Você está na página 1de 48

Erindilogun

Obi
Corpus Liteário 16 Odù

Edição 10/2023
Oração de abertura para o Jogo

Ìbà Olódùmarè, Oba àjíkí. Mó ji Ìbà Orí inú.


lòní. Ìbà Ìponrí.
Mo wo’gun mérin ayé. Ìbà Èsú Osetura, ìbà Èṣù Laalu,
Ìbà’se ilà Oòrùn. Ìbà Bàbá Orita Orun.
Ìbà’se iwò Oòrùn. Ìbà Ògún awo, Oníle kángu-
Ìbà’se Aríwá. (norte) kángu Òrun.

Ìbà’se Gúúsù. (sul) Ìbá Sango

Ìbà Oba Ìgbaiye. Ìbà Òsóòsi.

Ìbà Òrun Òkè. Ìbà Obàtálá.

Ìbà Atiwò Òrun. Ìbà Olókun.

Ìbà Agbalagba. Ìbà Yemoja

Ìbà Ògègè, Oba. Ìbà Òsun.

Ìbà’se (Ancestrais). Ìbà Oyá

Ìbà Orí. Ìbà Ìbejì.


Oriki de Orí

ORI lo nda eni

Esi odaye ORISA lo npa eni da

O npa ORISA da

ORISA lo pa nida

Bi isu won sun

Aye ma pa temi da

Ki ORI mi mase ORI

Ki ORI mi ma gba abodi

Tradução

ORI é o criador de todas as coisas

ORI é que faz tudo acontecer, antes da vida começar

É ORISA que pode mudar o homem

Ninguém consegue mudar ORISA

ORISA que muda a vida do homem como inhame assado

AYE*, não mude o meu destino

Para que o meu ORI não deixe que as pessoas me desrespeitem

Que o meu ORI não me deixe ser desrespeitado por ninguém

Meu ORI, não aceite o mal.


IBA (Saudação / Reunião)

IBA OLODUMARE (Meus respeitos ao Senhor da Vida)

IBA ASEDA (Meus respeitos ao Pai Criador)

IBA AKODA (Meus respeitos aos Primeiros que foram Criados)

IBA OLOJO ONI (Meus respeitos ao Senhor do Dia)

IBA EGUNGUN (Meus respeitos a Egungun)

IBA IYA MOGUN (Meus Respeitos as senhoras da noite)

IBA OKURIN (Meus respeitos aos Homens, incluindo os animais)

IBA ObiRIN (Meus respeitos as Mulheres, incluindo os animais)

IBA OMODE (Meus respeitos as Crianças)

IBA BABA (Meus respeitos ao Pai)

IBA YEYE (Meus respeitos a Mãe)

IBA AGBALAGBA (Meus respeitos aos Mais Velhos)

Oriki Obi
WON NI Obi NI BIKU (Dizem que o Obi tira a morte)

Obi NI BI ARUN (Obi que tira as doenças)

Obi NI BI OFO (Obi que tira as perdas)

Obi NI BI IJA (Obi que tira as brigas)

Obi NI BI EJO (Obi que tira as confusões)

Obi NI BI IBI GBOGBO (Obi que tira todas as coisas ruins)

BI INU SE RI NI YON (Obi não mente, só mostra a verdade)

MA FI IBI PE IRE (Não usa o MAL pra dizer o BEM)

MA FI IRE PE IBI (Não usa o BEM pra dizer o MAL)

SO OUN BA RI (Diga o que você vê)


1º Odù: Ọ̀ KÀNRÀN
Exú, Xangô, Oyá

- Exú responde neste odù que a desobediência que está dentro do processo
(material, litúrgico, tempo) trará consequências negativas que não poderão ser
modificadas diretamente.

- A humildade e o poder de enxergar o ser mais invisível de sua comunidade


mas que é parte importante de sua rotina diária; aquele que humildemente bate
o tapete para remover a sujeira. As ações simples das pessoas passam
despercebidas até que elas cessem. Olhar o mundo nos cantos onde você
tinha negligenciado.

- Prediz perdas de vantagens obtidas se estas não forem utilizadas com


parcimônia, sigilo e discrição.

- Separe O norte e o Sul, crie uma linha guia em sua vida, retidão para
manter-se doutrinado e bem direcionado, saiba que a força que faz as coisas
acontecerem, muitas das vezes é a força da resignação em manter-se firme no
caminho. POLICIE SEUS IMPULSOS.

- Em Okanran o impulso equivale a um teste e deve ser controlado para que


venham bençãos de boa sorte. São nos momentos finais, próximos ao final,
que o impulso tente aumentar.

- Há ameaça de grande violência e desentendimentos, mas não de forma


gratuita, deve-se avaliar as condições e manter-se calmo, pois a busca de
poder e a manutenção de status poderá causar tais desconfortos.

- Devemos ser pacientes, aprender a controlar os impulsos para que não


soframos, agir de forma precipitada, impensada pode causar muitos males.
Podemos perder aquilo que conquistamos para aprender a respeitar O TEMPO
da vida; o momento de plantar, o momento de colher, o momento de atacar e o
momento de se defender.
- Este odù traz consigo muita hostilidade e força proveniente da agressividade
primitiva e nisto vem todo o tipo de subproduto: Raiva, vingança, luta. Ebo para
exú deve ser feito.

- Para sua proteção, deve-se confeccionar um colar de contas azuis

- Devemos salientar que este Odù traz consigo a justiça divina e o equilíbrio de
todas as forças da natureza, fazendo dele uma força de restauração da paz
através da FORÇA.

- É o princípio criador; a primeira molécula, a primeira célula, a primeira força


expansora do cosmo, tudo começa com UM. O primeiro impulso exige que haja
uma força resultante para que o movimento possa existir. Este UM é o
microcosmo de tudo que possa existir, a harmonia perfeita entra masculino e
feminino que não há dissipação.

- Devemos tomar muito cuidado para não sermos arrogantes e prepotentes,


pois sempre precisamos do outro, sempre precisamos da comunidade, da
divindade, do complemento. Juntos somos seres completos, pois somos seres
UNOS que fazem parte da mesma essência. Depois de aingir o objetivo deve-
se lidar com o poder obtido sem ser prepotente ou tirano.

- Okanran dá a sensação de opressão, de sufocamento, de estar comprimido,


sem ar, com falta de espaço em diversos pontos; algo o está sufocando

- Pessoa medrosa, desconfiada, misteriosa, que está sempre em segundo


plano e por isso não recebem reconhecimento. São INVUNERÁVEIS a feitiços
(BONS E RUINS).

- Se em casa você estiver uma que gosta de beber, você precisa fazer com que
ela não beba muito para evitar problemas.

- Deve-se tomar muito cuidado para não ser enganado, quanto mais próximo é
a pessoa do consulente mais fácil deste baixar a guarda e assim ser engando.
Deve-se procurar formas de tornar esses engodos inviáveis.

- Deve-se exaltar os benfeitores para que as virtudes para conquistar paz,


harmonia e felicidade. Aquele que enxerga no outro o que quer para si exalta e
não se apodrece na inveja. O bem da comunidade; o bem do conjunto como
UNIDADE.
- Quando este Odu surge na divinação para uma pessoa que está planejando
tomar um novo compromisso, ele deverá ser avisado que há sucesso o
aguardando, mas que a morte está entre ele e a realização de seu sucesso.
Ele deverá, contudo fazer sacrifício para as mais velhas da noite e para Èşu a
fim de remover o perigo de morte de seu caminho.

- Esta pessoa deve começar a honrar e rezar por seus filhos a fim de
reestabelecer o equilíbrio ancestral (presente/futuro)

- O consulente deve organizar um altar em sua casa com objetos que tenham
relevância espiritual para si e deve criar o hábito de rezar diante este altar.

- A humildade mesmo diante de sua negação deve ser trabalhada para que não
perca a força sua posição interior e exterior. Para esta pessoa a diminuição de
seu “poder pessoal” causará muitos danos sentidos por sua psiquê e
somatizados.

- Esta pessoa tende a ser arrogante ou ter atitudes arrogantes que levam
embora qualquer bençam possivel que possa acumular em sua vida. A
importância do outro deve ser considerada para que ela não tenha que
aprender pela dor o que pode ser entendido com compreenção, estudo e
empatia.

- Indica o nascimento de algo; é impossível prever o que está para nascer.


Uma ideia, uma pessoa, uma fé, um novo rumo, mas é possível identificar que
a força fomentadora deste nascimento surgirá desta pessoa. Ela deve utilizar a
parte da manhã para alimentar seus pensamentos, com orações, poemas,
leituras, músicas, coisas que agreguem positivamente em sua vida e seu
intelecto.

- Embora indique o nascimento de algo, quando trata de algo concreto


enxergamos solidão e incapacidade de agregar pessoas a seu entorno ou suas
ideias. Vive-se a respiração solitária do recém-nascido que embora envolto de
pessoas não as sente.
2º Odù : ÈJÌÒKÒ
Ibeji, Egbe, Egun, Xangô

Eewó: Mentira, falsidade, injustiça, covardia

- O grande início de ciclo; a morte é o nascimento para a vida espiritual. Para


tudo há um tempo certo, portante deve-se preparar a vida para que esta não
seja meno que a vida espiritual. A dualidade requer equilíbrio, quem não
aprecia a vida, morto está.

- Trabalhamos com a dúvida, a inquietação, a duplicidade material e


psicológica que pode estender-se para o plano espiritual sendo este a
influência maior na vida terrena o aspecto a ser estudado.

- É pedido para que essa pessoa cuide para não ser enganada por um amigo
uma pessoa próxima mesmo que com sentimentos doces nem sempre carrega
estes mesmos sentimentos para com outras pessoas deve-se haver um
discernimento entre o amigo eu fazer bem para si mesmo. “Amigo nosso são
nossos dentes e mesmo assim mordemos a língua”.

- Esta pessoa deve prestar atenção em sua espiritualidade, não em seu culto,
mas no seu desenvolvimento e na sua apreciação desta espiritualidade.
Estudar, conversar, aprender, estar atento às diversas variáveis da vida é estar
atento à espiritualidade.

- Deve se cuidar de cada detalhe dentro de sua espiritualidade, daquilo que foi
pedido, daquilo que se sente necessário fazer, com isso pode-se evitar a
negatividade vindoura, a morte, ou seja, antecipação de fim de ciclos que não
estão prontos para terminar.

- Finalizar um ciclo significa a morte do ciclo anterior, um abrir mão para que o
novo, o outro venha assumir o seu lugar. Falo isso abrangendo todos os
aspectos da vida. Aquele que compra uma casa maior, abandona a casa que
antes habitava e com isso sentimentos podem tomar conta; nocivos ou não.
- Caso o consulente seja casado (ou em outro relacionamento de maior
vínculo) é apropriado fazer um estudo e Ebó para o companheiro (a), visto que
este odu trata da dualidade.

- Esta pessoa deve evitar o cansaço e a utilização de termos de


arrependimento.

- Esta pessoa deve evitar o uso de roupas escuras.

- Esta pessoa deve evitar brigar que podem lhe tirar a cabeça do lugar a
deixando desequilibrada fazendo-a carregar a raiva consigo. Deve haver a
tentativa de conversa e afastar-se caso não consiga um apaziguamento. Mas
evitar conflitos deste tipo é fundamental.

- Este odú é um portal onde os ancestrais venham à Terra para trazer


sabedoria e conhecimento aos seres humanos. Portanto, aberto estes portais
devem ser guiados os sentimentos dos vivos para que seja feita toda esta
passagem de conhecimento e a finalização dela e não haja nada que fique
entre os planos. Este odú permite entrada do mundo dos mortos para este
plano então que seja bem trabalhado com responsabilidade tendo Ori a favor
para obtenção deste conhecimento e do progresso deste mundo.

- Ogum enfrentou a floresta inexplorada. Ogum era um ser completamente


irascível e impetuoso, mas para fazer o ebó foi pedido este demonstrou
benevolência e somente assim o ebó foi aceito. Mesmo que seu coração
estava fervilhando de sentimentos pesados e instintivos, enxergue através da
camada primitiva que lhe envolve e explore o seu outro eu.

- Este odú sinaliza a necessidade do nascimento de uma nova personalidade


ou de uma nova atitude diante da sociedade. é preciso que é algo nasça e se
deixe para trás o antigo o velho para que bem os seus sejam recebidas.

- Caso tenha um perigo de morte iminente o consulente deve ceder três partes
de argila, folhas, efun e carvão em pó e uma roupa usada pelo consulente e
com esses materiais confeccionar três esculturas. Após secas uma deve ser
posta em pedaços na encruzilhada, outra em um rio e outra em uma fogueira.
Deve se abrir um obi entregar uma parte a Ikú, comer a outra e as duas
restantes (macho e fêmea) devem ser guardadas pelo consulente até que
sequem completamente.
- Este odù pede realinhamento espiritual. Deve-se perguntar para qual área da
vida deve guiar este realinhamento para podermos trabalhar que forma mais
estrita. Cuidar da saúde física e psicológica é necessário para que Orí fale de
forma mais clara.

- É possível que Egún queira passar para este plano e dar bençãos, para que
isso ocorra de forma pacífica deve-se fazer adimú para Egún e rezar por 3 dias.
(Ipete de batata doce com sementes de melão tostadas, akará e acaçá). No
terceiro dia para despedir-se do ancestral, deve-se fazer uma comida especial
com aveia e mel e comer juntos na casa, agradecendo a visita e que deixe
bençãos de paz, harmonia, prosperidade, boa sorte e vida longa. O Adimu e o
restante do mingau devem ser embrulhados em um tecido branco com fitas
coloridas e despachado com cerveja.

- Caso haja perda de prosperidade e perturbação na ordem social, deve ser


ofertado Inhame para Exú aos pés de uma árvore, pedindo que livre Oko das
perturbações e assim nos livrando de nossas perturbações.

- Todo crescimento requer descartar o que não serve mais, como as árvores
que perdem as folhas no outono, para renascer na primavera. Este Odù
representa o poder da transformação espiritual, assim como a reencarnação
física, então também existe a possibilidade de que a pessoa que carrega este
Odù seja a reencarnação de um avô, irmão ou alguém da família que faleceu
recentemente.

- É indicado, quando cair esta mesa, que o consulente levante e dê três voltas
na cadeira ou bata os dedos indicadores três vezes. Também é costume pedi
para que coloque um banco ou cadeira atrás da porta. Todas as coisas pedidas
por este odù devem ser feitas repidamente.

- Trata sobre o período de preparação da “terra” para a fecundação, onde,


neste período, o solo não está pronto para receber a semente. Assim como a
mulher que em seu período menstrual libera em sangue o calor interno e
prepara-se para ser fecundada.

- É um Odù ligado às feiticeiras (Iyaami/Iyamogun), que são espíritos feiticeiros


femininos. É Odù muito temido pelas mulheres por seu poder de provocar
abortos e partos prematuros.
- Determina separação de mãe e filhos e muita tristeza por causa disso. Indica
que a mulher trai o marido. Indica inversão sexual. Indica doenças e feitiçarias
para alimentos e/ou bebidas. Deve-se homenagear a semeadura e a terra,
alimentando-a habitualmente.

- Em Ire (positivo), Èjì oko pode indicar atitudes puras e inocentes. Revela
sensibilidade artística, dignidade, evolução material e espiritual, conquista de
altos cargos, vitórias honrosas, encontro de dois corações, casamento,
coabitação (relação sexual), negócios com bons resultados, uma bela amizade.

- Em Òsóbò (negativo), pode indicar a possibilidade de aborto ou parto


prematuro, inveja de terceiros, atraso na vida por maus desejos (mau olhado),
feitiçaria contra o consulente, melancolia, perda de amor, separação da família
(principalmente pela mãe que a causa), frigidez nas mulheres e impotência nos
homens, inimigos ocultos, brigas entre amigos, casais ou irmãos.

- Òrìṣà diz que precisará de uma terceira pessoa para esclarecer um


desentendimento com um amigo ou companheiro e provavelmente essa
terceira pessoa não decidirá a seu favor. Um novo emprego, emprego ou
promoção terá resultados surpreendentes. Você pode esperar boa saúde e
total conforto material, mas seus desejos especiais não se realizarão mesmo
que você não faça ẹbọ. Durante o trânsito deste Odù, deve-se evitar o
consumo de elementos excitantes como café, obi, orogbo, ou coisas que façam
a pessoa se sentir "excitada emocionalmente", pois a fará cometer atos fora do
controle de seu Orí.

- Poderá aparecer pessoas para trabalharem com você, cuidado com estas
pessoas pois elas tomaram para si ideias e trabalhos que são seus. Você é
uma pessoa muito inteligente e isso as atrairá.

- Òrìṣà diz que, "A pedra que jogamos contra uma árvore, volta com mais força
e vai voltar de onde veio."

- Este Odù pede para ouvir sua mãe e requer a presença dela em sua vida,
pois é através dela que virá sua salvação.
3º Odú – ÒGÚNDÁ Meji
Èṣù, Ossaiyn, Ògún

- A liderança de um grupo está prestes a ser trocada; não devemos nos ater
somente ao âmbito profissional, mas tudo que alguém de importância tome a
responsabilidade de algo para si.

- Como chefe ou lider EVITAR cobranças demasiadas que causem muito


transtorno, ser mais flexível evitando ao máximo levar as pessoas a sofrer com
tarefas ou questões que impossível resolução.

- Há uma questão de inversão de posicionamento social para os filhos. Aquele


que nasce e tudo tem pode vir a sofrer mais do que aquele nascido e nada
carrega consigo.

- Deve-se fazer uma auto análise para criar um senso comum de justiça que
englobe o próprio consulente para que ele não sofra as consequências de não
fazer parte do todo.

- Este odú significa “Ogum cria”: através da criação terrena encontramos


meios de ultrapassar obstáculos (físicos, espirituais, psicológicos). É preciso
atentar para o material, o palpável, enxergar que este é a ferramenta terrena
que movimenta a energia.

- As pessoas que possuem uma posição importante devem sê-lo na


comunidade. deve ser feito o ebó para neutralizar influências negativas diante
desta alta posição. se um casal está em disputa ambos devem fazer ebó. (3
pombas, milho cozido, mingau de milho, bolo de chuva e 26.000 cowries).

- Boa fortuna, abundância, filhos e vida longa para quem trabalhar a


PACIÊNCIA diante deste Odú. (lutas, perseverança para manter posições,
demonstrar sua força)

- Para os filhos, deve-se elogiá-los, trabalhar os aspectos positivos, deve ser


feito limpeza na cabeça destes para que cresçam com prosperidade.
- Sugere a mudança de caminho diante da necessidade. Explorar um novo
caminho também é explorar novas dificuldades e para isso é preciso adaptar-
se e entender quais são as novidades e as dificuldades daquele caminho que
se inicia.

- Aponta problemas relacionados ao alcoolismo, porém deve ser feito um


parâmetro moderno e estudar o consulente para enxergar demais excessos.
Caso estes excessos sejam identificados como causadores de males, deve ser
feito ebó.

- Tratamos do temperamento humano, que busca equilibrar em diversos


âmbitos a evolução espiritual em sincronia da evolução psicossocial. Aquele
que não utiliza a força para o bem, acaba por dispersá-la causando cansaço. O
estudo e o policiamento das ações são a mais bela tecnologia humano; a
inteligência emocional que nos possibilita ir adiante equilibrando o que antes
era somente retirado a força.

- É adequado que o consulente se inicie para Èṣù, medindo seu temperamento


e lhe doutrinando as diversas formas de expor aquilo que está queimando
dentro de si.

- Uma das formas que se cria algo é destruindo sua forma antiga,
convenhamos, não é possível contruir uma casa em cima de outra. Para que
algo prospere, deve-se deixar para trás os escombros do passado, retirar deles
os metais e objetos de valor para utilizar na construção futura. Lembre-se, a
vida é um eterno abrir mão.

- Diferencia aquele que sabe e aquele que sabe fazer; APLICAR O


CONHECIMENTO ADQUIRIDO. A sabedoria sem aplicação de nada servirá
para quele que a possui.

- Fala da virilidade masculida, na ereção, da relação sexual, da penetração, da


ejaculação, podendo ser uma indicação de doença venéria ou distúrbios no
pênis.

- Suas cores são preto, branco e azul e rege todo tipo de metal escuro, o ferro,
o arco e a flecha, a arte da caça.

- Foi pela regência de Ogundá que Ogum e Xangô desceram à terra. Estes
tornaram-se irmãos por energia, Orisà identicos, embora vivessem em cidades
diferentes. É o signo dos grandes reis africanos.
- A dualidade entre a ira e a grandiosidade em suas ações. São graciosas e
benevolentes, mas em osogbo são cruéis e vingativas, mostrando as duas
partes de um ser grandioso; sua luz e sua sombra.
4º Odù – ÌROSÙN Meji
Ogun, Osun, Orí, Èṣù, Egun

- Caso a pessoa esteja cercada com problemas de Abiku, deve fazer oferenda
a Egum para que seus ancestrais vão em seu auxílio.

- Está pessoa deve respeitar sua mãe e as mulheres em âmbito amplo pelo seu
poder cíclico. O feminino deve ser comemorado. A mulher é vista como
detentora de duas grandes forças materiais; a força do útero que gera a vida
(água) e do sangue menstrual que é a força do ciclo mensal, como um
constante comungar com a ancestralidade.

- Irosun significa sangue menstrual, este sangue é visto como um sangue


cíclico mensal e considerado uma espécie de Atunwa (reencarnação). É um
tempo onde o feminino se liga pelo laço sanguíneo com o ancestral em pról da
renovação e comemoração da possibilidade de uma nova vida.

- Ao fim de tarde está pessoa deve tomar um tempo para descansar e


dar graças pelo dia que passou. (às 18hs)

- Recomenda-se que esta pessoa tenha coragem para enfrentar novos


caminhos e desafios para que este alcance vitórias por meio de luta.

- Muito se fala que o lado negativo de Irosún não está em sua complexidade
mas na simplicidade do fato que ele exerce sobre o ser humano. O que deve
acontecer, acontecerá. O homem que resiste ao seu destino se vê preso a
caminho que não lhe pertencem e tende a repetir caminhos errados tantas
vezes forem necessárias até que aceite o caminho correto.

A recusa em aceitar um caminho que vêm trazido pelo sangue ancestral só


trará desgraça para aquele Orí e a pessoa que estiver imersa nesta recusa
falhará ou colherá pela metade os frutros da vida.

- Para quem está mesa cair deverá fazer Adimú para Exú e ele irá lhe falar em
sonhos o que deve ser feito, pois todos os desejos desta pessoa, se tornarão
realidade, assim como um sonho.
- Está pessoa encontra-se em uma relação de amor e ódio, se este for o caso
ela deverá fazer Ebó para que não haja traição entre amigos

- A bondade não a deixará entrar em problemas, porém para este odù a


bondade não é um sentimento de naturalidade, logo é um ponto a ser
trabalhado pelo consulente.

- Conhecido como O SOM de Oxum, este odù representa a proteção que


Oxum dá a cabeça do Awo, daquele que faz a adivinhação, o ligando ao
passado e as percepções presentes. (ligação dos mundos)

- Colocar Efun nas pálpebras de todos, soprá-lo sobre a mesa e dizer “Ẹfun

fún ayo” (Ẹfun te de alegría).

- Trata da necessidade de reverenciar os ancestrais e antepassados a fim


de louvar sua memória e seus feitos. Através deste processo, somos
inspirados a encontrar nosso próprio lugar no mundo. Aqueles que
entendem este dizer tornam-se ancestrais venerados no futuro. (ciclo)

- É o Odù que se manifesta nas encruzilhadas e faz ligação do plano material


com o mundo espiritual. (oritá)

- Este foi o odù que ensinou os seres humanos a tirarem a própria vida.
Também é responsável por todo o buraco cavado na terra, sendo responsável
também por ensinar a enterrar os mortos (retorno a raiz material).

- Representado pela espiral este é o odù que pode mudar o curso da morte
(Akpejo uku)

- Está relacionado ao escarnio, a zombaria, ao malefício e a humilhação. É um


odù que dificilmente está em seu estado bom, sempre o encontramos no
mediano ao maléfico.

- Pessoas regidas por este odù são limítrofes em seus relacionamentos e


convívio social; convivem com pessoas promíscuas, libidinosas, criminosas,
com uma frequência mais baixa. São pessoas que sentem com muita
intensidade, algo que deve ser equilibrado para que consiga fugir dos
malefícios.

- O consulente está preocupado demais com problemas e questões alheias,


que não lhe dizem respeito. Isso faz com que a pessoa viva a vida das outras
pessoas e absorve as responsabilidades destas. Deve olhar para si, para suas
questões, para seus próprios problemas. Colocar-se em primeiro lugar.

- Este odù trata da profundidade em todos os aspectos. Dentro do pensamento


das pessoas faz com que esta se coloque em pensamentos complexos e
profundos, fazendo assim com que a cabeça trabalhe muito e não consiga
descansar corretamente. São pessoas que tem grande sensibilidade no âmbito
sentimental e, como toda sensibilidade, sem direcionamento pode causar
malefícios. Este cansaço e sono inadequado pode acabar com inícios de
quadros psiquiátricos

- É o odù dos invejosos, tanto da parte do consulente quanto a inveja que os


outros impõem contra este.

- Òrìṣà diz que uma discussão, uma disputa, é vencida se você permanecer
persistente e agressivo sobre o que deseja. Existe sorte no amor. As finanças
não estão como o esperado, há quedas e altas acentuadas. Marque suicídio e
perda de memória. Você pode estar passando por momentos ruins.

- Osogbo: Fala sobre falsidade, o roubo, relacionamento ruins por escolha, e a


atração de pessoas ruins para perto de si; pessoas falsas que podem lhe fazer
mal, falsos amigos. A morte prematura é uma característica, pois é um Odù
que não consegue ser compreendido corretamente em Aiye

- A pessoa de pele clara dever evitar casar-se com pessoas de pele clara e até
mesmo evitar envolver-se com pessoas de pele clara/vermelha

- Se esta pessoa estiver procurando casamento deve verificar com o Orisa


muito bem com que mulher irá se comprometer, pois há uma grande chance
dela ser promíscua e o colocar em grandes problemas, doenças venéreas e até
risco de vida.
(Ofo)
Ìrosùn, Ìrosùn, Ìrosùn,
Mo be yin, kie jeki awon omo
Araye gburo, mi pe mo
lowó lowó pe mo niyi, pe mo nola, pe mo bimo rere ati beebee.
Kie jeki won gbo iro mi kaakiri agbaye, Ìrosùn. Àse.

Rogo-te que o mundo inteiro me escute, que eu seja rico, que eu tenha
honra, que eu tenha prestígio, que todos meus filhos estejam bem.
Deixem que estem ao redor do mundo que sou uma boa e abençoada
pessoa.

- Irosun tem o poder de multiplicar todas as qualidades e/ou mandamentos


anteriores. Este Odu dá valor ao que foi sussurrado para Orí e gera a ousadia e
potencial para multiplicar.

- Não necessariamente devemos classificar a multiplicação e a aplicação deste


potencial em algo prazeroso, pois ela pode significar que Orí está absorvendo
tal potencial para conseguir mover-se em direção ao destino que se propôs.
Este potencial não virá, ao menos não somente, quando o consulente desejar,
ele virá quando os ventos da vida forem a ele favoráveis e todos os elementos
rumando ao mesmo fim.

- Irosun nos mostra que através do sistema divinatório evitamos a estagnação


espiritual, sempre aprimorando nossas habilidades, entendendo nossas
fraquezas, nossos deveres, nossa força e como, neste mar de tarefas
compatuadas em Orun, podemos ser plenos e felizes em Aiye.

- O lado negativo mais acentuado em Irosun é a negação do próprio destino e


da força que a naturaza faz junto de Orí. A resistência do homem quanto ao
destino e a tudo que foi lhe dado; sabedoria, bens materiais, oportunidades e
este querer trilhar um caminho totalmente oposto por sua simples vontade faz
com que o mesmo se perca em agonia.
5º Odú – Ọ̀ ṢẸ MEJI
Oṣun e Logunede

- Ose cobra de seus seguidores as intenções da abundância recebida, muitas


vezes as bençãos cessão por estagnarem nas mãos de quem as recebeu,
simplesmente por não estarem preparadas para tal abundância. A cobrança
pode ser direta sobre “ser fecundo e multiplicar”, visto que esta é o sentido da
vida na terra.

- Para OSE abundância e fertilidade estão dentro da mesma palavra. A


sexualidade e o erotismo (não o erotismo vulgar, mas odesejo de obter o filho)
está no coração de Ose. Ose cria o desejo que é fundamental para o dom da
reprodução. (abundância procriativa)

- Ose conquista criando abundância que fala do sucesso da família, do ardor


do casal e do amor um pelo outro, da unidade amorosa da distante criação de
Deus

- Faz a ligação da beleza, do amor e da atratividade com a prosperidade em


amplo espectro na vida. Aquele que transmite beleza possui maior chances de
adquirir uma vida próspera, pois a beleza atinge patamares psicológicos:
autoestima, confiança, determinação. Porém a vaidade excessiva pode cegar o
consulente.

- Abra-se para o uso de palavras positivas para mudar as frequências do


consulente e do ambiente que o circunda. A beleza deve imperar em suas
ações, em seus gestos, sua rotina.

- Deve-se averiguar se há algum distúrbio sexual (falta de libido, desejo


excessivo, impotência, frigidez) para que se possa saná-lo enquanto este odù
está disposto na mesa.

- Ose traz avisos sobre a região pélvica, sobre fertilidade feminina e em


negativo doenças neste região.
- Tenha cuidado com a FOME pelo dinheiro e pelo ímpeto em conseguí-lo. A
ilusão que o dinheiro e o poder dão quando estão nas mãos e a cegueira que
ele causa quando estão voltados somente para conquistá-lo.

- Faça tudo aquilo que lhe for ordenado, mesmo as pequenas coisas, caso
contrário haverá grande consequências.

- OSE pede que a pessoa separe uma parte de seu tempo para sua
espiritualidade. Durante 3 dias fazer um momento de oração e reflexão para
que sua vibração possa se transformar.

- Osun é a senhora da ABUNDÂNCIA. Saber utilizar esta abundança e fazê-la


permanecer em sua vida requer estudo em Osun e devoção.

- Haverá sorte no âmbito profissional e afetivo, deve-se cultuar Osun e Èsù


para equilibrar e manter as benções conquistadas.

- Fala sobra a beleza e o asseio como fatores imprescindíveis para o sucessor


e a prosperidade. O equilíbrio dessas qualidades pode levar ao pleno sucessor,
em desequilíbrio o ego poderá sobressair atrapalhando o consulente.

- Deve-se ofertar dinheiro a exú diante deste Odù para que haja amizades e
uniões que tragam bons frutos (5 reais).

- Existe a possibilidade de haver lutar de força e disputa de poder que são


consideradas como desalinhadores do caminho divino. Deve-se evitar que o
consulente utilize de sua força para se sobressair a alguém ou subjulgar
alguém. ESTE AVISO: Vem de um poema de odú sobre como OSEGUN levava
sua vida antes de seguir como deveria dentro dos preceitos e nos avisa que
devemos revisar nossas ações pois elas estão tolhendo nossa prosperidade e
a menos que troquemos de caminho assim ficaremos. Devemos então mudar
nosso rumo com muita CAUTELA e DISCRIÇÃO.

- A pessoa que sentir que há obstáculos em seu caminho deve fazer ebó para
que seu caminho seja aberto e sua sorte volte a seu favor fazendo com que
aquilo que é dela por direito retorno a seu caminho de vida.

- Para um consulente que está prestes a viajar e cair esta mesa o mesmo
deverá fazer ebó para proteger seus bens, sua posição e tudo aquilo que lhe é
de grande valor, para que não surja alguém de “maior poder” que o tome para
si.
- Se a pessoa a quem cair esta mesa estiver doente esta deve fazer ebó e
deve ser avisada que seu filho(a) será teimoso e não ouvirá conselhos e deve
preparar seu filho (ifa) para que este viva muito, caso ainda não tenha filhos
deverá preparar ifá para o primeiro filho que nascer.

- A mulher que não consegue encontrar o amor, mesmo possuindo todos os


atributos da beleza deverá fazer uma limpeza e proteção para que as velhas
mães da noite não sejam suas inimigas. Deve ser preparado um banho com
um encantamento e ser tomado por seis dias para que o véu que a cobre saia
e os homens possam ver sua beleza por inteiro.

Òsé, Òsé, Òsé,


Mo be yin, kie fun mi ni agbara,
ki nsegún awon ota mi loni ati ni gbogbo ojo aye mi,
kiemaa bami fi ise se gbogbo awon eniti nwa Ifárapa ati beebee fun mi.
Ki e jeki ngbo ki nto ki npa ewu sehin, Òsé. Àse.

O conquistador, o conquistador, o conquistador,


Eu te rogo que me dê forças.
Que eu possa dominar meus inimigos hoje e em toda minha vida deixá-los
sofrer na pobreza.
Deixe eu viver uma vida longa e ver meu cabelo ficar branco. Ó
conquistador! Axé.
6º Odú - Ọ̀ BÀRÀ Meji
Obatala, Ori e Òrìsà funfun

 Para que este Odú seja considerado como principal, o mesmo deverá cair
duas vezes consecutivas.

- Não deve haver pressa em nenhum aspecto quando se objetiva o dinheiro. A


pessoa deve trabalhar sem antecipar a “presença psicológica” dos frutos desse
trabalho, fazendo isso esta pessoa colherá bênçãos de prosperidade e
dinheiro.

- Por ser uma pessoa muito agitada é necessário que haja um equilíbrio para
que esta consiga colher os frutos de seu trabalho. Quando o oráculo diz que
você deve se acalmar para olhar a estrada é porque os frutos de seu trabalho
estão na estrada, caso você a percorra com grande velocidade não colherá
nada.

- Esta pessoa deve descansar mais, tomar um tempo para si, melhorar seu
sono, tirar férias, conseguir achar o ponto de equilíbrio entre sua agitação e
aquilo que deve ser conquistado que é a paciência e a calma.

- O consulente é uma pessoa muito agitada que está sempre em movimento e


tem a necessidade desse mover seja este movimento em espaço físico ou em
condições que não são materiais.

- Esta pessoa vencerá seus inimigos, não deve preocupar-se demasiadamente


com rixas e problemas pequenos.

- O consulente deve evitar “ser de dois corações”. Despertar duas paixões


pode tirá-lo do rumo.

- A cabeça desta pessoa a fará rica, portanto sua cabeça deve ser limpa e
manter-se limpa, energética e psicologicamente, através da busca por
equilíbrio.
- O excesso de carne vermelha não fará bem para a pessoa a quem este Odú
cair como principal é bom que se evite.

- Obara é o odù da realeza, de todos os grandes Orisas que cumpriram


funções importantes em Aiye.

- Bàbá Ipaku; o pai do primeiro assassinato. Ensinou o homem a tirar a vida de


outro homem.

- Bàbá Pasanga; o pai do adultério, da traição, das relações extraconjugais.

- É o rei da prosperidade, do equilíbrio material e amoroso, também é o senhor


do conhecimento e da união familiar que pode se estender até os ancestrais.
Ele concede a dádiva da longevidade.

- São pessoas alegres, extrovertidas, engraçadas, conversam e sorriem


bastante, porém dentro de si carregam tristezas e mágoas. São pessoas que
sofrem e passam por dificuldades para alcançar seus objetivos, mas são
persistentes e não desistem com facilidade.

OSOGBO: Há um grande desequilíbrio em todas as áreas da vida, perda de


libido e interesse sexual, perda de sua fé, os pilares de seu reinado começam a
ceder.

Eewó: Comer carne de preá, cobra, peixe defumado, bolos envoltos por folha
de bananeira, tangerina, fubá amarelo, levantar algum peso que será posto
sobre a cabeça ou os ombros de outra pessoa e fazer ou participar de fofocas.

- Deve se alimentar pessoas importantes em sua vida, amigos e seus pais para
seja agraciado por Orixá.

- Pede limpeza de cabeça; água fria e ervas que propiciem a calma


7º Odú – ODÍ MEJI (Nádegas)
Oxóssi, Egbe, Ancestrais (Oyá/Iyemoja/sango)

- Embora seja um Odú cercado por ire’s é preciso dar muita atenção pois sua
base é tênue. Fala das relações humanas, de como a relação de amizade pode
beneficiar mas também pode indicar traições e desentendimentos por parte de
amigos que devem ser sanados com conversa e “COMPARTILHANDO
ALIMENTO”.

- Apresenta-se em frente a esta mesa um lider nato, algo que deve ser
considerado dentro da posição que a pessoa ocupa e cautelosamente alinhar
se esta característica não está sendo mal interpretada pelo ambiente.

* Amizades devem ser tratadas com cautela; há possibilidade de traíção (neste


quesito deve-se manter atento para as possíveis relações se inclinam à traíção,
evitando o foco único nas relações afetivas) – Èṣù.

- Há também a possibilidade do consulente ser ABIKU e isto pode manifestar-


se em diversas esferas; afetando a socialização, criando um ser auto
sabotador, deprimido, pródigo e, em última instância, a morte prematura.

- É um Odú de elementos AR sobre ÁGUA. Renovação de Obstáculos,


impedimentos. Representado por um circulo com uma linha horizontal. Ponto:
SUL

- Fala das relações humanas que em IRE geram liderança e amplos contatos
que beneficiam as relações de um modo geral porém em ONA OSOGBO pode
causar PRISÃO.

Esta prisão pode significar problemas judiciais (prisão de fato), visto que o
consulente é auto saoatador, mas também a prisão social e prisão afetiva,
onde o consulente se esconde, evitando o contato com a diversidade de
pessoas e por isso, ou através disso, fica impossibilitado e incapaz de exercer
o bem, ser uma pessoa boa, expor suas qualidades. O que torna-se uma falha
dentro da linha cármica: “O ser bondoso que não exerce sua bondade paga
duas vezes mais que o maligno que exerce plenamente sua maldade”.

- Nesta mesa trabalhamos chaves que fecham e abrem ciclos e devemos ir a


fundo neste quesito, pois, fases transitórias devem ser fator de atenção ao
sacerdote. Neste Odú utilizamos a palavra “to” (tooo) que significa “está
terminado”, “suficiente”. Esta expressão yorubana nos faz remeter aos
ancestrais que temos ciência de que algo termina e algo começa e estamos ali
presenciando está maravilhosa chave da natureza. (recomendo um ebó para
novo ciclo)

- Fala também sobre as responsabilidades da maternidade, pois é um Odú


feminino. Trata da inversão sexual masculina.

- Vestir-se de branco, evitar o consumo do número sete em todas suas


formas e se alimentar com: Lebre, feijão fradinho, purê de batata doce.
Evitar tudo que seja relacionado a morte. (tudo até segunda ordem)

- Adverte-se para que se usem grãos e sementes com medidas exatas para
serem ofertados a Iyemoja e Oyá a fim de possuir uma boa vida. Uma boa vida
sempre necessitará de equilíbrio e este se conquista medindo todas suas
qualidades e defeitos para que não caia sobre o mundo um ser que não tenha
conhecimento do que possui dentro de si. O homem não deve ser uma
surpresa para si mesmo, a busca constante pelo auto conhecimento deve fazê-
lo conhecer a si, assim, dando poder sobre o que este deseja dar ao mundo.

- Deve-se praticar o perdão para quem a pessoa sentar nesta mesa, pois é
uma atitude de grande valia para Orun; perdoar a si e aos outros. Não se
martirize.

- Esta pessoa está propensa a ser dominada pela íra, pela raiva, mas não deve
se deixar consumir por estes sentimentos a fim de que doutrine seu espírito
para alcançar bençãos e força moral. Manter-se com a cabeça fria atrairá
bençãos e para evitar insultos e situações que criem tais desequilíbrios,
aconselha-se utilizar roupas brancas.

- Como exercício esta pessoa deve evitar se machucar física e


emocionalmente, algo que exige cautela em suas ações e pensamentos,
fazendo que redobre sua atenção no presente, em tudo que está acontecendo
a sua volta e dentro de si.
- Esta pessoa tenderá a duvidar sobre o que lhe será dito.

- Este é um odu favorável, não há nada que diga o contrário disto, porém, este
odú exige resignação em direção à paciência e observância das pessoas e do
ambiente que as cerca. LOGO, quem está sob sua influência terá sua
paciência testada ou tem, por natureza, uma tendência a se irritar facilmente e
tomar decisões precipitadamente.

- Existe a possibilidade da pessoa sob este odú ser uma pessoa com poucos
ou nenhum amigo próximo, visto que ela não consegue manter um vínculo
empático natural por ser mais introspectiva, portanto suas amizadas não são
enraizadas (necessidade de trabalhar a socialização).

- É necessário que a pessoa saiba quem são as pessoas a sua volta fazendo
uma análise friamente, pois tenderá a ser usada por algumas pessoas que se
dizem amigos, dando mais do que possui para dar esta se tornará uma
pródiga. É importante que a pessoa trabalhe sua ESTIMA pública, para
conquistar, talvez não uma amizade próxima, mas uma amizada erigida na
consideração do ser.

- Fala da inveja, da possível traição por conta da inveja, onde as pessoas


estão olhando para o que você tem e desejando aquilo, desejando que você
não tenha aquilo, independente se elas querem ou não a sua posição. É pedido
que tenha cuidado com pessoas próximas que invejem você, pessoas do seu
convívio e nesta proximidade possam causar maior dano.

Para que haja a redução do risco de traíção é pedido para que


mantenha-se alerta com pessoas próximas e seus comportamentos e que você
tenha uma conduta branda para com elas, integrando-as em pequenos
momentos no dia-a-dia. Fazer EBO para Èṣù para que a traíção não cause
dano ao todo e a pessoa se perca dentro deste pensamento dissidente. Junto a
este ebó fazer algo seco para comer e partilhar com as pessoas próximas,
dando uma parte para Èṣù e dividindo o restante com estas pessoas.

- A necessidade de adorar os ancestrais e aqueles que os seus ancestrais


adoravam através de respeito de estudo, de resgate, é muito importante, pois,
trata da identidade genética/energética que você carrega e carregará,
independente da vontade que você tenha, independente da fé que você siga, é
primordial que você tenha essa identidade que, o seu corpo leva consigo, junto
de sua cabeça (Ori).

- Deve-se respeitar aqueles que o alimentam, pois são deles que provém a
fonte de força e equilíbrio. O respeito aos pais independe da resignação cega,
mas sim da plena convicção que a vida adulta requer respeito mesmo diante da
adversidade e conflitos de opinião. Para que haja uma unidade dentro deste
aspecto é indicado fazer ebó para Exú (duas cabaças com ensopado de mel).

- Osun trouxe a água para a terra, portanto este é o odù da gestação, da


formação através do líquido aminiótico.

- Alimentar-se da comida de alguém gera uma dívida que pode ser a chave
para cessar qualquer tipo de conflito. É importante citarmos quantas vezes
forem precisa que o ato de alimentar é uma dádiva dos nobre de coração.

 Ser sufocado pela situações que o cercam


 Sensação de não poder fazer nada e que a vida perdeu o sentido;
 Necessidade de trazer à tona assuntos antigos que desgastam;
 Odù da gestação, do nascimento de coisas novas, de novos ciclos;
 Não se isolar, mostrar-se bom para todos.
8º Odú - Èjì-Ogbè Meji

Ori, Ifá, Aje, Iyemoja, Oyá

- Èji-Ogbè ou Èjì-Onílẹ é a primeira expansão de Olorum (big-bang). A forma


de como o universo em sua primeira etapa se desfragmentou em diversas
camadas. A expansão de Deus ocorre de maneira gradativa, como um
degradê, Deus em sua criação infinita expande-se da forma mais sutil,
inalcançável aos nossos pensamentos, até a forma mais densa, possível de ser
vista, sentida e apreciada. É da natureza de todas as coisas o retorno à origem,
o retorno ao equilíbrio e a harmonia, então é aconselhado esta pessoa para
quem cai esta mesa que se doutrine espiritualmente, fisicamente e
psicologicamente a fim de atingir o máximo de evolução possível dentro de sua
curta passagem por aiye. esta pessoa terá dificuldades em se encaixar num
padrão normal de vida, visto que mesmo tendo toda sorte haverá dentro dela
como uma semente esperando um solo fértil o ambiente propício para que ela
tenha paz dentro de sua missão. Obviamente esta pessoa poderá ter uma vida
normal fora do sacerdócio, porém é de bom grado para que tenha bênçãos que
se dedique a sua espiritualidade em uma porcentagem maior do que a pessoa
que não tem este odu sobre ela, pois é de seu destino encontrar as suas
respostas dentro de si e no convívio dos mesmos em uma família espiritual e
em pessoas que tenham a mesma linha e proposta de aprendizado.

- É a necessidade da ligação humana com a sua espiritualidade não de forma


que isole uma a outra, mas como um complemento. é a tarefa que o homem
possui desde sua concepção energética por Olodumare, ou seja, estar
constantemente em evolução e conectado a orún. A importância e se
espiritualizar é vital para quem cai nesta mesa, visto que a vida dessa pessoa
não pode ser plena sendo ela totalmente isenta a espiritualidade e ao modo
completo, pleno de ser uma criação de Deus. Ori e todos os espíritos
convergem a favor dessa pessoa ela terá muita sorte e todos os aspectos:
saúde, dinheiro, relacionamentos, prosperidade em muitos pontos se for
mínimamente equilibrado seu espiritual, isso torna a sua tarefa mais difícil de
ser vista pois a sua missão está escondida por de trás dos meandros da vida.

- Duas coisas são importantes para pessoas sobre esse Odú, como possui um
destino nobre é preciso que essa pessoa tenha ponderação em seus atos na
vida mundana, é necessário que esta pessoa evite brigas evite confrontos em
vias de fato e que não reclame jamais do seu trabalho para que esse possa
prosperar. Esta é uma maneira de se resignar e a resignação ou “o aceite”
muitas das coisas que não queremos é uma forma de doutrinar o espírito e a
mente.

- Para esta pessoa é recomendado que se faça Ebó para Èṣù e Bori, pois este
Odú em primeira mão trata da importância do Ori e de sua magnificência diante
da vida, da grandeza e da elevação do mesmo.

- Este Odú trata da ascenção e do alinhamento espiritual entre Ori


(consciência humana) e o Iponri (alma dupla que vive em Orun). A manutenção
deste segmento de ligação necessitará doutrina e um ambiente favorável para
que haja crescimento pleno da pessoa a quem está mesa cair.

- Está pessoa deve evitar ingerir carne de porco.


- Deve-se fazer ebó (faixa para amarrar a cintura) para evitar a morte em
todos seus aspectos.

- Neste Odú Exú responde com toda sua benevolência e vontade para que, a
partir de tudo feito corretamente, moverá feliz o mundo para quem esta mesa
cair.

- A importância da amizada é enfatizada, deve-se fazer ebó para que as


amizades perdurem sem quaisquer influência negativa e possam todas as
partes colher coisas boa. Pede-se neste ebó para que exú nos dê o
discernimento de reconhecer o amigo verdadeiro quando este surgir.

- Lealdade, generosidade, prosperidade, sorte no amor e fertilidade virão com


Exú.

- A criança que nasce sob este odù veio à terra para ensinar/salvar a vida dos
pais, pois ela tendo esta tarefa suas ações devem ser muito bem interpretadas
e sua criação deve ser voltada ao rumo correto da moral e da ética.

- Não se deve esconder do sacerdote o problema que lhe aflige a fim de que
seja também escutado por Elendumare. A importância de externar uma
situação; guardar algo de si só faz apodrecer ou morrer à míngua.

- Èṣù come pela manhã, é no amanhecer que èṣù recebe seus presentes.
- É um odù de grande luz, por isso deve ser policiado para que esta não
ofusque o consulente fazendo com que este pense estar agindo de maneira
mais adequado do que realmente está.

- É o odù que rege muito o Ego, por ser realmente grandioso e saber disso, é
preciso tomar cuidado para não deixar a humildade em segundo plano.

Magia para Felicidade


Ayoyogo, Ayoyogo Oro ayo lobawa
Ayoyogo Mangoman Oro ibanuje kan ki iba iyo
Adifafún Orúnmila Emiti mo mu iyo yora
Iyo ti nloree bawon mu iyo Oro ayo lobami
yora Cuando se iba a usar la sal para
hacer una cosa buena. Oro ibanuje kan ki iba iyo.

Awa ti amu iyo yora


. Nosotros Ayoyogo , Ayoyogo
que hemos usado sal para hacer cosas
buenas Ayoyogo Mangoman

- Se mistura sal a Iyerosun e marca-se Eji-obge e se reza a oração acima


pedindo felicidade de alegria. Depois mistura-se o pó com água e bebe-se
(pode mais de uma pessoa beber) depois é derramado um pouco em Èṣù
pedindo para que Elegbara leve até Olodumare atenda nosso pedido
9º Odù – Ọ́ SÁ Meji
Iyami, Oyá, Iyemoja e Iyabas

- É a força natural que criou o poder de Oyá em Aiyé, sempre que se está em
uma floresta esta energia move-se e é possível senti-la. Os desastres naturais
e pessoais são niveladores de extremismos tomados como caminho pela
comunidade e pelo indivíduo, onde as grandes perdas fazem com que o
sentimento de amparo (desamparo) seja a chave que transformará o ser. Tudo
que vai em desacordo com Iwa pele.

- Em IRE fala sobre o poder reprodutivo da mulher em todo seu ciclo mentrual
e a sacralidade deste sistema em Ona OSOGBO fala de infertilidade e aborto.

- Luas minguante e crescente; folhas como algodoeiro, aroeira, mamona, folha


de fogo e rosa vermelha.

- Atribui-se a este odù todo animal que é dado à magia e ao feitiço, o poder do
sangue, em especial da circulação sanguínea.

- Trata de questões familiares que devem ser abordadas com cautela devido à
proximidade das pessoas e a confiança atribuída a elas.

- É importante que para quem cair esta mesa se resguarde de sair de casa sem
necessidade por 9 dias para que os perigos não o atinjam. Como está
indicação nos dias de hoje é difícil de cumprir, deve-se evitar sair à noite, visitar
novos lugares, beber álcool, se expor a perigos em telhados ou árvores.

- A pessoa está sofrendo injustiça, sendo acusada de fazer malefícios que esta
não fez. Deve-se rogar a Sangó para que esta questão seja sanada.

- Deve-se ter respeito as Yabás e Iyami e, obviamente, a todas as mulheres


pela fonte da modificação do mundo e seu imenso poder de transformar.

- É preciso proteger e limpar o primogênito com um ebó para Ògún, pois ele
pode estar absorvendo substratos energéticos que seriam enviados para você.
- Para quem quiser alcançar posições de destaque deve cumprir obrigações
dentro de um bosque, procurando entrar em sintonia e oferecer Adimú para
Okó (vegetais de jardim colocados em torno de uma árvore).

- As Iyami são forças da natureza, não necessariamente boas, tampouco ruins,


mas forças naturais que requerem resignação e respeito as necessidades de
seu ambiente. A força feminina deve ser exaltada diante de todos os ebós para
que venha sorte e força, agradecendo por equilibrar o mundo e que afaste o
mal, a morte, a doença e a má sorte.

- Em osogbo pode causar intenso desequilíbrio afim de testar a quem está


mesa abre; também indica possibilidade de aborto, tanto de gravidez quanto de
planos, projetos, intenções, vontades. Tudo irá parar para que você se renove
a partir de seus restos.

- É necessário que o consulente reveja sua relação com sua família e faça uma
análise no que se refere ao equilíbrio do seu próprio eu diante de sua família.
No campo espiritual, questões familiares podem nos pedir proximidade ou
afastamento para que consigamos desenvolver nossa vida.

- Não há como regular ou controlar as forças da natureza, o que podemos fazer


é ter o conhecimento para agir conforme a necessidade, está é lição mais
importante de Osá; devemos entender a natureza e no ver fazendo parte de
sua personalidade caótica, somo a natureza, não devemos fazer força para
evitar nossa ligação com o natural, mas ir em direção a ele e ver que tudo faz
para de um grande fluxo.

- EWÓ: Feitiços indevidos feitos em cabaças, queimar algodão, prender


pássaros, utilizar e manter móveis e enfeites feitos com bambu, borboletas e
libélulas.

- Osa vai lhe testar, testar suas fraquezas, impondo-lhe condições favoráveis
para que você perca o equilíbrio e coloque sua sorte a perda. Quando se der
conta desses momentos deve dizer: Mi ni Kánrin! (Sou forte!)
Òsá, Òsá, Òsá,

Mo be yin, kie jeki ndi arisa-ina, akotagiri ejo fun awon ota,

kieso mi di pupo gun rere, ki’mi rowó san owó orí ,

kimi rowó san awin Orun mi ati beebee. Òsá. Àse.

Ajuda, ajuda, ajuda,

Te rogo, deixa eu ser como o fogo que a gente foge,

Como a serpente que é grandemente temida por seus inimigos

Me abençoe para o bem, que eu sempre tenha dinheiro para pagar minhas dívidas,
para que eu sempre faça coisas boas ao mundo. Ajuda. Axé.

- Este odù vem trazendo a infertilidade (de maneira geral) onde nada nasce na
vida do consulente, quando pensando na forma da geração de um ser, uma
ideia, um princípio, logo devemos pensar em um estado harmônico para que
tudo ocorra como se deve.

Com isso devemos prestar atenção nos rumos de nossa vida diante de nosso
conjuge, amigos, familiares, como nos portamos com as pessoas diante do
mundo e ver se a água de nossa vida não está baixa ou seca.

- O sentido de vulnerabilidade mostra-nos dois tipos de catástrofes particulares:


aquelas em que nada pudemos fazer, onde a natureza impera solitária e
aquelas que nos colocam em uma posição de VULNERABILIDADE, pois nos
preparamos para enfrentar e arcar com a presença dos poderes externos
(naturais) e, mesmo assim, sucumbimos. A segunda, o resultado precedido
pela tentativa de resistência, mostra-se de imcomparável dor, pois a natureza
temo poder de subjugar a esperança que a humanidade tem em si.

- Enquanto Osá é o cataclismo (força externa), Ogunda é a chave da


sobrevivência. Evidenciando duas faces da natureza; aquela que não verifica
as consequências individuais para tornar possível a mudança e aquela que
toma os macanismos humanos como ferramentas de transformação. A
mudança pode ser a reamão passiva ao fato ou a forma de como enfrentamos
a partir de nossas habilidades adquiridas com o tempo. Ambas causam
impacto na sociedade no que concerne a evolução, porém os detalhes se
diferenciam.

Osá é a ação de mudança externa, alheia à vontade humana, Ogunda é que


remove os obstáculos fisicamente expressos em hábitos corrosívos e Ogbe
remove obstáculos contando com o sentido sagrado da intuição de Orí.

Em Osá buscamos a resiliência ou o autocontrole. Diferente de querer transpor


um obstáculo, Osá nos envolve no próprio obstáculo.

 Beber mais água, hidratar-se. Molhar suas plantas.


 Mudanças inesperadas, guinadas na vida, boas ou ruins.
 Verificar se há a necessidade de limpeza
10º Odù – Òfún Meji
Odudua, Obatala e funfun

- Ao cair este Odù deve-se dizer “Epa”

- Simboliza o branco, a pureza, a energia da limpeza que gerou todas as


demais. Fala da necessidade de purificação.

- Pode fazer a ligação do mundo visível com o mundo invisível. União entre
Orún e Aíye.

- Vemos neste odù uma grande esfera em chamas e dentro dela se encontra o
masculino e o feminino em ato sexual, representado a geração da vida, a
criação. É através da cabaça criadora de Oduduwa que encontramos tudo que
nos falta para construir aquilo que nos falta.

- Este odú vem trazendo do universo as bençãos pedidas, òfún traz tudo que
há de melhor para aquele que segue os ensinamentos e respeita os Awo. É o
resultado da busca pelo conhecimento e sabedoria.

- Recomenda-se jejum para fazer uma limpeza física e espiritual. (por motivos
de saúde)

- Neste Odú encontramos o poder da palavra (Ofo àse) como força


transformadora e transmutadora de todas as coisas.

- Há neste odú a ignorância de quem não segue a lei natural e por isso sofre,
mas também aquele que por seguir esta lei, colhe seus frutos; o fruto vindo da
sapiência, do trabalho harmônico no âmbito da vida.

- Trata sobre a importância da sabedoria antecedendo todas as coisas para


que tudo flua conforme deve; dentro do tempo, espaço e razão. Sem o
conhecimento é impossível construir uma vida plena.
- Neste Odú nasce a unidade dentro do culto ao orisa, equilibrando a
interferência das divindades sobre a terra. Ele não é um mediador, mas um
harmonizador, criando um equilíbrio para todos hajam dentro das necessidades
e deveres.

- Orixá diz que alguém que fez um juramento com a pessoa o romperá, deve-
se investigar a importância e profundidade deste fato para preparar a pessoa e
o ambiente.
- Por ser um Odú de ligação, deve-se estar atento com a caída deste junto com
Ọ̀ wọ́ nrín (11º Odú), indicando a necessidade de um ebó para Egungun pois há
a possibilidade da proximidade de um ente querido, cuja energia deve ser
neutralizada.

- É o odú da esperança, do novo, do acontecimento inédito, de algo que vem


para acrescentar na vida da pessoa. Até mesmo coisas perdidas podem ser
reavidas, momentos, materiais, pessoas, que devem voltar para nivelar um
passado maculado.

- Novos relacionamentos, contratos profissionais, amigos.

- Há a necessidade de separar um período da vida para meditação e


espiritualidade, a fim de equilibrar tudo que possa ser ligação do físico com
espiritual.

- Abre tratamento para esterilidade feminina com Oyá e impotência


masculina com Ògún*

- É imprescindível que o consulente tenha plena atenção na vida, atenção no


presente, na vida que vive, pois a falta desta atenção o fará perder muitas
coisas e isto é inadimissível para òfún. Atenção requer calma e análise,
ponderação em pensamentos, palavras e ações.

- Retrata neste Odú a importância da atividade sacerdotal como caminho de


vida, guiar as pessoas pela espiritualidade e a responsabilidade desta tarefa.
Ser fiel a palavra e aos ensinamentos e jamais mentir sobre algo que não
detém conhecimento. Seja fiel as suas palavras, pois é somente elas que lhe
atribuem valor, caso contrário a morte social virá e você se perderá diante da
comunidade.
- É importante para um sacerdote estar bem consigo mesmo, assim para todos
os sacerdotes, religiosos, dirigentes espirituais, devem estar em constante
reforma e manutenção de sua estrutura diante de um mundo cada vez mais
ardiloso. Estar em contato com o sagrado requer que você esteja em contato
com o seu íntimo.

- Carrega todas as proibições de todos os Orisa. Não deve usar roupa rasgada,
roupa suja, roupa velha. Assopar fogo, apagar velas. Evitar Dendê e vestir-se
de branco.

- Se o consulente está na iminência de perde algo de grande valor deve ser


feito ebó para que a magia alheia não o afete para que este não perca,
normalmente é feito algo por meio de uma trama secreta.

- Se uma mulher quer ter filho esta deve exercitar a paciência e fazer ebó. Se
for homem é indicado que ele inicie em Ifá e se for mulher esta deve casar com
um sacerdote de Ifá e depois fazer ebó.

- O poder da palavra faz com que milagres aconteçam em Ofun, mas apenas
através da palavra, aqui vemos a força da oração e do direcionamento do
sacerdote com a imagem projetada. A resposta das preces vem através da
palavra, visto isso, é imprescindível a plena atenção em Orí e sua depuração.
11º Odù - Ọ̀ WỌ́ NRÍN Meji

Egungun, Oxóssi, Ancentrais

- É um odù que fala da ancestralidade, da ligação da vida com a morte e tudo


que está “ponte” possa trazer para ambos os lados.

- É um Odù que trata de surpresas, coisas inesperadas, positivas ou negativas.

- Há uma importância indizível de trazer para a vida do consulente a lembrança


positiva e o culto aos ancestrais, para que o fluxo de ase siga sem revezes. É
através desta ligação que podemos aprender aquilo que não está escrito e
enxergar aquilo que não nos está aparente.

- Mostra influência dos antepassados nas ações tomadas pelo consulente.

- O consulente deve cuidar para não expor prematuramente suas ideias e


sonhos para que estes não sejam vítimas de “matadores de sonhos”, pessoas
que tentem a apagar a chama do desejo nas pessoas por inveja, raiva, ciúme e
etc.

- Podem gerar filhos preguiçosos, auto sabotadores, que devem ser


disciplinados para seguirem na terra com mais força (através de conhecimento
e Ebó)

- Caso a pessoa esteja se mudando para uma casa nova (estendo este dizer
para qualquer estabelecimento que passe mais de 24hs semanais), a mesma
deve ofertar Akara e dinheiro à Oworin e doar roupas para os pobres.

- Caso está pessoa esteja sofrendo com alguma doença deve fazer ebó a
egungun para que prolongue sua vida.

- Existe a possibilidade de um familiar estar envolvido em uma fofoca negativa.


Caso esta seja a realidade, deve ser feito Ebó para Ogun
- Cuidados devem ser tomados para quem está trabalhando com irmãos e
irmãs, decepções dentro da família podem estar vindo. Neste caso é de bom
alvitre que o consulente se policie para que estas questões não sejam uma
surpresa e deve ser feito um ebó para amenizar qualquer dano que posso
dificultar a reconciliação.

- Está pessoa não poderá por a mão em azul índigo por 11 dias para que não
ofenda Èsù.

- Orisà diz que está pessoa deve entregar-se ao trabalho com mais afinco para
evitar uma possível separação, através do trabalho os rumos da vida poderão
mudar.

- Se o consulente estiver desejando terminar um relacionamento, deve


apaziguar-se e permanecer no mesmo. (É possível que haja alguma pendência
que deverá ser levado aos pés de ifá)

- Este Odù é conhecido como “cabeça ao inverso” onde há toda a sombra de


si e aquilo que é guardado e, muitas vezes, escondido dentro da história
ancestral.

- Òwónrín é uma das forças que encarnam grandes profetas, aqueles que
tenha a coragem de se afastar do passado em busca de um futuro melhor, em
busca por níveis mais profundos de compreensão e harmonia. Este Odu usa a
imagem de ver o seu destino e se mover diretamente para ele sem hesitar.
Abraçando o passado, sem ficar limitado por ela, o futuro permanece abrir.

- Este é um signo que fala da sombra humana, da luta do bem e do mal que
acontece não só no mundo exterior, mas dentro de cada um de nós.

- A aceitação do que nós realmente somos, a dualidade personificado, nos faz


adentrar mais profundamente em nossa tarefa enquanto em Aiye.

- Alguns itans falam que Oworin Meji foi assistente (Ekeedi) da morte durante a
noite e da vida durante o dia.

- ìyá àmótele; a mãe da premonição. São filhos que tem uma boa
mediunidade, quando este odù esta sobre a cabeça de alguém indica trabalho
mediúnico a ser desenvolvido ou dívida mediúnica (mentiras). Ìyá Pépéfuru; a
mãe da vaidade.
- Suas cores são Vermelho puro, dourado, verde claro, verde lagoa. Proíbe o
uso de roupas demasiadamente coloridas, porém permite o uso destas cores
em sus ebós.

- Os filhos deste Odù conseguem muito jovens (prematuramente) sucesso,


dinheiro, fama, casamento, em contrapartida podem sofrer morte repentina e
por isso devem fazer ebó com certa frequência para afastarem a morte.

- É um ebó de muita sorte e prosperidade que traz muitos benefícios, há


pessoas em que a morte, por algum motivo não toca e conseguem colher
excelentes frutos durante a vida.

- É detentor de todas as doenças relacionadas ao cérebro; amnésia, o


esquecimento, a demência, fobias e etc.

- Esté Odù trata da incapacidade do consulente de comportar-se bem. Quando


se perde a capacidade de comportar-se bem deve haver um esforço para
recuperar tal capacidade. Um enfraquecimento da própria personalidade fará
com está pessoa aja de forma grosseira.

- A resistência é tão importante quanto a força de ataque.

- Há a necessidade de trabalhar Orí para que saiba lidar com as adversidade


tendo em vista que na vida não há nada que seja completamente favorável a
nossos desejos e a insatinfação é parte muito presente no decorrer dos dias
em Aiye.

Òwónrín, Òwónrín, Òwónrín,

Mo be yin, ki eso ibi de rere fun mi ni gbogbo ojo aye mi,

ki emi re sowó, ki emi mi gun ki ara mi kiole, ki nma ri ayipada di buburu


lojo aye mi ati beebee.

Òwónrín. Àse

Rogo a ti que transforme todo mal em bem durante meus dias na terra.
Que eu seja rico, que minha vida seja longa e que minha saúde seja
sempre boa e que a mudança do bem para o mal nunca me atinja em
todos meus dias na terra.
12º Odù – ÈJÌILA - ṢẸBỌRA
Xangô, Obaluaiye

- Trata de questões de justiça tanto na vida pessoal, entre seus semelhantes


quanto questões judiciais que necessitam de intervenção de Xangô.

- Orixá pede para que o consulente saúde as pessoas sempre de maneira


apropriada, evitar a ofensa indireta faz com que saiamos de situações geradas
por efeito em cascata, tendo em vista que tudo na vida, dentro do patamar da
justiça, requer certo nível de estima pública.

- É a sensação do esforço que fazemos para que a vida ande, muitas vezes
sentimos o cansado físico ou mental, até mesmo os frutos sociais benéficos ou
não. É a percepção após o movimento.

- Percebemos o resultado de todas as coisas, a injustiça que ocorre alheia à


justiça. A benesse de um é o revés de outro.

- Os seres superiores pedem que vejamos nossos esforços com bons olhos e
tiremos deles bons complementos para a vida. Mesmo diante da vitória
devemos ter empatia por aqueles que não obtiveram tamanha sorte.

- Um dia toda a vitória terminará, não por falta de sorte, mas porque é assim
que deve acontecer. Um dia toda a saúde cessará, não pela falta de sorte, mas
porque a vida requer que assim o seja.

O caminhar da vida é um fio equilibrado de ações para que todos os seres


viventes biológicos e energéticos possam coexistir, enxergar além da forma
humana com sua vaidade e seu desejo de imortalidade é ver com os olhos do
espírito é ver com os olhos do grande todo.

- Para a pessoa que está confusa quanto ao caminho que deve seguir deve
esta meditar diante dos búzios (desta mesa) como parte do ebó, pedindo
linearidade a Xangô para que abra para si a oportunidade de ver com clareza o
caminho benéfico e próspero.
Oba mimo Oyó, Fun mi ìwòye, Fun mi ni Ase. Gbe mi kuro ìṣìrò. Aṣé.

(Rei sagrado de Oyó. Me dê discernimento, me dê seu axé. Afaste de mim o


pensamento confuso. Axé)

- Ao cair desta mesa o consulente deve dar um jantar para seus amigos,
familiares e com ele festejar. Em conseguinte este deve dar roupa aos pobres
em sinal de que seu dinheiro, o que possui e aquele que virá, trará coisas boas
para a sociedade.
13º Odù – Ìká
Obaluaiê

- Avisa sobre enfermidades; caso o consulente esteja doente este deve fazer
ebó para evitar graves problemas.

- Para evitar questões de pobreza, miséria e desequilíbrios deve-se fazer um


Ebó onde deve ser doado “metade de tudo que tem” para que não se perca
tudo. (Deve haver um planejamento de distribuição)

- Este odù é contra qualquer ato de covardia que tendem a desequilibrar tudo.
Os atos covardes em todos seus aspectos deve ser evitados e há necessidade
de meditar para que Orí e Eledunmare guie esta pessoa para um caminho de
justiça interior.

- O comportamento covarde apodrece a alma, o ambiente e todas as ações


que podem segui-lo.

- Um dos comportamentos mais covardes que este odù condena é o feitiço feito
em desfavor de uma pessoa. Há formas de feitiço que saem do patamar
mágico e pelo poder da palavra, da fofoca, da calúnia, malícia que infestam o
hospedeiro e a sociedade fazendo que o consulente gere um karma (sujeira).

- Diminuir a si mesmo, retirar seu próprio mérito é uma forma de auto enfeitiçar-
se. Pois retira a capacidade de enxergar o amor-próprio, prendendo o
enfeitiçado em um orí pobre e sem brilho.

- Este Odú só deve ser considerado importante caso o consulente esteja


doente ou tenha hábitos que o levarão rapidamente a um estado de doença.

- Iká fala sobre o poder pessoal através da palavra em âmbito público. A


invocação da sabedoria atravésdas palavras, o ato de afirmar verdades
aprendidas como o reflexo público do EU.

- Iká fala da afirmação do Eu como forma de amadurecimento, não somente


autoafirmação, mas também como a integração na sociedade, absorvendo e
provendo conhecimentos e a importancia do oconvívio.
- O Ase do poder pessoal através da palavra não se fixa somente no mundo
das palavras, em iká ele pode atravessar barreiras e materializar-se causando
impactos no mundo físico (desenvolvimento da sabedoria).

- O impacto do ase da palavra sapiente dentro de Iká mostra as duas faces


(Ibi/Osogbo). Quem usa o conhecimento da divinação e a sabedoria com fofoca
e trazendo a destruição do nome alheio recebera a negatividade de Iká, mas
que controla a sabedoria, mostrando que sabe o valor da mesma sempre
receberá suas bençãos.

- O poder pessoal através da palavra e do bom caráter em âmbito público. A


invocação da sabedoria através das palavras se faz muito importante, o ato de
aformar as verdades aprendidas com o reflexo público do Eu

- Ika fala da afirmação do EU como forma de amadurecimento, não somente


como autoafirmação, mas também como uma integração verdadeira em sua
sociedade, absorvendo os conhecimentos e a importância deste convívio.
14º Odù - Òtúrúpọ̀ n

- Este Odù carrega em si um lada de má sorte (ibi), vem como um alerta para
que esta má sorte não seja agente danoso na vida da pessoa.

- Carrega em si a energia das doenças, em especial as infecciosas, porém em


contraponto também carrega a energia de cura para as mesmas.

- Ele pede para que se tenha coragem, este odù diz: Não fuja, você consegue.
O melhoramento vem através da exposição massiva ao mal que o circunda

- Se o consulente estiver com problemas de saúde este deve acreditar mais no


ebó que na própria medicina, afirmando que este problema de saúde em
específico carrega muito desequilíbrio energético e espiritual.

- Se recorrermos a Òrisà ou Egún apenas em momentos de crise, a relação


fica fraca. Deve-se ter respeito e consideração para com Orixá e os ancestrais,
pois eles não são pronto socorro, são uma doutrina de melhoramento.
Levamos este dito a todo tipo de fé, que a espiritualidade do consulente não
seja efêmera e egoísta.

- Há um medo em particular que deve ser enfrentado. Deve ser trabalhado com
o consulente sobre seus medos para que ele crie condições de enfrentar a vida
como ela é; com alegrias, tristezas, medos e coragem.

- Cabe ao sacerdote verificar com sua sensibilidade a energia (física, psiquica e


espiritual) do consulente, para ver se carrega pesos, tristezas, mágoas.
15º Odù - Òfún-Ọ̀ kànràn

- Fala da possibilidade de corrigir erros passados através de ebó: recomeçar do


zero. Um novo início

- Este odù traz consigo as chaves da sustentação espiritual de forma ampla,


onde, com o uso das ferramentas corretas, podemos deixar para trás nódulos
cármicos que não são mais necessários no decorrer da vida.

- Para quem cair este odù deve-se prescrever a meditação e o jejum para fins
espirituais de reparação energética.

- Este odù avisa que o consulente carrega consigo um Orí desorientado que
precisa ser guiado e cuidado para que no tempo certo possa andar por si.

- Aqueles que enfrentam o medo com coragem finalmente encontram a paz.

- A busca por paz pessoal e fortalecer os elos familiares é ponto principal do


consulente.

- A mudança da auto percepção, de seu propósito ao mundo e à comunidade


deve ser revisado para que encontre os valores corretos e os defeitos justos a
fim de organizar a vida para. O modo de como tratar a si mesmo é posto em
pauta nesta mesa.

- Nesta mesa mostra o poder de protelar a mudança e atrasar a vida do


consulente caso ele não faça mudanças eficientemente, de modo célere.

- A vida ou está ou poderá entrar em um hiato, onde o consulente ficará inerte


e nesta inércia nem mesmo ele perceberá que o “seu tempo” está parado.
16º Odù – Ìrẹtẹ̀

- Caso o consulente venha com uma situação preocupante está mesa indica
que medidas liturgicas devem ser tomadas para que este possa novamente ser
indicado para progredir e ser guiado.

- Deve-se recordar dos ancestrais e de sua jornada para que afaste Elenini da
vida do consulente.

- Esta mesa pode carregar problemas que cegam o consulente ao seu destino
o deixando preso em necessidades mundanas e afastando-o de seu propósito
divino.

- Há ferramentas e mecanismos para que tragamos o consulente de volta ao


rumo traçado em Orun; reiki, banhos, orações, descobrir o que lhe faz bem e o
que lhe faz mal. Devemos conversar com o consulente para descobrirmos o
que realmente há em seu coração e, a partir daí, desenvolvermos um cuidado
especial com aquele Orí.

Ofo

Não há vazios que não possam ser preenchidos

Não existem flores que não pouse a borboleta

A abelha possui ferrão, mas seu trabalho é doce

Doce será o esforço de quem deseja se esforçar.

Você também pode gostar