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Sistemas de representação de Vistas

OBJECTIVOS
Rever e melhorar o conhecimento adquirido sobre Projecções em desenho.
Introduzir padronização no desenho técnico.
Dar uma ideia sobre o sistema de projecção americano.
Conectar as regras gerais sobre a representação de peças mecânicas industriais.
Conhecer as regras para fazer os alçados.
Conheça os recursos especiais no desenho.
Realizar práticas que servem como uma revisão de Projecções.

1. Sistemas de representação
Existem dois sistemas de representação de pontos de vista:
 o europeu e
 o americano

1.1 Sistema Europeu


Empregado na Europa, já foi estudado no curso anterior (fig. 1).
Sistema europeu

Fig. 1 Sistema Europeu

1.2 Sistema Americano


Especialmente usado na América do Norte. Dada a intercambiabilidade existente na indústria
internacional, é essencial conhecer os dois sistemas (fig. 2).

Observe a organização das visualizações em cada um dos sistemas e as diferenças entre eles.

1.3 Símbolos de representação no sistema diédrico


São os sinais para saber se as vistas, representadas em um plano, foram feitas pelo sistema
europeu ou americano (fig. 1 e fig. 2).

Quando os objectos são representados pelo sistema americano, o símbolo correspondente


será escrito nas proximidades da caixa de rotação.

Entende-se que os aviões que não ostentam um símbolo são fabricados pelo sistema europeu.
Sistema Americano

Fig.2 Sistema Americano

Na prática, suprimimos a VI, VLD e VP, representando apenas três: VF, VLE, VS, isso
porque as seis vistas principais são semelhantes duas a duas, e assim, dependendo da
cotagem, podemos reduzir ainda a VS e/ou VLE, resultando apenas VF. O número de
vistas a ser executadas depende do número de vistas que forem necessárias à
caracterização de fabricação ou de montagem.

Fig. 3 Três Vistas nos dois Sistemas (Europeu e Americano)


1.4 ESCOLHA DAS VISTAS
A vista mais importante de um objeto deve ser utilizada como vista frontal (VF).
Geralmente esta vista representa o objeto na posição de utilização. Quando esta
posição não é caracterizada, representa-se na posição de fabricação ou de montagem.
1.5 CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DA VISTA FRONTAL
a) Maior número de detalhes voltados para o observador;
b) Posição de uso, fabricação ou montagem;
c) Maior área (desde que satisfaça o item "a");
d) Vista que proporcione uma VLE mais detalhada e com menor número de linhas
invisíveis.

1.6 REBATIMENTO DOS PLANOS DE PROJECÇÃO

Fig. 4 Rebatimento dos planos de Projecção


Na prática, porém as projeções são representadas como na figura abaixo, onde os
planos de projeção são rebatidos sobre um mesmo plano.

Fig. 5 Projecção Rebatida


Quando desenhamos vistas sobre um mesmo plano, eliminamos o desenho dos
planos, deixando apenas as linhas que separam os desenhos das vistas.

Fig.6 Vistas
1.7 Regras gerais sobre a representação de peças industriais
A representação gráfica de uma peça requer, por parte do relator, uma certa iniciativa
pessoal em termos de organização e escolha das visões que lhe permitirão, nas
melhores condições, desenhá-la. Portanto, não existe um sistema válido para toda a
infinita variedade de casos que surgem. No entanto, dois critérios básicos devem ser
mantidos em mente: simplicidade e clareza. Simplicidade, que significa economia no
trabalho de delimitação, eliminando repetições ou visões supérfluas; clareza, o que
garante a interpretação correta do desenho.

1.8 Desenho em detalhe (Desenho por peça)


É assim que a representação de uma peça isolada é chamada.
As peças que são usadas em qualquer posição, por exemplo, peças rotativas, cavilhas,
buchas, parafusos, serão preferencialmente representadas na posição de fabricação.
Uma vez estudada a peça, é escolhido o formato em que o desenho será realizado e a
escala a ser utilizada.
No papel, são conhecidas as características particulares da peça, determinadas as
visões necessárias e essenciais para sua representação, tentando ser a mais expressiva
para melhor definir sua forma.

1.9 Escolha do alçado


Tendo em conta a posição de emprego ou de fabricação, a vista que apresenta a ideia
mais clara sobre o formato e as dimensões da peça é escolhida como o alçado.
Em geral, a representação do alçado, o plano e uma vista lateral são suficientes para o
reconhecimento e o dimensionamento inequívocos de um objecto. Às vezes, peças
complicadas exigem mais de três vistas.
Não devem ser dadas mais vistas do que aquelas indispensáveis para a definição clara
da peça.
Quando uma vista, como consequência da falta de espaço, precisa ser posicionada em
um local diferente do normal, é necessário indicar a direção do visual com uma flecha,
cujas dimensões são uma vez e meia maiores que a das dimensões, e com uma letra
maiúscula um pouco maior que as figuras dimensionais.
É aconselhável usar as últimas letras do alfabeto para não confundi-las com as usadas
nos cortes. A vista será indicada da seguinte forma: Vista X (fig. 3).

1.10 Detalhe
Em pequenas peças com detalhes que não são claros, elas são redesenhadas,
ampliadas na parte superior do desenho, indicando a escala em que estão
representadas e, por sua vez, os detalhes com um círculo de linha do eixo (fig. 4). As
letras usadas para indicar a vista e os detalhes não devem ser as mesmas que indicam
um corte ou secção.

1.11 Peças Simétricas


Para economizar tempo e espaço, apenas metade ou um quarto dos corpos simétricos
serão representados. Nesse caso, cada extremidade do eixo de simetria é marcada
com as linhas paralelas perpendiculares ao eixo (fig. 5 e 5A). Outras maneiras de
representar as partes simétricas são mostradas nas Figuras 5B e 5C. Representar a
quarta parte dos corpos é uma forma aceitável, embora seja menos explicativa. Por
esse motivo, é aconselhável usá-lo apenas em casos simples.
ENSAIOS DE AVALIAÇÃO
 Para que serve o desenho industrial?
 O que é padronização.
 Cite alguns órgãos de padronização.
 Como os sistemas de representação de vistas são chamados e indica o símbolo
que corresponde a cada um deles.
 Quais regras devem ser seguidas para determinar a vista da elevação.
 Como os pequenos detalhes de uma peça são representados.
Exercício 1
Nas perspectivas das figuras 7 a 8, obtenha as vistas necessárias que definem cada
peça.
Exercício 2
Nas perspectivas, das figuras 9 a 12, são obtidas as vistas e cortes necessários que
definem cada peça.

Exercício 3
Das vistas fornecidas, das Figuras 13 a 14, desenha a terceira vista ausente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ASENSI, Fernando Izquierdo (1990). Ejercicios de Geometría Descriptiva.


Madrid: Editorial Dossat, S.A. 505p.

 MACHADO, Ardevan (1986).Geometria Descritiva. São Paulo : Projeto Editores


Associados, 26° ed. 306 p.

 PRÍNCIPE Jr. Geometria Descritiva. V. 1 e 2.

 SPECK, José H. e PEIXOTO, Virgílio V. (1997) Manual Básico de Desenho


Técnico. Florianópolis : Editora da UFSC, 180p.

 Vychnepolisk, I-Desenho Tecnico. Moscovo, Editora Mir, 1986.

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