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Ortónimo- Podemos distinguir a poesia de Fernando Pessoa em quatro temáticas: o fingimento artístico,

a dor de pensar, sonho e realidade e nostalgia da infância. -Dois poemas que exemplificam o fingimento
artístico são “Autopsicografia”, este dizes-nos que o poeta é um “fingidor”, pois Pessoa recria
sentimentos por meio da imaginação, o que implica à intelectualização dos sentimentos. Este não
escreve os poemas no momento das emoções, mas sim quando as recorda. - “Ceifeira” e “Gato que
brincas na rua” são alguns exemplos de poemas da temática dor de pensar, neste tipo de poemas o
sujeito poético usa excessivamente a intelectualização dos sentimentos, de onde vem a dor e a
infelicidade, onde leva ao refúgio à infância, ao desejo instintivo de ser como o gato e ao desejo de ser
inconsciente como a ceifeira. - Sonho e realidade é outra temática usada pelo eu lírico, um exemplo de
um poema com esta temática é “Às vezes, em sonho triste”, nestes poemas o sonho surge como forma
de evasão da realidade e é um estado de confusão entre a realidade e as dimensões do mundo
fantasioso, pela impossibilidade do sonho se tornar real, o sonho então é inútil. –Por fim temos a última
temática que é a nostalgia da infância, temos como exemplo desta temática o poema “O avô e o neto”, o
“eu” encontra na infância o símbolo de pureza, da inconsciência e da felicidade, o sujeito poético deseja
viver num estado de pura inocência, liberto de que o faz questionar-se continuamente e lamentar-se de
não ter usufruído dessa infância.

Ricardo Reis- É um poeta clássico, por escrever de forma clássica recorrendo à ode horaciana, é tmb
discípulo de Caeiro, procura alcançar a paz e o equilíbrio ao não aceitar os sentimentos, porque ao sentir
emoções fortes provoca perturbações emocionais, como a dor, daí existir uma harmonia entre o
estoicismo e o epicurismo, onde estão presentes no poema “Vem sentar-te comigo Lídia” e a consciência
da mortalidade. Estoico-epicuristas é aceitação voluntária de um destino involuntário (ideal estóico),
devendo o Homem levar uma vida sem perturbações, segundo os princípios epicuristas, evitando ceder
às emoções e aproveitando o presente (“Carpe Diem”); ricardo reis tem a consciência da efemeridade da
vida, então aceita o destino, então para reis é indiferente os sentimentos e para os momentos fatais, de
modo a morrer sem sofrimento. Ricardo reis acredita nos deuses mitológicos e para este nem os deuses
“escapam” às forças superiores.

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