Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Outubro 2023
Como 23 ∈]0, 4], então o ponto de máximo da função pertence ao intervalo ]0, 4]
e a função é crescente no intervalo ]0, 23 ] e decrescente no intervalo [ 32 , 4]. Agora
notamos que
lim+ f (x) = 2 > f (4) = −6,
x→0
pelo que como f é um polinómio e logo contínua no intervalo ]0, 4], então f (]0, 4])
é um intervalo e temos f (]0, 4]) = [−6, 13
2
]. Então contradomínio de f é o conjunto
−4 −4
[e + 1, 2] ∪ [−6, 2 ]. Como e + 1 > −6 e 13
13
2
> 2, então o contradomínio é o
intervalo [−6, 13
2
] .
1
(b) Estude a continuidade de f no intervalo ] − 2, 4[.
A função f é definida por dois ramos, pelo que devemos estudar a continuidade em
cada um dos ramos e também no ponto x = 0 de mudança de ramo. Para −2 < x <
0, temos f (x) = e2x + 1. A função e2x é a composição da função exponencial com
o polinómio 2x que são ambas funções contínuas e como a composição de funções
contínuas é uma função contínua, então e2x é contínua no seu domínio. A função
constante 1 também é contínua e como a soma de funções contínuas é uma função
contínua, então f é contínua no intervalo ] − 2, 0[.
Para 0 < x < 4, f é definida por um polinómio, pelo que é uma função contínua no
intervalo ]0, 4[.
Para estudar a continuidade de f no ponto x = 0, devemos estudar os limites laterais
limx→0− f (x) e limx→0+ f (x). O limite lateral esquerdo em zero limx→0− f (x) =
limx→0− (e2x + 1), envolvendo a função f (x) = e2x + 1, pode ser obtido por cálculo
direto pois a função f (x) = e2x + 1 é contínua no seu domínio (a justificação é dada
acima, no estudo do ramo −2 < x < 0). Assim, temos
lim− f (x) = lim− e2x + 1 = e0 + 1 = 2 = f (0).
x→0 x→0
Como
lim f (x) = f (0) = lim+ f (x),
x→0− x→0
2
Figura 1: Esboço do gráfico de f .
g(x) = ln(x + 1) + 5
Caracterize a função inversa de g .
A função g(x) é crescente pois para x1 , x2 ∈ [0, 4] com x1 ≤ x2 temos x1 + 1 ≤ x2 + 1 =⇒
ln(x1 + 1) ≤ ln(x2 + 1), dado a função logaritmo ser crescente. Portanto ln(x1 + 1) + 5 ≤
ln(x2 + 1) + 5 e daqui resulta que, sendo a função contínua, sendo o domínio da função g
o intervalo [0, 4], sendo g(0) = ln(1) + 5 = 5 e g(4) = ln(5) + 5, então o contradomínio
é o intervalo [5, ln(5) + 5].
A função g(x) tem inversa pois é injectiva. Uma forma de o justificar é referir que os
cálculos anteriores se mantém para x1 ̸= x2 e resultam em ln(x1 + 1) + 5 ̸= ln(x2 + 1) + 5,
dado a função ln ser injetiva.
O domínio da função inversa de g , g −1 é o intervalo [5, ln(5) + 5] e o seu contradomínio
é o intervalo [0, 4]. Agora temos que
logo
ey ey
= x + 1 ⇐⇒ x = − 1 = ey−5 − 1.
e5 e5
Logo g −1 é definida por
g −1 : [5, ln(5) + 5] → [0, 4]
g −1 (y) = ey−5 − 1.
3
Temos que
cos(ex )x2 = |cos(ex )| x2 ≤ x2
√
e para que x2 < ϵ, para um √ dado ϵ > 0 basta que |x| < ϵ. Assim, qualquer que seja
ϵ > 0, basta tomar δ = ϵ, para que, sempre que |x| < δ , se tenha necessariamente
|cos(ex )x2 | < ϵ. Concluímos, portanto, que
4. Calcule
5n + sin(3n)
lim
n→+∞ 10n2 + 1
∞
Temos uma indeterminação do tipo .
∞
Agora reparemos que, dividindo o numerador e o denominador da expressão cujo limite
queremos encontrar por n2 , obtemos
5n + sin(3n) 5n
+ sinn(3n) 5
+ sinn(3n)
lim = lim n2
= lim
2 n 2
10n2 1
n→+∞ 10n2 + 1 n→+∞
n2
+ n12 n→+∞ 10 + n2
Temos que
5
lim =0
n→+∞ n
e também
1
lim = 0.
n→+∞ n2
Agora reparemos que
1 sin(3n) 1
− 2
⩽ 2
⩽ 2
n n n
e, como
1 1
lim = lim − 2 = 0,
n→+∞ n2 n→+∞ n
pelo teorema das sucessões enquadradas, temos
sin(3n)
lim = 0.
n→+∞ n2
Então,
5n + sin(3n) 5
+ sinn(3n) 0
lim = lim n 2
1 = =0
n→+∞ 10n2 + 1 n→+∞ 10 + n2 10
4
5. Calcule
sin(3x) sin(4x) cos(2x) + x3 ex
lim .
x→0 2x2
0
Temos uma indeterminação do tipo e notamos que
0
x3 e x xex
lim = lim =0
x→0 2x2 x→0 2
sendo o cálculo direto do limite justificado pela continuidade da função ex no seu domí-
nio.
Logo,
6. Calcule
(x − 2)4
lim .
x→2 x2 + x − 6
0
Tentando substituir directamente x por 2, obtemos uma indeterminação do tipo .
0
Vamos ver se é possível levantar esta indeterminação cortando um fator comum (que se
anula no ponto 2) entre o numerador e o denominador. Uma vez que tanto o numerador
como o denominador se anulam x = 2, já sabemos que x − 2 é um fator comum. Pela
fórmula resolvente temos
√
−1 ± 1 + 24 −1 ± 5
x2 + x − 6 = 0 ⇐⇒ x = ⇐⇒ x = ⇐⇒ x = −3 ∨ x = 2.
2 2
Desta forma podemos escrever
x2 + x − 6 = (x + 3)(x − 2)
e temos
(x − 2)4 (x − 2)4 (x − 2)3 0
lim = lim = lim = = 0.
x→2 x + x − 6 x→2 (x + 3)(x − 2) x→2 (x + 3)
2 5
5
x4
7. Prove que a função f (x) = − x3 − 3x − 5 tem pelo menos duas raízes no intervalo
2
[−4, 4].
A função f é polinómio, pelo que é uma função contínua. Calculando algumas imagens
da função f , temos f (−2) = 17 > 0; f (0) = −5 < 0 e f (4) = 47 > 0. Então, pelo
teorema de Bolzano, existe pelo menos uma raíz no intervalo ] − 2, 0[ e outra no intervalo
]0, 4[, pelo que f tem pelo menos duas raízes no intervalo [−4, 4].