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DESENHO TÉCNICO

Unidade 3 - Vistas, cortes e cotagem

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UNIDADE 3

OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:

> Conhecer as vistas


usadas no desenho
técnico.
> Identificar e
interpretar cortes e
seções.
> Compreender as
regras e os elementos
de cotagem.

Todos os direitos reservados.

Prezado(a) aluno(a}, este material de estudo é para seu uso pessoal, sendo

vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, venda,

compartilhamento e distribuição.

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3 VISTAS, CORTES E COTAGEM

INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará vistas (principais e auxiliares), cortes e cotagem de um
desenho técnico, demonstrando os elementos e suas regras. A representa-
ção é feita pela projeção ortogonal, resultando em seis vistas principais, mas
geralmente três dessas (frontal, lateral esquerda e superior) já são suficientes
para representar a maioria dos objetos.
Porém, objetos com características especiais em vistas ortogonais não produ-
zem bons resultados, pois há linhas que impedem sua compreensão e uso, o
que, consequentemente, pode dificultar sua fabricação ou construção. Logo,
em tais situações, empregam-se as vistas auxiliares.
Alguns objetos precisam que a parte interna seja detalhada, ou por ser muito
complexa, ou por conter partes ocultas. Para isso, utiliza-se o processo de
corte, que é um recurso imaginário para tornar clara e legível o interior ou as
partes ocultas.
Você ainda aprenderá como representar as informações das medidas ou
dimensões do objeto, cujos elementos de cotagem são empregados para
entendimento do objeto representado e execução do projeto da forma correta.

3.1 VISTAS PRINCIPAIS


Pode-se representar um objeto tridimensional em um plano bidimensional
através da projeção ortogonal, adotada pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT). Para evidenciar a terceira dimensão, é necessária uma
segunda projeção, em que o desenhista observa a peça de frente, por cima,
pelas laterais e por baixo.
Assim, essas representações são denominadas vistas ortogonais: vista frontal
(ou principal, sempre a mais representativa, vide Figura 1), vista superior, vistas
laterais esquerda e direita, vista inferior e vista posterior.

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FIGURA 1 – SÍMBOLO PARA REPRESENTAR O PRIMEIRO DIEDRO

Fonte: Cruz e Morioka (2014).

É fundamental conhecer os sistemas para a leitura


de materiais oriundos de todos os países: além do
Brasil, o primeiro diedro também é comumente
utilizado em grande parte da Europa. Enquanto
nos Estados Unidos, no Canadá, na Inglaterra e no
Japão, o uso do terceiro diedro é o mais difundido.

As posições das vistas do primeiro diedro devem ser as seguintes:

Vista frontal (A) - referência, toma como frente o lado do objeto que
melhor define a sua forma.

Vista superior (B) - abaixo da vista frontal.

Vista lateral esquerda (C) - à direita da vista frontal.

Vista lateral direita (D) - à esquerda da vista frontal.

Vista inferior (E) - acima da vista frontal.

Vista posterior (F) - à direita da vista lateral esquerda – normalmente


é utilizada esta posição – ou à esquerda da vista lateral direita.

Na prática, escolhe-se como a face frontal aquela de maiores dimensões e/


ou que tenha a maior quantidade de arestas visíveis nesta face. Na Figura 2,
observe a indicação das vistas no objeto a ser representado.

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FIGURA 2 – INDICAÇÃO DAS VISTAS EM UM OBJETO

Fonte: Adaptada de Cruz e Morioka (2014).

Já na Figura 3, veja a representação na projeção no primeiro diedro.

FIGURA 3 – REPRESENTAÇÃO DO OBJETO DA FIGURA 2 PELA PROJEÇÃO NO PRIMEIRO


DIEDRO

Fonte: Cruz e Morioka (2014).

Quanto mais complexa for a forma do objeto, maior será o número de vis-
tas necessárias para representá-lo no plano. Porém, deve-se buscar o menor
número de vistas possível para a representação.

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3.2 VISTAS AUXILIARES


Devido às características especiais de alguns objetos, não é possível que os
planos fiquem paralelos aos planos das vistas ortogonais, ocasionando difi-
culdade de compreensão, ou até deformações.
Para sanar este problema, utiliza-se a vista auxiliar, caracterizada por um
ângulo diferente de 90°, e operações de rotação e rebatimento de planos.
Observe na parte superior da Figura 4: temos um objeto com face inclinada.
Já na parte inferior esquerda, vistas ortogonais com sobreposições de linhas,
tornando a representação confusa. E na parte inferior direita, representação
por meio da vista auxiliar A, desfazendo o problema de sobreposição de linhas.

FIGURA 4 – DIFERENÇA ENTRE UMA VISTA ORTOGONAL E UMA VISTA AUXILIAR

Fonte: Adaptada de Cruz e Morioka (2014).

Como observado na Figura 4, o ideal é que a vista auxiliar seja colocada no


mesmo sentido da projeção, e logo depois da vista original. Porém, pode-se
representar a vista auxiliar em outra região, desde que se deixe claro o seu
nome, surgindo o termo de vista deslocada (veja na Figura 5).

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FIGURA 5 – EXEMPLOS DE REPRESENTAÇÕES COM VISTAS DESLOCADAS.

Fonte: Abrantes e Filgueiras Filho (2018).

Ao representar objetos longos, com um pequeno detalhe no centro ou pró-


ximo deste, e o restante do objeto de seção uniforme, usa-se o conceito de
vista interrompida, como apresentado na Figura 6. A linha que interrompe o
traçado do objeto é conhecida como linha de ruptura.

FIGURA 6 – EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO COM VISTA INTERROMPIDA

Fonte: Abrantes e Filgueiras Filho (2018).

Pesquise os outros tipos de linhas de ruptura e


relacione sua utilização em função da geometria
do objeto.

Se o objeto possuir detalhes repetidos ou ser simétrico, o desenho pode ser


simplificado. Na Figura 7, temos um objeto que possui furos que se repetem.

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FIGURA 7 – OBJETO COM PERFURAÇÕES REPETIDAS E SUA VISTA SIMPLIFICADA

Fonte: Adaptada de Cruz e Morioka (2014).

Já na Figura 8, temos uma vista simplificada simétrica, que utiliza uma linha
de simetria – composta de dois traços curtos, paralelos entre si e perpendicu-
lares à extremidade da linha de simetria.

FIGURA 8 – OBJETO SIMÉTRICO E SUA VISTA SIMPLIFICADA SIMÉTRICA

Fonte: Adaptada de Cruz e Morioka (2014).

Alguns objetos apresentam faces inclinadas ou em ângulos, que não necessi-


tam de vista auxiliar, mas que ficam deformadas. Para isso, deve-se usar rota-
ção ou rebatimento da vista, conforme Figura 9.

FIGURA 9 – EXEMPLO DE REBATIMENTO DE VISTA ORTOGONAL

Fonte: Adaptada de Abrantes e Filgueiras Filho (2018).

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E na Figura 10, temos o rebatimento de vista de um objeto com detalhes


oblíquos.

FIGURA 10 – EXEMPLO DE REBATIMENTO DE VISTA DE UM OBJETO COM DETALHES


OBLÍQUOS

Fonte: Abrantes e Filgueiras Filho (2018).

3.3 CORTES
Os detalhes internos ou ocultos, representados nas vistas ortogonais, geram
arestas não visíveis são indicadas por linhas tracejadas, podendo gerar dúvi-
das e perda de tempo. Deste modo, o corte (também denominado como vista
seccionada) torna claros e legíveis o interior e as partes ocultas dos objetos.

A construção de cortes é contemplada pela ABNT


NBR 10067:1995 que fixa a forma de representação
aplicada (https://www.abntcatalogo.com.br/norma.
aspx?ID=5438), e pela ABNT NBR 12298:1995, que
fixa as condições exigíveis para representação de
áreas de corte (https://www.abntcatalogo.com.br/
norma.aspx?ID=2854).

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Primeiro, deve-se entender como e por qual parte do objeto é estabelecido o


corte para, posteriormente, perceber se as arestas na representação são real-
mente visíveis ou se aparecem apenas a partir do corte em questão.
Logo, retira-se uma camada imaginária, como se fosse um corte físico, sepa-
rando o objeto em duas partes, de modo que as arestas internas se tornem
visíveis. Na Figura 11, temos (a) um corte de um objeto, (b) a vista de frente
normal, onde observam-se as arestas internas tracejadas, (c) o objeto cortado
e, por fim, (d) a obtenção da vista de frente em corte.

FIGURA 11 – EXEMPLO DO CORTE DE UM OBJETO E A OBTENÇÃO DA VISTA DE FRENTE


EM CORTE

Fonte: Adaptada de Abrantes e Filgueiras Filho (2018).

O plano de corte (ou plano secante) deve ser indicado por uma linha traço
e ponto estreita, semelhante à linha de simetria, mas com traço mais largo
nas extremidades. A linha de corte é sempre indicada na vista superior e com
letras maiúsculas.
O ponto de vista deve ser demonstrado por meio de setas, apontando para a
parte do objeto que será removida. A representação da vista em corte compre-
ende a superfície obtida pelo plano, como as partes sólidas que contenham
material, e o que se observa além dele, como as partes vazias, como furos. A

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parte sólida do objeto atravessada pelo plano de corte deve ser representada
por uma área hachurada, e o contorno do objeto por uma linha contínua.
Caso em uma vista em corte existam arestas não visíveis, estas não são repre-
sentadas, como ocorre no exemplo da Figura 12.

FIGURA 12 – EXEMPLO DE VISTA EM CORTE

Fonte: Adaptada de Abrantes e Filgueiras Filho (2018).

A área hachurada é formada por linhas finas,


equidistantes e em 45° com relação às linhas de
contorno principais ou os eixos de simetria. Caso
haja um conjunto de objetos representado de
forma adjacente, altera-se o sentido da hachura,
usando um ângulo de 135°, ou modifica-se os
espaçamentos para cada objeto.

Quando a área for muito grande, aplica-se a hachura


no contorno e a parte central é deixada em branco.
Quando for necessário colocar textos dentro da
área hachurada, deve-se interromper a hachura na
região do texto. Por fim, em objetos muito finos,
deve-se enegrecer a seção em vez de hachurar.

Não se deve hachurar nos cortes, no sentido


longitudinal: dentes de engrenagens, parafusos,
porcas, eixos, raios de roda, nervuras, pinos,
arruelas, contrapinos, rebites, chavetas, volantes e
manípulos.

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A parte retirada pelo corte não pode ser omi-


tida nas demais vistas, porque o corte é um
recurso imaginário e o objeto não está, de fato,
cortado. Além disso, os planos de corte, sempre
que possível, devem passar pelos eixos de sime-
tria do objeto a ser cortado. E em alguns casos,
pode-se fazer uma translação para representar
elementos não contemplados pelas vistas pro- A ABNT NBR 12298:1995,
duzidas, o que reduz o número de desenhos que também trata
de cortes, determina
que compõem a representação dos objetos. hachuras para cada tipo
A vista em corte ocupa a posição da projeção de material. Pesquise
e relacione cada tipo
ortogonal correspondente, mas não é impres-
de hachura específica
cindível, pois pode colocar o corte em outro com o material a ser
local, desde que acompanhado pela designa- representado.
ção correta.

• Existem quatro tipos de cortes: i. corte total (Figura 13) atinge o objeto em
toda a sua extensão, inclusive suas partes maciças, no sentido longitudinal
(maior dimensão), quanto no transversal (menor dimensão).

FIGURA 13 – EXEMPLO DE OBJETO EM CORTE TOTAL DUPLO

Fonte: Adaptada de Abrantes e Filgueiras Filho (2018).

ii. meio corte (Figura 14) é aplicado em apenas metade da extensão do objeto,
para mostrar tanto o interior quanto o exterior, e deve ser usado unicamente
em objetos simétricos em um ou dois eixos, podendo ser feito de forma lon-
gitudinal e transversal.

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FIGURA 14 – EXEMPLO DE OBJETO EM MEIO CORTE

Fonte: Adaptada de Abrantes e Filgueiras Filho (2018).

• iii. corte em desvio (Figura 15) é utilizado para mostrar detalhes que estejam
desalinhados e não estejam sobre uma mesma linha de corte. Desse modo,
reduz-se o número de vistas de mais de um plano de corte que seriam
necessários para representar o objeto.

FIGURA 15 – EXEMPLO DE OBJETO E O RESPETIVO CORTE EM DESVIO

Fonte: Adaptada de Abrantes e Filgueiras Filho (2018).

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• iv. corte parcial (Figura 16) é utilizado para detalhar partes de objetos
(normalmente não simétricos) que merecem um corte em uma área
específica. Este corte é delimitado pela linha de ruptura ou fratura, que pode
ser representada por linha contínua fina à mão livre ou por linha contínua
fina em ziguezague.

FIGURA 16 – EXEMPLO DE OBJETO EM CORTE PARCIAL

Fonte: Abrantes e Filgueiras Filho (2018).

Além dos cortes, recorremos ao uso das seções para entender as partes internas
que compõem um objeto e que indicam, de maneira simplificada, partes dos
objetos e seus perfis. A seção pode ser desenhada ocupando uma das vistas,
de forma deslocada, sobre a própria peça ou em uma interrupção. Na Figura 17,
temos o exemplo de um objeto e suas respectivas seções em um eixo.

FIGURA 17 – EXEMPLO DE SEÇÕES EM UM EIXO

Fonte: Abrantes e Filgueiras Filho (2018).

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3.4 COTAGEM DE UM DESENHO


Para realizar a cotagem em desenho técnico, através de linhas, símbolos,
notas e valor numérico em uma unidade de medida, utiliza-se a norma ABNT
NBR 10126:1987 Versão Corrigida: 1998.
O objetivo da cotagem é fornecer informações sobre as medidas ou dimen-
sões do objeto representado no desenho, indicando características geomé-
tricas, posição de todos os elementos e sua verdadeira grandeza, sem utilizar
instrumentos de medição, como escalímetros.
A representação tem de conter todas as cotas necessárias para viabilizar a
plena execução do projeto, permitindo assim a fabricação ou construção do
objeto. As cotas são divididas em: funcionais (Fs), não funcionais (NFs) e auxi-
liares (AUXs), representadas na Figura 18.

FIGURA 18 – REPRESENTAÇÃO DOS TRÊS TIPOS DE COTAS

Fonte: Cruz e Morioka (2014).

As Fs são essenciais e devem ser escritas diretamente no desenho, as NFs não


interferem no funcionamento do objeto, e as AUXs são meramente informati-
vas e, geralmente, derivadas de valores já informadas
Como observado na Figura 19, a cotagem pode ser representada de forma
direta, em que os valores das cotas são relacionados a parte que estão repre-
sentando, e de forma indireta, em que as dimensões são obtidas efetuando
cálculos das medidas fornecidas.

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FIGURA 19 – COTAGENS DIRETA E INDIRETA

Fonte: Cruz e Morioka (2014).

Para conhecer os tipos de cotagem, leia a seção 8.3


Tipos de cotagem, na página 67 do livro Desenho
técnico: medidas e representações gráficas, de
Cruz e Morioka.

3.5 ELEMENTOS DA COTAGEM


O sistema de cotagem é formado pelos elementos apresentados na
Figura 20:

FIGURA 20 – ELEMENTOS DA COTAGEM

Fonte: Cruz e Morioka (2014).

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Linha auxiliar: estreita e contínua, perpendicular ao elemento


dimensionado (pode ser oblíqua) e às linhas de cota, ultrapassando-as
em 3 mm. Não deve tocar as arestas do desenho.

Linha de cota: estreita e contínua, mas pode ser uma linha reta
ou um arco, paralela ao contorno do elemento. Deve-se evitar o
cruzamento entre as linhas de cota e as de chamada, mas caso ocorra,
as linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento. As
linhas de centro e de contorno não podem ser utilizadas como linhas
de cota. A distância entre uma linha de cota e o contorno do desenho
deve ser entre 7 e 10 mm, sendo seguida a mesma distância entre
cotas paralelas.

Limite da linha de cota: representado por setas aberta ou fechada e


cheia, cujas linhas formam um ângulo de 15°, linhas curtas oblíquas
a 45°, ou pequenos círculos preenchidos. Dependendo do espaço
disponível, as setas que limitam a linha de cota podem ficar por
dentro ou por fora das linhas de chamada.

Cota: indica dimensão linear ou angular do elemento. O valor


numérico deve ser inserido no meio do vão da medida e não deve
tocar a linha de cota. As cotas podem assumir as posições horizontal,
vertical e inclinada – para a direita ou para a esquerda – e sempre ficar
acima da linha de cota. Em outro método, as cotas são posicionadas
no centro da linha de cota, que deve estar interrompida, e os valores
numéricos devem estar sempre na posição de leitura (na horizontal).

Caso seja necessário representar um objeto fora da escala indicada, a cota


deve ser sublinhada, como apresentado na Figura 21.

FIGURA 21 – COTA DE UM OBJETO REPRESENTADO FORA DE ESCALA

Fonte: Abrantes e Figueiras Filho (2018).

3.6 REGRAS DE COTAGEM


Para entendimento e fabricação dos objetos, a cotagem possui regras:

• Independentemente da escala utilizada, as cotas devem ser reais ao objeto.

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• Não se omite cota, sendo que cotas em duplicidade são consideradas como
erro técnico.

• As cotas devem ser alinhadas e apresentadas com caracteres que garantam


a legibilidade do documento.

• Deve-se cotar os elementos preferencialmente nas vistas que proporcionam


a informação mais clara e precisa em relação à forma ou à localização.

• As cotas devem ser posicionadas fora do contorno do desenho, mas, se


necessário, podem ser colocadas no interior das vistas.

• É usada a mesma unidade em um desenho, indicada na legenda.


Necessitando de outras unidades, deve-se indicar o respectivo símbolo ao
lado do valor da cota com a unidade diferente.

• Caso o espaço seja insuficiente, posiciona-se a cota próxima à linha de cota e


ligada a ela por meio de uma linha de referência.

• Os elementos cilíndricos devem ser dimensionados por seus diâmetros e a


partir de suas linhas de centro.

Para cotagem de ângulos, a linha deve ser traçada em arco, cujo centro deve
coincidir com o vértice do ângulo, conforme Figura 22.

FIGURA 22 – COTAGEM DE ÂNGULO

Fonte: Abrantes e Figueiras Filho (2018).

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Para cotar um elemento angular, como um chanfro, ao menos duas cotas


são necessárias: o comprimento de dois lados ou o comprimento de um lado
e valor do ângulo. Na Figura 23, temos a representação da cotagem para
chanfro.

FIGURA 23 – COTAGEM DE CHANFRO

Fonte: Abrantes e Filgueiras Filho (2018).

Para dimensionar elementos semicirculares (arcos, cordas e retificações), uti-


liza-se a cotagem de raio, na qual o limite da cota é definido a partir do seu
centro por uma única seta, que pode ficar dentro ou fora da linha de contorno
da curva, como visto na Figura 24.

FIGURA 24 – COTAGEM DE RAIO

Fonte: Adaptada de Abrantes e Figueiras Filho (2018).

Para elementos circulares, como círculos e furos, cota-se o diâmetro. Sendo


que a posição do centro dessas figuras é uma cota essencial. Veja na Figura
25, que temos as representações de cotagem da posição de centro de diâme-
tros maiores, de pequenos diâmetros e da posição de centro e do diâmetro,
respectivamente.

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FIGURA 25 – COTAGEM DE DIÂMETROS MAIORES, MENORES, E DA POSIÇÃO DE CENTRO


E DO DIÂMETRO

Fonte: Adaptada de Abrantes e Figueiras Filho (2018).

CONCLUSÃO
Esta unidade apresentou vistas principais, auxiliares e cortes, além do pro-
cedimento de cotagem, destacando os elementos e regras utilizados nesse
processo.
Durante nossos estudos, vimos como realizar as projeções, utilizando o pri-
meiro diedro. Há casos que precisamos de vistas auxiliares, e outros casos que
precisamos detalhar partes internas ou ocultas por meio do recurso do corte.

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ANOTAÇÕES

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