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UMA PALAVRA SOBRE O DÍZIMO

Autor: Antonio Vitor

“Cada um contribua segundo prôpos no seu coração; não com tristeza,


nem constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria. Porque a
ministração deste serviço não só supre as necessidades dos santos, mas
também transborda em muitas ações de graças a Deus;” 2 Co 9.7,12

Antes de iniciar, devemos analisar três coisas:

1 – A revelação da Sagrada Escritura só é dada através do Santo Espírito, e


qualquer coisa fora disso deve ser levada com muito cuidado;

2 – Apesar de ter sido traduzida para o nosso idioma, a compreensão


Bíblica se dá em entendermos o que o texto original diz, então é necessário
consultar as palavras no idioma original;

3 – Não podemos interpretar textos de forma isolada, pois Pedro em uma


de suas cartas disse: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia
da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi
produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus
falaram movidos pelo Espírito Santo.” 2 Pe 1.20,21.

Então vamos lá:

Primeiro alguns conceitos:

Dízimo: A décima parte das primeiras coisas (ou das primícias);

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Origem o dízimo: Muito antes da Lei, quando Abraão deu o dízimo a
Melquisedeque, por entender que ele era um sacerdote do Deus Altíssimo,
por ordenação Divina:

“E Bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus


inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de
tudo.”

Gn 14.20; “Porque este Melquisedeque, rei de Salém,


sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de
Abraão quando este regressava da matança dos reis, e
o abençoou, a quem também Abraão separou o dízimo
de tudo (sendo primeiramente, por interpretação do
seu nome, rei de justiça, e depois também rei de Salém,
que é rei de paz)”

Hb 7.1,2; E Jacó também assim devolveu o dízimo:


“Então esta pedra que tenho posto como coluna será
casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente
te darei o dízimo.” Gn 28.22;

Qual o objetivo da devolução do dízimo: No Antigo Testamento podemos


dividir em duas partes, a primeira e mais importante é a adoração a Deus,
como forma de gratidão ao que Ele nos concedeu, por isto quem devolve de
forma mecânica ou por obrigação, de nada serve; o segundo é dar
mantimentos a Casa de Deus, porque na divisão das tribos a casa de Levi,
donde vinha a linhagem sacerdotal, não recebeu herança (terras), então
como forma de comunhão e sustento, Deus assim ordenou que os dízimos
seriam para mantimento dos mesmos, como também manutenção dos
serviços sagrados (a lenha para o fogo do altar nunca se apagar, os pães da

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proposição, o azeite para o candelabro, etc), contudo, ainda assim 10% dos
dízimos eram queimados a Deus.

“Eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os


dízimos em Israel por herança, pelo serviço que
prestam, o serviço da Tenda da Revelação.” Nm
18.21;

“Porque os dízimos que os filhos de Israel, oferecem


ao Senhor, em oferta alçada, eu os tenho dado por
herança, aos Levitas; porquanto eu lhes disse que
nenhuma herança teriam entre os filhos de Israel.” Nm
18.24;

“Também falarás aos Levitas, e lhes dirás: quando dos


filhos de Israel receberdes os dízimos, que deles vos
tenho dado por herança, então desses dízimos fareis ao
Senhor uma oferta alçada, o dízimo dos dízimos.” Nm
18.26.

Munidos disso, vamos a interpretação do texto sagrado:

Porque a devolução dos dízimos no AT era anual? Sabemos que a base


dos dízimos no Antigo Testamento vinha da agricultura e pecuária,
“Também todos os dízimos da terra, quer dos cereais, quer dos frutos das
árvores, pertencem ao Senhor; santos são ao Senhor.” Lv 27.20; “Quanto
a todo o dízimo do gado e do rebanho, de tudo o que passar debaixo da
vara, este dízimo será santo ao Senhor.” Lv 27.32; e todos conhecemos um
pouco o processo de plantação e colheita, sabemos que não é de um dia
para o outro, levasse meses até o tempo da colheita, como também o
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nascimento de animais não acontece todo o dia, deste modo os dízimos
eram anuais.

Algumas ofertas eram comidas? Sim, pois temos que analisar o que está
sendo ofertado, no livro de Levítico nós vemos cinco ofertas que deveriam
ser dadas pelo o povo, e nem todas tratavam-se de adoração, e tinha oferta
que o povo comia sua parte que lhes cabiam e o sacerdote a dele, “Ora, a
carne do sacrifício de ofertas pacíficas por ação de graças se comerá no
dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até pela manhã.” Lv 7.15;
“E dos sacrifícios das vossas ofertas pacíficas, dareis a coxa direita aos
sacerdotes por oferta alçada.” Lv 7.32; tudo isto tem uma simbologia que
aponta para Israel restaurada em Cristo.

O que o texto de Malaquias 3.10 fala realmente? Muitos pegam este texto
isolado para fazer mal uso dos dízimos e para seus deleites, mas vamos
interpretá-lo. Esse texto NÃO FALA PARA O POVO, e sim para os
SACERDOTES. Porque veja, um texto sem contexto vira um pretexto,
então vamos ao contexto: “Agora, ó sacerdotes, este mandamento e para
vós.” Ml 2.1; se você ler o capítulo 2 e seguir até o capítulo 3, você verá
quem em momento algum a palavra muda de destinatário, sempre é o
sacerdote, porque? Porque como a nação de Israel crescia muito rápido,
graças a promessa que Deus fez a Abraão, cada tribo tinha um sacerdote
responsável, e como o templo ficava no centro de Jerusalém, o povo achava
mais viável entregar o dízimo aos sacerdotes e os mesmos levavam ao
templo, aqueles sacerdotes que pela distância e quantidade não conseguiam
levar ao templo, vendiam por dinheiro, e lá compravam para oferecer ao
Senhor os dízimos do povo, só que muitos sacerdotes não estavam fazendo
isto, estavam retendo o dinheiro para si, descumprindo um ordenamento

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Divino, então, vamos ler o contexto e trazer mais textos Bíblicos para a
interpretação.

Qual o objetivo dos dízimos hoje? Muitos dizem que os dízimos eram
apenas para o povo de Israel, mas cometem um equívoco ao interpretar da
forma que mais lhes cabem para seus deleites e se esquecem de ler o texto
sagrado por completo, pois notem que, o Novo Testamento nos trás mais
um princípio para o uso dos dízimos: “Cada um contribua segundo prôpos
em seu coração, não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus
ama ao que dá com alegria.” 2 CO 9.7; “Porque a ministração deste
serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também transbordam
em muitas ações de graças a Deus;” 2 Co 9.12; Paulo, no capítulo anterior
elogia a Tito pelo que ele estava fazendo com os dízimos, onde não só
deixava para os sacerdotes, como também cuidava dos necessitados da
igreja, as viúvas e os órfãos, e o anima a continuar, destarte, como o Novo
Testamento não anula o antigo, ele explica e acrescenta, temos então três
finalidades para o dízimo: Adorar a Deus em forma de gratidão, suprir as
necessidade da igreja e cuidados com os necessitados; e para aqueles que
dizem que os dízimos eram e são apenas para Israel, lembre-se que Paulo
foi o apóstolo que pregava aos gentios, sendo assim, o dízimos também é
uma ordenança para nós.

Então apenas dízimo e não oferta? Não. Temos que ofertar também, a
Bíblia sempre trouxe as ofertas alçadas como forma de adoração, porque o
dízimo é 10%, e a oferta alçada é de valor livre, o que estiver no coração da
pessoa, a igreja primitiva por exemplo, dava tudo o que tinha para serem
divididos de modo igualitário para todos os irmãos, “Todos os que criam
estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e
bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E,
perseverando unanimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa,
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comiam com alegria e singeleza de coração.” At 2.44-46; então não é
limitado apenas ao dízimo, mas também podemos ofertar segundo o que
está proposto no nosso coração.

Quando sei que meu dízimo está sendo entregue de forma mecânica e
assim está desagradando a Deus? Quando entrego por obrigação, e não
por gratidão, 2 Co 9.7 (versículo acima), quem não devolve o dízimo está
sendo hipócrita, tendo mais amor ao dinheiro do que gratidão a Aquele que
nos permitiu ter dinheiro, e fica arrumando desculpas para não devolver, e
ainda faz mal uso do Texto sagrado para tentar se defender, desagradando
assim a Deus.

CONCLUSÃO

Então o dízimo é Bíblico sim, e no nosso caso deve ser devolvido


mensalmente, pelo fato de todo o mês recebermos o nosso salário.

Que Deus possa abençoar os irmãos em Cristo, espero ter elucidado o texto
para vocês, peço desculpas por erros de ortografia e gramática.

A DEUS SEJA A GLÓRIA, O LOUVOR E O DOMÍNIO PARA


TODO O SEMPRE, AMÉM!

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