ADORANDO ATRAVÉS DAS OFERTAS

“Pois o que nos motiva é amor de Cristo, pelo que se um morreu por todos, logo, todos morrem”

Este estudo tem a finalidade de mostrar através da prática da Igreja Primitiva, que a herança judaica de
cultuar a Deus oferecendo algo material era uma prática constante na vida da igreja.
Paulo diz que o que motiva o crente é o que Jesus fez por nós. Algumas traduções trazem no lugar do
verbo “motivar”, o qual lemos aí, o verbo “constranger”, querendo dizer que ficamos envergonhados diante do
amor de Deus em dar seu filho, por nós e essa vergonha (constrangimento) nos estimula a ofertarmos algo a
Deus. O que isso tem haver com oferta em dinheiro, em bens matérias? Tudo. A ordem dada por Deus ao povo
em Êxodo 23. 15c: “... Ninguém apareça diante de mim de mãos vazias” , era obedecida à risca pelo povo judeu,
a Igreja cristã não rompeu com isso no Novo Testamento.
Para os judeus, não havia adoração sem ofertas e dentre essas ofertas estava o dízimo, pois era uma
dentre as demais ofertas, a diferença era que o dízimo era uma oferta permanente dada apenas uma vez durante
a colheita ou a produção do gado, as ofertas eram continuas.
Mas nós ateremos em textos do Novo Testamento para comprovarmos na Palavra de Deus que o dízimo é
bíblico assim como parte da adoração. A pergunta é: Pode-se adorar ao Senhor sem oferecer-lhe as primícias,
as melhores coisas? Claro que não. Adoração envolve entrega e não só de lábios, mas também de bens.

1. JESUS ENSINOU OS FARISEUS A DAREM O DÍZIMO E NÃO NEGAREM O AMOR.

“ Ai de vós, escribas e fariseus,hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e

negais (omitis) o que há de mais importante na Lei: a justiça,a misericórdia,a e a fidelidade;devíeis fazer
estas coisas ( praticar a justiça, e a misericórdia, e a fidelidade) e sem omitir (negar) aquelas ( o dízimo)” (
Mt 23.23)

Os textos entre parênteses são grifos meus para explicar o sentido das palavras.
Aqueles que são contra o dízimo dizem que não há no Novo testamento muitos textos que citam a palavra
dízimo. Só que não é o número de citações de uma palavra na Bíblia que dá a ela autoridade, por exemplo: Não
existem muitas palavras sobre o inferno, mas ele é uma doutrina ensinada pela Igreja, pois outras palavras o
descrevem. Como lago de enxofre, hades, e.t, c.
Mas o texto de Mateus 23.23 Jesus condena os fariseus que davam o dízimo, mas não praticavam o
verdadeiro sentido da Lei, o amor e a misericórdia. Jesus os ensina a darem o dízimo e não negligenciarem o
mais importante da Lei de Deus que é a misericórdia e o amor, pois não adianta dar os bens a Deus se não se
ama o próximo. O dinheiro do homem não encobre e não paga suas más ações diante de Deus.
Jesus não proibiu, aliás, ele endureceu mais o valor da doação a Deus. Os fariseus davam o dízimo de
tudo, do endro, do cominho, e da hortelã, e do gado, enfim, de tudo mesmo, mas no seu coração havia maldade.
Jesus condena o mal que havia no coração dos fariseus. Eles doavam e achavam que já tinham cumprido a Lei,
mas Jesus diz que o dízimo é apenas uma parte, mas a vivência com o próximo é continuidade da fidelidade a
Deus
O dízimo não é muito falado nas palavras de Jesus, pois ele não era problema na prática do povo. O Povo
praticava o dízimo sim e levava ao Templo em culto, a Casa do Tesouro, como se fosse o Banco Central, de lá
ele era distribuído para as assistências aos pobres, às viúvas e aos órfãos, manutenção do Templo, sustentos
dos Sacerdotes (como veremos adiante). O Dízimo é problema sim no mundo de hoje, onde muitas pessoas
gananciosas e mesquinhas não querem adorar ao Senhor com as primícias da sua renda ( Pv 3.9)
No próximo tema, abordaremos o dízimo como forma de oferta no Novo Testamento, e de culto a Deus na
vida da Igreja Primitiva.

2. AS OFERTAS COMO FORMA DE CULTO NO NOVO TESTAMENTO

Por: Pr. Jorge G. de Souza: 1ª Igreja Batista em Várzea da Roça – BA: Bíblias utilizadas: NVI- Bíblia Sagrada Almeida
Século 21- SBB Revista e Corrigida- Almeida Atualizada.
 No Novo Testamento a prática da Igreja não mudou em tudo a prática judaica de cultuar a Deus. Ou seja,
aquilo que não era prejudicial à vida. Jesus veio cumprir a Lei. Assim como Moisés subiu ao monte Sinai e
recebeu as Leis e deu ao Povo, Jesus subiu ao Monte das Oliveiras e deu a nova Lei ao povo ( Mt . 5 ao 7). Aí
vemos as antíteses de Jesus quando ele diz, “ouviste o que foi dito” ( ou seja o que a Lei de Moisés dizia) “eu
porém eu vos digo”, mostrando assim que a autoridade de Jesus sobre a Lei era superior a de Moisés ( Mt 5.21)
Jesus, assim mostra sua autoridade em anular tudo aquilo que na Lei não era válido para a vida. Como a
Lei do olho por olho dente por dente, a lei que mandava odiar aos inimigos. Mas com relação ao dízimo e ofertas
Jesus não desautorizou, ao contrário, ele reforçou ainda mais o sentido, vejamos:
“ Portanto, quando apresentardes tua oferta no altar,se ali te lembrares que teu irmão tem alguma
coisa contra ti, Deixa diante do altar a oferta e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; depois vem
apresentar a oferta” ( Mt 5.23-24).
Aqui, a oferta é tida como uma forma de culto e quando se fala de oferta, não devemos olhar com o olhar
dos nossos dias onde as pessoas ofertam qualquer coisa ou qualquer valor na Igreja, mas o melhor, pois era
parte do culto prestado a Deus, dízimo é oferta, mas como a décima parte da renda de um servo,pois é uma
parte do culto prestado a Deus, quem não o entrega não cultua a Deus da forma devida.
A igreja no Novo testamento usava o Dia do Senhor para cultuar a Deus e trazer as ofertas como forma de
culto, onde a igreja deveria contribuir de acordo com o ganho de cada um ( I Co 16.1-). Ananias e safira
morreram por quebrarem a comunhão na Igreja, pois venderam a propriedade por um valor e disseram que tinha
sido por menos para negarem o dízimo, mentindo assim contra o Espírito Santo ( Atos 5.1-10). À luz de tudo isso
você será ainda contra o ensino do dízimo na Igreja?

3. AS FINALIDADES DAS OFERTAS NO SANTUÁRIO

“Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo alimentam-se das coisas do templo, e que os
que servem diante do altar participam do que é oferecido no altar?” (1 Co 9.13)

Qual a finalidade de seu cultuar a Deus com a tua renda? A mesma que tinha a finalidade para os
descendentes de Arão (Nm. 7.34-38), dá aos da tribo de Levi que foram escolhidos para servir ao Senhor (Nm
8.5-26), que não receberam a herança, pois a finalidade deles era só ministrar as coisas Consagradas ( Nm 3).
No Novo testamento, vemos essa prática se repetindo. Paulo diz que quem ministra no evangelho deve
viver do evangelho (I Co 9.13-14), e como viverão do Templo se o Senhor não ordenasse que trouxessem os
dízimos e as ofertas ao Templo? Todos os que são contra o dízimo são contra a ordem do Senhor.
Ainda é melhor que se leia o capitulo inteiro para podermos entender que o ministro do evangelho deve
viver do evangelho, exceto se ele abrir mão do sustento por livre vontade. Muitos ministros, pastores são
pessoas que se formaram no mundo secular ganhariam muito mais que nas Igrejas, mas abrem mão de uma
profissão vantajosa, pelo chamado do Senhor. Verdade é que é bíblico que quem administra o que é Sagrado
viva do Sagrado, os dízimos e as ofertas que são formas de culto a Deus e prova de fidelidade de quem doa,
como diz o versículo 6 do capítulo 9 que lemos.
As pessoas que presidem, que lideram as Igrejas devem ter o respeito necessário por parte da Igreja (I
Tessalonicenses: 5.12-13), e esse respeito envolve um sustento ministerial digno como diz a carta a I Timóteo 5.
17-18.
Em Hebreus 7,fala –se do dízimo que Abraão deu a Melquisedeque que é uma personificação do Cristo, e
no versículo 8 diz que homens mortais recebem dízimo de outros homens, pois representam a autoridade divina.
Concluímos nosso estudo enfatizando que o dízimo é bíblico. Mesmo diante das atrocidades que vemos
no meio evangélico, as pessoas desdenhando do dízimo, onde muitos obreiros travestidos de pastores, os quais
nada têm de pastores, brincam como o que é santo ao Senhor. Não obstante a isso o dízimo é e continua sendo
Santo ao Senhor. Por exemplo, mesmo diante da corrupção da policia, magistrados, agente não deve
desacreditar da polícia e dos juízes dizendo que não deve ter tais autoridades na nossa sociedade.
Aqueles que são contra o dízimo o são contra a própria palavra de Deus e são condenados às penas das

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maldiçoes deste livro Santo, pois querem retirar o que foi e é da vontade do Senhor da Igreja (Ap. 22: 18-19)
O fiel pode até não querer entregar o dízimo, escolher não adorar ao Senhor de forma profunda e fiel,
pode escolher não entregar o que o Senhor exige numa adoração. Agora, dizer que não é Bíblico e que o Novo
Testamento não ensina sobre o dízimo torna-se ignorância acerca do conhecimento bíblico, e uma mentira
escabrosa e diabólica.
Que o Senhor da Igreja e Supremo autor da nossa fé nos ajude a compreender o valor e fidelidade nos
dízimos.

Atenciosamente,

Pr. Jorge Gonçalves de Souza

PIB em Várzea da Roça - BA

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