Você está na página 1de 5

CENTRO QUALIFICA DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE CAMÕES

BOAS PRÁTICAS
PARA A PROMOÇÃO DA QUALIDADE
NO CENTRO QUALIFICA DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE CAMÕES

ORIENTAÇÕES PARA A PREPARAÇÃO DA


PROVA / SESSÃO DE JÚRI

1
ORIENTAÇÕES PARA A PREPARAÇÃO DA
PROVA / SESSÃO DE JÚRI

“A prova deverá consistir na apresentação de uma exposição e reflexão subordinada a uma


temática integradora, trabalhada no âmbito do Portefólio, que evidencie saberes e
competências das áreas de competências-chave em avaliação.

Neste contexto, a Sessão de Júri de Certificação não se limita à formalização da conclusão


do processo, devendo ser assumida como um mecanismo de avaliação e de garantia da
qualidade que, por este motivo, requer uma preparação cuidada e uma decisão consciente e
consistente da certificação a atribuir ao candidato.

Não se constituindo como o único instrumento de avaliação do processo de reconhecimento


de competências, a prova de certificação, na sua preparação, realização e consequente
avaliação, requer uma estreita ligação ao trabalho desenvolvido pelo candidato no âmbito do
seu Portefólio e à informação constante dos instrumentos de avaliação mobilizados durante o
processo.” (OM1, p. 40)

“As provas assumem um caráter individualizado, devendo respeitar e refletir o trabalho


desenvolvido pelo candidato ao longo do processo, pelo que não deve haver lugar à
uniformização de apresentações, devendo ser incentivada a criatividade e as especificidades
da situação de cada adulto. (OM1, p. 43)

2
PREPARAÇÃO PARA A PROVA / SESSÃO DE JÚRI

ETAPAS / ATIVIDADES A
EXPLICITAÇÃO INTERVENIENTE
REALIZAR
“No âmbito da prova, os candidatos terão de trabalhar no mínimo 8 UC (RVCC Básico) ou
9 NG (RVCC Secundário) salvaguardando uma seleção equitativa desses UC/NG pelas
Selecionar os CONTEÚDOS diferentes áreas (p. 42) e garantindo-se que as pontuadas nos níveis 4 e 3 da escala da
FORMADORES
(UC/NG) da prova Grelha de Validação sejam trabalhadas no âmbito da prova”. (OM1, p. 43)
“A equipa de Formadores deverá ainda apoiar o candidato na seleção dos conteúdos da
sua apresentação (…).”(OM1, p. 43)
“No que diz respeito ao conteúdo da apresentação, é da responsabilidade dos
Identificar a(s) TEMÁTICA(S) Formadores decidir, conjuntamente com o candidato e em função do resultado da
FORMADORES
INTEGRADORA(S) validação de competências, qual(ais) a(s) temática(s) integradora(s) que permitirá(ão)
demonstrar as competências anteriormente validadas.” (OM1, p. 41-42)
“Compete à equipa que acompanhou o candidato durante o seu processo, nomeadamente
ao Técnico de ORVC, apoiá-lo na seleção da tipologia de apresentação a realizar, com
vista à obtenção do melhor desempenho possível. Esta seleção deverá considerar as
TORVC
Definir o FORMATO / aptidões e capacidades do candidato quanto a falar em público, escrever um texto,
TIPOLOGIA da prova interagir com recursos multimédia, esquematizar informação, entre outros, isto é, deverá
ser escolhida a metodologia de prova em que este se sinta mais confortável.” (p. 41)
“A equipa de Formadores deverá ainda apoiar o candidato na seleção dos conteúdos da
sua apresentação, induzindo questões para reflexão, atividades de demonstração prática,
QUESTÕES para treinar a situações-problema (em que o candidato demonstre como agiria/atuaria perante um
FORMADORES
interação com o júri determinado acontecimento, que recursos utilizaria e em que momento os mobilizaria,
sendo capaz de se posicionar e de os adaptar aos diferentes contextos – pessoal,
profissional, cultural, histórico, socioeconómico, …), entre outros.” (OM1, p. 43)
“Outra documentação
considerada pertinente” (p. 43) Breve síntese/contextualização do processo desenvolvido e que sustenta a apresentação
DOCUMENTO A ENTREGAR do candidato perante o júri de certificação. TORVC
Não tem caráter avaliativo mas apenas informativo.
AO JÚRI* antes da prova

3
*DOCUMENTO A ENTREGAR AO JÚRI ANTES DA PROVA:
SUGESTÃO DE ELEMENTOS A INCLUIR NO DOCUMENTO

O documento a entregar ao júri de certificação consiste numa exposição que sustenta a


apresentação do candidato perante os elementos que compõem esse júri.
Sugestões - Pode incluir elementos como:
 Breve apresentação pessoal do candidato: nome, idade, atividade profissional atual
ou anterior (se em situação de desemprego) e razões do abandono escolar;
 Motivação para a conclusão da escolaridade pretendida;
 Dificuldades / obstáculos vencidos durante o processo RVCC:
 Dificuldades no domínio da língua portuguesa (leitura, escrita, compreensão ou
expressão oral) ou no domínio da língua estrangeira; poucas competências nas
tecnologias de informação e comunicação; ausência de conhecimentos
generalistas sobre diferentes temáticas (cidadania, economia, sociedade, ciência,
tecnologia, cultura,…), etc;
 Dificuldades na capacidade de reflexão crítica; dificuldades em fazer a ligação
entre a história de vida e os trabalhos a realizar para evidenciar as competências,
dificuldades em visualizar no percurso de vida as competências pretendidas;
dificuldades na compreensão dos referenciais das áreas de competências;
dificuldades na metodologia própria do processo RVCC, etc.
 Ou ainda: indisponibilidade de tempo; longo período de afstamento da realidade
escolar; etc.
 O que adquiriu com o processo RVCC:
 Capacidade para observar e atribuir mais importância a aspetos que até aqui
passavam despercebido; aprendizagens sobre diversos temas durante as
leituras/pesquisas realizadas; mais conhecimentos de língua portuguesa e/ou de
língua estrangeira; mais facilidade no recurso às TIC, etc.;
 Capacidade de gestão do tempo e de planificação e definição de objetivos;
persistência para realizar projetos (não desistir); autonomia e auto-organização;
capacidade de reflexão crítica; etc.
 Temas a abordar na apresentação: indicação das UC/NG a abordar durante a
apresentação e breve justificação / fundamentação dessa escolha.

“devendo ser incentivada a criatividade”

OBJETOS INDUTORES: os seus objectos de suporte à apresentação

Os indutores são objetos, elementos “tangíveis” que podem estimular ou incitar à reflexão e à
sua verbalização, que “induzem”. Servem, portanto, de intermediários, de via de acesso, a
uma ideia que se pretenda explorar na apresentação.
O objeto manipula-se, é um suporte da expressão, é um “pretexto” que, para além de solicitar
a reflexão, pode conferir um sentido à intervenção do candidato, constituindo, portanto, um
canal de expressão pertinente na situação concreta da sua exploração.
Naturalmente que se trata de um objeto retirado do seu contexto habitual e transformado num
“inesperado” instrumento de mediação entre o trabalho produzido no Portefólio e a sua
apresentação em sessão de júri. Provavelmente trata(m)-se de objeto(s) com um “passado”,
com uma “vida” num contexto específico, mas que permitem comunicar outras mensagens
através da atribuição de diferentes significações, que abrem novas perspetivas para além da
simples “reprodução” do seu contexto original.
Não existem “objetos ideais” nem “objetos impossíveis” mas será a criatividade e o sentido de
escuta e observação do candidato a conferir relevância ao objeto e transformá-lo num indutor.
4
SESSÃO DE JÚRI DE CERTIFICAÇÃO (PROVA)

Intervenção do TORVC
A prova “deverá integrar um momento, assumido pelo Técnico de ORVC, para apresentação
do candidato e realização de uma breve síntese/contextualização do processo (duração do
mesmo, nível de empenho, formação complementar realizada, …) e da organização do
Portefólio [organização da narrativa (auto)biográfica e experiências mais relevantes que se
traduziram na aquisição e no desenvolvimento de competências].” (OM1, p. 44)

Duração
“Seguidamente caberá ao candidato proceder à sua apresentação (prova), sendo que, nos
processos de RVCC de nível B3 e nível secundário, a intervenção do candidato deverá ter
uma duração entre 20 a 40 minutos.” (OM1, p. 44-45)

“Por fim, caberá aos elementos do júri de certificação colocar as questões que considerem
pertinentes, promovendo um momento de interação com o candidato.” (OM1, p. 45)

Tipologia
“A apresentação do candidato perante o júri de certificação pressupõe a existência de um
momento em que o mesmo expõe o trabalho decorrente da preparação para a prova (não
devendo ser excedida a duração indicada no ponto anterior). Considerando o objetivo
principal da prova, isto é, permitir ao candidato a demonstração/confirmação das
competências espelhadas no Portefólio perante um júri de certificação que não acompanhou
o processo desenvolvido pelo mesmo, esta exposição pode assumir um formato de
apresentação oral, com recurso ou não a um programa de apresentação de informação, de
demonstração prática das competências em avaliação ou uma conjugação destas
metodologias.” (OM1, p. 45)

Papel do júri de certificação


“De uma maneira geral, compete ao júri de certificação confirmar se o candidato é ou não
detentor das competências em avaliação, ou seja, se consegue demonstrar através de uma
atitude reflexiva e argumentativa que, em determinado contexto, é capaz de mobilizar essas
mesmas competências. (…) Para além disso, deverá elaborar um “Guião” composto por
questões que permitam ao candidato posicionar-se num determinado contexto e que exijam,
por sua vez, a emissão de uma opinião, de uma reflexão ou a tomada de decisão.” (OM1, p.
45-46)

Referência Bibliográfica

“Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Escolares (RVCC ESCOLAR)”,


Orientação Metodológica (O.M.) n.º1, ANQEP, Março, 2017

Você também pode gostar