Você está na página 1de 41

Resfriadores de Líquido Rotativos

Este treinamento é uma introdução do conceito de chillers com compressores


rotativos.

1
absorção centrífugo

Parafuso

Existem diversos tipos de resfriadores de líquido, que são diferenciados por seu ciclo de
refrigeração ou tipo de compressor.

Chillers por absorção utilizam o ciclo de refrigeração por absorção e não possuem um
compressor mecânico envolvido no ciclo.

Chillers que utilizam ciclo de refrigeração por compressão de vapor variam de acordo
com o tipo de compressor aplicado. Alternativos e scroll são tipicamente utilizados em
pequenos chillers. Compressores do tipo parafuso são aplicados em chillers de médio
porte. Compressores centrífugos são geralmente aplicados em chillers de grande porte.

Esta clínica discutirá chillers parafuso.

2
Resfriadores de Líquido Rotativos

Resfriado
a Água

Resfriado
a Ar

Chillers parafuso podem ser resfriados a água ou a ar, referindo-se ao método de


rejeição de calor para a atmosfera. Ambos os tipos estão disponíveis geralmente das
capacidades de 70 a 450 TR’s.

O primeiro período está focado em chillers a água, porém apresenta algumas


discussões sobre os componentes dos chillers resfriados a ar. Uma comparação entre
chillers resfriados a ar e a água é apresentada no quinto período.

3
Resfriadores de Líquido Rotativos
Primeiro Período
Componentes

Muitos dos componentes dos chillers parafusos são similares aos de outros tipos de
chillers.

4
componentes de um
Chiller com Compressor Parafuso

Este chiller em particular utiliza um evaporador “shell and tube” (carcaça e tubo), onde o
refrigerante evapora dentro da carcaça (vaso) e a água circula pelos tubos. O
compressor é do tipo “twin-rotor” (rotores gêmeos), rotativo. Utiliza um motor resfriado
por refrigerante da sucção. Um outro trocador “shell and tube” é utilizado como
condensador, onde o refrigerante é condensado na carcaça e a água circula pelos
tubos. A medição de refrigerante através do sistema é feita por uma válvula de
expansão eletrônica. Um separador de líquido e vapor pode ser usado para aumentar a
eficiência do ciclo. Um sistema de lubrificação garante um refrigerante livre de óleo a fim
de maximizar a troca térmica nos trocadores e prover lubrificação e vedação aos rotores
do compressor. Um painel de controle também é fornecido com o chiller e um quadro de
partida conecta o motor do chiller ao sistema de distribuição elétrica.

5
compressor...
Rotores Helicoidais

Compressor
O compressor rotativo utiliza dois rotores do tipo parafuso.

6
compressor...
Rotores Helicoidais

Os rotores são casados com uma folga mínima dentro de um compartimento.


Somente o rotor macho é acionado pelo motor. Os lóbulos do rotor macho e fêmea se
casam, acionado o rotor fêmea. Os rotores giram em direções opostam.

7
compressor...
Rotores Helicoidais

Na operação do compressor rotativo, vapor de refrigerante entra no compartimento do


compressor pela porta de admissão. A admissão é mostrada neste exemplo é na parte
superior do compartimento do compressor.

8
compressor...
Rotores Helicoidais

O refrigerante que entra no compressor está a uma baixa pressão e preenche os sulcos
ou bolsas formadas pelos lóbulos dos rotores. À medida que os rotores giram, eles
empurram os bolsões de refrigerante na direção da descarga do compressor.

9
compressor...
Rotores Helicoidais

Uma vista lateral do compressor mostra que, após o deslocamento das bolsas de
refrigerante para a direita, passando a porta de admissão, o vapor, ainda à pressão de
sucção, fica confinada nas bolsas pela carcaça do compressor.

10
compressor...
Rotores Helicoidais

Uma vista superior do compressor mostra que a rotação dos lóbulos combinados dos
rotores desloca o vapor de refrigerante aprisionado para a direita, a frente do ponto de
esmagamento (meshing point).

11
compressor...
Rotores Helicoidais

A continuação da rotação dos rotores faz com que o ponto de esmagamento de dirija
para a descarga do compressor. Esta ação progressiva reduz o volume das bolsas,
comprimindo o refrigerante.

12
compressor...
Rotores Helicoidais

Finalmente, quando as bolsas de refrigerante atingem a porta de descarga, o vapor de


refrigerante comprimido é liberado. À medida que os rotores continuam girando, o
volume das bolsas é reduzido ainda mais, esmagando o refrigerante remanescente nas
cavidades.

Observe que o vapor de refrigerante entra e sai do compressor através de portas – não
são utilizadas válvulas.

13
Separador de Óleo

Separador de Óleo
O óleo deixa o compressor entrando no separador com o vapor de refrigerante.

O óleo é recuperado (separado) do refrigerante por um separador de óleo, que pode


ter uma eficiência de até 99%. O separador consiste em um cilindro vertical que
circunda um tubo de saída. À medida que o refrigerante é descarregado no separador, o
óleo é forçado para a periferia pela força centrífuga, e é coletado nas paredes do cilindro
e drenado para o fundo. O óleo acumulado deixa o cilindro em direção ao tanque de
óleo, localizado na parte inferior do chiller.

O óleo é aquecido para assegurar lubrificação adequada e minimizar a condensação de


refrigerante no tanque.

14
Sistema de Alimentação de Óleo

Óleo coletado no tanque está à pressão de condensação durante a operação do


compressor e é, portanto, constantemente deslocado para as áreas de mais baixas
pressões do chiller. Neste sistema, óleo flui em dois caminhos distintos, que
desempenham funções também distintas: 1) Lubrificação e resfriamento dos mancais; 2)
Injeção de óleo sobre os rotores.
Óleo deixa o tanque e passa através de um filtro de óleo e uma válvula solenóide. A
válvula solenóide (máster) é utilizada para isolar o tanque do lado de baixa pressão do
sistema quando o compressor está parado, prevenindo a migração de óleo.
O primeiro caminho (1) é para lubrificação e resfriamento dos mancais do compressor.
Óleo é direcionado aos mancais localizados no rotor e sede dos mancais. Cada sede de
mancais é ventilada ao lado de sucção do compressor, para que o óleo que deixa os
mancais seja direcionado através dos rotores, para o separador de óleo, e então de
volta ao tanque de óleo.
O segundo caminho (2) é para a lubrificação e vedação dos rotores do compressor.
Óleo é injetado ao longo da parte inferior ou superior dos rotores do compressor, dentro
do compartimento (housing). O principal propósito é a vedação rotor-rotor e rotor-
housing. Este selo forma uma barreira entre as cavidades de alta e baixa do
compressor. Além disso, o óleo lubrifica o sistema de acionamento entre os rotores
macho e fêmea.

15
Condensador Resfriado a Água

Condensador
O vapor de refrigerante a alta pressão, livre de óleo, deixa o separador de óleo e segue
para o condensador.
Em um condensador a água, água é bombeada através dos tubos do trocador “shell
and tube” enquanto o vapor de refrigerante preenche o espaço do vaso que circunda os
tubos. O condensador possui uma placa defletora que ajuda a distribuir o refrigerante
uniformemente pelo trocador. À medida que o calor é transferido do vapor de
refrigerante quente e a alta pressão para a água, o refrigerante se condensa nas
superfícies dos tubos.

O refrigerante líquido condensado é então coletado fundo do vaso, onde os tubos da


parte inferior encontram-se agora submersos, resultando em um resfriamento posterior,
ou subresfriamento do refrigerante. Esta disposição dos tubos no condensador é
conhecida como subresfriador integral.

Água de resfriamento flui inicialmente através dos tubos inferiores do condensador e


então através dos superiores. Isto produz um diferencial aproximadamente constante de
temperatura entre o refrigerante, que se move de cima para baixo, e a superfície dos
tubos, resultando em uma taxa uniforme de transferência de calor no feixe de tubos.

Líquido refrigerante subresfriado deixa o condensador (subresfriador) e flui através da


linha de líquido em direção ao dispositivo de expansão.
16
Dispositivo de expansão…
Válvula de Expansão Eletrônica

Dispositivo de Expansão
Um dispositivo de expansão é utilizado para manter o diferencial de pressão entre os
lados alta (condensador) e baixa (evaporador) pressão do sistema, da maneira
estabelecida pelo compressor. Este diferencial de pressão permite que a temperatura do
evaporador seja baixa suficiente para absorver calor da água a ser resfriada, e que a
temperatura do refrigerante no condensador seja alta suficiente para rejeitar calor ao ar
ou à água, à temperaturas normalmente disponíveis. Líquido refrigerante a alta pressão
flui através do dispositivo de expansão, causando uma grande queda de pressão, que
reduz a pressão do refrigerante à do evaporador. Esta redução de pressão faz com que
uma pequena parte do líquido se vaporize ou flash, resfriando o refrigerante
remanescente à temperatura do evaporador.
Neste chiller, o dispositivo de expansão usado é uma válvula de expansão eletrônica.
Além de manter o diferencial de pressão, a EXV controla a quantidade de líquido
refrigerante que entra no evaporador, para assegurar que será completamente
vaporizada no evaporador.

17
Separador Líquido/Vapor

Separador de Líquido/Vapor
A mistura de líquido e vapor que deixa o dispositivo de expansão entra no separador de
líquido/vapor. Aqui o líquido refrigerante desce para o fundo da câmara e o vapor é
succionado pelo topo e direcionado para a sucção do compressor. O líquido refrigerante
remanescente segue então para o evaporador.

Removendo a porção de vapor da mistura antes que ela atinja o evaporador,


conseguimos melhorar a eficiência no processo de evaporação.

18
Evaporador Inundado

Evaporador
No evaporador inundado “shell and tube”, líquido refrigerante frio e a baixa pressão
entra no sistema de distribuição e é distribuído uniformemente sobre os tubos,
absorvendo calor de uma água relativamente mais quente que flui através dos tubos.
Esta transferência de calor vaporiza o filme de refrigerante líquido nas superfícies dos
tubos e o vapor resultante é succionado de volta ao compressor. A ;agua gelada pode
agora ser utilizada em diversas aplicações como conforto ou processo.

Um sensor pode monitorar o nível de líquido refrigerante neste tipo de evaporador e a


EXV pode ser utilizada para cuidadosamente medir o fluxo de líquido refrigerante para o
sistema de distribuição do evaporador, a fim de manter um relativamente baixo nível de
refrigerante no evaporador.

19
Controles e Quador de Partida

Controles e Partida
Um painel de controle microprocessado é fornecido juntamente com o chiller a fim de
prover controle preciso de temperatura de água gelada bem como monitoração,
proteção e funções limite. Estes controles monitoram a operação do chiller e evitam que
o chiller opere fora de seus limites operacionais. Eles podem compensar condições de
operação atípicas, mantendo o chiller em operação modulando alguns componentes do
sistema, o que é mais vantajoso que desarmar a máquina por algum dos ajustes de
segurança. Mais ainda, quando algum problema ocorre, mensagens de diagnóstico
ajudam a solucioná-lo.
O sistema de controle não somente provém precisão, controle otimizado e proteção para
o chiller, mas permite interface com um sistema de automação predial para sistema de
controle integrado.
Como o motor do compressor cria uma grande carga elétrica, ele não pode ser acionado
e desligado por uma simples chave ou plug. Um painel de partida provém uma conexão
entre o motor e o sistema de distribuição elétrica. Sua função primária é conectar e
desconectar o chiller da linha elétrica. O painel de partida também inclui um
transformador que alimenta o painel de controle e seus componentes.

20
Resfriadores de Líquido Rotativos
Segundo Período
Ciclo de Refrigeração

Um diagrama P-H ilustra o ciclo de refrigeração de um chiller com compressor rotativo.

21
Ciclo de Refrigeração

Mas inicialmente, vamos rever os componentes de um ciclo de refrigeração com


compressor rotativo…

Vapor de refrigerante deixa o evaporador e flui para o compressor, onde é comprimido a


pressão e temperatura superiores. Óleo é removido do vapor de refrigerante no
separador de óleo e o refrigerante migra para o condensador enquanto óleo é
recirculado de volta ao compressor.
No condensador, o vapor de refrigerante rejeita calor para a água ou ar e sai como
líquido subresfriado. A queda de pressão criada pelo dispositivo de expansão faz com
que parte do líquido refrigerante se evapore e a mistura resultante de líquido e vapor
entra no separador de líquido e vapor. No separador o vapor é separado da mistura e
direcionado diretamente para a sucção do compressor, e o líquido remanescente entra
no evaporador.

No evaporador, o líquido refrigerante evapora à medida que absorve calor da água. O


vapor resultante é succionado de volta ao compressor para que o ciclo se repita.

22
Diagrama Pressão–Entalpia (p-h)

A B

O diagrama P-H é simplesmente uma curva das propriedades de saturação de um


refrigerante. A curva tem pressão de refrigerante no eixo vertical e entalpia no eixo
horizontal. Entalpia é a medida do conteúdo de calor (sensível e latente), por libra (kg) de
refrigerante.

Por exemplo, A representa o conteúdo de calor do refrigerante líquido HFC-134a saturado


a 147.5 psia e 104°F [40°C]. B representa o conteúdo de calor do vapor de refrigerante
HFC-134a saturado às mesmas pressão e temperatura. A diferença no conteúdo de calor,
ou entalpia, entre A e B – que é de 76.9 Btu/libra [179.4 kJ/kg], é a quantidade de calor
necessária para transformar 1 libra (1kg) de líquido refrigerante saturado em vapor de
refrigerante saturado às mesmas pressão e temperatura.

Caso o conteúdo de calor do refrigerante, a qualquer pressão, caia para o lado direito da
curva, o vapor está superaquecido. Da mesma forma, caso o conteúdo de calor caia para
o lado esquerdo da curva, temos líquido subresfriado. Finalmente, quando o conteúdo de
calor cai dentro da curva, o refrigerante existe como uma mistura de líquido e vapor.

23
Ciclo de Refrigeração

O ciclo teórico de refrigeração por compressão de vapor para um chiller parafuso pode ser plotado
em um diagrama P-H.
O refrigerante deixa o evaporador como vapor saturado (1) e flui para a sucção do compressor,
onde resfria o motor. O refrigerante então entra na câmara de compressão. Vapor de refrigerante é
comprimido à altas pressão e temperatura (2).
Energia do motor e do processo de compressão é cedida ao refrigerante como superaquecimento.
Vapor de refrigerante superaquecido deixa o compressor e entra no condensador. Água ou ar
fluindo através do condensador absorve calor do refrigerante quente e à alta pressão. Esta redução
no conteúdo de calor do vapor de refrigerante causa o desuperaquecimento (3), condensação (4) e
posterior subresfriamento (5) do refrigerante, antes de deixar o condensador em direção ao
dispositivo de expansão.
A queda de pressão criada pelo processo de expansão causa a evaporação de parte do líquido
refrigerante. O refrigerante em evaporação absorve calor do líquido refrigerante remanescente. A
fria mistura resultante de líquido e vapor entra no separador de líquido/vapor (6). Aqui o vapor é
separado da mistura e flui diretamente para a sucção do compressor (1) e o líquido refrigerante
remanescente entra no evaporador (7).
Líquido refrigerante frio e a baixa pressão entra no sistema de distribuição do evaporador e é
distribuído sobre os tubos no feixe de tubos do evaporador, absorvendo calor da água que flui
através dos tubos. Esta transferência de calor vaporiza o filme de líquido refrigerante nas
superfícies dos tubos e o vapor resultante é succionado de volta ao compressor (1), quando o ciclo
se repete.

24
Refrigerantes
HCFC-22
HFC-134a
HFC-404a
HFC-407c
HFC-410a

Refrigerantes

Os fabricantes estão continuamente melhorando seus projetos de chillers parafuso.


Novos chillers devem ser projetados de acordo com as características do refrigerante.
Hoje existem 5 forte candidatos para utilização com chillers rotativos de deslocamento
positivo que são HCFC-22, HFC-134a, HFC-404a, HFC-407c e HFC-410a.

25
refrigerantes…
Características Termodinâmicas

Hoje, o refrigerante mais utilizado em parafusos é o HCFC-22. Devido a descontinuidade programada


do HCFC-22, a maioria dos chillers parafuso serão reprojetados para utilizar os refrigerantes HFC.
Muitos desafios serão encontrados quando reprojetando um chiller para utilizar um refrigerante com
diferentes características termodinâmicas. Isto se dá pela diferença de eficiência, capacidade e
pressões de operação características de cada refrigerante.
Preste atenção em cada um dos pontos abaixo, avaliando os efeitos da utilização de diferentes
refrigerantes em um mesmo chiller parafuso projetado para operar com HCFC-22.

Eficiência – Para atender aos altos padrões de eficiência energética de hoje, chillers que utilizam
refrigerantes com uma eficiência térmica mais baixa, como HFC-404a e HFC-410a, precisarão de
trocadores maiores e compressores mais eficientes. Estas mudanças agregam custo ao produto além
de aumentarem o tamanho do chiller.
Capacidade – HFC-134a tem uma menor capacidade se comparado ao HCFC-22, o que significa
uma necessidade de bombear mais refrigerante através do chiller para obter a mesma capacidade.
Isso pode ser conseguido utilizando-se um compressor maior ou aumentando-se a velocidade do
compressor original. Ambas as alterações tendem a aumentar o custo do produto e a complexidade do
projeto. Por outro lado, HFC-410a tem uma maior capacidade se comparado ao HCFC-22, o que
significa que uma menor quantidade de refrigerante deve ser bombeada pelo chiller para que se
obtenha a mesma capacidade. A vantagem é que podemos utilizar um compressor menor e mais
barato.
• Pressão de Operação – Um refrigerante que opera a uma pressão mais elevada requer que seus
trocadores de calor e vasos de pressão sejam projetados para pressões mais elevadas. Isto agrega
custo. Em contra-partida, refrigerantes de pressões mais elevadas possuem uma maior densidade.
Quanto maior a densidade, menor a quantidade de refrigerante necessária, o que significa que
compressores menores ou trabalhando a menores velocidades podem ser utilizados. Refrigerantes de
pressões inferiores, como HFC-134a, necessitarão de compressores maiores ou que operem a26
velocidades superiores, de forma a obter às mesmas capacidades dos chillers que utilizam HCFC-22.
Resfriadores de Líquido Rotativos
Terceiro Período
Controle de Capacidade do Compressor

A capacidade do compressor parafuso mostrado nesta clínica é controlada por uma


válvula deslizante que é integrada ao compressor.

Outros tipos de parafuso podem utilizar uma variedade de métodos para variar sua
capacidade. Alguns desses métodos são similares à válvula deslizante apresentada
neste período. A maior diferença é se o compressor é projetado para descarregar em
passos, como um compressor alternativo, ou se tem descarregamento contínuo.

27
Válvula Deslizante (Slide Valve)

A posição da válvula deslizante ao longo dos rotores controla o volume de vapor de


refrigerante sendo enviado ao compressor, variando a parte do comprimento dos rotores
sendo efetivamente utilizada para a compressão.
Observe que a descarga do compressor tem dois componentes. Primeiro, uma porta por
onde a “slide valve” controla a descarga radial de refrigerante. Segundo, uma porta na
parte frontal do compressor do compressor controla a descarga axial.

28
Posição da slide valve...
Plena Carga

A plena carga, a válvula encontra-se fechada. O compressor bombeia máximo volume


de refrigerante, que é descarregado por ambas as portas, radial e axial.

29
Posição da slide valve...
Carga Parcial

Em carga parcial, a válvula deslizante modula para a posição aberta. A passagem criada
pelo movimento da válvula permite que o vapor de refrigerante seja by-passado do rotor
de volta à sucção do compressor. Isso reduz o volume de vapor disponível para o
processo de compressão. Também reduz a parte do rotor disponível para compressão.
Desta forma, o volume de refrigerante que é bombeado pelo compressor varia,
descarregando para atender às necessidades de carga do chiller.

30
Controle de capacidade do compressor...
Descarregando

À medida que a válvula deslizante abre, o compressor descarrega ainda mais, e sua
porta de descarga radial eventualmente se move e passa da abertura no housing do
compressor. Uma vez ocorrendo isso, todo o vapor de refrigerante sendo bombeado
pelo compressor é descarregado através da porta axial, na extremidade do compressor.

As portas de descarga do compressor e válvula deslizante são projetadas para permitir


que o compressor opere eficientemente em uma ampla faixa de capacidades.

31
Operação da Slide Valve

A válvula deslizante é operada por um conjunto pistão-cilindro. O movimento do pistão


posiciona a válvula deslizante ao longo dos rotores do compressor.
Vapor de refrigerante a alta pressão, controlado por duas válvulas solenóides, é
alimentado ou aliviado do cilindro para posicionar a válvula. Para fechar a abertura da
válvula deslizante e carregar o compressor, a válvula solenóide de carga é energizada
(aberta) e a válvula de descarga desenergizada (fechada). Isso permite que vapor de
refrigerante a alta pressão entre no cilindro saindo da descarga do compressor,
empurrando o pistão e movendo a válvula deslizante de maneira que ela cubra uma
maior parte dos rotores.
Em contra-partida, para abrir a slide valve e descarregar o compressor, a válvula de
carga é fechada e a de descarga é aberta. Isso permite que o vapor de refrigerante seja
escoado para fora do cilindro, para a área de baixa pressão no housing do compressor.
Uma mola ajuda o retorno do pistão, retraindo o eixo e movendo a válvula deslizante de
forma que os rotores fiquem mais descobertos. Isso reduz o comprimento efetivo dos
rotores, que comprimem o vapor de refrigerante.
Em paradas, a válvula solenóide de descarga é energizada e a mola empurra a válvula
deslizante para a posição totalmente descarregada. Isso assegura que o compressor
sempre partirá totalmente descarregado.
Quando ambas as solenóides estão fechadas, o eixo segura a válvula deslizante na
posição atual.

32
Resfriadores de Líquido Rotativos
Quarto Período
Considerações de Manutenção

Este período discute as necessidades básicas de manutenção de um chiller com


compressor parafuso. Embora algumas informações apliquem-se especificamente ao
projeto mostrado nesta clínica, recomendações para outros tipos de parafusos estão
também incluídos.

33
Considerações de Manutenção
Folha de Leitura
Componentes
Mecânicos
Trocadores de
Calor
Análise dos
Fluidos

Uma vez instalado e colocado em operação, o chiller parafuso geralmente opera bem
sem que haja necessidade de assistência operacional full time. Em muitos casos, o chiller
parte e para de acordo com uma programação controlada por um sistema de automação
predial ou um simples programador horário. A única manutenção diária necessária é o
preenchimento de folhas de leitura operacionais.
Chillers são projetados para máxima confiabilidade com um mínimo de manutenção.
Contudo, como todos os grandes sistemas mecânicos, certos procedimentos de
manutenção são necessários ou recomendados.

34
Folha de Leitura Operacional
ASHRAE Guideline 3
Temperaturas e pressões das Temperaturas de sucção e
linhas de entrada e saída de descarga do compressor
água gelada
Nível de refrigerante
Vazão de água gelada
Pressões, temperaturas e nível
Pressão e temperatura do de óleo
refrigerante no evaporador
Approach no evaporador Adição de refrigerante
Temperaturas e pressões das Adição de óleo
linhas de entrada e saída de
água de condensação Níveis de vibração

Vazão de água de
condensação
Pressão e temperatura do
refrigerante no condensador
Approach no condensador

A American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers (ASHRAE)


publicou o Guia 3 entitulado Reducing Emission of Halogenated Refrigerants in
Refrigeration and Air Conditioning Equipment and Systems. Este guia inclui uma lista de
pontos e dados que devem ser incluídos em uma folha de leitura operacional para cada
chiller. Muitos destes dados estão disponíveis nos painéis de controle dos chillers.

Atenção especial deve ser dada aos seguintes pontos:


Revisão das folhas de leitura;
Medição da queda de pressão através do filtro de óleo, o que determina a necessidade
ou não de substituição;
Medição do superaquecimento e subresfriamento do refrigerante;
Medição das cargas de óleo e de refrigerante.

35
considerações de manutenção
Componentes Mecânicos
Manutenção necessária
Compressor e motor: nenhuma
Controles: nenhuma manutenção ou calibração
Manutenção recomendada
Inspeção visual da unidade
Inspeção dos dispositivos de segurança e
componentes elétricos
Reaperto das conexões elétricas
Verificar vazamentos
Testar as linhas de alívio

Projetos de compressores semi-hermético com acionamento direto não requerem


manutenção periódica no conjunto motor/compressor. O compressor possui apenas 3
partes móveis: os rotores macho e fêmea e a válvula deslizante. O motor semi-hermético
elimina a necessidade de selos para o eixo, utilizados em compressores abertos. Estes
selos são fontes constantes de vazamento de óleo e refrigerante. O motor semi-hermético
também elimina a necessidade de inspeções anuais de acoplamento e selo, alinhamento
do eixo e substituição do selo do eixo.
Com o advento dos controles micro-processados, o painel de controle e controladores
auxiliares não mais necessitam de recalibração ou manutenção. Sensores eletrônicos
montados remotamente enviam informações para o controlador do chiller, que pode ser
conectado a um sistema de automação predial a fim de transmitir informações e otimizar
o controle global do sistema. Estes sistemas podem notificar ao operador com
mensagens de alarme ou diagnóstico caso qualquer problema ocorra.

Como para qualquer equipamento mecânico, uma inspeção visual diária do chiller é
recomendada e deve-se procurar por condensação, cabeamento elétrico frouxo ou sinais
de corrosão. Atenção especial deve ser dada para os dispositivos de segurança e
componentes elétricos.

É recomendado que um técnico qualificado verifique o chiller anualmente quanto a


vazamentos. Em qualquer serviço onde haja a necessidade de abertura do compressor
ou circuito de refrigeração, o refrigerante deve ser recolhido.

36
Finalmente, as linhas de ventilação de todas as válvulas de alívio de pressão devem ser
testadas quanto a vazamento anualmente. Caso a presença de refrigerante seja
considerações de manutenção
Componentes Mecânicos
Outras recomendações:
Substituição da carga de óleo quando indicado na
análise
Substituição do filtro de óleo periodicamente
Substituição dos secadores periodicamente
Limpeza dos filtros (strainers) de óleo anualmente
Verificar alinhamento do eixo das bombas
anualmente
Verificar acoplamentos anualmente
Substituir selos das bombas a cada 2 a 4 anos

Alguns chillers com compressores parafuso não necessitam d manutenção periódica nos
componentes do sistema mecânico. Isso inclui substituições de filtros de óleo e
refrigerante e inspeção dos rotores do compressor.

Compressores abertos necessitam de alinhamento de eixo, inspeção do acoplamento,


lubrificação dos mancais e limpeza do motor e ventoinha de resfriamento do motor,
semestralmente ou anualmente.

Em todos os casos, siga atentamente às recomendações e necessidades de manutenção


dos fabricantes.

37
considerações de manutenção
Superfícies dos Trocadores de Calor

Manutenção Recomendada
Tratamento de água com
empresa especializada
Inspeção annual dos tubos do
condensador e limpeza quando
necessário
Limpeza dos filtros do lado da
água
Teste dos tubos a cada 3 anos

Para garantir uma melhor performance na transferência de calor, as superfícies


dos tubos devem ser mantidas livres de sujeira e incrustações. Mesmo um
pequeno depósito de cálcio pode reduzir substancialmente a capacidade de
transferência de calor. Utilize os serviços de uma empresa especializada de
tratamento de água, principalmente na água de resfriamento.
Inscrustações (cálcio) são removidas mais eficientemente com tratamento
químico. Durante este processo, o absorvedor e o condensador são comumente
isolados do resto do circuito de resfriamento (circuito de água de resfriamento e
torre), enquanto a bomba circula solução de limpeza através dos tubos.
Lodo e sujeira são mecanicamente removidos. Isto geralmente envolve o
escoamento da água do absorvedor e condensador, e escovamento da parte
interna dos tubos. Os materiais soltos no tubo são removidos com água limpa.
Como parte do procedimento, os filtros de água gelada e de condensação devem
ser limpos periodicamente, dependendo das condições de cada instalação.
Geralmente anualmente.
A cada três anos ( com maior frequência em aplicações de processo ou
aplicações críticas), recomenda-se que sejam feitos ensaios não-destrutivos nos
concentradores, condensador, evaporador, absorvedor e trocadores de calor. O
teste de corrente parasita (Eddy-Current Test) é o método mais comumente
utilizado.
Raramente, problemas que causam vazamentos de água ou refrigerante podem
aparecer. Estes devem ser reparados imediatamente.
38
Para chillers resfriados a ar, as serpentinas do condensador devem ser limpas ao menos
anualmente para manter a eficiência e as condições adequadas de operação.
Considerações de manutenção
Análise dos Fluidos
Análise de óleo
Análise annual para verificar a
integridade do sistema
Medir a queda de pressão através
do filtro de óleo para determinar a
necessidade de substituição
Avaliar a carga de óleo
Carga de refrigerante
Avaliar a carga e complementar
caso necessário
Medir sub e super

Provavelmente a mais importante recomendação com relação a procedimentos de


manutenção para chillers parafuso é a análise de óleo. Pode ser executada com maior
frequência em chillers que operam continuamente ou mais que o normal. Este teste,
conduzido por um laboratório qualificado, verifica a integridade do sistema de refrigeração
testando a presença de umidade, acidez e níveis de concentração de metais no óleo. Esta
análise pode determinar onde o problema existe ou pode se desenvolver. Tirando
amostras de óleo regularmente, podemos analisar as condições do compressor e mancais
pela presença de certos metais. Melhor que substituir o óleo anualmente, independente da
necessidade, uma análise regular de óleo pode ser utilizada para determinar intervalos
adequados para troca de óleo, bem como prever problemas graves antes que ocorram.
Análise de refrigerante mede os níveis de contaminação e determina se o refrigerante
continua aceitável para uso. Podem também determinar a aceitabilidade de refrigerante
reciclado para reutilização. Análise de refrigerante ajuda a estender a vida da carga
existente e assegura que o chiller está operando com a eficiência máxima.

39
Considerações de manutenção
Análise dos Fluidos
Porquê fazer análise regular de óleo?
Ajuda a reduzir custos de manutenção
Detecta problemas sem a
desmontagem do compressor
Prolonga a vida útil da carga de óleo
Reduz problemas ambientais
relativos ao descarte do óleo
Ajuda a manter a eficiência e
confiabilidade do compressor

Uma análise de óleo é a principal medida preventiva e deve ser conduzida ao menos uma
vez ao ano. Ajudará a aumentar a vida do compressor, melhorando a eficiência do chiller
e reduzindo emissões de refrigerante. Um laboratório químico certificado/qualificado deve
ser utilizado para os serviços.
Geralmente os fabricantes oferecem estes serviços.

40
Equipe de Treinamento

Engo Emerson Paiva


Sócio – diretor
epaiva@dfc.com.br

41

Você também pode gostar