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O Mito da Censura durante o Regime Militar: Uma Reavaliação Crítica

Observe primeiro a imagem abaixo de uma edição do jornal "O Estado de São Paulo",
durante o período do regime militar brasileiro.

Nesta edição, constata-se que somente 10% do conteúdo da página foi alvo de
verificação factual, realizado por um militar, e substituído por trechos do épico
português "Os Lusíadas".

A análise das páginas subsequentes revela um conteúdo menos politizado e


ideológico, com o aparecimento ocasional de "Os Lusíadas" em mais duas instâncias,
totalizando três aparições.

Dessas 62 páginas, apenas 10% de três páginas foram classificadas como "fake news"
pelos militares e, consequentemente, não publicadas.

Isso representa apenas 0,48% do total do conteúdo considerado tendencioso ou


ideológico, um percentual bastante distante da noção de censura abrangente
frequentemente associada à imprensa brasileira durante esse período.

No entanto, as distorções em relação à censura durante o regime militar nos livros


de História do Brasil não se restringem a isso.

De acordo com informações fornecidas pelo próprio "O Estado de São Paulo", a
censura ocorria em apenas 63 edições por ano, desmentindo a crença popular de que
ocorria diariamente.

Logo, a proporção do conteúdo censurado não ultrapassou 0,10%, e isso ocorreu


apenas em cinco jornais.

Os demais 361 nunca foram censurados, como é o caso notório do "Pasquim", que
consistentemente publicava matérias críticas ao governo.

Assim, a censura militar afetou somente 0,003% de todas as notícias publicadas


durante o regime militar.

Repito somente 0,003%, algo que a Comissão Nacional da Verdade nunca publicou.

Esses dados contrastam de maneira significativa com o cenário atual, teoricamente


"democrático", onde os principais jornalistas de direita são desmonetizados,
presos, ameaçados, cancelados, coagidos e intimidados.

Atualmente, 99% das notícias são ideologicamente carregadas, servindo a uma


revolução política ao invés de reportar sobre o cotidiano do leitor.

Nesse sentido, a real censura se encontra em nosso presente.

Até os Cadernos Literários são censurados, onde tudo é planejado com o intuito de
moldar a mente do leitor a serviço de uma visão de mundo considerada prejudicial.

Como exemplo, já fui censurado pelo Facebook, o que resultou em uma diminuição
permanente no meu índice de alcance.

Portanto, o período de censura no Brasil é agora, não em 1964.

Quando ela foi praticamente inexistente e não conseguiu erradicar completamente as


"fake news" da época.
A censura atual parece estar aqui para ficar. Portanto, é preciso estar atento e
agir com muita cautela.

São gravíssimas as minhas deficiências:


Eu nasci branco, e quem nasce branco já é considerado racista, mesmo não sendo.
Nasci:
Em uma família trabalhadora, então eu sou burguês.
Não voto para esquerda, o que me torna fascista.
Sou heterossexual, o que me torna um homofóbico.
Valorizo minha identidade e minha cultura, o que me torna um xenófobo.
Acredito que o macho e a fêmea da espécie Homo Sapiens foram, na maioria das vezes,
grandes parceiros e mutuamente responsáveis pelo sucesso da espécie, o que me torna
misógino.
Eu gostaria de viver em segurança e ver criminosos na prisão, o que me torna um
torturador.
Quero que respeitem minha maneira de pensar e minhas crenças e não me façam pensar
que o anormal é normalmente relativo, o que me transforma em um repressor.
Penso que os subsídios acabam com o esforço de trabalhar e minam a dignidade das
pessoas, por isso sou insensível.
Acredito que cada um deve ser recompensado de acordo com sua produtividade, mérito
e capacidade, o que me torna um egoísta anti-social.
Eu fui educado em valores e princípios, o que me torna um oponente do bem-estar
social.
Creio que as vítimas dos estupradores, ladrões, traficantes, estelionatários
deveriam ser indenizadas pelo Estado e os culpados presos, pagassem pela dívida,
não tivessem auxílio para suas famílias, indulto para ir pra casa, habeas corpus,
tornozeleiras, mas trabalhassem para pagar suas custódias, sua roupa, água, luz e
comida.
Então, sou considerado preconceituoso e contrário aos Direitos Humanos.
Esta é uma pequena e breve revisão da minha má reputação.
Mas, pelo menos, tenho certeza de que somos vários: eu e, se você também tem essa
má reputação, compartilhe.
Do jeito que as coisas andam, ser um cidadão de bem será considerado crime.
Agradeço a todos os meus amigos e conhecidos que ainda se atrevem a se relacionar
comigo, apesar de todas as minhas falhas.

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