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Luz e Trevas.

Ao estudar o grau 18 – Cavaleiro ou Príncipe Rosa-Cruz, contata-se de imediato a sua analogia


e correspondência como Grau 3 da Loja Simbólica, o de Mestre Maçom.

Em ambos predomina o luto e a desolação, no capitulo por acharem-se abandonadas as


ferramentas de trabalho, pelo assassinato de Hiram a Abif, pelos trabalhos abandonados e
igualmente pela palavra perdida, o recolhimento e a tristeza dos IIr.’. significam, em ambos os
graus , a dor da Maçonaria contemplando o reinado da Ignorância sobre a terra.

Em ambos os casos , causas iguais, são responsáveis pelo luto e pela desolação. A ignorância, a
hipocrisia e a ambição mataram o Mestre, a constante luta da luz contra as trevas, da verdade
contra a mentira a razão contra o Fanatismo.

Aqui quero começar a explicar um pouco sobre Luz e as Trevas.

Deus fez as dois grandes luzes: A maior para governar o dia e a menor para governar a noite. E
também fez as estrelas. Deus pôs essas luzes no céu para iluminarem a terra, para governar o
dia a e a noite, e para separarem a luz da escuridão. E Deus viu que tudo era bom” (Gn. 1.16-
18 BLH). Este é uma parte do texto da Bíblia que nos traz o relato da criação do mundo. Ele
não afirma que Deus fez a escuridão, mas fala do seu ato criador em relação à luz. A escuridão
parece existir como uma realidade anterior à história, como um princípio ativo e presente.
Logo no segundo versículo de Gênesis, lemos: “A terra era um vazio, sem nenhum ser vivente,
e estava coberta por um mar profundo. A escuridão cobria o mar, e o espírito se movida por
cima da água” (Gn 1.2). No tempo antes do tempo, só estavam presentes o “vazio”, o mar
profundo (abismo) e a escuridão. Não fosse a presença de Deus se movendo não haveria vida.

As trevas estão presentes, não apenas como algo filosófico, mas também como um princípio
ético: O mal estava no Éden, não como uma realidade, mas como uma possibilidade que se
materializou no “sim” do homem à proposta da serpente.

Nosso Ritual do grau 18 na abertura diz “ e o instante em que o Sol se ocultou e as trevas e a
consternação espalharam-se por sobre a superfície da terra: em que a lua se obscureceu, em
que também desapareceu a Estrela Flamejante, em que o véu do Templo foi dilacerado, as
CCol.’. e ferramentas da Maçonaria foram quebradas, a Pedra Cúbica verteu sangue e água, e é
a hora que se perdeu a Palavra.

Assim surgem os “filhos das trevas” e os “filhos da luz”. As trevas recusam transparência,
fogem da clareza e desvanecem diante da luz. Muitos se recusam a aproximar da luz porque
temem o clarão que ela traz. “O julgamento é este, que a luz veio ao mundo e os homens
amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más, pois todo aquele que prática o
mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem
pratica a verdade, aproxima-se da luz a fim de que suas obras sejam manifestas, porque feitas
em Deus” (Jo 3.19-21).
Os filhos das trevas tentam persuadir outros a se tornarem parceiros nas suas obras,
invertendo os valores: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem da
escuridade, luz, e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce por amargo” (Is 5.20).
Não discernir entre uma e outra realidade é uma tragédia, e isto é feito por meio persuasivos,
sofismas, argumentações filosóficas. É comum ouvirmos que o mal e o bem são apenas dois
lados de uma mesma moeda, e que existem apenas para uma interação; que as trevas em si
mesmas não são más, já que produzem um contraponto dialético. Não se iludam: Mal é mal!

Deus convida seus filhos a se aproximarem e agirem na luz. “Como filhos da luz, andai na luz”.
Jesus afirmou: “Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas.
Portanto, caso a luz que há em ti sejam trevas, que grandes trevas serão” (Mt 6.23). Andar nas
trevas é arriscado. “O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que
tropeçam” (Pv 4.19).

Para sairmos das trevas, é necessário aproximar da luz. Basta isto! A luz dissipa as trevas. Jesus
afirmou: “Eu sou a luz do mundo. Aquele que me segue, não andará em trevas”. O mal, para
ser dissipado, precisa de claridade, já que ele é como o fungo e o mofo: cresce na penumbra.
Convide Jesus, a luz do mundo, para dissipar as trevas de sua mente, seu coração, e trazer
luminosidade à sua vida.
GRAU 18° PRINCIPE ROSA CRUZ

LUZ E TREVAS

IR.’. JACSON DOUGLAS NUNES


BIBLIOGRAFIA:

RITUAL DO GRAU 18° - 2° Instrução, pag. 230-231

BIBLIA SAGRADA: LIVRO DE GENESE E DE JOÃO

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