06.2022

10%
8% 17%
21% 19%
25%
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Certificação Indústria
e offshore

Bens de Agri&Food & Infraestrutura


consumo Commodities e construção

Intervalos Ligações Câmeras


telefônicas ligadas

Certificado Questionário
de de avaliação
participação 6

3
28.06.2022

• Introduzir os conceitos de gestão e de análise de


riscos;
• Apresentar aos participantes a metodologia do
HAZOP para elaborar a análise de riscos de processo,
bem como dos riscos oriundos das fases de projeto e
de mudanças;
• Disseminar a importância do trabalho em equipe e o
conceito prevencionista através do reconhecimento
dos riscos de instalações, processos e atividades.

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28.06.2022

 Grandes acidentes;

 Processo de gestão de riscos (baseado na ISO 31000);

 Introdução a técnicas de análise de riscos (baseado na ISO 31010:2021);


 HAZOP.

10

5
28.06.2022

Desastre de Minimata
• 900 mortos

Desastre de Bhopal
• 3 mil mortos

Acidente de Seveso
• 10.000 animais mortos

Acidente nuclear de Chernobyl


• Número incalculável de vítimas

Explosão da Deepwater Horizon


• 11 mortos e danos ambientais incalculáveis

Explosão da plataforma P36


• 11 mortos

Piper Alpha

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6
28.06.2022

O você entende por RISCO?

RISCO (ISO 31000/ISO Guide 73): Efeito da incerteza nos objetivos


• NOTA 1: Um efeito é um desvio em relação ao esperado (positivo e/ou negativo);
• NOTA 2: Os objetivos podem ter diferentes aspectos (tais como metas financeiras, de saúde e segurança e
ambientais) e aplicar-se em diferentes níveis (estratégico, em toda a organização, de projeto, de produto e
de processo);
• NOTA 3: O risco é, muitas vezes, caracterizado pela referência aos eventos (2.17) potenciais, pelas
consequências (2.18) ou por uma combinação destes;
• NOTA 4: O risco é, muitas vezes, expresso em termos de uma combinação de consequências de um
evento (incluindo mudanças nas circunstânciais) e da probabilidade (2.19) de ocorrência associada;
GRAU/NÍVEL DE RISCO= P X S
• NOTA 5: A incerteza é o estado, mesmo que parcial, da deficiência das informações relacionadas a um
evento, bem como à sua compreensão, conhecimento, consequência ou probabilidade.

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28.06.2022

COMPLIANCE ESTRATÉGICOS

OPERACIONAIS IMAGEM

OCUPACIONAIS PROJETO

AMBIENTAIS PLANEJAMENTO

FINANCEIROS
RISCOS OUTROS

Riscos
Consequências
Incertezas

Negócio

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28.06.2022

Risco Gestão de riscos

•Efeito da incerteza sobre os • Aplicação sistemática de


objetivos. • políticas de gestão, práticas
e
• procedimentos para a
• execução de análises,
• avaliações, tratamentos,
• monitoramentos e relatórios
• sobre os riscos.

Fonte: ISO Guia 73

Monitoramento e análise crítica

Estabelecimento do contexto

Identificação de riscos

Análise de riscos

Avaliação de riscos

Tratamento de riscos

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• Objetivos • Fonte de risco ou

Tratamento
Identificação

Avaliação
• Definição do método • Identificar e
Contexto

• Qualitativo;

Análise
organizacionais; perigo;
e critérios; • Quantitativo; desenvolver opções;
• Ambiente no qual se • Consequência;
• Qualitativa; • Risco tolerável; • Análise de custo-
buscam os • Causa; benefício;
objetivos; • Quantitativa; • Critério ALARP (MA
• Controles e seus • Risco RESIDUAL.
• Escopo e objetivos níveis de eficácia; • Semiquantitativa; e SST).
para a gestão de • Quando e onde o • Escalas de medição;
riscos; risco poderia • Princípio da análise
• Definição dos ocorrer. é: R= P X S;
critérios para • Representação
mensuração do gráfica;
risco. • Uso de tabelas de
consequências e de
probabilidade;
• Incerteza.

Processo de análise de risco

Perigo
• Fonte ou situação com potencial de provocar danos em termos de lesão ou doença ou uma
combinação destas.

Risco de SST
• Combinação da probabilidade de ocorrência de um evento perigoso ou exposição(ões) com a
gravidade da lesão ou doença, que pode ser causada pelo evento ou exposição(ões).

Controle
• Instalações, equipamentos, instrumentos ou procedimentos que objetivem controlar os perigos.

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Aspecto ambiental
• Elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode
interagir com o meio ambiente.

Impacto ambiental
• Qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no
todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização.

Barreira ideal

Dano

Perigo

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Barreira real

Dano

Perigo

Falha

Falta de
informação

Falta de Motivação
capacidade incorreta

Condições
Falta de aptidão
ergonômicas
física ou mental
inadequadas

Deslizes

Fonte: adaptado de "Hudson Couto, 1995"

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Incêndio Perigo

Atos e condições abaixo de padrões

Nessas circunstâncias, o acidente acontece porque quem executava a tarefa não dispunha de alguma
informação ou fato que alguém conhecia.
Decorre de deficiências no sistema de comunicação:
• Falhas na comunicação verbal ou escrita de uma instrução;
• Falhas de sinalização;
• Falhas no uso da linguagem e da terminologia adequadas;
• Falta de documentos atualizados no local de trabalho (procedimentos documentados acessíveis);
• Informação recebida não correspondeu à informação transmitida (falha no entendimento da
informação);
• Omissões.

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Meios de atuação:
• Desenvolver regras e procedimentos claros, com linguagem adequada ao trabalhador;
• Estabelecer sistemáticas de trabalho para situações críticas;
• Estabelecer sistemática ou padronização para sinalização;
• Realizar reuniões periódicas.

• Não ter capacidade significa não estar devidamente qualificado para a execução da tarefa;
• Falhas grosseiras dessa natureza provocam acidentes, pois designamos alguém não qualificado e
capacitado para executar alguma tarefa;
• O treinamento, por si só, não capacita (entendendo que treinamento, neste caso, significa aporte de
conhecimento, normalmente conduzido em salas de treinamento);
• Fator humano associado à falta (ou à ineficácia) de uma sistemática para o estabelecimento de
competências;
• Os requisitos de competência devem ser oriundos das análises de riscos.

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Indivíduo não preenche o perfil mínimo para ocupar uma função


• É fundamental que algumas características físicas e mentais sejam observadas ao
atribuirmos determinadas tarefas às pessoas. Exemplos disso são os serviços que exigem
esforço físico e repetitivo, nos quais a constituição física (aptidão física) é relevante.
Serviços que exijam atenção, cuidados e concentração não podem ser designados para
pessoas dispersivas por natureza.

Fatos circunstanciais alteram momentaneamente essa aptidão, tais como:


• Doenças;
• Problemas emocionais e familiares;
• Pressão de tempo;
• Sobrecarga de trabalho;
• Entre outros.

Falhas associadas ao ambiente, a máquinas e equipamentos não protegidos ou não apropriados.


• Improvisações e utilização de equipamento;
• Máquinas, ferramentas e sua interação com as pessoas;
• Excesso de movimentos na execução de tarefa;
• Espaço inadequado;
• Estocagem e guarda de itens;
• Dispositivos e materiais;
• Condições de piso, dificuldade de acesso e movimentação.

A prevenção desses erros está na origem, no projeto de máquinas, nos equipamentos, no ambiente, nos
painéis, nos mobiliários etc.

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• As falhas mais comuns ocorrem em função de excesso de confiança, comum nas pessoas
mais experientes, que ignoram alguns passos e a precaução na execução da tarefa, tomando
assim atalhos;
• O uso de atalhos tem a intenção de ganhar tempo, seja por iniciativa própria ou por pressão
do trabalho;
• Não é incomum esse tipo de falha ocorrer devido ao descrédito e à decepção no trabalho;
• A prevenção dessa natureza se faz em relação ao clima organizacional no ambiente de
trabalho e às relações humanas no trabalho;
• Não basta “saber fazer”, é preciso “querer fazer” e saber “por que quero fazer”
(conscientização e responsabilidade).

• O deslize é o tipo de falha no qual a pessoa tem a informação necessária, a qualificação e


capacitação adequadas, a aptidão física e mental, a motivação e, mesmo assim, em determinado
momento, deixa de cumprir determinado passo ou etapa, o que acaba gerando o acidente;
• É muito comum esse tipo de falha quando as pessoas são muito experientes e executam trabalhos
rotineiramente, os quais passam a ser feitos quase que automaticamente, sem pensar;
• A prevenção, nesses casos, pode ser eficaz graças a “dispositivos à prova de bobeira” (poke-yoke)
nas situações cujo potencial de risco seja elevado. Dessa forma, garantimos que, mesmo que o
indivíduo esqueça alguma etapa, não será capaz de prosseguir na execução da tarefa sem que as
demais etapas sejam fielmente cumpridas;
• A diversificação do trabalho, evitando por algum tempo a execução de tarefas rotineiras,
contrapõe-se à rotina na sua execução.

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Fatores agressivos para a saúde Patologias do trabalho

 Agentes mecânicos;
 Acidentes do trabalho;
 Agentes físicos;
 Doenças ocupacionais;
 Agentes químicos;  Fadiga;
 Agentes biológicos;  Envelhecimento prematuro;
 Agentes ergonômicos;  Insatisfação.

 Tensões psicológicas e sociais.

Agentes físicos
• Fatores presentes no ambiente de trabalho e onde o homem vive: ruído, temperaturas
extremas (frio e calor), umidade, radiação ionizante e não ionizante, pressões anormais e
vibrações.

Agentes químicos
• Fatores presentes (quase que exclusivamente) nos ambientes de trabalho: poeira, gás,
fumos, vapores, névoas e neblinas.

Agentes biológicos
• Vírus, bactérias, protozoários, parasitas, bacilos e fungos.

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Agentes mecânicos/riscos de acidentes Agentes ergonômicos


• Condições de máquinas e • Atividades musculares e/ou esforço
equipamentos; físico;
• Ferramentas; • Monotonia;
• Instalações elétricas; • Repetitividade;
• Condições de piso, escadas e • Imposição de ritmos excessivos de
elevadores; trabalho;
• Manuseio de substâncias e • Postura inadequada;
materiais inflamáveis e explosivos; • Levantamento e transporte manual
• Comportamento. de pesos;
• Outras causas de efeitos
estressantes.

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O QUE pode acontecer?

POR QUE pode acontecer?

QUAIS as consequências?

Qual a PROBABILIDADE de ocorrer?

É possível MITIGAR as consequências ou REDUZIR a


probabilidade?

O NÍVEL de risco é TOLERÁVEL/ACEITÁVEL?

Requer TRATAMENTO adicional? 37

Promovem o entendimento do nível de risco e de


Avaliação

sua NATUREZA;
Conhecimento do nível absoluto do risco (R = PxS);
 Escalas e métodos devem ser compatíveis com os
critérios definidos no contexto;
Os resultados da análise de riscos são comparados
com os critérios de tolerabilidade previamente
estabelecidos.

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Identificar
fonte de risco

Avaliar Risco
riscos residual

Não
Significativos Manter

Sim
Identificar e Avaliar as opções
desenvolver Efetuar
de controle e sua
tratamento tratamento
exequibilidade

Região geralmente intolerável – • O risco não pode ser


justificado, a não ser
Limite de segurança básico
Aumento dos riscos individuais e
CRITÉRIO ALARP

preocupações com a sociedade

em circunstâncias
extraordinárias.
ALARP ou Região • Conduzir os riscos para a
tolerável – Objetivo de região aceitável amplamente.
segurança básico Risco residual tolerável,
somente se não for possível.
Região nenhuma outra redução do
• Improvável
riscoque a redução do risco
amplamente seja requerida devido aos recursos
tolerável serem, provavelmente, muito
desproporcionais em relação à
Risco
insignificante
redução obtida.

Abordagem de acordo com a


AS/NZS 4360:2004

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Identificar
fonte de risco

Avaliar Risco
riscos residual

Não
Significativos Manter

Sim
Identificar e Avaliar as opções
desenvolver Efetuar
de controle e sua
tratamento tratamento
exequibilidade

Probabilidade de ocorrência

Falhas persistentes

Falhas frequentes Área não aceitável

Falhas ocasionais
Área com
Poucas falhas aceitação limitada

Pouquíssimas falhas

Improvável Área aceitável


Efeitos da falha
Baixo Moderado Crítico Desastroso

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Aplicação de controles gerenciais nas operações que envolvem produtos perigosos, de modo
que os riscos sejam:
• Identificados;
• Entendidos;
• Controlados.
Dessa forma, as lesões, perdas e impactos ambientais relacionados podem ser eliminados.

O gerenciamento visa controlar aspectos relacionados a:


• Pessoal;
• Instalações;
• Tecnologia.

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• A análise de riscos de processo (ARP) é um elemento de gestão;


• É utilizada metodicamente para:
• Identificar;
• Avaliar;
• Desenvolver mecanismos de controle para os riscos significativos do processo.

• A análise de riscos de processo (ARP) estende-se até:


• O acompanhamento de recomendações aceitas;
• A comunicação dos resultados ao pessoal e (eventualmente) à comunidade afetados.

• Processo eficaz para identificar, avaliar e controlar riscos no ciclo de vida do processo;
• Utiliza abordagem de estudo organizado e metódico;
• Busca alcançar consenso multidisciplinar no controle de riscos;
• Documenta resultados para uso futuro;
• Identificação de riscos;
• Avaliação de riscos;
• Análise de consequências;
• Fatores humanos e avaliação de localização da instalação (facility siting);
• Avaliação de processo inerentemente mais seguro;
• Desenvolvimento de recomendações.

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Novasinstalações Instalações existentes


•Fase experimental; • Periódicas: frequência compatível
•Fase de dados básicos; com o risco envolvido no processo;
•Fase de pré-autorização (escopo • Desativação gradual de instalação;
de trabalho); • Gerenciamento de mudanças;
• Fase de detalhamento; • Alterações de procedimentos;
• Fase de pré-partida; • Demandas (sociedade, órgãos,
• ARP de referência de instalação licenciamento etc).
(baseline).

Fatores humanos
• Interação entre as pessoas e os equipamentos, sistemas e informações no ambiente de
trabalho.

Localização
• Prédios e áreas de trabalho existentes foram projetados e localizados adequadamente para
proteger seus ocupantes ou funções críticas de processo contra potenciais eventos
perigosos?

Processos inerentemente mais seguros


• Os riscos podem ser eliminados ou minimizados através de mudança total ou parcial do
processo?

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• Selecionar blocos de processo;


• Definir blocos de processo “individualizados” em toda a instalação, os quais possam ser analisados em 4
meses ou menos;
• Priorizar blocos com base na gravidade estimada do risco;
• Basear frequência de ARP na gravidade dos riscos do bloco;
• Selecionar e treinar uma equipe:
• Líder:
• Qualificações de líder de equipe;
• Bom organizador e ouvinte;
• Treinado e experiente em técnicas de análise de riscos.

• Outros membros:
• Qualificações de membro de equipe;
• Necessita de conhecimento nas variadas disciplinas envolvidas no processo, com experiência
prática na forma pela qual o processo “realmente” opera e é mantido.

Candidatos para membros da equipe:

• Operação/produção;
• Processos/otimização;
• Manutenção/mecânica/elétrica /instrumentação;
• Engenharia/técnica;
• Pessoa habilitada no processo avaliado;
• Profissional de segurança e meio ambiente;
• Pessoa habilitada em técnicas de análise de riscos.

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Reunião de organização
• O líder define o sistema a ser analisado, as fronteiras da análise (escopo claro), o prazo e as
expectativas;
• Uma reunião organizacional é realizada, na qual os seguintes itens são cobertos:
• O processo é descrito para a equipe;
• A equipe estabelece datas/horários para reuniões;
• Tarefas especiais são distribuídas, como tomar notas etc.;
• Pacote de tecnologia de processo atualizado é montado e fornecido para a equipe –
Informações de Segurança de Processos (ISP).

Reuniões de análise de riscos de processo


• Equipe dedicada e segregada para a análise;
• Uso de ferramentas estruturadas (técnicas de análise de riscos);
• Registros parciais e memória do estudo em andamento;
• Disciplina nas datas e reuniões;
• Disciplina e fidelidade à técnica utilizada;
• Avaliar as medidas de controle existentes e, se necessário, gerar novas
medidas de controle para os riscos levantados.

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-Identificar riscos e problemas


operacionais em plantas de processos
industriais;
PORQUE  -Checar os itens de segurança de um
projeto;
-Melhorar a segurança de uma planta
existente;
QUANDO
-Checar a segurança dos procedimentos

de operação de um processo;
- Projetos de novas
-Verificar o funcionamento da
unidades industriais;
instrumentalização de segurança;
- Modificações de -Decidir sobre o local onde pode ser
instalações industriais construída uma unidade industrial;
em operação.
-Desenvolver uma lista de questões a
serem apresentadas ao fornecedor de
uma determinada tecnologia.

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Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC

Tipo: análise inicial, qualitativa.

Aplicação: fase de projeto conceitual e implantação de novas tecnologias, em que o


conhecimento da operacionalidade delas é escasso ou inexistente / Revisão ou criação de
procedimentos operacionais / Novas instalações industriais (fluxogramas de engenharia já
aprovados).

Objetivo: avaliação crítica e sistemática da operabilidade e dos riscos de um processo;


projeto; mudanças de projeto ou de planta, identificando-se riscos em potencial que poderão
ocorrer a partir de um desvio das condições normais de operação que possam levar a danos
materiais e/ou humanos.

Princípios metodológicos: exame estruturado e sistemático de um processo,


procedimento, sistema planejado ou existente que envolve a identificação de possíveis
desvios da intenção do projeto e o exame de suas possíveis causas e consequências.

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Pontos fortes: exame sistemático para identificar como o sistema pode falhar, sendo realizado por equipe
multidisciplinar. Identifica problemas potenciais no estágio de projeto. Gera soluções e ações de tratamento de
riscos. Aplicável à variada gama de sistemas, processos e procedimentos. Considera, explicitamente, as causas e
as consequências do erro humano.

Limitações:
Demorada e cara; pouco visual; o processo de identificação e o registro dos riscos tornam-se monótonos e
cansativos; tende a ser repetitiva, encontrando os mesmos problemas várias vezes; gera alto nível de
documentação. Eventualmente, está focada em questões detalhadas de projeto e não em questões mais amplas
ou externas; tende a focar uma única causa; depende da experiência dos projetistas.

Resultados :
 Desvios operacionais e perigos;
 Causas geradoras de cada desvio;
 Meios de detecção;
 Consequência de cada desvio;
 Recomendações (tratamento do risco).

Equipe de trabalho (núcleo básico)


 Líder: profissional experiente na aplicação da técnica (condutor das reuniões);
 Secretário: responsável pelo preenchimento das planilhas;
 Engenheiro de processo e um engenheiro de projeto;
 Especialistas: engenheiro de instrumentação e controle; engenheiro mecânico; engenheiro
eletricista; SST; MA;
 Supervisor de operação ou operador de planta semelhante à que está sendo analisada.

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• Integridade e precisão dos dados;


• Experiência técnica;
• Grau de especificidade do estudo;
• Definição de um bom time para a realização do HAZOP  profissionais com domínio dos
processos das unidades de operação da própria empresa + líder que detenha conhecimento da
metodologia;
• Habilidade da equipe em utilizar a técnica como um meio auxiliar para promover
brainstorming, visualizando assim desvios, causas e consequências dos riscos identificados;
• Capacidade de concentração do grupo nas situações que apresentem os maiores danos ao
sistema.

Nós de estudo: são os pontos do processo, localizados por fluxograma, os quais serão analisados
caso haja ocorrências de desvios.

Intenção de operação: define os parâmetros de funcionamento normal da planta na ausência de desvios nos
nós de estudo analisados.

Desvios: afastamentos das intenções de operação, os quais são evidenciados pela aplicação sistemática das
palavras-guia aos nós de estudo (ex.: mais pressão), ou seja, são distúrbios provocados no equilíbrio do sistema.

Causas: são os motivos pelos quais os desvios ocorrem. A partir do momento em que um desvio tenha
demonstrado possuir uma causa aceitável, ele pode ser tratado como uma ocorrência significativa e analisado
adequadamente. As causas podem ser falhas do sistema, erro humano, estado de operação do processo não
previsto (ex.: mudança de composição de um gás), distúrbios externos (ex.: perda de potência devido à queda de
energia elétrica) etc.

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Consequências: são resultados decorrentes de um desvio da intenção de


operação num determinado nó de estudo (ex.: liberação de material tóxico
para o ambiente de trabalho).

Parâmetros de processo: são os fatores ou componentes da intenção de operação,


ou seja, são as variáveis físicas do processo (vazão, pressão, temperatura) e os
procedimentos operacionais (operação, transferência).

Palavras-guia: (ou palavras-chave): são palavras simples utilizadas para qualificar os


desvios da intenção de operação. Além disso, elas orientam e estimulam o grupo de
estudo no brainstorming, podendo também ser aplicadas aos parâmetros de processo,
que permanecem dentro dos padrões estabelecidos pela intenção de operação.

Palavras-chave Significados
Não/nenhum Negação da intenção projetada
Mais (mais alto) Acréscimo quantitativo
Menos (mais baixo) Decréscimo quantitativo
Parte de Decréscimo qualitativo
Além de/(inclusive) Acréscimo qualitativo
Reverso/ao contrário de Oposto lógico da intenção
Outro que não/
Substituição completa/material errado
(diferente)
Cedo Relativo à hora do relógio
Tarde Relativo à hora do relógio

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Palavra - Parâmetro Desvios


chave
Nenhum Fluxo Ausência de fluxo
Mais Pressão Pressão mais alta
Menos Temperatura Temperatura mais baixa
Além de/ Uma fase Duas ou mais fases/presença de contaminante
inclusive
Outro que não Operação Manutenção, partida, parada, funcionamento de pico etc.

Além de Componente Componentes a mais em relação aos que deveriam existir/ presença
de contaminante
Reverso Fluxo Fluxo de componentes no sentido reverso
Parte de Componente Componentes a menos em relação aos que deveriam
existir/concentração errada

Parâmetro Palavra-guia Desvio

Não/menor/ Sem fluxo/menos fluxo/


Fluxo
maior/reverso mais fluxo/fluxo reverso

Pressão Menor/maior Pressão baixa/pressão alta

Temperatura Menor/maior Baixa temperatura/alta temperatura

Nível Menor/maior Nível baixo/nível alto

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Dividir o sistema
em nós de estudo

Definição do escopo
do estudo
Selecionar um nó

Seleção do grupo Definir o(s)


multidisciplinar parâmetro(s)
do processo
ETAPAS MÉTODO
Preparo do
Aplicar, sequencialmente,
material necessário todas as palavras-guia
para cada o parâmetro
de cada nó em estudo,
registrando os desvios

Execução do estudo

Registrar Algum risco


causas, SIM ou problema DÚVIDA Obter mais
consequência operacional informação
Registro dos resultados s e soluções ?
sugeridas

NÃO

SISTEMA:

SUB-SISTEMA


DATA HAZOP No:
RESPONSAVEL

PARAMETRO PALAVRA GUIA DESVIO CAUSAS CONSEQUÊNCIAS CONTROLES/ BARREIRAS AÇÕES REQUERIDAS

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A temperatura da reação exotérmica de um reator é controlada pelo ajuste da vazão de água através
de uma malha de controle composta pelos elementos TT, TIC 1 e TV 1.
O alarme de temperatura (TAH 1) alerta o operador quando a temperatura excede as condições
operacionais estabelecidas. Nessa situação, a válvula de "by pass" (H 1) deve ser aberta
manualmente para aumentar a vazão de água de refrigeração. Existe também uma válvula de
alívio rápido (RV 1) no costado do reator, que serve para evitar a ruptura do vaso.
Testes recentes indicam que poderá ocorrer uma reação descontrolada, com ruptura do vaso, caso a
temperatura atinja um valor elevado, sendo que:
a) A reação é controlada em 50ºC;
b) O alarme é acionado em 60ºC;
c) A temperatura da água é de 5ºC.
 Analisar o subsistema ÁGUA DE REFRIGERAÇÃO.

TAH TIC TT
RV-01

Componentes A e B
TY

Saída de Água para


Entrada de Água
Refrigeração
para Refrigeração
TV-1
1 Reator 2

H-1 Produto Final

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Parâmetro: vazão – Nó: 01 – Subsistema: água de refrigeração


Palavra-guia Desvio Causas Consequências Ação sugerida
 Aumento da
 Instalar chaves de fluxo para
temperatura do
 TV1 e H1 fechadas; alarmes ou atuação no sistema;
reator;
Ausência de  Ruptura de linha;  Automatizar a linha com
Nenhum  Disparo de alarme;
vazão  Falta de água; intertravamentos de maneira a
 Reação sem controle;
 Entupimento. minimizar intervenções por
 Abertura de RV1;
operadores.
 Rompimento do vaso.
 Instalar chaves de fluxo para
 Aumento da
alarmes ou atuação no sistema;
 TV1 parcialmente temperatura do
 Automatizar a linha com
fechada; reator;
intertravamentos de maneira a
Menos Menos vazão  Entupimento parcial  Disparo de alarme;
minimizar intervenções por
da linha de água;  Reação sem controle;
operadores;
 Pequeno vazamento.  Abertura de RV1;
 Criar rotinas de manutenção e
 Rompimento do vaso.
inspeção.

Parâmetro: temperatura – Nó: 01 – Subsistema: água de refrigeração


Palavra-guia Desvio Causas Consequências Ação sugerida
 Aumento da
temperatura do
reator;
 Água de  Instalar chaves de
 Disparo de alarme;
Aumento da refrigeração com temperatura com alarme de
Mais  Reação sem
temperatura temperatura temperatura alta na entrada
controle;
acima de 5ºC da água de refrigeração.
 Abertura de RV1;
 Rompimento do
vaso.

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Parâmetro: vazão – Nó: 02 – Subsistema: água de refrigeração (saída)


Palavra-guia Desvio Causas Consequências Ação sugerida
 Aumento da
temperatura do
 Furo na camisa do
reator;  Instalar chaves de fluxo na linha
reator;
Ausência de  Disparo de alarme; de saída de água de refrigeração
Nenhum  Entupimento na linha
vazão  Reação sem controle; para alarmes ou atuação no
de saída de água de
 Abertura de RV1; sistema
refrigeração.
 Rompimento do vaso;
 Perda de produto.
 Aumento da
temperatura do
 Estudar a interação de produto +
reator;
 Furo no costado do água de refrigeração;
Mais Mais vazão  Disparo de alarme;
reator  Criar rotinas de manutenção e
 Reação sem controle;
inspeção com foco em corrosão.
 Abertura de RV1;
 Rompimento do vaso.

Parâmetro: temperatura – Nó: 02 – Subsistema: água de refrigeração


Palavra-guia Desvio Causas Consequências Ação sugerida
 Aumento da  Instalar redundância da
temperatura do malha de controle de
 Reação sem
reator; temperatura;
controle;
 Disparo de  Estudo de reação do
 Falha da malha
Aumento da alarme; produto + água de
Mais de controle de
temperatura  Reação sem refrigeração;
temperatura;
controle;  Instalar chaves de
 Furo no costado
 Abertura de RV1; temperatura com alarme de
do reator.
 Rompimento do temperatura alta na saída
vaso. da água de refrigeração.

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28.06.2022

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