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Algarismos significativos
 Sua importância aparece quando é necessário expressar
o valor de uma dada grandeza determinada
experimentalmente.
 Quando um número é escrito corretamente, o último
algarismo significativo (à direita) é aquele que pode
apresentar uma certa dúvida ou incerteza.
 O número de algarismos significativos expressa a
precisão de uma medida.
2
Algarismos significativos
Número Número de algarismos
significativos
7 1
7,4 2
7,41 3
7,414 4

3
Algarismos significativos
Os zeros terminais posteriores à vírgula são contados como
algarismos significativos, assim como zeros do interior do número.

Número Número de algarismos


significativos
7,40 3
7,04 3
7,0004 5
7,0400 5
7,0000 5
700,40 5
4
Algarismos significativos
Os zeros usados em números menores do que um com a finalidade de
posicionar a vírgula e aqueles zeros algumas vezes são colocados à
esquerda da vírgula dos mesmos números (como no número 0,4)

Número Número de algarismos


significativos
0,007 1
700,007 6

5
Algarismos significativos
Quando um número é escrito em notação exponencial, seu número de
algarismos significativos é determinado somente pelos dígitos do
coeficiente.

Número Número de algarismos


significativos
7 x 10-3 1
7,46 x 10-3 3

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Cálculos aritméticos
Adição e subtração:
No uso destas duas operações aritméticas, o número
de dígitos à direita da vírgula no resultado calculado
deve ser o mesmo do número com menos dígitos dos
números somados ou subtraídos.

Ex.: 2,2
+ 0,1145
2,3

7
Cálculos aritméticos
Multiplicação e divisão:

Nestas duas operações aritméticas, o número de algarismos significativos, no resultado


calculado, deve ser o mesmo que o menor número de algarismos significativos dos
termos multiplicados ou divididos.

Ex.:

Pela regra prática a resposta seria 1,1.

Entretanto, se considerarmos uma incerteza unitária no último dígito, as incertezas


relativas associadas a cada um desses números são: 1/24, 1/452 e 1/100.

Como a primeira incerteza relativa é muito maior que as outras duas, a incerteza relativa
no resultado é 1/24, a incerteza absoluta se torna:

1,08 x 1/24  0,04.

Portanto, o primeiro resultado deve ser arredondado para 1,08. 8


Arredondamentos
1.Se o dígito a ser eliminado é maior do que 5, o dígito precedente é

aumentado de uma unidade (27,76 é arredondado para 27,8).

2.Se o dígito a ser eliminado é menor do que 5, o dígito precedente é

mantido (27,74 é arredondado para 27,7).

E o número de final 5, como é arredondado?

Uma prática comum é a da manutenção do último dígito, quando for


um número par. Então, o arredondamento para três dígitos de 27,75 é
para cima, 27,8, mas de 27,65 é para baixo, 27,6.
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Algarismos significativos
✓ Alguns números são ou muito grandes ou muito pequenos, de
modo que o emprego do sistema decimal usual mostra-se
inadequado e incômodo.

✓ Por exemplo, ao escrever 0,0000000000000000000472 como


também tem-se apenas uma impressão do quanto este
número é pequeno.

✓ É bem mais conveniente escrever 4,72 x 10-20. Esta notação é


conhecida por notação exponencial ou científica.

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Notação exponencial
9,876543 x 106

Coeficiente multiplicador
(mantissa)
deve ser maior ou
igual a 1 e
menor que 10

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Erros em análises químicas
 É impossível realizar uma análise química que seja
totalmente livre de erros ou incertezas.

 Apenas podemos desejar minimizar os erros e


estimar sua grandeza com uma exatidão aceitável.

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Medidas, exatidão e precisão
 Os números podem ser exatos ou aproximados.

 Números exatos: são aqueles com nenhuma


incerteza. Ex.: O número de jogadores de um time
de basquetebol (exatamente 5).
 Números aproximados: São mais comuns, resultam
de medidas diretas ou indiretas e apresentam algum
grau de incerteza.

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Réplicas
 São as porções de uma população, que possuem o mesmo
tamanho e que são tratadas por um procedimento analítico da
mesma forma.
 Os resultados individuais obtidos para um conjunto de
medidas raramente são iguais, assim sendo, consideramos
que o “melhor” resultado é o valor central do conjunto.
 Normalmente, a média ou a mediana é usada como valor
central do conjunto de réplicas de medida.

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Média ou média aritmética
Na maioria das vezes o melhor resultado está situado ao
redor de um VALOR CENTRAL, definido como valor médio.

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Mediana
 A mediana é o resultado central quando as réplicas de dados são
organizadas de acordo com uma sequência crescente ou
decrescente de valores.

 Para um número ímpar de resultados, a mediana pode ser


avaliada diretamente.

 Para um número par de resultados, a média do par central é


usada.

 Em casos ideais, a média e a mediana são idênticas, mas


quando o número de medidas do conjunto é pequeno,
normamente seus valores diferem. 16
Exemplo: Os resultados de 6 réplicas de determinações de ferro
em amostras de uma solução aquosa de uma solução padrão contendo
20,00 ppm de ferro (III) foram: 19,4; 19,5; 19,6; 19,8; 20,1 e 20,3.
Calcule a média e a mediana para estes dados.

Este conjunto contém um número par de medidas, a mediana é a


média do par central.

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Precisão
 A precisão descreve a reprodutibilidade das medidas; isto é, a

proximidade entre os resultados que foram obtidos exatamente da

mesma forma.

 Geralmente, a precisão de uma medida é prontamente determinada

simplesmente pela repetição da medida em réplicas da amostra.

 Três termos são amplamente empregados para descrever a precisão

de um conjunto de dados de réplicas: desvio-padrão, variância e o

coeficiente de variação.

 Os três termos são uma função de quanto um resultado individual xi

difere da média. 18
Desvio aparente
Mostra quanto um resultado individual (Xi) difere da
média:

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Exatidão e precisão
 A exatidão é relativa ao verdadeiro valor da
quantidade medida.

 A precisão é relativa à reprodutibilidade do número


medido.

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Exatidão X Precisão

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Erro de uma medida
Erro absoluto:
E = X – XV
E = Erro absoluto
X = Valor medido
XV = Valor verdadeiro Adimensional
Expresso com partes por 100;
Er × 100
Erro relativo (Er)

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Exemplo
O teor verdadeiro de cloro num dado material é
33,40 % m/v, mas o resultado encontrado por um
analista foi de 32,40 % m/v. Calcular o erro absoluto e
o erro relativo do resultado.

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Medidas, exatidão e precisão
 Os números podem ser exatos ou aproximados.

 Números exatos: são aqueles com nenhuma


incerteza. Ex.: O número de jogadores de um time
de basquetebol (exatamente 5).
 Números aproximados: São mais comuns, resultam
de medidas diretas ou indiretas e apresentam algum
grau de incerteza.

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Exemplo
O comprimento do lápis (21 cm) é medido com um dispositivo que permite
aproximações de 0,01 cm. Seis medidas foram realizadas separadamente, e
o valor médio foi calculado.

Os valores medidos são:


20,14 cm
20,17 cm
20,12 cm
20,16 cm
20,15 cm Precisão Alta.
20,12 cm Exatidão Baixa.
Média: 20,14 cm
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Tipos de erros
1. Erros determinados ou sistemáticos: Possuem um
valor definido e, pelo menos em princípio, podem ser
medidos e computados no resultado final. Ex.: Perda
despercebida do analito durante aquecimento.

2. Erros indeterminados: Não possuem valor definido,


não são mensuráveis e flutuam de um modo aleatório.

3. Erros grosseiros: Podem ser evitados.


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Erros sistemáticos
 Existem três tipos de erros sistemáticos:

(1) Erros instrumentais: Causado pelo comportamento não ideal de um


instrumento, por calibrações, falhas ou pelo uso de condições
inadequadas. Ex.: Utilização de instrumentos volumétricos de vidro em
temperaturas diferentes daquelas nas quais foram calibrados.

(2) Erros de método: Surgem do comportamento químico ou físico não ideal


de sistemas analíticos. Ex.: Pequeno excesso de reagente necessário
para provocar a mudança de cor do indicador que acusa o final da reação.

(3) Erros pessoais: Resultam da falta de cuidado, falta de atenção ou


limitações do analista. Ex.: Detecção da mudança de cor nos processos
de titulação por pessoas daltônicas.
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Erros sistemáticos
1. Erros instrumentais (comportamento não ideal,
falha na calibração, condições inadequadas,...)
2. Erros de métodos (uso impróprio de indicadores...)

3. Erros operacionais (relacionados às manipulações


feitas durante a realização das análises).
4. Erros pessoais (falta de cuidado, falta de atenção,
limitações pessoais do analista)

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Erros indeterminados
 Mesmo na ausência de erros determinados, se uma
mesma pessoa faz uma mesma análise, haverá
pequenas variações nos resultados.
 Não podem ser localizados e nem corrigidos.

 No entanto, estes erros podem ser submetidos a um


tratamento estatístico que permite saber qual o valor
mais provável e também a precisão de uma série de
medidas.
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Erros grosseiros
Os erros grosseiros podem ser evitados e,
normalmente, são responsáveis por resultados
absurdos ou discrepantes em relação ao valor
central ou valor verdadeiro.

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Amostras e populações
 Tipicamente, em um estudo científico, inferimos
informações sobre uma população ou universo a
partir de observações feitas em um subconjunto, ou
amostra.

 A população é a coleção de medidas de interesse e


precisa ser cuidadosamente definida pelo analista.

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Propriedades das Curvas
Gaussianas
Uma variável segue a lei de distribuição normal quando,
em princípio, pode tornar todos os valores de - a +, com
probabilidades dadas pela equação:

Representação gráfica da lei de distribuição


normal (distribuição de Gauss).
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Média da população µ e a Média da
amostra x
 A média da amostra “x” é a média aritmética de uma
amostra limitada retirada de uma população de dados.

 A média µ, em contraste, é a verdadeira média para a


população.

N é o número de medidas para N é o número total de medidas


para a população 33
o conjunto de amostra
Desvio padrão da população
O desvio padrão da população , que é uma medida
da precisão de uma população, é fornecido pela
equação:

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Curva normal padronizada ou curva
normal reduzida

 µ = 0;
=1
 As áreas situadas abaixo
desta curva são tabeladas.

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Transformação de uma variável “x”
em “z”.
 As variáveis observadas na prática (x) apresentam
valores cujas áreas não estão tabelados.

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Área sob uma curva gaussiana

 Desvio + 1 - 68,3%

 Desvio + 2 - 95,4%

 Desvio + 3 - 99,7%

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Desvio padrão da amostra
 A equação que descreve o desvio padrão da
população  precisa ser modificada quando for
aplicada a uma pequena amostra de dados:

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Variância e outras medidas de
precisão
 A variância é o quadrado do desvio padrão.

 A variância da amostra (s2) é uma estimativa da


variância da população 2.

 Desvio padrão relativo (DRP):

 O DRP multiplicado por 100 é igual ao coeficiente de


variação (CV).

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Intervalos de confiança
 Geralmente, em um trabalho analítico, somente um
pequeno número de determinações é feito (duplicatas,
tripliclatas, etc), tornando-se necessário examinar como
estes dados podem ser interpretados de uma maneira
mais lógica.

 Nestes casos, os valores conhecidos são “x” e “s”, que


são estimativas de µ e .

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Intervalos de confiança
É interessante saber qual o intervalo em que deve estar a média da população µ,
conhecendo-se a média das determinações, x. Quando  é conhecido, esse
intervalo é dado pela equação:

 Entretanto, geralmente não se dispõe do desvio-padrão. Conhece-se apenas a


sua estimativa, “s”.

 Nesse caso não é correto os valores de “z”.

 O problema é resolvido usando-se os valores “t”.

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Distribuição t Student

A função densidade da
distribuição de Student para
alguns valores de v e da
distribuição normal (a preto).

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Intervalos de confiança

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