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FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. 5° edição. Rio de Janeiro: Record, 2018.

Vitória Jeovana Silva dos Santos¹

Elaene da Souza Silva²

Anne Marie Frank, nasceu em Frankfurt, Alemanha, no dia 12 de junho de 1929. Filha dos
judeus Otto Frank e de Edith Holländer Frank, sendo considerada uma das figuras mais
discutidas da história. Em 1933 tiveram que emigrar para a Holanda, para fugir das leis de Hitler
contra os judeus. Anne e sua irmã, Margot, estudaram na escola Montessori, mas
posteriormente, devido as leis nazistas, foram obrigadas a mudar para o Liceu Israelita. No dia
12 de junho de 1942 quando completou 13 anos de idade, Anne ganhou um diário, e nesse
mesmo dia começou a escrever sobre o seu cotidiano que futuramente, se tornaria um
manuscrito histórico. Porém, devido as circunstâncias em que vivia, morreu no campo de
concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, deixando em escrito o diário que foi publicado
por seu pai, um sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz (Polônia), intitulado "O
Diário de Anne Frank".

Na obra “O Diário de Anne Frank”, escrito por Anne Frank e readaptado por Otto Frank, a
autora baseia-se em suas convicções pessoais, sendo fiel a seus sentimentos e emoções do início
ao fim do diário. Antes de mais nada, vale ressaltar que Anne, mesmo sendo vista como uma
figura histórica social, também foi uma adolescente comum e confusa, assim como qualquer
um. A mesma desde muito jovem, sempre teve os olhares voltados para si. Durante sua vida
escolar, seus colegas de classe constantemente demonstravam interesse e admiração pela
adolescente, pelo fato de sua beleza encantar olhares a todo instante. No entanto, mesmo com
todos esses admiradores, Anne não teve muitas paixões em sua juventude. A maioria dos relatos
de sua vida antes de se mudar para o anexo, foram escritos durante seu tempo no esconderijo.

No dia 9 de julho de 1942, devido às restrições cada vez mais intensas feitas por Hitler contra
os judeus, a família Frank se mudou para um esconderijo, localizado na Prinsengrecht, 263,
com mais quatro judeus, nos fundos da fábrica onde Otto Frank trabalhava, para não serem
pegos. Lá Anne é desafiada a conviver com pessoas com percepções e ideias diferentes dela,
causando discussões diariamente. A relação com sua mãe e irmã nunca foram das melhores, e
estando confinados por quase dois anos, o estado piorou. No entanto, Anne sempre se sentiu
compreendida pelo pai. Sua irmã e mãe tinham visões e personalidades totalmente diferentes
dos dois, e cobravam padrões que ela não conseguia cumprir. Além do pai, ela começa a se

1. Estudante do Ensino Médio do Colégio Francisco Nobre de Almeida


2. Professora de Língua Portuguesa do Colégio Francisco Nobre de Almeida.
sentir compreendida e atraída por Peter, filho da família Van Dann, e então viveram aventuras
baseadas na imaginação e autoconhecimento de si.

Enquanto interagia com seu diário o qual chamava Kitty, Anne sempre teve fantasias peculiares.
Sua imaginação ia longe, e ela relembrava coisas de sua vida antes do anexo secreto, e em como
podia ter aproveitado mais seu tempo, ou até mesmo tentar coisas que negou um dia. Os dias
tanto dentro quanto fora do esconderijo ficavam cada dia mais difíceis. Os amigos da família
Frank antes responsáveis, por levar alimentos e suprimentos para eles, já ficavam ressentidos e
com medo de serem pegos, piorando a situação alimentar dos judeus lá escondidos. Em razão
da desobediência cometida por Anne (um dos traços de sua personalidade), ao acender as luzes
que eram proibidas durante a noite, fez com que, sem perceber, chamasse a atenção do
Guestapo, polícia secreta alemã. E então, em 6 de janeiro, de 1945, os fugitivos judeus são
capturados e levados à campos de concentração, onde são separados entre homens e mulheres.
Duas semanas antes de serem libertados, Em Bergen-Belsen, Anne morre. E por fim, apenas
seu pai, Otto Frank, viveu para contar a história de sua família.

Anne foi essencial para o estudo das famílias judias durante a Segunda Guerra Mundial, além
de proporcionar uma experiência através de suas convicções, sentimentos e ambições,
quebrando paradigmas daquela época, e dos dias atuais. Mesmo morrendo com apenas 15 anos,
viveu com toda intensidade que pôde. Sua vida nos deixa uma lição e reflexão, do quanto
devemos ser mais honestos consigo mesmo enquanto ainda estamos vivos. “Apesar de tudo, eu
ainda creio na bondade humana” uma das últimas frases deixadas por Anne em seu diário,
mostrando-nos a leveza de seu coração inocente e esperançoso mesmo em um momento difícil.
Uma história por fim, que nos faz experimentar um pouco do sofrimento e angústia sofrida por
todas as famílias judias durante a Era Nazista, e o quanto devemos valorizar a vida.

1. Estudante do Ensino Médio do Colégio Francisco Nobre de Almeida


2. Professora de Língua Portuguesa do Colégio Francisco Nobre de Almeida.

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