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Agradecimentos/oferecimentos

Oferecemos todos os esforços e resultados desse trabalho à Suprema Consciência, à infinita fonte de luz e
estabilidade, substrato do ser, onde repousam todas as qualidades e manifestações. Oferecemos à Mãe
Divina, suprema Shakti, grande e infinito poder e força criativa que permite a existência de toda a
manifestação material com toda a sua diversidade de formas e atributos.

Oferecemos esse trabalho aos nossos mestres, faróis a iluminar nossas vidas e a nos apontar a direção da
plenitude. Um agradecimento especial ao Christopher Wallis que em seu grande empenho em resgatar as
origens das tradições tântricas, nos presenteia com jóias preciosas em forma de conhecimento e sabedoria.
Oferecemos a todos as (os) tantrikas, Yoguis e Yoguinis de todos os tempos e espaços que, geração após
geração, por tempo indeterminado, vem trilhando o caminho da plena realização do ser. Oferecemos este
trabalho também às nossas linhagens ancestrais do passado, do presente e do futuro.

Pedimos que nos perdoem e nos corrijam caso este trabalho apresente falhas e desvios da Verdade.

Fazemos nossos votos que todos os seres possam se beneficiar do que aqui oferecemos.

Om tat sat

A Massagem 5 Elements

A Massagem 5 Elements é inspirada nos fundamentos essenciais do Tantra. Ela é um processo em


co-criação o qual começou com o nosso treinamento em “massagens tântricas” (Yoni, Lingam e massagem
sensibilizadora) no Centro Metamorfose e na Humaniversidade - SP e em massagens ayurvédicas
(especialmente Abhianga e Marma). Porém, o aprimoramento da sua técnica se deu com o nosso
aprofundamento no estudo e prática do Tantra e com a graça de recebermos guias e instruções de
autênticos mestres, estudantes e praticantes do Tantra e do Yoga.

E o seu processo de co-criação continua, pois ela não é uma massagem rígida, dando espaço para a
intuição e a improvisação. A 5 Elements nos convida à escuta corporal. Quando você oferece a massagem
para alguém, você é convidado a escutar o que o corpo da pessoa e, também o que o seu próprio corpo, te
dizem. Intensidade, velocidade, pressão e posições corporais podem se adaptadas ao sabor único
produzido pela interação entre o receptor e o doador naquele momento.

Para aquele que está oferecendo a massagem, é importante estar conectado com o seu próprio corpo
e respiração. O estado de presença é essencial, atenção focada no que está sendo feito, bem como a abertura
e sensibilidade para escutar feedbacks daquele que recebe. Ao receptor cabe focar nas sensações do corpo,
conectar-se com a sua respiração. Ele pode utilizar movimento e som e oferecer feedbacks ao seu doador.
Quão mais preciso e conciso for o feedback, mais proveitoso para ambas as partes, evitando-se a fala
desnecessária e confusa. Assim, cada um que recebe e que aplica a 5 Elements é dela um co-criador, sendo
capaz de produzir uma experiência única.

Ainda que possuindo essa característica flexível, a 5 Elements possui uma base ou orientação clara
que são os cinco toques elementares (toques terra, água, fogo, ar e espaço). Esse curso é uma oportunidade
para você experimentar um pouco dessas qualidades de toque, enriquecendo seu vocabulário de toque e
sensações.
Sobre o Tantra

Tantra é uma palavra em sânscrito que se refere às escrituras que foram divinamente reveladas na
Índia por volta dos séculos VI e VII. Essas escrituras são inúmeras e cada uma delas apresenta um sistema
mais ou menos completo de práticas espirituais e uma co-relata visão de mundo. (Wallis, 2012). A
complexidade dessas práticas e visões de mundo aponta claramente que essas já vinham sendo
transmitidas oralmente por séculos antes de essas escrituras serem reveladas. Dividindo a palavra Tantra
em suas raízes verbais temos: “tan” = instrumento ou dispositivo, e “tra” = expansão. Assim, podemos
dizer que a palavra Tantra significa: instrumento ou dispositivo para se provocar a expansão. O que se visa
expandir? Awareness ou estado da consciência e a capacidade de desfrutar/apreciar a vida. O objetivo final
de todas as práticas tântricas é promover a liberação do ciclo de sofrimentos. Isso se dá não apenas pelo
entendimento, mas, pela profunda realização do que é a realidade e de que você não está separado dessa
realidade. Em essência você é a totalidade da vida, a consciência experimentando/expressando-se a si
mesma como um indivíduo separado.

Uma das características do Tantra que o diferencia das tradições do Yoga e de todas as outras
tradições/religiões influenciadas pela visão de mundo patriarcal é que para o Tantra o desfrute dos sentidos
(bhoga) não é antagônico à liberação espiritual (moksa). Isso pode parecer uma descarada apologia ao prazer
sensorial, mas, não se trata disso, trata-se da percepção não-dual de que tudo é sagrado e pode servir como
um portal para acessarmos o nosso verdadeiro estado de unidade. Para se utilizar o prazer como esse
portal é necessário o cultivo do estado de presença equânime diante das sensações agradáveis. Diga-se de
passagem, o mesmo serve para a exposição à dor e às sensações ou sentimentos desagradáveis. Quando
aprendemos a aceitar plenamente as sensações e sentimentos que nos acometem sem resistência ou apego,
entramos no relmo da eternidade onde não há passado nem futuro, mas, apenas o eterno agora. Não
estamos mais presos a nossas preocupações, ansiedades, frustrações ou medos que são resultados de nossas
experiências passadas não integradas.

Na visão de mundo do Shaiva Tantra não-dual apenas uma coisa existe: a Divindade em suas várias
permutações. Isso é o mesmo que dizer que tudo é Deus. Apesar de ser una, a divindade possui dois
aspectos ou qualidades eternos, o aspecto transcendente que é estável e imutável e o imanente que é
dinâmico e instável. O aspecto transcendental é chamado de Shiva e é personificado como uma divindade
masculina. Shiva representa a consciência em estado puro: não-pessoal, sem forma, que está além do que os
sentidos, a mente e o intelecto podem alcançar, mas, é a luz que ilumina e todos eles. Resumindo, Shiva é a
singular luz da consciência, o pacífico e quiescente estado de presença equânime. O aspecto imanente, por
sua vez, é chamado de Shakti. Imanente é tudo aquilo que é perceptível aos sentidos, à mente e ao intelecto.
Shakti é personificada como uma divindade feminina. Enquanto Shiva é estabilidade e imutável, Shakti é
movimento e instabilidade. Ela é tudo o que muda, a energia criativa e vital primordial que permite toda
forma de matéria sutil e grosseira se manifestar. Ela é o prana, nosso ar vital, o pulsar da vida, dos nossos
pensamentos e emoções, a ciclicidade e o dinamismo. Considerando esses dois aspectos, há duas possíveis
experiências da Divindade, a estática, a partir do voltar-se para dentro encontrando a quiescente e
transcendente base do seu ser, e a extática, na qual a natureza divina é expressa de forma criativa, dinâmica
e incorporada. Compreendendo que esses dois aspectos são indivisíveis e interdependentes, para os
tantrikas, ambas as experiências são necessárias para se conhecer a Divindade em totalidade e o equilíbrio
delas é a única liberação verdadeira.
Esse ponto de vista não-dual do Tantra aproxima-nos da possibilidade de vivermos uma
espiritualidade natural, corporal e engajada. A totalidade do Ser não é algo distante, inacessível, fora do
que o que está acontecendo agora em teu corpo e mente. Basta nos conscientizarmos disso e cultivarmos a
devida sensibilidade e disposição para entramos em comunhão com a Divindade em nós e em tudo o que
nos rodeia.

Do ponto de vista clássico, não são todas as tradições tântricas que possuem práticas sensuais. “Se
você examinar todas as literaturas do Shaiva Tantra, você verá que sexo por si é um tópico ausente.
Entretanto, existe um grupo de linhagens, a Kaula, que ensina práticas sensuais e possui o que podemos
chamar de uma visão “sexualizada” do mundo, percebendo a totalidade da realidade como sendo a união
harmoniosa e pulsantemente alegre de diversos conjuntos de opostos complementares. Nas fontes tântricas
originais, nós encontramos algumas técnicas para trabalhar com a energia sexual e utilizá-la para ativar a
kundalini, mas, não encontramos absolutamente nenhuma técnica física que vise o prolongamento do
orgasmo ou coisas do gênero. [...] Os rituais sexuais tântricos são primariamente um exercício meditativo e
não um exercício para a maximização do prazer” (Wallis, 2012, pp. 41, 42).

Essa passagem nos alerta para qual é a atitude adequada para se realizar a prática da massagem 5
Elements. Esta pode ser uma experiência muito prazerosa e extática, ao mesmo tempo, ela pode acordar em
nós memórias ou evidenciar nossos limites psicoemocionais. Portanto, recomendamos que a massagem seja
feita sempre como uma prática meditativa, na disposição de se contemplar toda e qualquer sensação que
surja e sem o propósito de se atingir a um fim específico. Essa atitude pode tornar suas experiências muito
mais ricas e proveitosas.

Para aprofundarmos um pouco mais na compreensão da visão de mundo tântrica, é essencial


conhecermos um pouco da cosmogonia tântrica. Segue um texto sobre isso inspirado nas aulas da
professora Sally Kempton a respeito de um dos principais livros do ShaivaTantra: o Vjnana Bhairava Tantra.
Esse livro é um diálogo entre Shiva e Devi, no qual o primeiro descreve para a sua amada consorte o que é
essa realidade oferecendo-a 112 práticas que levam os indivíduos, em diferentes estados de consciência e
com diferentes atributos, à realização da totalidade da existência. Antes de entrarmos no texto, cabe
aproveitar a referência ao Vjnana Bhairava Tantra para ressaltar algo muito sublime apresentado por esse
diálogo entre Shiva e Devi. Shiva está revelando toda a sabedoria espiritual para a sua amada consorte,
Devi, o que nos aponta para a forma como o conhecimento espiritual é revelado aqui: em um ambiente de
extrema intimidade criado entre dois amantes.

A história da criação cósmica segundo a visão tântrica

Esse texto se propõe a nos levar por uma jornada de reconhecimento da visão Saiva-Shakta tântrica
da criação desse universo e de como a suprema consciência, que é a origem de tudo o que existe, Se contrai
e Se manifesta como cada um de nós e tudo mais o que existe. Começamos essa jornada imaginando Shiva-
Shakti em perfeito estado de unidade e plenitude, descansando no eterno estado de bem-aventurança e
sabedoria, a suprema consciência com todo o Seu poder. Shiva olha para Shakti e reconhece nEla a si
mesmo. Shakti, em seu sublime êxtase e infinito poder de criatividade, deseja criar algo dentro de Sua
própria vastidão. Então, a Criação começa a se manifestar de Sua mente. Seu poder criativo é tamanho que
apenas ao imaginar a Criação, todo o universo se manifesta. O universo se manifesta dentro da consciência
divina Shiva-Shakti. Assim como uma ideia se forma dentro da nossa imaginação.
Trazendo isso para o auto-reconhecimento, você e eu replicamos esse processo sempre que criamos
algo em nossa mente. Por exemplo, pare agora por um instante, feche seus olhos e imagine uma cadeira em
sua mente. Você pode imaginá-la de qualquer maneira, uma cadeira de madeira, plástico, metal, pequena,
grande, com qualquer formato. Agora, perceba de qual material essa cadeira é feita. Daí, você
provavelmente responderá: de madeira, ou plástico, etc. Mas, a verdade é que essa cadeira é feita de
partículas de energia da consciência, ela é feita de mente. Agora, se você tiver as habilidades e os recursos
para construir essa cadeira, ela poderá se manifestar em matéria.

Porém, o poder criativo de Shakti é tão supremo, que Ela não precisa construir o universo tal qual
nós precisamos construir uma cadeira no nosso nível de realidade. É como se a mente de Shakti fosse tão
intrinsecamente criativa que Ela pode manifestar o universo simplesmente por imaginá-lo. Como está
descrito no texto tântrico Pratyabhijna Hrdayam: “A Suprema consciência, Shakti, do seu próprio livre
arbítrio, manifesta o universo na tela que é a Sua própria mente divina”.

E, à medida que Shakti imagina esse universo, Ela literalmente o imita. Ela manifesta o universo a
partir de Seu próprio Ser enquanto Ela permanece nesse Ser. Esse processo é chamado em sânscrito de
virsaga, que significa emissão. A metáfora que é utilizada para entendermos esse processo de emissão é a da
aranha que tece a sua teia a partir do seu próprio corpo. Através do Seu poder de encobrimento, em
sânscrito chamado, Maya, palavra que significa literalmente, medida, Shakti esconde a Sua vastidão, se
comprimindo dentro de milhões e milhões de átomos de consciência. Nas palavras de Sally Kempton: “A
vastidão da grande luz, que é inseparável de Si mesma, que é preenchida de potência, de amor e liberdade
indestrutível, de repente Se torna um número infinito de almas/consciências contraídas. Então, o ilimitado
se torna indivíduos limitados - como o meu guru costuma falar - chorando pelo medo da morte, sofrendo
da ilusão de que o amor está fora e de que para ser feliz precisa adicionar algo a si, e vendo o mundo como
algo duro, difícil e amedrontador na esperança de que o divino seja algo separado desse mundo”.

E, nesse processo, é dito que Shakti chora, talvez pela saudade de seu estado de completude ou
talvez pelo êxtase dessa dança na qual Ela está entrando. E o Seu choro surge como o “om”, a grande
vibração sonora que ressoa no universo como a pulsação energética primordial que se tornará o pulso da
energia física e material. É como se o “om” fosse o big-bang sutil, o som a partir do qual o big-bang físico
ocorre, e então, um infinito campo de energia e informação é criado, a partir do qual os planetas e toda a
forma de vida vão se originar.

Esse laboratório sutil, “om”, continua a ressoar infinitamente na matéria, vibrando no espaço como o
sutil “ham” que podemos detectar na nossa respiração, presente nas ondas magnéticas, fundamentalmente
pulsando dentro dos seres vivos como a força vital, o prana-shakti, no ritmo da respiração, que literalmente,
inspira a vida dentro do nosso corpo, inspira a vida na superfície da Terra e cria os elementos do mundo
sutil e físico.

Shakti transforma o Seu infinito poder criativo em uma forma menos sutil, que em sânscrito é
chamado de prana ou força vital. Então, através do prana, Ela se torna o espaço, o movimento (ar), o
aquecimento (fogo), a liquidez (água) e a solidez (terra) - usando os termos ancestrais para os elementos – e
Ela encobre a Si mesma dentro desses elementos da matéria. Ela se torna o espaço através do qual os
planetas se movem, Ela se manifesta como o ar que forma a nossa atmosfera, como a solidez que estrutura
nosso corpo físico. Nós vemos traços dEla na inteligência organizacional dentro das células. Então, Ela
literalmente nos respira como a força vital, Ela dá vida aos nossos sentidos, projeta a Sua manufatura
através dos nossos olhos, ouvidos e pela interpretação das nossas mentes. Ela coroa a nossa consciência
com pensamentos e percepções e, dessa maneira, o Seu poder cósmico criativo está constantemente criando
novas formas, expandindo em vida.

Os 36 tattvas ou categorias da existência

O sistema de tattvas – categorias da existência – nos ajuda a compreender os diversos níveis da


realidade de uma maneira multidimensional. Esse sistema traz uma descrição do caminho a partir do qual
a energia espiritual/consciência em estado puro (Shiva tattva), vai ganhando atributos/qualidades e forma
para se manifestar e se experimentar em matéria. Para o Shaiva Tantra existem 36 categorias da existência
que vão dos aspectos mais transcendentes até os mais imanentes, ou vice-versa. Você pode acompanhar
cada um deles na tabela abaixo:

0S 36 TATTVAS (CATEROGIAS DA EXISTÊNCIA)

0) Atattva: para além de todas as categorias, a Realidade Absoluta

5 SUDDHA TATTAS ( ENERGIA ESPIRITUAL PURA)


1) Shiva tattva: Parasakti-Nada (Sat-cit-ananda, pura consciência)
2) Shakti tattva: energia, amor
3) Sadasiva tattva: o poder da revelação (Sadasiva)
4) Isvara tattva: o poder do encobrimento (Mahesvara)
5) Saddhavidya tattva: puro conhecimento, os poderes de dissolução (Rudra), preservação
(Vishnu), e criação (Brahma)

7 SUDDHASUDDHA TATTVAS (ENERGIA ESPIRITUAL MAGNÉTICA)


6) Maya Tattva :
7) Kala tattva: tempo
8) Niati tattva: karma (ação e reação)
9) Kalaa tattva: criayividade, aptidão
10) Vidyaa tattva: conhecimento
11) Raaga tattva: apego, desejo
12) Purusha tattva: a alma condicionada pelos 5 tattvas anteriores

24 ASUDDHA TATTVAS (ENERGIA MEGNÉTICA GROSSEIRA)


13) Prakriti: natureza primordial
14) Buddhi tattva: intelecto
15) Ahankara tattva: ego externo (senso de separação)
16) Manas tattva (mente instintiva)
17) Strotra tattva: ouvir (ouvido)
18) Tvak tattva: tato (pele)
19) Chakshu tattva: visão (olho)
20) Rasana tattva: paladar (língua)
21) Ghrana tattva: olfato ( nariz)
22) Vuuk tattva: fala (voz)
23) Paani tattva: segurar (mãos)
24) Paada tattva: andar (pés)
25) Paaya tattva: excreção (ânus)
26) Upasha tattva: procriação (genitais)
27) Saabdha tattva: som
28) Sparsa tattva: sentimento/ palpation
29) Rupa tattva: forma
30) Rasa tattva: gosto
31) Gandha tattva: odor
32) Aakasa tattva: éter/espaço
33) Vayu tattva: ar
34) Tejas tattva: fogo
35) Aapas tattva: água
36) Pritavi tattva: terra

O sistema de tattvas é como um mapa da experiência da realidade pelo ser consciente. Ser capaz de
contemplar e integrar a experiência cada um desses níveis é a experiência da totalidade do Ser em si, é o
estado de presença equânime e indiviso.

Os 5 Elementos

Os cinco primeiros tattvas (terra, água, fogo, ar e espaço) são os grandes elementos da materialidade,
chamados de pancha maha-bhutas. Na visão do Tantra, o mais grosseiro ou material não é mais baixo ou
menos importante do que o mais sutil ou transcendental. Na verdade, o primeiro tattva (terra) é
considerado o mais completo por ser o nível da realidade no qual todos os outros tattvas estão
completamente manifestos em forma e atributo. No topo da hierarquia (shiva-tattva) todos os princípios
estão presentes potencialmente, enquanto na base da hierarquia (terra tattva) todas essas potencialidades
inerentes à Divindade estão plenamente expressadas em matéria.

Não apenas para o Tantra, mas, também na Ayurveda (Ayur= vida + veda= conhecimento) os
funcionamentos do corpo e da mente humana estão integralmente fundamentados na teoria dos cinco
elementos básicos: espaço (ou éter), ar (ou vento), fogo, água e terra. Para a Ayurveda tudo no universo é
formado a partir destes elementos, tal como o ser humano, as plantas e os alimentos. O homem é
considerado o microcosmo da natureza, uma vez que os cinco elementos básicos presentes em toda a
matéria existem também dentro de cada indivíduo. A proporção na qual cada um desses elementos está
presente nos indivíduos é o que origina os diferentes biótipos ou doshas da Ayurveda. A teoria dos doshas
serve como fundamentação para todas as práticas terapêuticas e estudos da Medicina Ayurvédica.

A tabela abaixo apresenta como os elementos podem ser relacionados com determinadas
qualidades, formas, sons, etc.
TERRA ÁGUA FOGO AR ESPAÇO
QUALIDADES Enraizamento Fluidez, Aquecimento, Expansividade, Vastidão,
, estabilidade, acolhimento, energização, criatividade, completude,
centramento limpeza transformação leveza, integração,
(especialmente , libido e dispersão comunicação
emocional) digestão
SENTIDO cheiro paladar visão tato audição
FORMA

BIJA MANTRA Lan Van Ram Yam Ham


INSTRUMENT percussão Cordas e metais sopro coral
O MUSICAL teclados

Propósitos e benefícios da massagem 5 Elements

A 5 Elements proporciona tanto a quem está recebendo como a quem está doando a possibilidade
de se conectar profundamente com o seu próprio corpo e com o corpo da outra pessoa, com o fluxo da
nossa criatividade, vitalidade e prazer. Cada tipo de toque nos permite conectar com as qualidades de cada
elemento em nós. Ela nos ajuda a dissolver bloqueios e tensões acumuladas, traumas e emoções
estagnadas. Nos lugares onde haviam contrações, podemos experimentar expansão, a ausência de
sensações em determinadas partes do corpo vai cedendo lugar ao aflorar da sensibilidade, a solidez
do corpo se dissolve, atenua-se os limites entre os corpos e entre o corpo e o espaço. Pode-se celebrar do
prazer de ter um corpo que vibra em dinamismo e vitalidade.

Alguns benefícios que a massagem 5 Elements pode proporcionar:

1. amolecimento das couraças (armaduras ou mecanismos de proteção) e do enrijecimento muscular;

2. profundo relaxamento e alívio de tensões;

3. centramento e equilíbrio emocional;

4. sensibilização sensorial ou aprimoramento das percepções sensoriais;

5. aumento da auto-estima, da capacidade de apreciar o próprio corpo e de se entregar ao prazer


sensorial;

6. criação de novas sinapses de prazer;

7. desenvolvimento da capacidade orgástica1;

1Diversos estudos clínicos comprovam que de 1 a 3% dos casos de anorgasmia se devem a causas orgânicas como doenças
ginecológicas, neurológicas ou endócrinas. Portanto, a grande maioria das pessoas sofrem de anorgasmia devido a bloqueios de
caráter psicológico ou cultural.
Na nossa percepção, esses benefícios e outros podem ser mais plenamente desfrutados quando
adotamos a correta atitude ao aplicar e ao receber a massagem. Para nós isso significa tomar a massagem
como uma prática espiritual que nos ajuda a nos conectarmos com a sabedoria de nossos corpos.

Atualmente existem inúmeros métodos terapêuticos e, certamente, todos eles têm o seu lugar e
valor. Porém, uma pessoa pode permanecer eternamente em busca de terapias querendo aperfeiçoar este
ou aquele aspecto de sua personalidade ou para curar este ou aquele trauma ou sintoma sem que encontre
o cerne de todas as neuroses e doenças.

Na visão não-dual do Tantra este cerne consiste na profunda “crença” de que somos incompletos e
imperfeitos, ou, algo separado e diferente da Divindade. Esta “crença” é a forma mais fundamental de
ignorância e nos faz experimentar extremo sofrimento uma vez que não nos permite experimentar a
realidade, ou seja, acessar a plenitude que é a nossa natureza eternamente livre e bem-aventurada.

Observe que usamos a palavra crença entre parênteses. Há aí um ponto de extrema importância a
ser destacado, essa “crença”, chamada no Tantra de anava-mala, “não é uma construção mental programada
dentro de nós pela sociedade” (Wallis, 2012, p. 151) (por mais que podemos considerar que a nossa
sociedade reforce essa crença). “Ela é o limitado senso de individualidade que torna possível todo o
processo de formação de pensamentos-formas dualistas. Portanto, não se trata apenas de uma construção
mental, esse senso de incompletude não pode ser contraposto simplesmente pela adoção da crença oposta –
a crença de que você é completo e perfeito -. Você precisa ter uma experiência real de purnata - plenitude,
completude, perfeição divinal - profundamente dentro do seu ser” (Idem). Quão mais freqüente e poderosa
for essa experiência, ela desloca o senso de incompletude e se torna o ponto de referência de quem você é.

Trocando toda essa filosofia em miúdos: do ponto de vista não-dual aqui apresentado, a maneira
efetiva de nos livrarmos de qualquer forma de sofrimento é termos a profunda experiência da nossa
verdadeira natureza de plenitude, consciência e bem-aventurança.

Essa experiência, chamada no Tantra de Saktipata, pode ocorrer de inúmeras maneiras, não há um só
método existente que assegure ao indivíduo acessá-la. Porém, as tradições do Tantra e do Yoga existem
exatamente para nos auxiliar nesse processo.

O nosso objetivo ao aplicar e ensinar a massagem 5 Elements é que ela seja realizada como uma
prática espiritual e sensorial que auxilie as pessoas a acessarem sua natureza essencial e também
fortalecerem sua integridade pessoal. Lembremos que, como já foi dito, na visão do Tantra o desfrute dos
sentidos (bhoga) não é antagônico à liberação espiritual (moksa), portanto, não há contradição entre acessar a
totalidade da nossa natureza original e, ao mesmo tempo, fortalecer nossa integridade pessoal. Porém,
ressaltamos que, se você focar apenas no segundo, isso não lhe garante acessar a felicidade plena (ananda)
que é incondicional e vem do real reconhecimento que não estamos separados da existência plena. Porém,
se o seu foco está nesse reconhecimento, o mesmo, mais cedo ou mais tarde, lhe levará ao desenvolvimento
de qualidades pessoais que permitem que você viva com integridade em todos os aspectos de sua vida.

Aplicando a Massagem 5 Elements

1) Preparação do ambiente
Devido às posições corporais, o local mais apropriado para a realização dessa massagem é no chão.
Porém, se para você for muito desconfortável, ela pode ser feita em mesa de massagem.

1.1)Materiais necessários:

 Futon, colchonete ou edredons para forrar o chão

 Lençol e toalha que possam sujar de óleo

 Óleo vegetal puro (recomendamos de coco, semente de uva ou amêndoa)

1.2)Materiais secundários:

 Aquecedor de ambiente (no caso de estar frio é muito bem vindo)

 Óleos essenciais para serem adicionados ao óleo vegetal. Os óleos essenciais não devem ser
aplicados nos genitais (pode dar reações alérgicas). Portanto, caso você opte por utilizá-los, no
momento da massagem genital, você deve limpar sua mão e ter uma parte do óleo vegetal puro à
disposição.

É recomendável que você assente um altar no qual você pode colocar algo para representar cada
elemento. Você também pode colocar seus próprios objetos ou imagens sagrados que inspiram a sua
devoção e feminilidade. Seguem a lista de alguns objetos que podem representar os elementos:

 Terra: flores ou pedras

 Água: jarra ou copo de água, também pode estar presente com uma planta

 Fogo: velas

 Ar: incenso

É também muito benéfico que se tenha uma música ambiente. Podem-se selecionar músicas que
tenham a predominância dos instrumentos que estimulam a cada elemento.

2) Estabelecendo os acordos e intenções

Todo o nosso corpo, pensamento e emoções são Shakti, energia em movimento, portanto, estão em
constante transformação. Antes de iniciar a massagem é muito importante tomar um tempo para
escutar da pessoa que será massageada como ela está se sentindo física, mental e emocionalmente,
no que ela gostaria de trabalhar durante a massagem e se há alguma intenção. Também é
fundamental perguntar se há alguma restrição quanto ao toque, alguma área do corpo que não quer
ser tocada, ou algum tipo de toque que não queira receber. Se houver alguma limitação da sua parte
é importante que isso também seja dito, de forma que os acordos sejam estabelecidos antes do início
da massagem. Um espaço sagrado é um espaço seguro no qual todos os envolvidos sentem-se a
vontade para expressar suas necessidades e desejos. Clarear os limites e intenções de cada um é
fundamental para isso.

3) Os toques elementares

2.1) Toque terra

O toque terra deve trazer relaxamento e centramento. É a oportunidade de liberar as tensões do


corpo, e “assentar” a energia e a mente da pessoa em seu próprio corpo, preparando-a para que sua
energia possa fluir mais livremente e para receber os toques mais íntimos. O relaxamento é essencial
para a regulação dos hormônios e é um passo indispensável antes do estímulo sexual quando se
visa, através desse, atingir estados mais profundos de sensibilização e consciência. Onde há tensão,
não se tem atenção.

No toque terra utilizamos um toque firme, pressão com os dedos, com os punhos, palmas das mãos
e cotovelos, à semelhança do Shiatsu, porém, utilizamos também óleo para o deslizamento - assim
como na massagem Ayurvedica (Abhyanga).

Recomendamos começar com a pessoa sentada. Antes de colocar óleo nas mãos, massageie a cabeça.
Você pode utilizar as pontas dos dedos para massagear todo o coro cabeludo, como que aplicando
shampoo. Você pode segurar mechas de cabelo um pouco firme e puxá-las gentilmente. Massageie
também a face, orelhas e o pescoço (apóie a testa com uma mão e massageie com a outra). Realize
pressão com os dedos polegares ao longo da linha dos ombros.

Aplique óleo com a pessoa ainda sentada em toda a coluna, aproveite para relaxar bastante os
ombros, você pode usar seu antebraço e cotovelo para isso. Pode também fazer movimentos
circulares na base da coluna – cóccix-, seguidos de um deslizamento ascendente ao longo da coluna.
Massageie os braços (movimentos circulares nas articulações e apalpamento ao longo dos braços),
dorso e palmas das mãos, puxe os dedos.

Faça com que a pessoa deite-se com a barriga para baixo e comece pelos pés. Massageie todo o pé
com pressão, utilizando seus dedos polegares, podem-se utilizar também os nódulos dos dedos e o
cotovelo. Massageie o tornozelo e o calcanhar com movimentos circulares, a planta dos pés com as
pontas dos dedos. Não se esqueça de puxar a energia até os dedos dos pés.

Aplique óleo nas pernas e nádegas realizando deslizamento com pressão de dentro para fora ao
longo de toda a perna. Massageie separadamente panturrilha, joelhos e parte traseira da coxa. Na
região atrás do joelho devem-se realizar movimentos circulares sem muita pressão. Realize
movimentos circulares nas nádegas, pode utilizar pressão com o polegar e também o cotovelo.

Massageie toda a coluna. Massageie o entorno das vértebras pressionando seus dedos polegares
formando pequenos círculos ao redor de cada vértebra– movimento ascendente. Pode repetir o
mesmo movimento mas com os dedos indicador e médio em forma de gancho. Faça círculos
grandes em toda a região das omoplatas.
Termine realizando três deslizamentos contínuos no corpo todo: começa pelos pés, sobre pelas
pernas, nádegas, coluna, ombros e desce pelos braços até as mãos, volta pelas mãos e desce até os
pés.

2.2) Toque água

O toque água visa trazer fluidez emocional2, transmitir afeto e acolhimento. Para isso, devemos
utilizar deslizamentos longos, fluídos e contínuos (sem interrupção). É fundamental começar com
movimentos muito lentos, isso exige atenção dando-lhe a possibilidade de estar mais presente a
cada contato. A pressão deve ser variável, ora mais forte, ora extremamente suave, surpreendendo
o corpo.

Todo o corpo da pessoa deve ser acolhido em seus braços. Além das mãos e dos braços, você pode
utilizar outras partes do seu corpo. Assim como a água toma a forma da superfície com a qual ela
entra em contato, da mesma forma, a parte do seu corpo que entra em contato com o corpo da outra
pessoa modela-se a este.

Você pode começar com a pessoa ainda deitada de costas. É possível também fazer com a pessoa na
posição de 4 apoios. Uma vez que ela esteja nessa posição é possível você sentar-se entre as pernas
dela e ajeitá-la deitada de costas no seu colo (o períneo dela ficará em contato com o seu abdômen –
chakras Mooladara e Swadhistana). Esta é uma posição bem erótica que promove um grande fluxo
de energia entre vocês. Nessa posição você tem acesso simultaneamente á parte superior e inferior
do corpo.

Peça para a pessoa se virar em um dos lados. Assegure-se que a sua perna inferior fique esticada e a
superior dobrada (dando-lhe acesso a parte interior da coxa inferior) e que o braço superior esteja
levantado em direção à cabeça (dando-lhe acesso a toda a lateral do tronco e à axila). Passe uma

2Note que para o Tantra, o nosso centro emocional é também o centro sexual. Nossas emoções estão diretamente relacionadas
com a forma como lidamos com nossa sexualidade.
mão pelo meio das pernas e faça movimentos circulares e ascendentes em todo o tronco, com uma
mão na frente e a outra atrás começando pelo sacro e baixo ventre.

Peça para que ela se vire do outro lado e procure repetir mais ou menos os mesmos movimentos.

Peça para que ela se vire de frente. Posicione-se sentado (a) no centro do corpo da pessoa com as
pernas dela descansando em seu colo. Novamente você pode acessar simultaneamente desde os
ombros até os pés. São bem-vindos movimentos circulares no sentido horário no abdômen e uma
boa massagem em todo o tórax, seios e entorno com um pouco mais de pressão.

2.3) Toque fogo

O toque figo visa principalmente despertar a libido e energizar o corpo. Podemos começar com
deslizamentos semelhantes ao do toque água, porém, com um pouco mais de velocidade e
movimentos predominantemente ascendentes. Isso ajudará a ascensão da energia. E, então, pode-se
aplicar a massagem genital.

É importante sempre começar a tocar o genital com movimentos suaves e lentos e respeitar os
limites tanto de quem está recebendo quanto de quem está fazendo.

A massagem genital não necessariamente deve levar ao clímax. Tanto para a mulher quanto para o
homem, pode ser muito benéfico receber o estímulo genital sem a intenção de atingir o clímax.
Quando recebemos o toque genital de forma mais lenta e sem objetivar ao clímax, podemos
desenvolver a capacidade de reter mais energia em nosso corpo e também desenvolver mais
sensibilidade.

Se for do desejo de ambos provocar mais excitação, aos poucos se pode incluir mais velocidade e
pressão nos movimentos.
Yoni Massagem:

Comece com uma reverência à Yoni (portal da vida) colocando suas duas mãos apoiadas sobre ela.

Coloque bastante óleo em suas mãos e faça deslizamentos ascendentes, suaves e lentos desde o
períneo até a púbis. Uma mão depois da outra.

Com os dedos polegares faça deslizamentos contínuos de subida e descida ao longo de toda a parte
externa dos grandes lábios.

Massageie os grande lábios formando uma pinça com o dedo indicador e o polegar (mão oposta ao
lado massageado). O indicador fica em contato com a parte interna e o polegar com a parte externa.
Faça deslizamentos contínuos descendo e subindo ao longo de todo o grande lábio.

Com os dedos ainda em pinça deslize-os formando pequenos movimentos circulares, subindo e
descendo ao longo dos grandes lábios de forma contínua.

Repita os mesmos movimentos nos pequenos lábios (normalmente eles são mais delicados,
portanto, o toque pode ser mais suave).

Use o dedo indicador e o polegar de uma das mãos para abrir os grandes lábios expondo a clitóris.
Comece a estimular o clitóris com movimentos circulares e suaves em cima do prepúcio do clitóris
com o dedo indicador ou o polegar da outra mão.

Formando uma pinça com o indicador e o polegar segure suavemente o prepúcio do clitóris entre
seus dedos e faça deslizamentos contínuos ascendentes e descendentes sentindo o clitóris escorregar
entre seus dedos.

O mesmo movimento pode ser repetido, porém, puxando o clitóris para frente e para trás.

Nesse momento pode-se inserir o dedo indicador dentro da vagina (não é necessário inserir mais do
que a metade do dedo). Para a maioria das mulheres a zona de mais sensibilidade, conhecida como
ponto G, está na parte anterior da vagina próximo ao osso púbico. Para estimular essa região é
necessário fazer movimentos levantando o dedo na sua direção (como chamando alguém). Esse
estímulo só deve ser realizado caso haja abertura da vagina. Jamais se deve forçar para inserir o
dedo. Caso haja maior abertura, pode-se acrescentar a introdução do dedo médio.

O estímulo simultâneo do Ponto ,G com uma mão, e do clitóris, com a outra, pode ser
extremamente excitante e prazeroso.
Lingam Massagem

Inicie com uma reverência ao Lingam, ao seu masculino e virilidade acolhendo-o com suas duas
mãos (uma em cima e outra embaixo).

Para o fortalecimento do músculo do períneo, massageie essa região usando a parte da sua mão
entre seu indicador e o polegar puxando os testículos para cima.

Coloque bastante óleo em sua mão, acolha o Lingam com uma mão e com a outra faça
deslizamentos contínuos subindo e descendo.

Puxe o prepúcio com uma mão, firmando-a na base do Lingam, com o dedo indicador da outra mão
faça círculos ao redor da glande.

Mantenha a mão firme na base e, com a outra, forme um anel com o os seus dedos indicador e
polegar (este fica voltado para baixo) faça círculos ao longo de toda a circunferência da glande.

Repita o mesmo movimento usando os cinco dedos.

Vire o polegar da mão superior para cima e faça movimentos de rotação com as duas mãos ao
mesmo tempo (direções opostas).

Passe óleo em todo o seu anti-braço. Mantenha uma mão firme na base usando apenas o indicador e
o polegar, e, com a outra mão, improvise movimentos explorando diferentes possibilidades de
contato entre suas mãos e braços e o Lingam.

Mantenha uma mão anelando firmemente a base, aponte os dedos da outra mão para baixo realize
um deslizamento rotacional contínuo em toda a extensão da haste (gira-desce-gira-sobe).

Repita o mesmo movimento, porém, com os dedos virados para o lado (dedo polegar para baixo).

Caso ele não tenha tido ejaculação, é muito bem-vindo terminar a massagem pressionando o
períneo ao mesmo tempo em que ele respira profundamente mantendo os pulmões cheios e contrai
todos os músculos do corpo energeticamente. Ao soltar o ar de uma vez só, você libera o períneo.
Repetir 3X. Essa prática ajudará a espalhar a energia acumulada no períneo para o restante do
corpo.

2.4) Toque ar

O toque ar visa expandir a capacidade sensorial da pele que é desperta por um estímulo
extremamente sutil, leve e delicado. Todo o toque deve ter essas características, além de ser
contínuo. Para surpreender o corpo, é importante utilizar variações de padrões de movimentos
(simétricos e assimétricos) e velocidade (não recomendamos que seja muito rápido).

Caso você já tenha aplicado os outros toques, você pode fazer apenas na frente do corpo como uma
finalização. Uma vez que o corpo já foi relaxado, acolhido e energizado pelos toque anteriores, o
toque ar vem espalhando as sensações, hormônios e energia pelo corpo, ativando a bioeletricidade
do corpo a qual pode provocar espasmos musculares. Você pode fazer também nas outras posições
do corpo (costas e lados).

2.5) Toque espaço

O toque espaço é um toque de integração, é quase um passe energético e uma oportunidade para
concluir a massagem transmitindo suas bênçãos e seus melhores desejos ao receptor.

Iniciamos colocando uma mão sobre o períneo e a outra sobre o topo da cabeça. A mão que estava
no períneo vai subindo para cada chakra. O toque deve ser feito apenas com um dedo de forma
muito suave e deve ficar por alguns segundos em cada chakra. Pode-se associar o toque com o bija-
mantra correspondente a cada chakra (olhar a tabela na sessão Os 5 Elementos).

Agradecimentos:
Agradecemos pela oportunidade de compartilhar os conhecimentos, dons e experiências que nos foram
oferecidos.

O nosso profundo desejo é que essa partilha possa apoiá-lo em seu processo de auto-descoberta, expansão
e sensibilização.

Que você desfrute mais e mais da sua natureza sat-cit-ananda (plena de verdade, consciência e bem-
aventurança)!

Om Tat Sat!

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