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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

INSTITUTO DE ARTES
DEPARTAMENTO DE MÚSICA

Maicon Cassânego

ANÁLISE FRESEOLÓGICA DOS PROCESSOS DE VARIAÇÃO


EXISTENTES SONOTA KV 331 PARA TECLADO DE W.A. MOZART

Porto Alegre
2014
Maicon Cassânego
ANÁLISE FRESEOLÓGICA DOS PROCESSOS DE VARIAÇÃO
EXISTENTES SONOTA KV 331 PARA TECLADO DE W.A. MOZART

Orientador: Prof. Dr. Fernando Lewis de


Mattos

Porto Alegre
2014
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................4
2. ANÁLISE DAS VARIAÇÕES;......................................................5
3. CONCLUSÃO..........................................................................................................6
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1. INTRODUÇÃO

Verificar e analisar as variações da sonata KV 331 de Mozart para teclado.

Sendo a sonata uma forma de composição sonata é uma composição para


instrumentos solistas, geralmente piano, em três movimentos (normalmente dois
rápidos e um lento), sendo um deles escrito na forma tradicional (exposição,
desenvolvimento, reexposição). Desenvolvida pela Escola Clássica de Viena, os
compositores que mais escreveram sonatas clássicas foram
Mozart, Haydn e Beethoven. Os grandes contrastes provocados por significativas
variações de tons e temas as caracterizaram, dando aspecto dramático às
composições.
Na sonata clássica, o primeiro movimento é desenvolvido dentro da forma sonata, que
é muito rígida, obedecendo à seguinte sequência:
TemaI TemaII :|| Desenvolvimento TemaI TemaII Coda||
O segundo movimento é livre, em andamento lento (andante, adagio, largo, etc). A
peça termina com um allegro (ou scherzo - como em Beethoven), geralmente na forma
derondó ou minueto. Eventualmente havia ainda um quarto movimento. Portanto:

1. primeiro movimento rápido, baseado na forma-sonata.


2. movimento lento, geralmente em forma de variações;
3. movimento dançante (minueto, por exemplo, remanescente da suíte);
4. movimento final, de caráter enérgico e conclusivo (scherzo, por exemplo).
Obviamente essa estrutura era modificada de acordo com o compositor. Todavia,
permaneceu como principal estrutura de composição até meados do século XX.
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2. ANÁLISE DAS VARIAÇÕES

2.1 Variação 1 - Manutenção do baixo com mudança apenas do modelo rítmico.


Peça mais virtuosística. Percebe-se também a ornamentação da melodia. Mantém
mesmo ritmo 6/8 mesma tonalidade e o mesmo baixo. Sem variação harmônica. Pode-
se até dizer que a mesma utiliza em alguns compassos uma nota pedal.
2.2 Variação 2- Manutenção do baixo, da fórmula de compasso 6/8 e tonalidade.
O baixo mantem-se, contudo em forma arpejada ascendente do compasso 1 ao 4. Em
seguida se inverte a melodia fica arpejada de forma descendente e o baixo faz apenas
a condução harmônica. Redução da melodia nos primeiros 4 compassos, e nos demais
compassos arpejo descendente iniciando sempre nas notas do tema.
2.3 Variação 3 - Manutenção do baixo e fórmula de compasso, contudo mudança
da tonalidade . Primeira parte virtuosística onde segue sempre nota contra nota. Na
segunda parte segue da mesma forma mantem-se o padrão nota contra nota.
2.4 Variação 4 - Manutenção do baixo, contudo de uma forma simples e no
tempo forte na primeira parte da peça. Da segunda parte com exceção dos 4
primeiros compassos o baixo segue o mesmo padrão. Quanto ao tema o que ela acaba
por fazer é leva-lo a uma oitava acima do que vinha sendo apresentado, mantendo a
base como acompanhamento da melodia. Isso acontece nas duas partes da peça.
2.5 Variação 5 – Manutenção do baixo com grande movimentação acentuada ao
encadeamento harmônico. Na melodia segue um sistema escalar, e também em
formato de sequência, O que acaba ocorrendo na segunda parte da peça também.
2.6 Variação 6 – Mudança da fórmula de compasso para 4/4 e não mais em
compasso composto. Tonalidade se mantém. Lembra o tema inicial conteúdo de uma
forma mais acelerada. Nos compassos 4 a 8 da primeira parte ele tem uma sequência a
cadência. A segunda parte muito virtuosística. Continua a lembrar o tema inicial
contudo com muito mais agilidade.
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3. Conclusão
Conclui-se que este trabalho visou definir de uma
forma clara as características dos princípios de variações propostas
por Mozart em sua composição. Existem muitas formas de realizar
esta análise, a maneira apresentada abordou o mesmo de forma a
proporcionar ao leitor uma visão do que seria uma variação e a
análise da mesma.

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