Você está na página 1de 10

UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos

CCET - Departamento de Física


Eletrônica 1

Tópico 2 - Transistores operando como chave: multivibradores (bi-estável,


monoestável e astável).
Grupo 2 - Turma A

Gabriel Sanches Barroso - RA: 811646


Leonardo de Almeida Primo - RA:791399
Leonardo Polachini - RA: 811902
Antonio Luis Sena - RA: 813377
Vinicius Rufino - RA: 812274
Lucas Favali - RA: 813635

Professor da Disciplina Dr. Jose Carlos Rossi

São Carlos
23/10/2023
Transistores Operando como Chave em Multivibradores: Biestável,
Monoestável e Astável

Os transistores, especialmente os do tipo NPN como o P2N2222A, podem ser


empregados como chaves em circuitos multivibradores para gerar diferentes tipos de sinais de
saída. Os multivibradores são circuitos eletrônicos que produzem formas de onda periódicas,
sendo classificados em três categorias principais: biestável, monoestável e astável.
1. Biestável: O circuito biestável, também conhecido como flip-flop, utiliza dois
transistores para criar um estado de memória. O P2N2222A pode ser configurado de modo
que um transistor conduza enquanto o outro está cortado, e vice-versa. Essa alternância entre
os estados é controlada por pulsos de entrada. A curva característica corrente-tensão é crucial
aqui para garantir que os transistores operem nas regiões de saturação e corte para uma
operação estável e confiável.
2. Monoestável: No modo monoestável, o circuito possui apenas um estado estável.
Pulsos de entrada podem acionar temporariamente o circuito para um segundo estado antes de
retornar ao estado original. O P2N2222A, quando utilizado em um modo monoestável, deve
ser capaz de suportar variações na entrada de forma a assegurar uma transição suave entre os
estados. A análise da curva característica é crucial para determinar os pontos de operação
desejados.
3. Astável: O circuito astável gera uma forma de onda de saída contínua, sem um
estado estável fixo. Nesse modo, o P2N2222A é configurado para alternar entre os estados de
corte e saturação de forma contínua, gerando um sinal de saída oscilante. A curva
característica corrente-tensão é especialmente importante aqui para garantir que o transistor
opere de maneira eficiente e estável durante as transições.

Curva Característica Corrente-Tensão do P2N2222A

A curva característica corrente-tensão do P2N2222A é essencial para compreender o


comportamento do transistor em diferentes regimes de operação. A região de saturação, onde
o transistor conduz corrente de forma ideal, e a região de corte, onde a corrente é mínima, são
fundamentais para o design de circuitos multivibradores. A análise cuidadosa dessas curvas
permite a escolha apropriada dos pontos de operação para garantir uma resposta rápida e
estável nos diferentes modos de multivibradores.
Exemplos de curvas características

Curvas Ôhmicas
Todos os dispositivos que seguem a lei de ohm apresentam curvas I-V lineares. A
curva I-V resultante da análise de um dispositivo ôhmico será bem aproximada por uma reta
cuja inclinação é determinada pela resistência elétrica do dispositivo. A curva I-V de um
resistor ôhmico ideal de 5KΩ na Figura 1 é claramente linear e bem modelada pela lei de
ohm. Experimentalmente essas curvas são obtidas através de sucessivas medidas de
corrente/tensão sobre o dispositivo com o uso, por exemplo, de um multímetro ou
osciloscópio.

Figura 1 - Curva I-V de um resistor ôhmico ideal.

Uma grande gama de dispositivos e materiais tem um comportamento ôhmico e


apresentam curvas I-V semelhantes. Fios de cobre e alumínio comumente utilizados em
interconexões metálicas na montagem de circuitos elétricos são modelados por esse tipo de
comportamento. Sempre deve-se ter em mente que o comportamento elétrico de um
dispositivo depende de uma enorme gama de fatores e que a curva I-V representa de maneira
confiável o comportamento elétrico do dispositivo apenas no intervalo de corrente/tensão
analisados.
Curvas Não-ômicas

Todos os dispositivos que não seguem a lei de ohm são chamados de não ôhmicos e as
curvas I-V resultantes da análise desse tipo de dispositivos podem assumir uma grande
variedade de formas.

Um bom exemplo é a curva I-V de um diodo, claramente não ôhmica pois o diodo tem
uma dependência não-linear com a tensão aplicada. Seu comportamento é drasticamente
diferente para intervalos variados de tensão aplicada e por isso sua função nos circuitos
depende se ele está operando em polarização direta ou inversa. Por permitirem a passagem de
corrente em apenas um sentido um dos usos mais comuns para diodos é o da retificação de
sinais e faz do diodo um componente primordial em circuitos retificadores.

Figura 2 - Curva I-V de um diodo com comportamento não-ôhmico.

Outro exemplo de grande importância é a curva I-V de um transistor MOSFET,


componente básico da microeletrônica moderna, é um pouco mais complicada devido a
natureza de operação do dispositivo envolver 4 terminais: fonte (S), dreno (D), corpo (B) e
gate (G). Normalmente ela é representada como na figura abaixo, em que no eixo horizontal
temos a tensão Vds (dreno-fonte) e no eixo vertical a corrente de dreno. Cada uma das curvas
é referente a operação do dispositivo para diferentes valores da diferença entre a Vgs
(gate-fonte) e a Vth (tensão de corte). Por apresentar um comportamento aproximadamente
ôhmico na região linear com inclinações diferentes para valores diferentes de Vgs e Vth
pode-se utilizar um MOSFET como uma resistência controlada por tensão.

Figura 3 - Curva característica de um transistor MOSFET.

Instrumentação

Diversos equipamentos podem ser utilizados para investigarmos o comportamento


elétrico de algum dispositivo e traçar sua curva característica I-V. Pode-se utilizar um
multímetro para coletar os dados em diversos pontos diferentes e utilizar os dados para traçar
a curva ou de maneira mais prática utilizar um osciloscópio que já possui capacidades gráficas
para traçar a curva embutida. Além disso, existem equipamentos específicos para análise de
comportamento elétrico de semicondutores chamados semiconductors parameter analyzers
que são preparados para fazer medidas com diversos terminais e em regimes de corrente e
tensão aplicada baixíssimos com alta precisão.
Resultados

1. Multivibrador Biestável
Nesse multivibrador, foi realizada a montagem do circuito da Figura 4 e tiradas fotos
de seu funcionamento, representadas na Figura 5 e Figura 6.

Figura 4 - Esquema do circuito para estudo do biestável

Figura 5 - Circuito biestável montado foto A


Figura 6 - Circuito biestável montado foto B

2. Multivibrador Monoestável
Nesse multivibrador, foi realizada a montagem do circuito da Figura 7 e tiradas fotos
de seu funcionamento, representada na Figura 8.

Figura 7 - Esquema do circuito para estudo do monoestável


Figura 8 - Circuito monoestável montado

3. Multivibrador Astável
Nesse multivibrador, foi realizada a montagem do circuito da Figura 9 e tiradas fotos
de seu funcionamento, representada na Figura 10.

Figura 9 - Esquema do circuito para estudo do astável


Figura 10 - Circuito astável montado
Referências
[1] CURVA CARACTERÍSTICA CORRENTE-TENSÃO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia
livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2022. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Curva_caracter%C3%ADstica_corrente-tens%C3
%A3o&oldid=64806189>. Acesso em: 25 nov. 2022.

Você também pode gostar