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Introdução:
► Se considerarmos o tamanho e a quantidade das bênçãos que Deus
concede a todos nós, seus filhos, e também ao próprio mundo em geral,
como efeito de sua graça comum, torna-se estranho imaginar que a
igreja ainda precise de estímulo para contribuir com os dízimos e ofertas
na igreja do Senhor;
► No contexto da 2ª carta de Paulo aos Coríntios, vemos que Deus havia
enriquecido grandiosamente os irmãos coríntios, mas, no entanto, esses
se mostravam resistentes em compartilhar de seus ganhos em benefício
da obra de Deus. Tristemente ainda podemos, nos dias de hoje,
identificar esse sentimento em muitos crentes, mesmo passados mais de
1900 anos da epístola paulina;
► Talvez por ênfases exacerbadas dadas nos púlpitos de muitas
denominações cristãs acerca da contribuição financeira, talvez pela
falta de esclarecimento e instrução de outras acerca do dízimo, ou ainda
pela negligência no ensino correto das escrituras sobre o que significa
dizimar na obra;
► Recentemente conversava com nosso pastor acerca do tema dos
dízimos e ofertas, e dialogávamos sobre quantos irmãos tem chegado
recentemente à nossa igreja com o mesmo repetido discurso: “Pastor, eu
não aguentava mais ouvir sobre dinheiro na igreja em que frequentava!
Lá não se pregava o evangelho, mas “Mamom”. Era dinheiro para isso,
oferta para aquilo, campanha para aquilo outro...”;
► Embora seja legítimo o relato acima descrito, não podemos, doutra
forma, esquecermos que, embora a igreja de Cristo não se mova por
dinheiro, mas pela graça de Deus, ainda assim tem compromissos
financeiros para honrar, pois faz parte de uma sociedade, de um país,
onde adota-se o sistema monetário para estabelecimento das relações,
isto é, demandando da igreja a necessidade de sustento, que é dever e
responsabilidade de seus membros, conforme ensino fiel da palavra de
Deus e da Constituição da Igreja;
► Vemos aqui, no texto do capítulo 9 de 2º Coríntios, que aqueles irmãos
também não estavam, como muitos hoje, acostumados a contribuir pela
graça, de modo que Paulo precisou lhes exortar acerca deste importante
conceito, motivando-os a participar de uma importante arrecadação de
ofertas a serem encaminhadas aos irmãos necessitados de Jerusalém,
dando-lhes 5 importantes lições sobre a contribuição financeira na igreja:
1. NOSSA CONTRIBUIÇÃO ESTIMULARÁ A OUTROS
(Vs. 1-5)
“Ora, quanto à assistência a favor dos
santos, é desnecessário escrever-vos,
porque bem reconheço a vossa presteza,
da qual me glorio junto aos macedônios,
dizendo que a Acaia está preparada
desde o ano passado; e o vosso zelo tem
estimulado a muitíssimos”. (vv. 1,2)
► “Dai, e dar-se-vos-á” (Lc 6:38) foi a promessa que Jesus fez e que continua
valendo nos dias de hoje! Valendo, mas com a importante ressalva de
que a boa medida de Cristo em nossa recompensa nem sempre será
dinheiro ou bens materiais, mas sempre vale muito mais do que o que
demos ou doamos;
► O mundo simplesmente não entende uma declaração como a que
encontramos em Provérbios 11:24: “A quem dá liberalmente, ainda se lhe
acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em
pura perda”;
► Paulo mostra aos coríntios, nos versos de 6 a 11 que ceifaremos na
medida em que semearmos (v. 6). Tal qual um agricultor que planta
muitas sementes, tendo nisto maior probabilidade de uma grande
colheita e uma safra abundante, devemos nos recordar que precisamos
investir nossas vidas, incluindo nosso dinheiro e bens, em benefício da
obra do Senhor, como nos orienta o próprio apóstolo Paulo na Carta aos
Filipenses 4:10-20, vindo, naturalmente, com tal investimento, a
percepção dos frutos;
► Mas lembrando sempre que, nós precisamos ceifar o que semeamos
pelos motivos certos (v.7). Deus não se agrada de barganhadores! É
preciso que se destaque isso! Deus se agrada do coração generoso, que
tem alegria em dizimar e ofertar, pois, do contrário, o que era para ser
bênção torna-se em maldição nas nossas vidas, tal qual as ofertas
levadas, embebidas em inveja, por Caim ao Senhor (Gn 4: 1-7);
► Somos diretamente abençoados por contribuir ao Senhor, mesmo
durante o processo da semeadura! Enquanto um agricultor precisa ainda
aguardar a fertilização, a chuva, o sol, e o tempo passar para então
gozar dos frutos de sua plantação, o cristão que contribui pela graça
começa a colher imediatamente, pois está sendo “enriquecido, em tudo,
pela generosidade” (v. 11). Nosso prêmio não é ficarmos mais ricos e
abastados, mas sermos cada vez mais regenerados pelo Espírito Santo,
tendo nossa vida transformada pelo poder de Cristo atuando em nossas
vidas, e nos fazendo abertos e alegres em dizimar e ofertar em sua casa;
► Este ponto se conecta diretamente com o anterior, pois, por nosso ato de
contribuição, envolvemos outras vidas também em bênção, tributando a
Deus ação de graças (v.11b).
3. NOSSA CONTRIBUIÇÃO SUPRIRÁ NECESSIDADES
(v. 12)
“Porque o serviço desta assistência não só
supre a necessidade dos santos, mas
também redunda em muitas graças a
Deus,”. (v. 12)
► Paulo introduz uma nova palavra para o sentido e significado de
contribuição: assistência. Esse termo é associado no contexto bíblico
levítico ao “serviço sacerdotal” e, desse modo, Paulo coloca a prática
do dízimo e das ofertas em um nível altíssimo de importância!
► Aquela não era apenas uma coleta feita pelas igrejas para ser enviada
à igreja de Jerusalém, era considerada por Paulo como um “sacrifício
espiritual” apresentado a Deus, assemelhando-se ao sacrifício que era
ministrado pelo sacerdote no altar do templo;
► De suma importância fazermos esse detalhamento inicial neste ponto,
para entendermos o verdadeiro caráter de nossa contribuição perante a
obra do Senhor. O Sacerdote oferecia um sacrifício em benefício do
povo, para adorar ao Senhor, visando a sua glória, e parte daquele
sacrifício era destinado à manutenção dos sacerdotes e de suas famílias
(Dt 18:1);
► Nesse mesmo sentido os nossos dízimos e contribuições são destinadas à
assistência da casa do Senhor e para suprir necessidades e carências
dos irmãos, no intuito de assistir a todos os que precisam na família da fé
(Gl 6:10);
► Quando um crente começa a inventar desculpas para não dizimar e
ofertar, sai automaticamente da esfera da contribuição pela graça. A
graça nunca procura um motivo, ela apenas e tão somente busca uma
oportunidade, é incondicional!
► Nossa contribuição deve ter como objetivo suprir as necessidades, não
subsidiar luxos. Há sempre carências importantes a serem supridas, no
entanto, nenhum cristão e nenhuma igreja será capaz de suprir “todas”
as carências existentes, sendo necessário, portanto, um emprego correto
e sábio de prioridades e estratégias para correta assistência
desenvolvida pela igreja;
► O verdadeiro crente não questiona o preceito de Deus acerca do dízimo
e das ofertas, mas é generoso agindo com liberalidade para promover o
devido sustento da igreja em suas mais variadas necessidades: sustento
do ministro, pagamento de contas da estrutura que permite a realização
dos cultos e anúncio do evangelho na cidade (templo, salas, prédios),
sustento de missionários, suporte aos órfãos e viúvas, suporte aos irmãos
necessitados, etc., pois sabe que sua contribuição, além de determinada
por Deus, se volta à assistência, e como vimos, essa assistência é um
sacerdócio de todo crente em Cristo no contexto da graça!
4. NOSSA CONTRIBUIÇÃO GLORIFICARÁ A DEUS
(v. 13)
“visto como, na prova desta ministração,
glorificam a Deus pela obediência da
vossa confissão quanto ao evangelho de
Cristo e pela liberalidade com que
contribuís para eles e para todos,”. (v. 13)