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AULA-1 HISTÓRICO NO

TRATAMENTO DE
FERIDAS

Profª Tatiani

UNISALESIANO
HISTÓRICO- ERA PRÉ-CRISTÃ
Durante séculos, o tratamento de feridas variou
com o objetivo de melhores resultados
cicatriciais em menor tempo possível.

1700 a.C
-Curativos com graxa, mel, fios de linha, carne
fresca.
1200 aC
-curativos com água, leite, gelo, neve,frutas,
lama, resinas ovo e folhas;
-Feridas eram deixadas abertas;
- alguns povos fechavam com quelícera de
formiga;

Fonte: Domínio Público


-Egípcios fechavam com cola e cauterização e
introduziram o tratamento com mercúrio e
cobre( concluíram que uma ferida
fechada,cicatrizava mais rápido do que aberta,
por isso, utilizavam tiras de pano para manter
unidas as margens da lesão).
800 aC
-Gregos não cauterizavam e tratavam com
lavagem, curativo e canções mágicas.

460-377 aC
-Hipócrates pregava manter as feridas limpas (
água tépida, vinho , vinagre) e secas;
-dieta- restrição alimentar- apenas água;
Fonte: Domínio Público
-cirurgião Hindu-dieta rica em carne;
-descrição de cicatrizações com mel e óleo.
(Hipócrates sugeria que as feridas contusas
fossem tratadas com calor e pomadas
para promover a supuração, remover
material necrótico e reduzir a inflamação).
Considerado o pai da medicina moderna, foi o
primeiro a implementar os princípios da assepsia, no tratamento das
feridas.
HISTÓRICO- ERA CRISTÃ

100 dC
-Celsus descreveu os sinais cardinais da
inflamação: edema, rubor, calor e dor e
classificou os preparados tópicos de
acordo com o efeito: adstringentes,
cáusticos, erosivos e hemostáticos.
•No início da era cristã, Celsus preconizava
o fechamento primário das feridas
recentes e desbridamento das
contaminadas para posteriormente
poderem ser suturadas.
•Além disso, classificou os diferentes tipos
de lesões de pele e deu detalhes do
tratamento de cada uma delas.
129-199 dC
-Galeno- limpar com tinta de caneta, teia de
aranha e barro antes de suturar( pús louvável);
- Árabes- usavam esterco de lagarto, sangue de
pombo, mel cozido e urina para reduzir a
exsudação.

600 dC
Aegineta descreveu as aplicações tópicas:
-adstringentes: mirra, incenso, clara de ovo, mel
cozido ou lã molhada em vinho;
- hemostáticos: cobre, giz, água fria, vinagre e
vinho;
-detergentes: caramujo moído, cobre, resina
de pinho,mel cru e algumas raízes,sangue de
pombo e esterco de lagarto;
- erosivos: acetato de cobre, bile bovina, óleo
de amêndoa e outras loções.

900 a 1100 dC
-Árabes influenciam Espanhóis;
-igreja controlava usos e costumes- proibia a
dissecação e vários procedimentos cirúrgicos-
contribuiu para a atividade dos charlatões,
barbeiros e práticos.
•A introdução das armas de fogo nas
guerras européias no século 14 levou ao
surgimento de um novo tipo de ferida de
cura mais difícil, e Ambroise Paré, na
Renascença reformulou seu tratamento.
1500 dC
-Ambroisé Paré preconizava o uso de óleo
fervente no coto da amputação e usava
vinagre ou cauterização para hemostasia.
-descoberta do cloro e do iodo.
1600- 1800 dC
- Guerra da Criméia- uso de tecidos duros
como curativos ( linho, estopa,
cânhamo) que amaciavam com o uso –
eram pouco absorventes.
Fonte: Domínio Público
1800-1900 dC
-Gamgee-primeiro curativo absorvente com
lã de carneiro.
-Iniciado o uso de hipoclorito, iodo, ácido
carbólico.
•O avanço da química levou a descoberta de
compostos de cloro e iodo que foram
utilizados para limpeza do material e da
pele nos séculos 18 e 19.
•Sendo que, o maior avanço do século XX foi o
advento dos antibióticos, utilizados, por
aplicação local através de pulverização ou por
incorporação do material no próprio curativo.

• A partir do século XX os curativos


tornaram-se estéreis e os procedimentos
seguem técnicas assépticas.
•Em 1982 surgem as coberturas à base de
hidrocolóides passando a ser largamente
utilizada em feridas de espessura parcial.
Também no início dos anos 90 são lançados
os hidropolímeros.

•A simplicidade no tratamento de feridas veio


com o desenvolvimento de materiais como
os filmes transparentes porosos para
cobertura de feridas ou mesmo métodos
como a exposição completa da ferida sob
condições estéreis.
•No Brasil, a partir da década de 90 foram
publicados os primeiros trabalhos com
curativos úmidos e no final da década entram
no mercado vários produtos específicos.
• Atualmente existe grande variedade de
materiais e sintéticos disponíveis no mercado
facilitando a opção do profissional pelo
material e produto mais indicado para cada
tipo de ferida, bem como revolução dos
princípios dos tratamentos tópicos de feridas,
com novas perspectivas, embasado em
pesquisas e atualizações constantes.

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