Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AgEcon Search
http://ageconsearch.umn.edu
aesearch@umn.edu
Papers downloaded from AgEcon Search may be used for non-commercial purposes and personal study only.
No other use, including posting to another Internet site, is permitted without permission from the copyright
owner (not AgEcon Search), or as allowed under the provisions of Fair Use, U.S. Copyright Act, Title 17 U.S.C.
GRIPE AVIÁRIA: PRIMEIROS IMPACTOS NAS EXPORTAÇÕES
BRASILEIRAS
CEPEA/ESALQ/USP
PIRACICABA - SP - BRASIL
dpsouza@esalq.usp.br
COMÉRCIO INTERNACIONAL
Resumo
1. Introdução
O objetivo deste trabalho é fazer uma descrição dos primeiros efeitos da gripe
aviária para as exportações brasileiras de carne de frango in natura, junto a uma análise do
consumo e importação dessa carne nos países que registraram focos de influenza. Deste
modo, poder futuramente verificar as influências positivas e negativas da epidemia no
contexto internacional para o Brasil.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex, 2006), o valor da tonelada
vendida ao exterior recuou 10,3% em janeiro de 2006 sobre dezembro de 2005, mantendo-
se praticamente estável em relação a janeiro de 2005. Agentes do mercado atribuem a
queda à diminuição do consumo global, causada pela disseminação da gripe aviária por
países da Ásia, Europa e Oriente Médio.
Nas últimas duas décadas, a produção de frango de corte tem evoluído de forma
bastante significativa no Brasil. O ano de 2004 pode ser caracterizado como o ano das
grandes mudanças. Segundo uma análise feita por Mulder (2005), ocorreram mudanças no
comércio, na produção e na demanda dos consumidores.
Através da análise do desempenho da atividade avícola no Brasil, verificam-se
números surpreendentes na produção, principalmente quando comparados aos de outras
carnes. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação
(FAO/ONU, 2004), nos últimos dez anos (de 1993 a 2003), a produção de frango cresceu
146%, enquanto a de suínos, apenas 22% e a de bovinos, 56,5%.
Até 2003, os Estados Unidos estavam à frente na produção de carne de frango, o
que durou dez anos (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos - USDA, 2005). No
entanto, os problemas sanitários de gripe aviária, que atingiram o Canadá, Estados Unidos,
Tailândia e Indonésia, em 2004, abriram as portas de novos mercados ao Brasil. Deve ser
ressaltado que o País só aproveitou a oportunidade de demanda surgida com os problemas
sanitários por já contar com uma estrutura extremamente competitiva e organizada.
Assim em 2004, o País melhorou suas exportações, devido às vantagens alcançadas
com os banimentos de seus competidores na Ásia. Os exportadores brasileiros foram
capazes de repor os produtos nos principais mercados tradicionais da Ásia (onde a epidemia
foi mais drástica), além de ter conquistado novos importadores em outros continentes.
Esforços para regionalizar a cadeia de comercialização do País, em prática desde
novembro do ano passado, devem contar positivamente para a conquista de novos
mercados e aumento de embarques para tradicionais compradores.
Como o Brasil vem apresentando alto potencial de produção de carne de frango e de
competitividade no mercado internacional, um estudo mais direto irá responder se as
influências da gripe aviária são positivas ou negativas para o País. Isto é, se primeiramente
a gripe está reduzindo o consumo internacional de carne de frango ou se está causando uma
redução na oferta e conseqüente aumento de preços e de novos mercados importadores.
Futuramente esse trabalho auxiliará para análises mais profundas dos reais impactos
da gripe aviária, já que neste momento ainda é prematuro um julgamento desse porte pelo
pouco tempo em que há neste cenário um problema dessa magnitude.
1.1. Histórico sobre a Influenza Aviária
2. Revisão Bibliográfica
2. Metodologia
3. Resultados e Discussão
400
300
200
100
0
jan/05 fev/05 mar/05 abr/05 mai/05 jun/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 fev/06
1500
1250
US$/t
1000
750
500
05
5
05
05
5
6
5
05
05
05
06
l/0
/0
/0
t /0
/0
/0
r/0
o/
ai/
z/
v/
v/
n/
v/
jan
jan
t
ar
ju
ou
se
ab
ag
de
fe
fe
no
ju
m
m
9.000
7.500
mil toneladas
6.000
4.500
3.000
1.500
aS g
ia
ia
a
ia
sia
a
ia
sia
l
ta
5
ico
Ta n
Su
di
on
in
pã
a
-2
ré
ân
nd
ss
di
iw
alá
né
éx
Ín
Ch
EU
Co
gK
Ja
Rú
do
au
cr
ilâ
Ta
do
U
ca
on
In
bi
fri
H
ra
Á
Á
2000
1500
1000
500
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006*
8.000
7.000
6.000
mil toneladas
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
ia
lia
ia
a
ia
l
o
it o
5
ico
Su
di
on
in
pã
-2
ré
ân
ss
ra
Eg
éx
Ín
Ch
EU
Co
gK
Ja
Rú
do
cr
t
us
U
ca
on
A
fri
H
Á
2004 2005 2006 *
45.000
40.000
35.000
30.000
mil toneladas
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
China EU-25 Japão Rússia Coréia M éxico Hong Taiwan Ucrânia
Kong
Brasil
43%
EU-25
12%
Tailandia
8%
EUA
37%
A gripe do frango, ainda poderá impulsionar as vendas brasileiras, já que o País não
registrou até agora focos da doença, firmando-se como importante abastecedor do mercado
mundial.
No Brasil, o Ministério da Agricultura está visando o controle de uma possível
epidemia entre as aves e montou duas frentes de ação envolvendo nove ministérios para se
preparar para a chegada da gripe aviária. Uma delas, coordenada pelo Ministério da Saúde,
que prevê o investimento em infra-estrutura para futuras internações, compra de
medicamentos e fabricação de vacinas, além do treinamento de profissionais de saúde.
Além das propostas de proibição do trânsito interestadual de aves vivas e material genético
no País já instaladas pelo Ministério da Agricultura.
8. Considerações Finais
9. Bibliográfia Consultada
NEIVA, P. & BERGAMO, G. Nas asas do Pânico – O vírus da gripe aviária chega à
Europa Ocidental e seu primeiro sintoma já se faz sentir na população: o medo de uma
pandemia. Revista Veja. Edição 1946, março/2006.