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BENEFICIAMENTO DA CASCA DE COCO VERDE

Adriano Lincoln Albuquerque Mattos


Morsyleide de Freitas Rosa
Lindbergue Araujo Crisóstomo
Fred Carvalho Bezerra
Diva Correia
Luis de Gonzaga Castro Veras

1
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................. 3

COCO ‘ANÃO VERDE’ ............................................. 4

PRINCIPAIS USOS DA CASCA DE COCO ............................................. 5


VERDE

PROCESSAMENTO DA CASCA DE COCO ............................................. 16


VERDE

DIMENSIONAMENTO DE UMA UNIDADE ............................................. 28


DE BENEFICIAMENTO DE CASCA DE
COCO VERDE PARA A PRODUÇÃO DE
SUBSTRATO AGRÍCOLA E FIBRA
BRUTA.

OPERANDO O MAQUINÁRIO ............................................. 31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 34

2
1. INTRODUÇÃO

O Brasil é, sem dúvida, um dos países que possuem a maior biomassa do mundo
e a maior extensão territorial cultivável, potenciais estes que devem ser mais bem
explorados. O acentuado crescimento do agronegócio brasileiro o coloca em posição de
destaque no processo de desenvolvimento do país, sendo responsável por 22,34% do
PIB (CEPEA 2011), 43% das exportações e 37% dos empregos (AGRONEGÓCIO
BRASILEIRO, 2007). Os significativos avanços implicaram no aumento do consumo
de insumos e da geração de resíduos nas atividades agropecuárias.

O agronegócio do coco verde tem grande importância, seja na geração de


divisas, emprego, renda ou alimentação. A procura por alimentos naturais, a aplicação
de tecnologias de processamento, as novas alternativas de apresentação do produto e a
perspectiva de sua exportação contribuem para aumentar o consumo e incrementar sua
rentabilidade ao longo do ano. O aumento da produção passou a ser uma tendência
natural, causando uma conseqüente elevação na geração de resíduos sólidos (cascas).

Este resíduo é constituído


COPRA
pelo mesocarpo, que é a parte
EPICARPO
espessa e fibrosa do fruto, pelo
EMBRIÃO
exocarpo ou epicarpo, que constitui
a epiderme, e pelo endocarpo, que
no fruto imaturo ainda não se
apresenta tão duro e rígido como no
coco maduro.

Diferentemente da casca do
fruto maduro, as cascas geradas
MESOCARPO
pelo consumo do coco verde não
possuíam, há muito pouco tempo,
tecnologia adequada que
ENDOCARPO
viabilizasse seu aproveitamento. O
ÁGUA DE COCO presente capítulo reúne informações
sobre o aproveitamento da casca de
Fig.1- Estrutura do coco. coco verde, seus principais usos e
potencialidades.

3
2. COCO ‘ANÃO VERDE’

O gênero Cocus é constituído pela espécie Cocus nucifera L. que, por sua vez, é
composta por algumas variedades, entre as quais as mais importantes, do ponto de vista
agronômico, socioeconômico e agroindustrial, são as variedades Typica (var. Gigante) e
Nana (var. Anã), que se acredita ter originado de uma mutação gênica da Gigante
(FRUTAS DO BRASIL, 2002; SANTOS et al.,1996).

para frutos
Nocom cercaa de
Brasil, sete meses
principal de idadede(FRUTAS
demanda DOvariedade
plantio da BRASIL, Anã2002).é a cultivar
Verde,
para consumoEstima-se
da água quedo ofruto
Brasil possui
ainda uma área
imaturo. plantada
Embora estadevariedade
100 mil hectares de
apresente
coqueiro-anão, destinados à produção do fruto verde para o consumo da água-de-coco.
também características para ser empregada como matéria-prima nas agroindústrias
As cascas
para geradas
produção por este
de leite agronegócio
de coco, representam
coco ralado e outros,80% a 85% doé peso
seu mercado bruto do fruto
essencialmente a
e cerca de 70% de todo lixo gerado nas praias brasileiras representa cascas de coco
verde. Este material tem sido correntemente designado aos aterros e vazadouros sendo,
como toda matéria orgânica, potenciais emissores de gases estufa (metano), e, ainda,
contribuindo para que a vida útil desses depósitos seja diminuída, proliferando focos de
vetores transmissores de doenças, mau cheiro, possíveis contaminação do solo e corpos
d'água, além da inevitável destruição da paisagem urbana (ROSA et al., 2001a).

Fig.2- Coco verde in natura Fig. 3- Indústria processadora de


água de coco verde

O desenvolvimento de alternativas de aproveitamento da casca de


coco
possibilita a redução da disposição inadequada de resíduos sólidos e proporciona

4
3. PRINCIPAIS USOS DA CASCA DE COCO VERDE

3.1 Substrato agrícola

O termo substrato agrícola se aplica a todo material sólido, natural ou sintético,


bem como residual ou ainda mineral ou orgânico, distinto do solo, que colocado em um
recipiente em forma pura ou em mistura permite o desenvolvimento do sistema
radicular, desempenhando, portanto, um papel de suporte para a planta (ABAD;
NOGUERA, 1998). Os substratos podem intervir (material quimicamente ativo) ou não
(material inerte) no complexo processo da nutrição mineral das plantas.

O cultivo de plantas utilizando substratos é uma técnica amplamente empregada


na maioria dos países de horticultura avançada. Esta técnica apresenta vantagens,
entre Diferentes tipos de resíduos agroindustriais vêm sendo progressivamente
indicados como mais
elas, o manejo substrato agrícola.
adequado É o evitando
da água, caso do apóumidade
da casca de cocoem
excessiva maduro que,
torno das
inicialmente visto como subproduto da extração da fibra, origina um substrato agrícola
raízes. O substrato a ser utilizado deve ser capaz de favorecer a atividade fisiológica
(“coir dust”, “coir fibre pith” ou pó da fibra de coco) com grande aceitação e demanda
crescente. Ganhou interesse comercial principalmente como substrato inerte, substituto
da turfa em cultivos envasados.

O pó de coco é um material biodegradável, renovável, muito leve e


Em 1949, Hume citou as virtudes hortícolas do resíduo da fibra de coco maduro
bastante
eparecido
dados sobre
com oasexcelente
melhorescrescimento e desenvolvimento
turfas de Sphagnum conseguidos
encontradas no Norte em diferentes
da Europa e
espécies
América do Norte. Apresenta uma estrutura física vantajosa, proporcionandoapesar
vegetais cultivadas sobre substratos à base desse resíduo. Entretanto, alta
desses efeitos alto
porosidade, benéficos, passaram-se
potencial três décadas
de retenção antes que
de umidade, o resíduo de da
favorecimento fibra de coco
atividade
pudesse ser introduzido no mercado internacional de substratos de cultivo
(MURRAY,1999).

A partir da década de 80, várias companhias holandesas passaram a utilizar esse


resíduo como ingrediente dos substratos de cultivo já fabricados (MEEROW, 1994,
1997; VAN MEGGELEN – LAAGLAND, 1995). Desde então, diferentes trabalhos de
investigação foram realizados com o objetivo de se estudar as características e
propriedades desse novo material e de se avaliar sua potencialidade para ser utilizado
como substrato ou como componente de substrato em diferentes aplicações nos cultivos
“sem solo”: produção de mudas, enraizamento de estacas, crescimento de plantas
ornamentais em vasos, produção de flor de corte e cultivo em substrato de hortaliças
entre outras (VERDONCK,1983; VERDONCK et al., 1983; HANDRECK, 1991, 1993;
TEO; TAN, 1993; MEEROW, 1994, 1997; CARAVEO et al., 1996; EVANS;
STAMPS, 1996; EVANS et al., 1996; OFFORD et al., 1998; KONDURU et al., 1999).

5
As propriedades físicas e químicas do pó de coco diferem entre diferentes fontes
de resíduo, em função principalmente do método usado para processar a fibra e idade do
fruto. Assim, o controle das características do material antes do uso como substrato é
de grande importância. Nesse particular, a salinidade é uma das características mais
importantes a ser controlada.
Segundo Prisco e O’leary (1970), os danos da salinidade na germinação de
sementes estão relacionados aos efeitos osmótico e tóxico dos íons. Porém, muitas
espécies/variedades apresentam diferentes graus de tolerância/sensibilidade aos efeitos
negativos dos sais durante o cultivo. O conteúdo de sais é diretamente proporcional à
condutividade elétrica (CE) do substrato. Como um ponto de referência, uma CE de 3
dS.m-1 limita o crescimento da maioria das plantas. Para o caso de culturas mais
sensíveis à salinidade, esse valor deverá situar-se em níveis abaixo de 1,0 dS.m-1
(AYERS; WESTCOT, 1991).
Estudo desenvolvido por Murray (2000), sobre amostras de pó de coco maduro
provenientes de diferentes localidades (Costa do Marfim, Costa Rica, México, Sri
Lanka e Tailândia), mostrou que a condutividade elétrica dos diferentes substratos
variou de 0,39 dS.m-1 (para amostra da Costa Rica) até 5,97 dS.m -1 (para amostra do
México).

AO utilização
resíduo do do coco verde édeumcoco
pó/fibra material que também depende
na horticultura apresentadosumatratamentos
salinidade
de
dispensados ao material, quais sejam: tempo de estabilização do produto, número de
média a realizadas,
lavagens elevada, o conteúdo
que confere elevada
de sais condutividade
solúveis elétrica.
indesejáveis, Nesse caso,com
enriquecimento a
eficiência da etapa de prensagem, durante o processamento
fertilizantes, adição de outros componentes para aumentar ou diminuir a aeração edas cascas, é de
fundamental
retenção importância
de água, etc. para a adequação do nível de salinidade do pó obtido no
processamento. A casca de coco verde apresenta 85% de umidade e um conteúdo de
sais em Para a comercialização,
níveis tóxicos para oocultivo
produtodedeverá
váriasserespécies
homogêneo e padronizado
vegetais. A extração de desta
modo
aumidade,
assegurarviaaocompressão
Buscando usuário um mecânica,
proporcionarcerto grau possibilita
de qualidade
informação a extração
padronizada conjuntade
e confiabilidade.
aos usuários Emdesubstratos
uma grande
geral, o pópara
de
quantidade
plantas, de sais solúveis.
o Ministério Este aspecto
da Agricultura, Pecuáriaimpõe que a cascapor
e Abastecimento, domeio
cocodaverde seja
Secretaria
deprocessada o quanto antes
Defesa Agropecuária, possível
expediu após o consumo
a Instrução Normativa ouNºretirada
46 de da
12 deágua de coco.
setembro de
Adicionalmente, um programa adequado de lavagem, por imersão do
2006, com a finalidade precípua de aprovar os métodos analíticos oficiais para análise substrato em
igual
de volume de
substratos água durante umdecurto
e condicionadores período
solos. Para de tempo
tanto, (15e min),
todo mostrou-se
qualquer materialeficaz
a ser
comercializado deverá ser analisado com respeito à: umidade atual,redução
na remoção de sais solúveis da casca de coco verde e conseqüente da
densidade,
condutividade elétrica (BEZERRA; ROSA, 2002; ROSA et al., 2001b). Atenção

6
capacidade de retenção de umidade a 10 cm (CRA 10), pH, condutividade elétrica (CE)
e capacidade de troca de cátions (CTC). A análise do pH e da CE deverá ser realizada
numa suspensão 1+5 (V : V) de substrato : água. A granulometria e a extração de outros
nutrientes solúveis poderá ser determinada, porém não é exigênica legal, apesar de
serem de grande valia para os usuários. Nas Tabelas 1 e 2 são apresentados alguns
resultados analíticos realizados em amostras de pó/fibra de coco verde processado na
Usina de Beneficiamento de Coco Verde, localizada em Jangurussu, Ceará.

7
Tabela 8. Características de amostras de pó de coco verde processadas (peneirada
tamiz de malha quadrada com 5mm de abertura) na Usina de Beneficiamento de Coco
Verde do Jangurussu, Ceará

AMOSTRA AMOSTRA AMOSTRA AMOSTRA


Unidade
1 2 3 4
Nº lavagens 0 1 2 3
Granulometria (X)
X >16 mm % 0,0 0,0 0,0 0,0
8 mm < X < 16 mm % 0,0 0,6 0,7 0,0
4 mm < X < 8 mm % 1,0 5,4 4,3 1,7
2 mm < X < 4mm % 5,5 7,8 10,0 6,1
1 mm < X < 2mm % 5,5 7,8 10,0 6,1
0,5 mm < X < 1mm % 43,3 36,7 36,4 43,5
0,25 mm < X < 0,5
mm % 25,8 25,9 12,3 22,9
0,125 mm < X < 0,25
mm % 4,7 5,4 2,6 4,9
X < 0,125 mm % 0,4 0,4 0,5 0,4
Dens. (auto-
compactação) kg/m3 164,7 172,7 170,0 170,5
Umidade Atual % 85,1 82,3 86,4 86,2
Carbono orgânico % 94,6 97,3 94,7 95,5
Teor de Cinzas % 5,4 2,7 5,3 4,5
Nitrogênio Total % 1,1 1,1 1,1 1,1
C/N 86,0 88 86,1 86,8
Suspensão 1+1,5 (v:v) substrato : água
pH 5,61 6,15 6,32 6,48
CE dS/m 1,42 0,29 0,24 0,21
mg/L
Ca subs. 6,2 4,8 3,7 2,4
mg/L
Mg subs. 2,7 2,7 1,9 0,9
mg/L
K subs. 650,8 71,8 51,0 40,9
mg/L
Na subs. 160,4 35,9 33,3 33,0
mg/L
P subs. 26,5 17,1 12,4 6,2
mg/L
Cl subs. 664,7 195,0 319,1 132,9
mg/L
N-NO3 subs. 0,9 0,7 1,4 3,0
mg/L
N-NH4 subs. 3,7 3,1 2,6 2,7
S-SO4 mg/L subs 11,4 17,2 17,0 11,4
Análises realizadas no Laboratório de Água e Solo da Embrapa Agroindústria Tropical

8
Tabela 9. Características de amostras de pó de coco verde processadas (peneirada
tamiz de malha quadrada com 10 mm de abertura) na Usina de
Beneficiamento de Coco Verde do Jangurussu, Ceará

AMOSTRA AMOSTRA AMOSTRA AMOSTRA


Unidade 1 2 3 4
Nº lavagens 0 1 2 3
Granulometria (X)
X >16 mm % 0,0 0,0 0,0 0,0
8 mm < X < 16 mm % 0,0 0,0 0,0 0,0
4 mm < X < 8 mm % 3,5 9,2 7,7 7,9
2 mm < X < 4mm % 6,5 8,4 9,5 8,8
1 mm < X < 2mm % 6,5 8,4 9,5 8,8
0,5 mm < X < 1mm % 38,9 36,3 40,3 39,2
0,25 mm < X < 0,5 mm % 27,2 25,3 18,1 23,2
0,125 mm < X < 0,25 mm % 6,1 5,4 4,2 5,3
X < 0,125 mm % 0,4 0,3 0,4 0,4
Dens.(auto-
compactação) kg/m3 167,1 164,7 171,3 167,2
Umidade Atual % 84,7 83,6 85,9 85,7
Carbono orgânico % 95,1 95,3 95,3 95,5
Teor de Cinzas % 4,9 4,7 4,7 4,5
Nitrogênio Total % 1,1 1,1 1,1 1,1
C/N 89,4 86,6 86,6 86,8
Suspensão 1+1,5 (v : v) substrato : água
pH 5,89 6,15 6,43 6,15
CE (dS/m) 1,42 0,29 0,26 0,29
mg/L
Ca subs. 6,8 4,8 3,4 4,8
mg/L
Mg subs. 8,6 2,7 1,5 2,7
mg/L
K subs. 691,7 71,8 63,9 71,8
mg/L
Na subs. 123,1 35,9 35,4 35,9
mg/L
P subs. 25,2 17,1 10,1 17,1
mg/L
Cl subs. 709,1 195,0 150,7 195,0
mg/L
N-NO3 subs. 2,0 0,7 1,6 0,7
mg/L
N-NH4 subs. 1,9 3,1 2,0 3,1
S-SO4 mg/L subs 9,6 17,2 13,2 17,2
Análises realizadas no Laboratório de Água e Solo da Embrapa Agroindústria Tropical

9
O uso predominante do pó de coco como substrato agrícola se dá como meio
inerte; ou seja, funcionando apenas como sustentação para o desenvolvimento
de
com o coco maduro, o uso das cascas do coco verde na forma de substrato agrícola
inerte já é uma realidade, sendo utilizado como meio de crescimento ou componente de
crescimento para produção de plantas. As boas características agronômicas do substrato
a base de coco verde foram atestadas no cultivo de mudas de alface, caju, tomate,
pimentão, coentro, berinjela, melão, abacaxi ornamental e flores (ROSA et al., 2001b,
CORREIA et al., 2003, SALGADO et al., 2006, CAPISTRANO et al., 2006,
OLIVEIRA et al., 2006, CORREIA et al., 2001, BRÍGIDO et al., 2002 PAIVA et al.,
2005). As Figuras 4, 5, 6, 7 e 8 ilustram alguns desses testes.

Figura 4 – Mudas de alface cultivadas em substrato Figura 5 – Mudas de abacaxi ornamental


de coco verde cultivadas em substrato de coco verde

Figura 6 - Mudas de cajueiro anão cultivadas Figura 7 – Cultivo de tomate em substrato de


em substrato de coco verde coco verde

1
Figura 8 – Muda de melão cultivada em substrato de coco verde.

técnicaO utilizada
pó de para
coco severde
obterpode
maisserrapidamente e em como
usado também melhores condições,
substrato (apósa
estabilização da matéria orgânica em material humificado, com atributos
compostagem), puro ou em composição com outros materiais. A compostagem é físicos,
químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronômico) àqueles encontrados no
material de origem. Aplicado nas plantações, o composto adiciona matéria
orgânica,
melhora a estrutura do solo e a retenção de água, reduz a necessidade de fertilizantes e
2003; LEAL
O póet daal., casca
2003; PEREIRA
de coco verdeet al., foi
2004), frutíferas: graviola,
compostado caju, mangaba
com estercos diversos
(LOURENÇO,
(bovino,2005, MESQUITA et al., 2006; CAVALCANTI JÚNIOR et al., 2006a),
ornamentais: crisântemo,
poedeira e cama tagetes,e caliopsis
de frango) utilizado (BEZERRA et al.,de2001;
na formulação BEZERRA
diferentes et al.,
substratos
2006a; BEZERRA
juntamente et al., materiais
com outros 2006b) e naparaaclimatização
utilização nadeprodução
mudas micropropagadas: violeta
de mudas de espécies
africana, helicônia, abacaxi ornamental, (TERCEIRO NETO et al., 2004; SANTOS et
al., 2004; CARVALHO et al., 2006).

O comércio mundial de pó/fibra da casca de coco tem ganhado força na


segunda
Tabela
metade3da– Preços
presentemédios e quantidades
década. O preço quedesepó/fibra de coco
encontrava exportado
declinante pelo Sri
chegando Lanka
a atingir
no período de 2000 a 2006, em US$ FOB.
os US$ 173,00 a tonelada. Entretanto, em novembro de 2005 o preço já se encontrava
em US$ 281,00 a tonelada 2000 FOB2001
no porto2002
do Sri 2003 2004 exportador
Lanka, maior 2005 2006
mundial
deste produto (FAO 2007).
Quantidade Exportada
A ampliação
74,87 78,50
do consumo
79,98
mundial
91,06
de derivados
84,72 106,48
da96,45
casca
de coco tem grande influência neste comportamento. O que pode ser verificado pelo
Preço FOB 195,00 185,00 186,00 173,00 207,00 238,00 240,00*
Fonte: FAO 2007.
* média de preços até junho.

1
3.2. Fibras

produto,Osendo responsáveis
material por mais
fibroso que de 90%
constitui da produçãodomundial.
o mesocarpo fruto, também
denominada
Atualmente a produção anual de fibras de coco é de aproximadamente 550.000
toneladas“bonote”
“coir”, métricas,ouproduzidas
fibra, é umprincipalmente
produto tradicional em países
pela Índia como a(Tabela
e Sri Lanka Índia e4).
Sri

Tabela 4 - Produção mundial de fibra de coco entre 2000 e 2006.


2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Milhares de toneladas
Fibra Marrom
Índia 244,0 247,6 241,7 248,0 252,0 285,0 314,0
Sri Lanka 55,1 55,4 65,5 54,6 67,5 58,9 76,6
Tailândia 8,7 14,7 22,3 36,9 53,6 41,1 41,1

Outros Países 18,2 19,3 19,0 17,7 16,7 16,8 17,0

Sub-Total 326,0 337,0 348,5 357,3 389,7 401,8 448,7

Fibra Branca
Índia 120,0 121,8 112,0 112,0 112,0 100,0 96,0

Total 446 458,8 460,5 469,3 501,7 501,8 544,7


Fonte - FAO (2007)

Historicamente o Sri Lanka tem sido o principal exportador de fibras e a Índia de


produtos com maior valor agregado.
As atividades relacionadas ao beneficiamento da fibra de coco empregam na
Índia e Sri Lanka mais de 500.000 pessoas, principalmente mulheres na zona rural,
sendo considerada uma atividade estratégica do ponto de vista social.

Durante as décadas de 80 e 90 as exportações de fibra de coco


declinaram
Tabela 5 – Principais
fortemente, devido aimportadores de fibra
sua substituição pordeespumas
coco no período
e fibras de 2000 a 2005
sintéticas. A partir da
década de 90 o crescimento
2000 da demanda2002
2001 interna da Índia e das
2003 2004importações
2005 China, que
em 2005 já atingia os mesmos volumes da União
Milhares Européia, reaqueceu o mercado
de toneladas
União Européia de fibra
internacional 49,68
de coco43,69 49,14
e seus derivados. 48,94 reflexo,
Como 61,75 outros74,95
países como as
EUA 12,99 9,90 10,07 11,97 19,44 22,00
Filipinas,
China
Tailândia e
21,78
Vietnam,
34,01
têm ingressado
43,73
neste
51,37
mercado
84,32
expandindo
76,19
sua
Fonte - FAO (2007)

1
No Brasil a tecnologia de aproveitamento da casca de coco seco já é conhecida e
utilizada há algum tempo. As principais empresas que atuam no mercado de derivados
da casca de coco seco têm entre 30 e 15 anos de existência. No entanto, a produção
nacional ainda se destina principalmente ao mercado interno. As exportações só
começam a ser observadas nos últimos cinco anos (Tabela 6), caracterizadas
principalmente pela exportação de mantas geotêxteis. Tal fato também pode ser
atribuído ao fato de que os preços internacionais para a fibra em 2004 se encontravam a
US$/t 185,00 para a fibra bruta e US$/t 207,00 para o pó (FAO, 2006). Neste período
estes produtos eram comercializados no Brasil em média a US$/t 360,00 e US$/t 220,00
respectivamente, sendo que o substrato agrícola comercializado pela líder de mercado
atingia os US$/t 360,00.

Tabela 6 - Exportações brasileiras de fibra de coco e derivados no período de 2000 a


2007.
Mercadoria 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Quantidade (kg)
Fibra de coco em bruto 52 159 734
Revestimento para pavimentos 23.106 28.010 18.400
Fibras de coco trabalhadas, não fiadas. 500 129.251 148.875 172.995 122.192

Fonte - Ministério do desenvolvimento indústria e comércio exterior (2007)

As fibras de coco verde apresentam-se como mais uma opção para este nicho
do
mercado e seu uso vem sendo atestado positivamente com resultados equivalentes
aos obtidos com a fibra do coco maduro.

A demanda crescente por fibras de coco se dá em razão do interesse por


produtos ecologicamente corretos, por ser proveniente de uma fonte renovável,
biodegradável e de baixo custo e por suas características oferecerem diversas

A fibra de coco é adequada para exercer a função de reforço em


materiais,
graças a sua alta resistência e rigidez. De um modo geral, possui grande durabilidade,
atribuída ao alto teor de lignina e polioses, baixo teor de celulose, elevado ângulo
espiral quando comparada com outras fibras naturais, o que lhe confere um
comportamento diferenciado. Possui baixa densidade, grande percentual de

Utilizada há várias décadas como um produto isolante em diversas situações,


a
fibra de coco tem hoje uma diversidade de aplicações. A fibra em forma de manta
geotêxtil é um excelente material para ser usado em superfícies sujeitas à erosão
provocada pela ação de chuvas ou ventos, como em taludes nas margens de rodovias e
ferrovias, em áreas de reflorestamento, em parques urbanos e em qualquer área de

A sua utilização na elaboração de compósitos (novos materiais


conjugados
formados por pelo menos dois componentes, sendo um deles um componente de reforço,

1
alongamento e capacidade de reforço mediana, porém com possibilidades de aumento
de desempenho da interação fibra-matriz devido à ação aglutinante da lignina. A ação
do calor na formação do compósito tende a aumentar tal capacidade de interação.
Apesar do baixo teor de celulose, a estrutura da fibra é bem fechada, devendo ser esta a
razão de sua melhor resistência à ação dos álcalis do que fibras de alto teor de celulose
(REDDY; YANG, 2005; VAN DAM, 2004).

Na indústria de embalagens existem projetos para a utilização da fibra de


coco
como carga para o Poli Tereftalato de Etila (PET), podendo gerar materiais plásticos
com propriedades adequadas para aplicações práticas e resultando em contribuição
para a resolução de problemas ambientais, ou seja, reduzindo o tempo de
3.3. Outros usos da casca de coco verde
A indústria da borracha é receptora também de grande número de
Cobertura morta
projetos
envolvendo produtos ecológicos diversos, desde a utilização da fibra do coco maduro
A cobertura morta é uma prática agrícola que consiste em cobrir a superfície
do solo, com uma camada de material orgânico. O material forma uma camada
Estudo desenvolvido por Vale et al. (2006) sobre a viabilidade do uso de
protetora sobre o solo, podendo influenciar nos processos físicos, químicos e
fibras
microbiológicos
de coco verde em do solo e proporcionar
misturas condiçõessua
asfálticas detectou favoráveis ao desenvolvimento
boa eficiência com relação da
ao
cultura.
escorrimento, apresentando resultados similares aos tradicionalmente obtidos com
A utilização da cobertura morta apresenta vantagens potencias, tais como
Além dos usos já citados, a fibra da casca de coco verde pode ser utilizada
reciclagem
na de nutrientes, redução das perdas de água por evaporação da superfície do
solo e manutenção
confecção de vasos,de níveise bastões
placas de umidade
para eo temperatura, nas camadas
cultivo de diversas superficiais
espécies vegetais.
do solo, adequados ao desenvolvimento de raízes e de microrganismos benéficos
Além de substituírem os produtos tradicionais a base de barro, cimento e plástico, para
também se apresentam como uma alternativa aos subprodutos extraídos da
samambaiaçu (Dicksonia sellowiana), buscando a inserção no mercado ocupado hoje
A confecção de artesanatos variados também representa uma importante
forma
de aproveitamento não apenas da fibra mas também do pó da casca de coco verde,
podendo originar uma grande gama de itens, haja visto que o Brasil tem sido cada vez
mais um importante destino para os turistas de outros países, grandes consumidores

1
A casca do coco verde possui teores de potássio, cálcio e nitrogênio (ROSA
et
al., 2002) que podem contribuir de forma positiva para a adubação das culturas. Por
outro lado, o material pode apresentar níveis tóxicos de tanino, de cloreto de potássio
e de sódio (CARRIJO et al., 2002), cuja acumulação pode causar alterações das
propriedades químicas e físicas do solo. O fato sugere que a aplicação da casca de
coco verde em cobertura morta deve ser acompanhada do monitoramento contínuo da
salinidade do solo, a fim de prevenir futuras alterações nas propriedades físicas e

Estudo realizado por Miranda et al. (2004) mostrou que o uso da casca de
coco
verde
3.4. como coberturademorta
Potencialidades em coqueiros
aplicação do líquidoalterou o regime
da casca térmico
de coco verdedo(LCCV)
solo, reduzindo
a variação da temperatura ao longo do dia em relação ao solo sem cobertura, em todas
as profundidades estudadas,
O líquido gerado principalmente
durante a prensagem próximo
da àcasca
superfície.
de coco A cobertura com a
verde (LCCV)
casca apresenta
de coco verde funcionou como uma camada de isolamento térmico, reduzindo o
aquecimento do solo durante
em sua composição o dia e adeperda
um conteúdo de calor para
polifenólicos, a atmosfera
açúcares duranteque
e potássio a noite,
vem
evidenciandopesquisas
estimulando ser tão efetiva na redução
com o intuito da temperatura
de avaliar seu uso emmáxima
aplicaçõese da
de amplitude
alto valor
agregado.
Fonte alternativa de energia - Briquetes
Os estudos atualmente em andamento versam sobre o potencial do LCCV como
fonte deAstaninos
cascaspara
de coco verde podem
formulação ser transformadas
de resinas emfins
fenólicas e para briquetes por meio
fitoterápicos; de
como
um processo
fonte de compactação
de açúcar em processosa fermentativos
elevadas pressões. Os briquetes
e geração constam
de biogás; de pequenas
e como fonte de
toras, resultantes da compactação do resíduo.
potássio, na fertilização de cultivos agrícolas. Mais densos, com formato padrão e com
alto poder calorífico, seu uso tem atraído estabelecimentos que, para reduzir custos e
Os resultados
aproveitar melhor obtidos até o momento
seu espaço indicam
físico, estão que o LCCV
aderindo a estatemtecnologia.
teor de taninos
São
considerados um “carvão ecológico” de alta qualidade e substituem com enormes
vantagens a queima de óleo combustível e madeira em fornalhas, processos de
gaseificação, lareiras etc.

Outras potencialidades
Características microscópicas fazem do pó de coco um excelente adsorvente,
abrindo possibilidades de uso na área de bioremediação de solos e biosorção de metais
pesados (SOUSA et al., 2007, PINO et al., 2006), e ainda, como substrato para cama

1
factível de ser usado como meio de fermentação e conteúdo de potássio que
possibilita
seu uso na fertirrigação de culturas, sobretudo aquelas tolerantes a alta salinidade,

4. PROCESSAMENTO DA CASCA DE COCO VERDE

A tecnologia de processamento das cascas de coco verde foi desenvolvida pela


Embrapa Agroindústria Tropical, em parceria com a metalúrgica FORTALMAG. Na
Figura 9, pode-se observar o equipamento completo, que realiza as seguintes ações:

 Trituração: as cascas inteiras ou cortadas são processadas por uma máquina


que possui um rolo de facas fixas responsáveis pelo esmagamento da parte
fibrosa do fruto.

 Prensagem: o material triturado é transportado para uma prensa rotativa


horizontal, que extrai o excesso de líquido do produto triturado.

 Seleção: após a prensagem, as fibras, que correspondem a 30% do produto


final são separadas do pó, equivalente a 70%, em uma máquina
selecionadora, que utiliza marteletes fixos helicoidais e uma chapa perfurada.

Nas etapas subseqüentes, o pó e a fibra seguem rotas distintas de processamento


até a obtenção, respectivamente, do substrato agrícola e da fibra bruta de casca de coco
verde que, por processo apropriado, é convertida em uma grande variedade de produtos.
O fluxograma, no anexo, apresenta as etapas do processo de obtenção de substrato
agrícola inerte e fibra bruta.

Figura 9 – Equipamento para processamento da casca de coco verde

1
4.1. Produção de pó e fibra da casca de coco verde

Figura 10 - Fluxograma operacional da etapa de produção de substrato agrícola e


fibra de coco verde.

Substrato COLETA DA Fibra


Agrícola CASCA DE
Bruta
MATERIAL ESTRANHO ALIMENTAÇÃO

TRITURAÇÃO

PRENSAGEM
LCCV

CLASSIFICAÇÃO

ÁGUA SALINA LAVAGEM SECAGEM

FERMENTAÇÃO RECLASSIFICAÇÃO FIBRILAS E CASQUILHOS

MOAGEM ENFARDAMENTO

FIBRILAS E CASQUILHOS PENEIRAMENTO ARMAZENAGEM EXPEDIÇÃO

FORMULAÇÃO

Etapas de processamento
ARMAZENAGEM EXPEDIÇÃO
Subprodutos / Resíduos

1
4.1.1. Coleta da Casca de Coco Verde e Transporte
Ao chegarem à unidade de beneficiamento, os caminhões carregados de casca de
coco verde (CCV), se possível, deverão ser pesados. No mercado existem vários
modelos de balanças para caminhão, o tipo mais adequado deverá ser definido em
função do tipo de veículo que fará o transporte das cascas. Neste momento também será
realizada a identificação da origem do material, tipo (inteiro ou bandas), data de
recepção e outras informações relevantes ao controle do fluxo de entrada de CCV na
unidade de processamento. O controle permitirá obter informações úteis ao processo de
planejamento, pois possibilita conhecer melhor a dinâmica de geração de casca nos
pontos de fornecimento, dias da semana e meses do ano com maior volume de
produção, possibilitando o planejamento da produção e da formação de estoques.
Também possibilita verificar a produtividade da fábrica e eliminar possíveis fontes de
desperdício.
Após a pesagem
A casca de cocoodeve
caminhão
chegardeverá despejar
à unidade a carga na moega
de beneficiamento em de
atérecepção.
três dias após
Aa moega de recepção tem uma declividade que conduz a matéria prima para
esteira de da
extração alimentação,
água. Esse que a elevará para
procedimento a entrada
visa elevar da linha dos
a qualidade de processamento. Neste
produtos finais (pó e
momento deve ser feita a retirada de material estranho ao processamento
fibra), pois a desidratação da casca aumenta a sua densidade e prejudica as etapas como,
canudos,
seguintesplásticos, pedras, cascas
do processamento, ressecadas
reduzindo podres etc.
a eficiência da Éretirada
importante também
dos sais que seja
na etapa de
mantido um fluxo uniforme de alimentação da linha de processamento para garantir a
eficiência da etapa de prensagem.

Figura 11. Descarga de cascas de coco.

1
A alimentação da esteira deve obedecer à vazão obtida na etapa de prensagem.
Caso o volume seja muito pequeno a prensagem se torna pouco eficiente e a retirada dos
sais, bem como a etapa de classificação são prejudicadas. Se o volume de cascas é
maior que a capacidade de prensagem, irá ocorrer um acúmulo de material triturado na
entrada da prensa e ocorrerá o travamento da mesma ou “embuchamento”. Para
controlar a velocidade de alimentação existem três formas:
1. Manualmente controlar o número e tamanho de cascas que entram na máquina;
2. Redução do número de pás/ganchos da esteira de alimentação; e
3. Controle da velocidade da esteira de alimentação
Os modelos de equipamentos mais novos permitem o controle de velocidade da
esteira de alimentação, o que facilita sobremaneira este ajuste da alimentação. No
entanto em casos de embuchamento constante podem ser retiradas pás/ganchos da
esteira numa distribuição uniforme. Estas duas formas de controle do fluxo de
alimentação não substituem a primeira. O monitoramento da esteira deve ser feito
constantemente, tanto para evitar a entrada de materiais estranhos ao processamento,
com dito anteriormente, como para retirar cascas muito grandes ou acumuladas nas pás
da esteira.

Figura 12. Alimentação da linha.

4.1.2. Trituração
Nesta etapa as cascas inteiras ou cortadas são processadas pela máquina
trituradora de CCV, essa possui um rolo de facas fixas que trituram as cascas. Ao final
dessa etapa se obtém a CCV desintegrada. A trituradora da com facas fixas minimiza o
corte das fibras, viabilizando a separação e o aproveitamento posterior das fibras longas.
Este procedimento possibilita a realização das etapas seguintes de prensagem e
classificação.
Existem no mercado outros equipamentos para triturar a casca de coco. Podemos
agrupá-los segundo suas ferramentas de corte: Disco e facas, Discos de corte alternados,

1
e moinhos universais. Estes equipamentos trituram integralmente a casca de coco verde
e são úteis em sistemas onde o aproveitamento da fibra não é requerido.

Figura 13. Máquina trituradora de casca de coco verde.

4.1.3. Prensagem
Porém, A casca
muitasde coco
espécies/variedades
tem alta concentração apresentam diferentes
de sais em níveis graus
tóxicos para o de
tolerância/sensibilidade
cultivo aos efeitos negativos dos sais durante o cultivo. Como um ponto
de
dereferência, uma vegetais.
várias espécies CE de 3 Segundo
dS/m limita o crescimento
Prisco da maioria
& Oleary (1970), das da
os danos plantas. Para o
salinidade
caso de culturas mais sensíveis à salinidade, esse valor deverá situar-se em níveis abaixo
de 1,0 dS/m (Ayers & Westcot, 1991).
A casca de coco verde tem 80% de umidade e a maior parte dos sais se encontra
em solução. A extração de parte desta umidade via compressão mecânica possibilita a redução da salinida

A CCV desintegrada é prensada num prensa de rolos horizontais. Ao final da


prensagem são obtidas as cascas desintegradas com a umidade reduzida, e o líquido da casca de coco verd

2
Na Tabela 1, observam-se os resultados de uma caracterização do líquido de
casca de coco verde, proveniente do estado do Ceará.

Tabela 1: Caracterização do líquido da casca de coco verde


Variável Resultado Unidade
Condutividade Elétrica 7,88 dS/m
Cálcio (Ca) 5,22 mmol/L
Magnésio (Mg) 6,15 mmol/L
Potássio (K) 47,69 mmol/L
Sódio (Na) 15,65 mmol/L
Cloreto em água 83,00 mmol/L
Carbonato em água <0,01 mmol/L
Sulfato em água 0,08 mmol/L
Bicarbonato (HCO3) 0,80 mmol/L
pH 5,02 mmol/L
Soma ânions 83,88 mmol/L
Soma Cátions 74,72 mmol/L
Fósforo (P) 3,08 mmol/L
Nitrogênio Amoniacal 11,2 mg/L
Nitrato 0,1 mg/L
Razão de adsorção de 6,56 -
sódio (RAS)

A eficiência desta etapa é de


importância fundamental para a perfeita
seleção do material na etapa seguinte e
também para a adequação do nível de
salinidade do pó obtido no
processamento. Para obtenção de
melhores resultados nesta etapa a casca de coco não pode es

O operador das máquinas deve


estar sempre atento para proceder a limpeza das caixas de tel

4.1.4. Classificação
Após a prensagem são separadas as fibras do pó na máquina classificadora com
um rolo de facas fixas e uma chapa perfurada. O material é turbilhonado ao longo do

2
eixo da máquina, o que faz com que o pó caia pela chapa perfurada e a fibra saia no fim
do percurso. É necessário que o operador, com um rodo de borracha ou vassoura,
auxilie na descarga do pó, operação que deve ser procedida de 5 em cinco minutos,
conforme os orifícios da tela comecem a ficar obstruído dificultando a saída do pó.
O pó selecionado cai na base da máquina, podendo ser recepcionado em caixas
plásticas, carrinhos adaptados ou mesmo no chão. Nos dois primeiros casos os
recipientes são trocados sempre que os estejam cheios e trocados imediatamente por
outros vazios. No terceiro caso de forma contínua o operador faz a raspagem do pó com
um rodo, puxando o material para uma pilha de onde posteriormente será levado para a
etapa de lavagem.
Nas etapas subseqüentes o pó e a fibra seguem rotas distintas de
processamento
até a obtenção do substrato agrícola e da fibra bruta de casca de coco verde em

Figura 15. Descarga de pó da casca de coco verde.

2
4.2. PRODUÇÃO DE SUBSTRATO AGRÍCOLA

4.2.1. Lavagem
O pó da CCV obtido após a etapa de classificação tem condutividade elétrica
entre 1,3 dS/m. Como citado anteriormente o substrato agrícola deve ter salinidade
próxima a 1,0 dS/m, no entanto como ao pó de casca de coco ainda serão adicionadas
fontes de nutrientes na forma de adubos químicos ou orgânicos, que irão aumentar
novamente a salinidade do substrato, a condutividade elétrica do pó deve se situa em
trono de 0,5 dS/m. Para atingir este nível de salinidade é necessária a realização de uma
lavagem do pó com água limpa (com condutividade inferior a 0,3 dS/m) na proporção
volumétrica de 1:1. Esta lavagem é feita em caixas d’água de fibra, ou de alvenaria, que
são preenchidas com pó até a metade de seu volume, em seguida adiciona-se água até o
enchimento por completo da caixa. Estando a caixa cheia com o pó e a água é feito um
revolvimento do material, ou com o auxilio de uma haste de metal ou madeira. O pó
deve ficar na água por cerca de 15 minutos. Depois retirado o tampão da saída de água
da caixa, deixando-se escoar a mesma.
A saída de água deve estar protegida por um elemento filtrante para evitar a
perda de pó. Obtivemos bons resultados com a utilização de uma camada de 30 a 50cm
de fibra da casca de coco, com forme a figura a seguir.

Figura 16. Esquema do tanque de lavagem do pó da casca de coco.

O pó retirado dos tanques e espalhado no pátio de secagem, em camadas de 5,0 a


10cm de espessura, pelo período de um dia para a evaporação do excesso de umidade. O
Efluente gerado nesta etapa é tratado juntamente com o LCCV.

4.2.2. Fermentação
O pó da casca de coco verde possui uma relação C / N elevada, o que confere ao substrato da casca de coc

2
Gráfico 1. Comportamento da temperatura de uma leira de compostagem.

No momento de enchimento das baias o pó será misturado com uréia,


na
proporção de 2 gramas para cada quilo de pó. A forma mais fácil de fazer a
distribuição é diluir a uréia em água e regar o pó enquanto o mesmo estiver espalhado
no pátio. Essa operação deve ser feita utilizando-se o mínimo de água possível para
distribuir uniformemente a uréia. Tão logo seja feita a aplicação da uréia o pó deve ser
enleirado (figura 17), pois a exposição ao sol facilita a perda de nitrogênio por

Figura 17. Leiras de fermentação de pó de coco

2
A etapa de fermentação ou compostagem do pó é fundamental para a qualidade
do substrato. Desta forma, é de fundamental importância que os lotes de pó seja
identificados com o número da leira onde se encontram no momento, dia de início da incubação, dosagem

Figura 18. Revolvimento das leiras de compostagem.

4.2.3. Tratamento Térmico/Secagem


No entanto, alguns
A casca de destes
coco podem ser considerados
verde beneficiada como pragas
tem inúmeras em culturas
origens, que irão
indústrias,
utilizar obares,
pó da casca como substrato agrícola. A forma recomendada de evitar que estes
microrganismo e insetos
praias, etc., e não venham
raro chegam a contaminar
à unidade o substratojá ecom
de beneficiamento causar prejuízos
o ataque de aos
clientes da empresa é o uso do tratamento térmico.
Outra vantagem do tratamento térmico é a remoção do excesso de umidade
que
ainda persiste no substrato, que, em geral, chega ao final do processo de fermentação
com mais de 50% de umidade, quando o mercado deseja que o pó da casca de coco

Figura 19. Secador rotativo.

Como já citado anteriormente, existem vários modelos de secadores no


mercado
que podem ser utilizados para o pó de coco. Suas temperaturas de operação variam,
mas deve ser observado, para que se tenha eficiência na descontaminação, pelo menos
a aplicação de 80ºC durante 20 minutos. Com o aumento da temperatura o tempo
necessário reduz. Normalmente, as temperaturas e tempos utilizados para secar o pó

2
4.2.4. Moagem
O pó obtido na etapa de classificação ainda traz uma parcela importante de
4.2.5. Peneiramento
fibras
de diversos comprimentos.
A granulometria Essapara
exigida desuniformidade do produto
o substrato agrícola de pó dapode
cascagerar vários
de coco verde
problemasé no momento de sua utilização. O pó tende a se separar das fibras mais
longas, descendo
variável no com
de acordo perfilodos
tipovasos maiores,
de cultivo aumentando
realizado. a densidade
No cultivo e reduzindo
de mudas em pequenasa
aeração
células na porção inferior
é necessário do mesmo,
um substrato o que pode
fino, composto apenasgerar
pelo problemas para ode
pó. Em cultivos
desenvolvimento das raízes
plantas ornamentais das plantas.
ou hortaliças feitos em gandes vasos (também se aplica para
sacos,Uma forma
calhas de solucionar
e bolsas de cultivo)este problemadeve
o substrato é reduzir
ter umao granulometria
comprimento dasmaisfibras,
grossa,
melhorando a estabilidade
sendo composto em parte da mistura pó/fibra.
por fibrilas, Para tanto
evitando assimé problemas
utilizado um moinho
futuros comde a
facas paralelas,
aeração. Destaque irá reduzir
forma, as fibras
a unidade de abeneficiamento
menos que 2cmdeve,de comprimento.
segundo a demanda dos
Após a secagem
O moinho tem maior esteeficiência
processoquanto
se é alimentado com o pó de coco com
torna maisinferiores
umidades eficiente ae50%,
em quanto
escalas mais
menores
seco melhor. Dessa forma pode ser necessária
pode ser feito com peneiras manuais. No
entanto, em unidade que atuem na capacidade
de seu equipamento é recomendável a
aquisição de peneiras vibratórias ou
giratórias, com diâmetros de furos com as
variações de 5, 10 e 20mm, que possibilitarão
agilidade no beneficiamento, economia de
mão de obra e o atendimento da maioria das
demandas de granulometria dos substratos
utilizados. Figura 20. Peneira rotativa.
Algumas demandas podem exigir a mistura de material, que tenha passado por
diferentes peneiras. Nesses casos é interessante que o cliente envie uma amostra do
material de referência, para que este seja analisado em um laboratório de solos. De
posse da caracterização granulométrica do material é possível realizar a formulação
necessária.

4.2.6. Formulação
O substrato da casca de coco verde é considerado inerte pelos baixos níveis
de
nutrientes e sua alta relação C/N, que torna a degradação da matéria orgânica muito
lenta. Desta forma, o substrato normalmente é utilizado em combinação com outras

2
que parte do mercado demande substratos “formulados” na origem. A adição de
nutrientes, ou formulação, pode ser feita em conformidade com a demanda do cliente
após a etapa de peneiramento.
Para proceder a formulação é necessário que o substrato seja enviado a um
laboratório de análise de solo que esteja habituado a analisar substratos. O resultado das
análises de fertilidade devem ser apresentados a um técnico especialista em fertilidade
de solos para que o mesmo proceda os cálculos das necessidades de correção do
substrato, fornecendo assim as proporções das fontes de nutrientes que irão ser
utilizadas na formulação.
As fontes de nutrientes podem ser misturadas ao substrato na forma sólida,
4.2.7. Embalagem
para
tanto éO necessária
substrato agrícola é comercializado
a utilização usualmente
de um misturador em sacaria
mecânico, de ráfia
do tipo ou sacos
utilizado em
plásticos
fábricas de ração animal. Outra forma, para menores quantidades é a utilização deo
com espessura de 15 micras. O tamanho das embalagens varia conforme
mercado pretendido.
fontes solúveis O mercado
de nutrientes, como asdeutilizadas
uso doméstico usualmente
em fertirrigação. aceita melhor
Os fertilizantes são
embalagens com até 5 litros de substrato e o mercado agrícola faz uso
dissolvidos em água, produzindo-se assim uma calda. O pó é disposto no pátio dede embalagens de
100 litros.em
secagem O ensacamento
uma camadaserá feito dedeforma
uniforme 5 a 8manual
cm decom o auxílioentão
espessura, de uma balança. O
é distribuída
fechamento dos sacos de ráfia será feito com costura e as embalagens
uniformemente a calda sobre o pó com o uso de um regador e feita a homogeneização plásticas serão
seladas em seladoras elétricas.
do mesmo com uma enxada. Deve ser utilizado o mínimo possível de água para

4.2.8. Armazenamento
Após embalados os produtos deverão ser armazenados empilhados sobre pallets,
evitando o contato com o piso, o que poderia transferir umidade ao material. Cada metro
cúbico comporta 12 sacos empilhados e cada saco contém 30 kg de pó de coco a 30%
de umidade, desta forma são necessários, aproximadamente 3m3 para a armazenagem de
1.000kg de pó. Considerando 4m de altura para o empilhamento, temos 0,75m2 de área
útil para cada tonelada de pó armazenada.

4.3. PRODUÇÃO DE FIBRA DA CASCA DO COCO VERDE

4.3.1. Secagem
A fibra que sai do classificador com umidade acima do desejado que é
18%.
Desta forma é necessário que se proceda sua secagem ao sol. Nesta etapa é importante
observar que a fibra não deve passar a noite exposta em céu aberto para que não seja
reumidificada pelo orvalho.
Em locais ou épocas com pouca disponibilidade de sol, pode ser necessário
o uso do secador para realizar esta etapa. Para tanto pode ser utilizado o mesmo

2
seja previsto este caso, evitando assim alguns modelos específicos para pó, como
os
4.3.2. Reclassificação
necessário queque
A fibra sejasaifeito um peneiramento
da classificadora aindadavem
fibra,
comseparando-a dasdoimpurezas.
alguns restos endocarpoPara
do
tanto
cocoserá utilizada
e com a própria
um pouco máquina
de pó. classificadora.
Para conferir É feita
a qualidade a desacoplagem
final da esteira
para a comercialização
de alimentação que a liga ao restante da linha de processamento e alimenta-se a
classificadora com a fibra seca de forma manual. Como sub-produto deste processo
obtêm-se fibrilas e casquilhos, que podem ser utilizador na composição de substratos
agrícolas de granulometria mais grossa quando misturados ao pó da CCV.
Para não ter de parar a linha principal de processamento pode ser necessária
a
aquisição de uma peneira rotativa específica para realizar a etapa de reclassificação

4.3.3. Enfardamento
modelosA de prensa
fibra que podem
é muito poucorealizar
densa. esta etapa,
Desta mas para
forma, o mais comum
reduzir osé custos
o uso de prensas
com seu
hidráulicastransporte
verticais com carga
é feita no pistão de pelo
a compactação e o menos 20 ton. do
enfardamento A câmara da Existem
material. prensa é
preenchida com a fibra, aciona-se o pistão da prensa, em seguida eleva-se novamente o
pistão e repetem-se as etapas anteriores até que o fardo tenha as dimensões desejadas e a
densidade próxima de 700 kg/m3. O amarrio é feito com arame grosso, a exemplo dos
fardos de algodão.

4.3.4. Armazenamento
Os fardos deverão ser armazenados empilhados sobre pallets, evitando o contato com o
piso que poderia transferir umidade ao material. Cada metro cúbico de fibra enfardada
em prensa de 10 toneladas representa 330 kg de fibra. Desta forma para armazenar uma
tonelada de fibra de coco são necessários cerca de 3m3, com altura de empilhamento de
4m seriam necessários 0,75m2.

5. DIMENSIONAMENTO DE UMA UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE


CASCA DE COCO VERDE PARA A PRODUÇÃO DE SUBSTRATO
AGRÍCOLA E FIBRA BRUTA.

Uma unidade de beneficiamento de casca de coco verde é composta


5.1. Recepção
pelos
A moega
seguintes de recepção
elementos: Área deve ter dimensões
de recepção, suficientes
Área de para receber
beneficiamento a carga
da casca, de de
Área um
caminhão por vez e ter seu piso em declive (10%) para facilitar o escoamento das
lavagem, Pátio de secagem, Baias de fermentação, Área de beneficiamento da fibra, cascas
Área de beneficiamento do substrato, Secador e Área de armazenagem, Sistema de

2
até a boca de saída da moega. A construção deve ser feita em alvenaria e concreto com
o revestimento cimentado natural.
A boca de descarga da moega deve estar localizada sobre a esteira de alimentação
da trituradora de cascas possibilitando a alimentação automática da máquina.

5.2. Área de beneficiamento da casca


Na área de beneficiamento das cascas o piso será do tipo “corodur” industrial, ou
cimentado natural (no entanto a aspereza desse prejudica a limpeza do local), com
inclinação de 1% em direção ao esgotamento de águas residuais. Por ser área destinada
a instalação de maquinário pesado o piso deverá ser feito em concreto armado para que tenha melhor resis

Nesta área o as cascas de coco verde serão trituradas, prensadas e serão separadas
as fibras longas do pó e fibras curtas. Para tanto serão instalados os seguintes
equipamentos:

1. Elevador com esteira conduzida por moto redutor (mod moto via) de 1:60 e
motor de 0,5 cv IV pólos. Dimensões: L:0,90 C:1,40 A:1,65 P:80 Kg. Produção
1500 a 2000 cocos/hora
2. Triturador de Coco Verde motor de 20 cv II pólos. Dimensões: L:0,91 C:1,20
A:1,30 P:300 Kg. Produção 2500 a 3500 cocos/hora
3. Prensa Rotativa Horizontal motor de 3 cv IV pólos moto redutor de 1:40.
Dimensões: L: 0,70 C: 1,00 A: 1,20 P: 300 Kg. Produção 15000 a 18000 kg coco
verde por dia.
4. Classificador de Fibra e Pó motor de 10 cv II pólos. Dimensões: L: 0,60 C: 1,60 A:
1,90 P:300 kg. Classifica 15000 a 18000 de Pó e Fibra por dia.

A área necessária a instalação destes equipamentos deve ser coberta com


dimensões de 9,00 x 6,00 m, para que seja possível a descarga dos produtos das
máquinas e a circulação dos operadores. Caso a área não seja contígua a uma parede que
possa servir de anteparo para a fibra que é expelida do classificador é necessária a
construção de uma gaiola de tela.
Na saída de líquido da prensa deve ser instalado um dreno para que o líquido seja
conduzido à estação elevatória que levará o líquido para a estação de tratamento de
efluentes ou para a rede de esgotamento sanitário. A entrada do dreno deve ser
construída em desnível, possibilitando o encaixe de um quadro de tela de malha de
1mm, preferencialmente metálica, mas pode ser utilizada com malha de nylon, com a
desvantagem da constante danificação da mesma.

5.3. Área de lavagem


quadrados de de
A área área de tanques
lavagem com
deverá profundidade
possuir de alvenaria
tanques de 1,2 m, para atender a cada 10.000
impermeabilizada, ou de
fibra de
cocos/dia, vidro para quatro
considerando a lavagem do pó
lavagens da casca
diárias de pó.doOcoco.
drenoSão
devenecessários oito
ser protegido
com
Os tanques deverão estar localizados próximos ao pátio de secagem para facilitar
o transporte do pó molhado.

2
A água resultante do processo de lavagem do pó deve ser canalizada para
a
estação elevatória que levará o líquido para a estação de tratamento de efluentes ou

5.4. Pátio de secagem


O pátio de secagem será feito de piso concretado com juntas de dilatação, ou
asfaltado. Para a secagem de fibras e pó e fermentação/compostagem, são necessários a
cada 1.000 cocos beneficiados diariamente, serão necessários 100 m2. Quanto maior a
insolação no local menor a necessidade de pátio.

5.5. Área de beneficiamento da fibra


Área coberta, com piso industrial, ou cimentado natural e dimensões de 9,00 x
7,00m. Caso a área não seja contígua a uma parede que possa servir de anteparo para a
fibra que é expelida do classificador é necessária a construção de uma gaiola de tela.

Na área de beneficiamento da fibra serão instalados:

1. Peneira Tipo Túnel de 5 M comprimento com malha de 30mm para Fibra.

2. Prensa Hidráulica 20 T para Fibra do Coco. Dois cilindros hidráulicos, dupla ação.
Haste de 2” x 0,90. Um comando dois elementos. Motor de 5cv II pólos.
Dimensões: L:1,12 C:4,20 A:1,35 P:500 Kg. Produção estimada 20 a 24 fardos por
dia de dimensão: 0,60x0,75x0,75 com peso de 40 a 60 kg.

5.6. Área de beneficiamento do substrato


Área coberta, com piso industrial, ou cimentado natural e dimensões de 10,00 x
4,00m. Localizada próximo às baias de fermentação, para facilitar o transporte do
substrato.
Nessa área estarão instalados:
1. Peneira Vibratória com 3 crivos diferentes 2,5 – 5 – 7,5 mm. Motor 1,5 cv IV
pólos com massa excêntrica de 800 gramas.
2. Balança mecânica com capacidade para 500kg e precisão de 100g.
3. Máquina de costura portátil para sacaria.

5.7. Secador
Existem no mercado diversos tipos de secadores para este tipo de material, aqui
recomendamos secadores contínuos do tipo tubular ou secadores tipo barcaça. O
primeiro oferece vantagens de produtividade e uniformidade do processo de secagem e
o segundo tem vantagens de custo inferior de instalação. Ambos podem ter como fonte
de aquecimento a lenha ou a queima de gás natural ou GLP. As especificações da área
de construção destinada a cada um dos equipamentos variarão conforme o fornecedor.

5.8. Área de armazenagem


Área coberta, com piso industrial, ou cimentado natural e 400m2. O pé direito
deve ser de 5m.

3
5.9. Sistema de tratamento de efluentes
A elevada concentração de matéria orgânica torna o líquido da casca do
6. OPERANDO
coco OS EQUIPAMENTOS
verde (LCCV) adequado para o tratamento anaeróbio, onde pode ser utilizado
sistemasAs de
máquinas
alta taxaque fazem
como o beneficiamento
os reatores anaeróbiosinicial da casca
de fluxo de coco
ascendente só devem
(RAFA ou
ser acionadas para processar no mínimo 1500 cocos, ou
UASB), ou sistemas de baixa taxa como as lagoas anaeróbia, dependendo da seja, meia hora de
funcionamento. Tal procedimento é necessário para evitar o desgaste
disponibilidade de área e mão de obra especializada para operação do sistema de do equipamento
com acionamentos
tratamento. constantes
Vale ressaltar e reduzir
que, emboraoreatores
consumoanaeróbios
de energiapossam
elétrica.ser operados com
A ligação das máquinas é feita no quadro de comando
elevadas cargas orgânicas, eles não conseguem produzir efluente e devecomseguir a ordem
parâmetros
adequados para serdas
inversa da entrada dispostos no meio
cascas para ambiente,
evitar necessitando
engasgues. Dessa forma de após-tratamento.
ordem de ligação Paraé
Somente após todos os equipamentos estarem em funcionamento
atanto, podem ser utilizados sistemas aeróbios (lagoas de facultativas, de maturação na rotação
adequada é que lodos
ou polimento,
seguinte: se dá ativados)
início à alimentação
ou processosdas máquinas.
como leitos deEsse procedimento
secagem também
e disposição no
visa evitar engasgues
solo. Deve-se no equipamento.
levar em conta que sistemas de tratamento têm custo elevado, sendo
1. Classificadora
O procedimento
2. Prensa de desligamento é feito de forma inversa. Após interromper a
alimentação3.da Triturador
esteira o operador irá observar se todo o produto que estava dentro das
máquina foi expelido, ou seja:
 O triturador não deve estar alimentando a prensa;
 A prensa não deve estar alimentando o classificador;
 O classificador não deve estar expelindo fibras ou pó.

Tendo sido confirmado que as máquinas não tem mais produto em seu interior o
operador irá começar o desligamento na seguinte ordem:
1. Esteira
2. Triturador
3. Prensa
4. Classificador

3
Tabela 5. Ordem de partida e desligamento das máquinas.
Ordem de Máquina Ordem de
Partida Desligamento
1º A – Selecionadora 4º
2º B - Prensa 3º
3º C – Triturador 2º
4º D - Esteira 1º

6.1. Manutenção
Os equipamentos de beneficiamento de casca de coco verde são robustos,
Antes domasAcionamento do Equipamento
1.operam
Antes emde acionar as máquinas
condições o operador
de grande esforço deverá verificar,
mecânico. Dessaas forma
tensõesadas correias de
manutenção
constante é fundamental para que se evite quebras e ampliando a vidaainda
acionamento, proceder o esticamento da mesma, se necessário, ou sua
útil dos
substituição em situação de desgaste excessivo.
2. Antes de ligar o equipamento deve ser feita uma inspeção nas máquinas para
verificar a presença de materiais estranhos ou animais no interior das mesma, o que
poderia provocar acidentes, ou contaminação do produto.
3. Antes de acionar as máquinas o operador deverá verificar, o estado de conservação
das facas e o seu aperto. Uma faca que se solte no interior do triturador em pleno
funcionamento pode atravessar facilmente a carenagem do equipamento e ferir seu
operador.
4. Também deve ser observado o estado de, rolos, engrenagens, esteiras e correntes.
Rachaduras no equipamento ou o rompimento de peças podem provocar acidentes
sérios.

Após o Acionamento dos Equipamentos


1. O operado deve observar barulhos ou ruídos estranhos e desligar o equipamento
imediatamente quando eles ocorrerem, buscando identificar sua origem e corrigir o
problema antes do novo acionamento da máquina.
2. Observar se a prensa não está travada
3. Observar se não há obstruções no triturado ou classificador.

Após o desligamento dos equipamentos


1. Caso seja o final do turno de trabalho o operador deverá lavar o triturador, ou seja,
com a máquina em funcionamento, colocar 2 baldes de água na boca alimentadora,
esperar a expulsão do excesso de água e proceder o desligamento na ordem
estabelecida.

3
2. Ao final de cada dia deverá ser feita a lubrificação dos mancais e correntes,
observando o estado dos gracheiros, rolamentos, engrenagens e partes que
necessitem reaperto.
3. Verificar se ficou algum material acumulado no interior dos equipamentos.

6.2. Considerações sobre segurança


O pessoal que irá trabalhar no beneficiamento da casca de coco verde deverá
usar os seguintes equipamentos de proteção individual:
 Luvas;
 Avental de raspa de couro;
 Protetor auricular;
 Óculos de segurança;
 Botas de borracha.
Não deve ser permitido o uso de colares, pulseiras ou camisas de manga que
representem risco de enganchamento nas máquinas, o que pode causar sérios acidentes.
Também não deve ser permitida a presença de pessoas não capacitadas para a
operação das máquinas na área de processamento. Os equipamento são de alta potência
e podem causar graves acidentes a qualquer deslize ou uso indevido.
Extintores e mangueiras de incêndio devem estar sempre disponíveis,
principalmente na área de armazenagem, onde se concentra o material com baixa
umidade.

3
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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