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DEDICATÓRIA

A
Luiza Faveri , atriz e escritora,
por, orientar e revisionar este livro.

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AGRADECIMENTOS

A meu primo Thiago, por


críticas gentis, que me motivaram a
continuar escrevendo livros.

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“SE VOCÊ NÃO ENTENDE, NÃO VÊ
SE NÃO ME VÊ, NÃO ENTENDE
NÃO PROCURE SABER ONDE ESTOU
SE O MEU JEITO TE SURPREENDE”
Francisco José Zambianchi

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................... 13

1. UM FALSO SOL ............................................................................... 17


2. QUEM FORAM ELES? ....................................................................... 23
3. ERAM RITUALISTAS? ....................................................................... 25
4. EQUIVALENTE A MERCÚRIO ........................................................... 27
5. QUANDO HÁ PAREIDOLIA DEMAIS,
O ARQUEOASTRÔNOMO DESCONFIA ............................................. 29

6. COINCIDÊNCIAS IMPROBABILÍSTICAS ............................................ 31

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 41

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PREFÁCIO

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INTRODUÇÃO

Neste livreto, continuo a desenvolver alguns assuntos tratados


naquele outro, que escrevi anteriormente, e que leva o título
“Decifrando os Petróglifos das Ilhas de Florianópolis”. Neste, explicarei
melhor como se pesquisam os alinhamentos e como se pode datá-los.
Também, desenvolverei um pouco mais as minhas idéias sobre a
identificação de megálitos e os possíveis conflitos que, neste processo,
possam ocorrer com a visão acadêmico-cientificista.

E que importância têm estes assuntos, qual sentido prático


destas pesquisas podemos aproveitar em nossas vidas?

Eis uma questão levantada pela minha prima, Luiza Faveri, que
ainda não sei responder, pois o que me trouxe até aqui foi a curiosidade
de desvendar os mistérios, a vontade de transcender a rotina do
cotidiano e poder me maravilhar com o extraordinário que, às vezes,
beira o fantástico. Também, há uma certa fascinação pela beleza visual,
desde a estética megalítica até a naturalidade das paisagens. Por outro
lado, também, surgiu, durante esse percurso, uma vontade extra,
rebelde, de me opor ao descaso social com a história e, também, à certas
iniciativas obscurantistas.
Deixo a vocês, caras leitoras, prezados leitores, a tarefa de me
responder o que esses conhecimentos podem contribuir para melhorar
a vida de vocês, além do entretenimento e da diversão que lhes ofereço:

Bom proveito!

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O FALSO SOL

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1. UM FALSO SOL

O sol nasce, primeiramente, como miragem.


Você poderia acreditar estar olhando na direção dele, no horizonte,
porém não está. Não está não...
Aquilo, que está lá, é a imagem dele refratada na atmosfera.

O sol, portanto, aparenta se mostrar a sua pessoa, mas, na verdade,


ainda está abaixo da linha do horizonte. É a atmosfera que está
desviando os luminosos raios dele até nós. E o mais interessante é que,
se você prestar atenção à superfície terrestre, no mar, notará que ele é
tão ilusório, tão miraginal, que nem sequer poderia aparecer refletido
n’água!
Saber que existe um falso sol, que primeiramente nasce, antes
do sol real, será importantíssimo para compreender os motivos pelos
quais a Pedra da Canaleta − que está, há milênios, erguida num costão
lateral à Praia do Gravatá − fora arranjada daquele jeito que está agora.

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Há tempos que venho observando, de longe, os trabalhos de
grandes mestres daqui, do estado de Santa Catarina, como os do
fotógrafo e pesquisador Keler Lucas, do astrônomo Alexandre Amorim e
do arqueoastrônomo Adnir Antônio Ramos. E, através do estudo deles,
pude chegar ao conhecimento sobre a Pedra da Canaleta.
Nas fotografias registradas sobre ela, apareciam Adnir Ramos e seus
associados despejando água sobre o sulco na pedra, para mostrar como
o sol do solstício de verão poderia refletir-se sobre a superfície dela,
causando uma sensação visual de ligação entre o astro solar e o
pressuposto dólmen. Contudo, em algumas dessas fotografias, podia-se
observar que a canaleta, sulcada na pedra, não se alinhava com perfeição
aos raios solares do solstício. Fiz uma reconstituição com Int. Art. para
mostrar como era perceptível o desalinhamento com o sol (figura 1):

Figura 1
Quem leu meu primeiro livro, Decifrando os Petróglifos das
Ilhas de Florianópolis, já deve estar familiarizado com a teoria do
pesquisador Arthur Posnansky, segundo a qual, ao longo dos milênios, os
solstícios poderiam mudar de posição (ocorrendo mais à esquerda ou
mais à direita), devido ao efeito causado pelos Ciclos de Milankovitch.
Daí, nasceu a suspeita de que esse efeito pudesse estar provocando
aquele afastamento dos raios solares, que produziriam um brilho sobre
a superfície d’água, da linha formada pelo sulco, na Pedra da Canaleta.

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Poderia ser que os, milenarmente, antigos habitantes que
ajeitaram a pedra, houvessem, simplesmente, apontado a linha da
canaleta para onde nasce o sol, sem se importarem muito com as
dificuldades que teriam, em conseguir aquele efeito de reflexão dos raios
solares sobre a água despejada dentro do sulco da canaleta?
Lembra-se do que havia contado sobre o falso sol? Pois é,
também, nossos ancestrais teriam que se dar conta de que não bastaria
apontar uma linha pra onde fica a origem do nascer do sol e esperar que
um desejado fenômeno visual, do solstício, fosse ocorrer bem, através
dela. Devo supor que a direção do alinhamento deva ter sido planejada
com eficácia e a realização dela, no arranjo da canaleta, deva ter sido
conduzida com dedicada eficiência! E, se isto for correto, deve-se
proceder medições e cálculos a fim de determinar qual a provável
posição em que o sol nascia, para poder se alinhar à canaleta. Com esta
informação, poder-se-á estipular uma provável e aproximada datação
para o posicionamento do referido megálito.
Então, meio a contragosto, porque já se sabe que até mesmo
as fotos de satélite podem conter distorções, em relação à realidade do
terreno, tracei algumas linhas, a grosso modo, no mapa do Google Earth
Pro, e obtive o valor 119 graus (figura 2).

Figura 2

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Mas, veja só que coisa: atualmente, o sol nasce quase da
posição 117 graus, porém, o sol real só se firma a partir de,
aproximadamente, 116,5 graus ...
... não há, aqui, uma nítida diferença de menos 2 graus, de 118,5 a
116,5?!
Com esta informação, pude retroceder no tempo, no programa
astronômico Stellarium 0.15.2, até o momento em que o sol real
apareceria, em 118,5 graus e o computador apresentou a seguinte
resposta: - 9000 – 2 – 27 (figura 3).

Figura 3

E isto significa “dia 27, de fevereiro, do ano de 9.000aC”! Ou que, nesta


data, o sol do solstício de verão poderia alinhar-se de forma precisa com
a linha formada pelo sulco na Pedra da Canaleta.

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O mais interessante, nesta história, é que o valor encontrado se
aproximou, relativamente, bastante daquele outro, que havia
encontrado, ao pesquisar um possível alinhamento arqueoastronômico,
pré-histórico, entre os bonecos de pedra, da Praia de Itaguaçu - SC
(figura 4).

Figura 4

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2. QUEM FORAM ELES?

A resposta mais curta é “Não se sabe”. Mas, pode-se supor que


fossem paleonativos com intrigantes habilidades de mover grandes
rochas ou de esculpir em pedras. Pode ser que ainda tivessem convivido
com criaturas remanescentes da era pleistocênica (figura 5).

Figura 5

A verdade, mesmo, é que, em 10 mil anos, as coisas que


poderiam constituir evidências, de algo ter existido, podem haver se
deteriorado completamente. E ficam essas lacunas de
desconhecimento, suscitando dúvidas e a imaginação, além do silêncio
(e da censura velada) frustrante dos acadêmicos.

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3. ERAM RITUALISTAS?

Em resposta a minha prima Luiza Faveri, que perguntou-me se,


além das necessidades práticas, os antigos habitantes veriam um sentido
religioso nos megálitos e nos petróglifos, afirmei que sim, é plausível.
Depois que assisti, num vídeo do Youtube, ao pesquisador
Adnir Ramos levantando a suposição de que a Pedra da Canaleta pudesse
servir para imolação cerimonial, um calafrio percorreu-me a espinha,
principalmente porque, em meus próprios achados, havia encontrado
dólmens e canaletas semelhantes, que poderiam servir para tal. Todavia,
ainda tenho esperança de que fosse por algum outro motivo qualquer:
imagine, por exemplo, que fosse jogada água no sulco da Pedra da
Canaleta, para ela escorrer e derramar-se sobre um recém-nascido,
durante uma cerimônia de batismo. “I want to believe!”
A impressão que tenho é a de que os nossos ancestrais, não
apenas poderiam estar propensos a acreditar que os astros fossem
deuses, como, também, acreditassem que os solstícios e os equinócios
pudessem ser portais, que estabelecessem uma forma de ligação, ou de
passagem, entre o mundo físico e o espiritual. Como, de fato, pode-se
observar em dólmens funerários, que existem ao redor do mundo todo
e que apresentam algum tipo de abertura, que se volta para o nascer ou
para o pôr do sol, de um equinócio ou de um solstício.

(Dólmen na Rússia)
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4. EQUIVALENTE A MERCÚRIO

Após a minha descoberta, não de Kai Akanga Mirim, − pois ela


já era conhecida desde a época colonial, a tal ponto que a região inteira
do sudoeste da Ilha de Florianópolis era chamada assim − mas, de que
ela fosse um alinhamento megalítico apontado para o pôr do sol, do
solstício de verão, passei a perceber que a aparência daquela pedra à
cabeça de um pequeno macaco não era um fenômeno singular. Pois, foi
só graças a uma feliz coincidência, de haver encontrado uma fotografia
na galeria de imagens da internet, que pude identificar uma escultura
rupestre, numa rocha com aparência bizarra, que já havia encontrado
nas proximidades da Barra da Lagoa, sem, contudo, jamais, ter
conseguido compreender do que se tratava (figura 6).
Todavia, se a Pedra Caiacanga Mirim e a da Barra da Lagoa
tinham semelhança com sagüis, a do Parque Arqueoastronômico, no
Morro da Galheta, apresentava mais semelhança com mico-leões
(figura 7). Neste ponto, há que se perguntar se os paleo-habitantes da
nossa região cultuariam essas pequenas criaturas como animais
sagrados. Assim como os hindus adoravam a vaca, assim como os
minoanos adoravam o touro, assim como os egípcios adoravam o gato,
assim como os “hiperbóreos” adoravam o lobo, assim como os
habitantes de Lemúria deveriam amar os lemoris e os de Atlantis
deveriam amar os golfinhos, os mais antigos moradores daqui poderiam
considerar sagrados os amiguinhos da família Callitrichidae.

Nota: Kai Akanga Mirim é a expressão da língua nativa tupi-guarani que significa,
literalmente, “pequena cabeça de macaco”.

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Figura 6

Mercúrio, na mitologia romana, era um deus mensageiro e,


também, da venda e do comércio. Foi copiado do deus Hermes, da
mitologia helênica. E, para ser rápido, até possuía asas no capacete e
nos calcanhares. Muito ágeis, também, são esses macaquinhos. Os
nativos tupis e os guaranis os chamavam de Sakai , Kai significa macaco
e Sa significa agitado. Imagino que a velocidade de deslocamento desses
bichinhos, dentro das densas matas, possa ser invejável, ainda mais
considerando o tamanho deles. E, também, não é por nada que o
planeta que leva o nome de Mercúrio, se chama assim: é o planeta que
mais rapidamente surge e desaparece, pouco antes do sol nascer. Então,
se para os antigos habitantes, da região de Florianópolis, o sol fosse a
principal entidade divina, nada mais natural que o Sakai pudesse ser
tomado como o mensageiro das matas ao reino celestial.

Figura 7
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5. QUANDO HÁ PAREIDOLIA DEMAIS,
O ARQUEOASTRÔNOMO DESCONFIA

Trilhar pelos costões da Ilha de Florianópolis é passear em meio


a uma exposição de pareidolias rochosas. Pareidolia é, por exemplo,
uma criança achar que uma nuvem tenha a forma de coelho, quando a
forma dela, realmente, faz lembrar um coelho. Então, vejo coisas como
esta (figura 8) e fico a me perguntar se isto foi uma tentativa fracassada
de representação, ou se isto foi uma tentativa de representar que
deteriorou-se muito com o tempo, ou se isto é só “Just my imagination,
once again, running away with me”(The Temptations).

Figura 8

Por falar em The Temptations, as tentações são muito grandes


de se sair dizendo “É”, quando tudo que alguém, honestamente, poderia
afirmar a respeito seria “Quem sabe? Talvez, não”...
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Mas, com esta outra, aqui (figura 9), meu lado científico se perde e o meu
coração toma conta: − Só pode ter sido feito por “eles”! (Risos)

Figura 9

Vou voltar a falar sério agora. Não é brincadeira, seria muito


trágico abandonar uma prova científica apenas porque a estética dela é
rudimentar, extremamente paleolítica. Nem tudo são itacoatiaras de La
Grotte de Lascaux. Algumas vezes, pode ser uma lasca de pedra
aparentemente comum, mas que, nas mãos do professor de
antropologia Éric Boëda, “magicamente” se transforma numa prova de
que havia humanóides no Brasil pré-histórico, há 24.000 anos atrás,
utilizando instrumentos feitos de rocha!
Então, quem é mais científico? Eu que penso “pode ser” ou o
acadêmico que se apressa em desprezar a Pedra do Equilíbrio, de
Tubarão - SC, como um reles “curioso e natural acidente geológico de
intemperismo”?

Figura 10
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6. COINCIDÊNCIAS IMPROBABILÍSTICAS

Já me perguntaram sobre os extraterrestres, se haveria uma


“mão” deles nessas coisas que eu pesquiso. E respondi que é tão,
hipoteticamente, plausível, quanto uma casta de humanos “cabeçudos”,
superdotados, com inteligência ou consciência humana expandida, que
orientassem os povos primitivos a construírem coisas extraordinárias.
Pessoas muito inteligentes e sábias comandando massas de
pessoas primitivas, menos cultas e mais impulsivas, talvez demandasse
uma certa insensibilidade à crueldade, lembra um pouco os
behaviouristas e os ratos de laboratório.

Apesar das minhas descobertas terem um caráter tão


hipotético, não ficam tão longe da plausibilidade. O alinhamento
megalítico (antrópico) que suponho existir entre a Pedra Equilibrada
e a Pedra do Equilíbrio, por exemplo, não é mais extraordinário do
que o filósofo Erastóstenes calculando a circunferência da Terra, em
220 aC, com base na certeza de que a distância entre Siene e Alexandria
fosse de 800 km, aproximadamente (Figura 11).

Figura 11
Uau! Quem foi que andou a pé e contando os passos para medir isso aí?

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− 800 km! E a distância entre a Pedra Equilibrada, de Mariana
Pimentel- RS, à Pedra do Equilíbrio, de Tubarão - SC, é de 325 km.
Quantitativamente, parece-me muito mais fácil transcorrer uma linha
reta entre 325 do que entre 800 km, não é?
Então, não me parece abusivo estabelecer um dilema da
seguinte forma: Ou não é difícil para os antigos traçarem caminhos
retilíneos com mais de trezentos quilômetros ou a história de
Erastóstenes é mentirosa, tendo sido auxiliado, na verdade, por
alienígenas. (Risos)
Em contrapartida, viria a seguinte questão: Mas, e se tudo não
passar de coincidências improbabilísticas? Como, por exemplo, o
diâmetro aparente da lua ser, convenientemente, tão semelhante ao
diâmetro do sol nos eclipses totais. Como, por exemplo, as Pedras de
Peabiru estarem tão exatamente alinhadas com Machu Picchu . Como,
por exemplo, a pedra de Mariana Pimentel - RS estar orientada na
direção dos quatro supostos megálitos da região sudeste de Santa
Catarina. Então, respondo: Mas, e quando não for só coincidência?
Outro caso que merece atenção é o da crença de que os antigos
celtas da Inglaterra, os bretões, tenham construído uma imensa via
retilínea, conectando diversos pontos referenciais de localização,
templos, vilas, megálitos, morros, etc. Esta via teria 590 Km de extensão
e estaria alinhada com o nascer do sol do mês de maio (figura 12).

Figura 12
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Portanto, há, pelo menos, dois casos materiais e intrigantes que sugerem
que possa ser possível, que haja um megálito (na constituição exata da
palavra), em forma de mastodonte paleolítico (figura 13), direcionada
para algum outro, do estado de Santa Catarina. Porém, devo reconhecer
que tem sido muito difícil precisar este possível alinhamento, que, ao
contrário de muitos outros, apresenta uma misteriosa oscilação de
valores, cada vez que tento medi-lo, sobre as fotos dos satélites.

Figura 13

Outro motivo é a forma irregular da pedra de cima. Pode ser uma


armadilha do equívoco pedir a alguém que simplesmente meça a direção
da pedra com uma bússola, apontando para a região frontal dela. É
preciso considerar a pedra na integralidade dela e, para isso, imagens
feitas por drone poderiam auxiliar bastante.
Chamá-lo de mastodonte paleolítico é apenas uma metáfora?
E não apenas a Pedra Equilibrada, vocês verão, que a Pedra do Cavalo,
também lembra uma cabeça de mastodonte (figura 15).

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As pessoas, às vezes, esquecem que os pré-históricos da região
geográfica do Brasil conviveram com criaturas da megafauna, do final da
última era do gelo (Pleistoceno). Há itacoatiaras que mostram a
interação entre os humanos primitivos e essas criaturas: tatus gigantes,
preguiças gigantes, mammutídeos), camelídios, felinos extintos,
provavelmente capivaras gigantes, etc.

(Notiomastodon platensis e a Pedra Equilibrada)

Fiquei até preocupado em informar que havia “elefantes” no


Brasil pré-histórico, sem evidências mais ilustrativas, mas tive sorte,
graças aos pesquisadores colombianos, que, também, compartilham
uma parte significativa da Amazônia (figura 14).

Figura 14 – Petróglifo amazônico reconstituído,


digitalmente, por mim.
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Todavia, escolher a Pedra do Equilíbrio, como possível alvo, foi
mais uma decisão política, do que científica. Acontece que, bem no
início, todas as evidências pareciam apontar para a Pedra do Frade, de
Laguna - SC. Porém, mais tarde, outro pesquisador foi lá e obteve valores
muito à esquerda, que deixavam a entender alinhamentos com a Pedra
de Jararacuçu e, até mesmo, com a Pedra Fincada. Contudo, existe um
consenso: ela está direcionada, se não para um megálito específico, pelo
menos, para a região onde eles se situam!
E não apenas isto: curiosamente, a Pedra do Frade, a Pedra
Equilibrada e a Pedra do Cavalo (de Aceguá - RS) quase se situam numa
mesma ortodroma - ou geodésica (figura 15):

Figura 15 – Representação feita com a ajuda do programa GE Pro.


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Mas, apesar disto, não me incomodaria ter me enganado, se ela estivesse
apontando para a Pedra de Jararacuçu, de Gravatal - SC, pois ela,
também, é fantástica. Ela se chama assim, porque, em determinado
momento do dia, conforme o sol ilumina uma das faces da pedra, faz
parecer que a cabeça de uma víbora surja dela (figura 16).

Figura 16

E o que dizer do Ídolo de Garopaba - SC?


Aquilo, também é surreal (figura 17)!

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Figura 17

Independentemente, para onde a Pedra Equilibrada aponte,


com absoluta exatidão, tenho convicção de que este será o achado
arqueoastronômico mais importante da história deste país!

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POSFÁCIO

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vimos, nesta miniatura de livro, que recorrer à fantasias


mirabolantes, ou ao misticismo, para lidar com questões sem resposta, é
absolutamente dispensável. Não entendo por que algumas pessoas não
conseguem, simplesmente, conviver com os não-saberes. Parece até
pejorativo ser o sujeito da dúvida, aquele que suporta o não-saber sobre
o que não se tem condições de saber.
Também, há o sujeito da hipótese, que é aquele que pode
iniciar um processo de conhecimento a longo prazo, pois poderão
aparecer outros sujeitos, no futuro, com novas evidências, para somar
com o que já se tem, e, quem sabe, elevar a hipótese especulativa ao
patamar de teoria científica.
Reconheço que não tinha mais tanto a escrever quanto havia
imaginado e, em vez de desistir, achei melhor publicar este pequeno
tanto de páginas, pois assim, ficaria mais fácil, para juntá-lo mais tarde,
com o livreto anterior, num único só, dividido em duas partes.
Agradeço muitíssimo àqueles que me acompanharam desde o
início, desde o primeiro livro, inclusive, reconhecendo que haja alguma
importância nesta obra.

Gratidão!

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Este livro foi a seqüência de uma aventura que começou em Kai
Akanga Mirim! (Vide o livro Decifrando os Petróglifos das Ilhas de
Florianópolis)
Cabeça de macaco pequeno ou pequena cabeça de macaco:

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