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O livro que li é o Diário de Anne Frank e esta minha escolha deve-se ao facto de ter sido

mesmo escrito por uma menina da minha idade, que também viveu numa época difícil da
história.

Anne era uma menina de uma família judaica de Frankfurt que se refugiou na Holanda para
escapar às perseguições nazis. Invadido este país, a família refugia-se com outras pessoas num
anexo de uma casa onde consegue viver um longo tempo, mais ou menos dois anos. Durante
esse tempo, Anne escreveu um diário onde ela desabafava a sua dor e medo, ganhando assim
coragem para viver aquele que foi um tempo de tortura e horror. Anne escrevia no seu diário
cartas a uma amiga imaginária chamada Kitty. Servia-se da escrita para aliviar o coração.
Segundo ela, quando escrevia, sentia um alívio, a dor desaparecia e a coragem voltava.

Anne Frank foi a autora de uma das mais belas obras alguma vez escritas. O seu diário,
traduzido em todas as línguas, não foi escrito como obra literária, com a ideia de ser conhecido
do público. É um autêntico documento humano, pelo facto de existir um protesto contra as
injustiças do mundo em que vivemos. A certa altura do livro, numa das entradas do seu diário,
Anne diz que quer continuar viva depois de morrer e, mesmo que na altura ela nãos o
soubesse, o seu diário cumpriu esse seu desejo uma vez aquilo que ela escreveu apenas com a
intenção de desabafar e ultrapassar tempos difíceis, foi exactamente o que acabou por
imortalizá-la.

O diário de Anne foi encontrado por acaso num monte de papéis velhos no anexo onde
viveram escondidos dois anos. O seu diário faz-nos viajar e pensar que a vida foi cruel para
uma simples criança que, mal tinha dado os primeiros passos na adolescência e que se
deparou com muitos obstáculos que por vezes a faziam desistir.

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